Páginas

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Botafogo esbarra em goleiro, empata com U. Española e mantém tabu de 21 anos


Atacante Ferreyra disputa bola para o Botafogo em jogo contra o Unión Española, no Chile, pela Libertadores

O Botafogo até tentou, mas não foi nesta quarta-feira que o time quebrou um tabu que já dura 21 anos. O Alvinegro empatou com o União Española por 1 a 1, no Chile, e segue sem vencer fora de casa por uma competição internacional – a última foi sobre o Caracas pela Conmebol de 1993. E se o time brasileiro não conseguiu um resultado melhor foi porque Sanchez, goleiro adversário, teve grande atuação e segurou todas as finalizações dos cariocas. Chávez fez o gol para os donos da casa e Tanque Ferreyra deu números finais.

Com o resultado, o Botafogo chega aos 4 pontos e se mantém na liderança do grupo 2. O Alvinegro volta a campo no dia 12 de março, quando isitará o Independente José Teran, no Equador. Já o adversário soma dois pontos e está na segunda posição do grupo.

O Botafogo iniciou a rodada como líder do grupo 2 e o discurso antes da partida começar era que o time não iria apenas se defender. E o Alvinegro fez mais do que isso nos minutos iniciais. Mesmo jogando fora de casa, foi o time brasileiro quem mais atacou e acumulou boas chances para abrir o placar.

Com bom toque de bola, o Botafogo controlava a partida, mas tinha dificuldade em furar a defesa do União Española. O time conseguiu uma boa alternativa e disparou bons chutes de fora da área, que levaram perigo ao gol de Sánchez, que fez grande defesa após finalização de Edílson.

Os chilenos, no entanto, mostraram estar vivos e que também podiam oferecer perigo. Aos 27min, Dória afastou mal a bola e Salom recebeu dentro da grande área. Cara acara com Jefferson ele chutou forte, mas o goleiro do Botafogo fez defesa milagrosa e manteve o placar inalterado. O lance acordou o União Española, que passou a atacar com mais frequência, equilibrando o jogo.

Aos 35min, o Botafogo teve sua melhor chance no jogo. Jorge Wagner dominou na entrada da área e chutou forte para defesa parcial de Sanchez. No rebote, Tanque Ferreyra pegou mal na bola e acertou o goleiro do União Española, que foi determinante na primeira etapa e segurou o empate.

As equipes voltaram do intervalo com muita disposição, mas se esqueceram de jogar futebol. Com a partida bastante embolada no meio de campo, poucas oportunidades foram criadas. Quando o Botafogo colocou a bola no cão quase marcou um golaço, aos 10min. De pé em pé, o Alvinegro trocou passe até Gabriel finalizar por cima de gol da entrada da área.

Assustado, o União Española não conseguia chegar ao ataque e via o Botafogo dominar as ações. Em determinado momento, parecia até que os chilenos achavam o empate um bom resultado. E foi aí que o Alvinegro foi castigado. Em um contra-ataque, Chávez recebeu na cara de Jefferson e tocou na saída do goleiro para abrir o placar aos, 29min do segundo tempo.

A partir do gol, o Botafogo foi para o tudo ou nada e passou pressionar ainda mais o adversário. Mesmo dando espaços para o União Española, o Alvinegro era mais perigoso. Tanque Ferreya teve a chance do empate. Ele driblou Sanchez, que se recuperou e evitou o gol do argentino.

De tanto insistir, o Botafogo conseguiu vencer Sanchez. E justamente com Tanque Ferreyra, que não fazia grande partida até então. O atacante argentino aproveitou cruzamento da direita, subiu mais que a zaga e cabeceou para estufar as redes, aos 40min: 1 a 1. E não houve tempo para mais nada. Empate comemorado pelo Alvinegro, apesar dos gols perdidos.

UNIÓN ESPÃNOLA-CHI 1 X 1 BOTAFOGO

Local: Santa Laura-Universidad SEK, em Santiago, Chile
Árbitro: Juan Ernesto Soto (VEN)
Cartões amarelos: Edílson, Tanque Ferreyra, Marcelo Mattos (BOT) Pavéz (UES)
Gols: Chávez, aos 29min, e Tanque Ferreyra, aos 40min do segundo tempo

UNIÓN ESPAÑOLA-CHI
Sanchez; Miranda, Ampuero, Navarrete e Berardo; Pevez, Favarelli, Chávez e Jaime; Salom e Campos
Técnico: José Luis Sierra

BOTAFOGO
Jefferson; Edílsom, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel (Bolatti), Jorge Wagner (Henrique), Lodeiro e Wallyson (Daniel); Tanque Ferreyra
Técnico: Eduardo Húngaro

Do UOL, no Rio de Janeiro

Seedorf recusa vinho, assume papel de 'chato' no Bota e critica jornalistas


Em entrevista a 'Gazzetta dello Sport', holandês lembra que nem todos seguiam os seus conselhos: 'Era reconhecido pelo profissionalismo que muitos colegas não têm'



Capa da Gazzetta dello Sport com Seedorf
Entre treinos e partidas com o Milan, Clarence Seedorf encontrou um tempo livre em sua agenda para abrir o jogo. Técnico há pouco mais de um mês, o holandês concedeu entrevista ao jornal "Gazzetta dello Sport" na última terça-feira. Escolheu um restaurante em Milão para a ocasião e surpreendeu quando já foi pedir as bebidas. Mesmo depois de ter pendurado as chuteiras, ele não bebe vinho – na verdade, nenhuma bebida alcóolica faz parte de seu cardápio.

Papo vai, papo vem, e Seedorf lembrou de sua passagem pelo futebol brasileiro. O ex-jogador admitiu fazer papel de "chato".

– Eu era feliz no Brasil, estava muito bem, era reconhecido pelo profissionalismo que muitos colegas não têm. No Botafogo, por exemplo, eu era aquele que enchia o saco dos outros. Costumava aconselhar os jogadores a fazer isso e aquilo, algumas vezes eles ouviam e as coisas aconteciam, outras vezes não davam bola. Agora os jogadores precisam me ouvir forçadamente, ou até por amor, porque no fundo é para o bem deles – disse.

O holandês também aproveitou a oportunidade para criticar jornalistas em geral.

– Vocês, jornalistas, são tão apaixonados por táticas e sistemas, falam disso por horas. Mas sabe qual é a verdade? No futebol moderno há apenas sistemas para o jogo defensivo. No ataque há fluidez total, seis jogadores que se movem e trocam de posição com frequência sem que haja um ponto de referência. Por isso, perguntas sobre o estilo de jogo me irritam! Durante a minha carreira, eu gastei no máximo € 500 com jornais. Gosto de me autoavaliar, mas não gosto de ser influenciado por outros que só criticam sem entender nada.

Seedorf com os companheiros no Botafogo: holandês admitiu que 'enchia o saco dos outros' (Foto: Vitor Silva / SSPress)

Confira abaixo outros trechos da entrevista:


Cabeça de atleta


Pelo amor de Deus, não há nada para comemorar (ao oferecerem vinho). Eu nunca toquei numa bebida alcoólica de qualquer maneira, sempre jantei bebendo água. Gosto de água natural e, além disso, tenho de estar muito atento ao físico. Deixei de jogar há dois meses, preciso manter a minha forma agora que tenho mais responsabilidades como treinador

Estratégia anticrise

Temos de sair da crise na Itália e no Milan. Não se trata de ser positivo ou não, mas temos de ser realistas. Eu tenho um plano que é simples: quero que meus filhos vivam em um mundo melhor, com valores verdadeiros. E para isso é fundamental educar através do esporte, não só do futebol. Não vamos abordar só as circunstâncias, não me interessam os episódios de descriminação, o azar ou o resultado parcial. O que interessa é o fim. Me interessa a essência e a possibilidade que o jogo de equipe triunfe por razões justas.

'O meu Milan sorri'

Os jogadores têm de reencontrar a convicção neles mesmos. Por isso mudei os ritmos de treino. Quero que joguem, riam e se divirtam. Durante os treinos técnicos, nunca sou muito exigente com os erros, demonstro sobretudo o que é que fizeram bem. Foram dez minutos bons? Ótimo, mas que amanhã podem ser 20, depois 30, e por fim um jogo inteiro. É preciso partir sempre de onde funcionou.

Já como técnico do Milan, Seedorf criticou os jornalistas (Foto: AP)
Por GloboEsporte.com Milão, Itália

Sem dar bola para desfalques do rival, Botafogo encara Unión Española


Alvinegro não quer saber do fato da equipe chilena não poder contar com cinco jogadores para a partida, que será nesta quarta-feira, às 19h45, em Santiago



Apresentação Unión Española x Botafogo
Unión Española e Botafogo se enfrentam pela Copa Libertadores, nesta quarta-feira

O Botafogo entrará no gramado do Estádio Santa Laura, na noite desta quarta-feira, às 19h45, para encarar um Unión Española bastante remendado. Sem poder contar com cinco jogadores - quatro lesionados e um suspenso -, a equipe chilena tentará conter o ímpeto dos brasileiros, considerados favoritos a passar para as oitavas de final.

CONCENTRAÇÃO TOTAL

Uma vitória alvinegra dará a liderança isolada para o Glorioso. Em caso de vitória do Unión, o Botafogo poderá até terminar a rodada fora da zona de classificação. Por isso, é bom Eduardo Hungaro abrir os olhos de seus jogadores, que sabem das dificuldades que enfrentarão e prometem manter o foco do início ao fim da partida.

- Vamos passar por muita coisa ainda na Libertadores, mas esperamos fazer uma boa partida. A quantidade de desfalques deles não é problema nosso. Nossa obrigação é tratar de buscar os três pontos - garantiu o meia Lodeiro. 

CLUBE TENTA LIBERAÇÃO DE SIERRA

O Unión Española realizou, na terça-feira, o último treinamento antes da partida contra o Botafogo. A atividade foi realizada no Estádio Santa Laura, palco do confronto desta noite. A boa notícia foi a recuperação do atacante Jaime. O jogador, com problema físico, era dúvida para a partida, mas mostrou boa recuperação e está confirmado para o compromisso.

Apesar disso, a equipe chilena terá nada menos do que cinco desfalques para o confronto, sendo quatro deles por lesões: Larenas, Currimilla, Scotti e Vilagra. Canales, que foi expulso contra o Independiente del Valle (EQU), completa a lista de desfalques.

Por outro lado, os hispanos correm para tentar ter o técnico José Luis Sierra à beira do campo. O comandante foi expulso já na estreia, na partida contra o Independiente, mas o clube enviou um comunicado à Conmebol e à Fifa, alegando que o treinador não teria feito ofensas à arbitragem daquela partida, conforme relatado.

FICHA TÉCNICA

UNIÓN ESPAÑOLA X BOTAFOGO

Local: Santa Laura, Santiago (CHI)
Data-Hora: 26/2/2014 - 19h45 (horário local e de Brasília)
Árbitro: Juan Soto (Fifa-VEN)
Auxiliares: Luis Sanchez (Fifa-VEN) e Jairo Romero (Fifa-VEN) 

UNIÓN ESPAÑOLA: Sanchez; Miranda, Ampuero, Navarrete e Berardo; Pavez, Faravelli e Chávez; Jaime, Salom e Campos - Técnico: Jose Luis Sierra.

BOTAFOGO: Jefferson; Edilson, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel, Jorge Wagner e Lodeiro; Wallyson e Ferreyra - Técnico: Eduardo Hungaro.


Leia mais no LANCENET!