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sábado, 18 de março de 2023

Luís Castro ignora risco de demissão no Botafogo: “Não há unanimidade”



Técnico diz possibilidade de demissão é algo que faz parte da vida e evita falar sobre a necessidade de reforços para o elenco alvinegro




O Botafogo ficou no empate em 0 a 0 com a Portuguesa na primeira partida da semifinal da Taça Rio, torneio de consolação do Carioca que vale vaga para a Copa do Brasil de 2024 ao campeão. Pressionado pelo desempenho do time no último mês, o técnico Luís Castro tratou a situação com naturalidade.






Portuguesa-RJ 0 x 0 Botafogo - melhores momentos - primeiro jogo da semifinal da Taça Rio 2023


- Todos nós balançamos na vida. Vocês no seu posto, pode sair. Até da própria vida. Isso não me preocupo. A única coisa que me preocupo é a forma séria como me entrego no trabalho.


"Não há unanimidade no trabalho. Às vezes falam que um saiu com a cara mais fechada, chutou a Copa. O que me interessa é o dia a dia, e não tenho nada a apontar aos jogadores", completou.


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Perguntado sobre o que vem faltando para a equipe evoluir nesse começo de temporada, o treinador português evitou entrar no assunto de reforços novamente, como costuma fazer desde que falou sobre o tema no fim de 2022.


- O que acho que falta no Botafogo já tive oportunidade de dizer quando começou esta temporada. Aquilo que nos faltou hoje foi eficácia. O jogo que a Portuguesa fez de quebra de ritmo foi feito na primeira vez que nos encontramos. É uma estratégia que nos tem perturbado, mas não nos tirou a lucidez. Encontramos um equilíbrio maior contra o Brasiliense - analisou.


O Botafogo volta a campo em oito dias, na segunda-feira (26), às 20h, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, para enfrentar novamente a Portuguesa no segundo jogo da semifinal. O empate coloca o Alvinegro na decisão. Qualquer vitória basta para a Lusa. Confira todas as respostas do técnico Luís Castro:


Análise do jogo

- Uma primeira parte que nós estivemos em um bom nível, uma segunda que tivemos o controle total do jogo, uma bola no travessão e uma na trave. Criamos também outras três situações claras de gol e o adversário não criou nada. Faltou marcarmos para ganharmos. Especialmente pelo que fizemos no segundo tempo, a primeira parte foi fraca.





Luís Castro em Botafofo x Portuguesa — Foto: Vitor Silva/Botafogo


O que falta ao Botafogo

- O que acho que falta no Botafogo já tive oportunidade de dizer quando começou esta temporada. Aquilo que nos faltou hoje foi eficácia. O jogo que a Portuguesa fez de quebra de ritmo foi feito na primeira vez que nos encontramos. É uma estratégia que nos tem perturbado, mas não nos tirou a lucidez.


- Encontramos um equilíbrio maior contra o Brasiliense. O meio campo temos nos encontrando, com o retorno do Carlos Eduardo e Lucas Fernandes. O Tchê Tchê está num nível bom, como Marlon e Gabriel. O Raí tem dado boa respostas. Temos tidos alternância nos pontas, e tem havido rotatividade. A defesa tem se mantido estável e o goleiro também.


Críticas da torcida

- O futebol é feito de emoções, que geram sentimentos e conjunto de palavras e atos. Não tenho que criticar ou elogiar. Só fazer minha reflexão do que é o futebol brasileiro e seu contexto. Sei bem o contexto que estou inserido. Sei bem o que querem os jogadores, treinadores, mídia. Minhas reflexões já foram feitas, já entendi o contexto e o que me espera em cada jogo.


- Acho que temos uma torcida boa, emotiva, que às vezes se desespera neste ou naquele momento e está no direito de se desesperar em um ou outro momento. Como vocês tem visto nesse Estadual, todas as equipes estão passando por momentos de instabilidade.


- Acho que é uma reflexão que precisa ser feita. De que forma o Estadual tem impacto na preparação das equipes. Há quatro dimensões no rendimento: técnica, física, tática e psicológica. Uma dessas fica claramente desgastada por conta do Estadual, que é a psicológica. Essa dimensão não é tão trabalhada de forma proposital no começo da temporada para os jogadores estarem frescos nas grandes batalhas.


- Mas temos grandes batalhas já nos primeiros jogos do Estadual e os treinadores precisam gerir essa parte mental em cada dia de trabalho. Quando eu cheguei, muita gente dizia que o Estadual não era tão importante para a temporada, mas quando olhamos para o lado estava tudo fervendo por causa do Carioca. E ainda não começamos o Brasileirão, a Sul-Americana, e vem aí as melhores batalhas da Copa do Brasil e uma das dimensões está completamente dilapidada por conta do que deveria ser uma pré-temporada, mas já estamos em competição.


Pressão no cargo

- Todos nós balançamos na vida. Vocês no seu posto, pode sair. Até da própria vida. Isso não me preocupo. A única coisa que me preocupo é a forma séria como me entrego no trabalho. Fora isso, não tem registro. Tenho 50 anos no futebol. Tem coisas que se interessa a circular para alimentar a máquina.


- Há uma indústria do futebol, que não é só de jogadores e treinadores. O futebol felizmente é apreciado, muita gente fica entusiasmada, outras desiludidas. Eu me preocupo com a proposta que faço, de preparar bem o jogo. Tem jogadores que vão gostar do treinador. Outros que não gostam do treinador. Você gosta de todos do seu trabalho. Talvez não seja uma resposta verdadeira.


- Não há unanimidade no trabalho. Às vezes falam que um saiu com a cara mais fechada, chutou a Copa. Mas quantas vezes não acontece isso na própria família? O que me interessa é o dia a dia, e não tenho nada a apontar aos jogadores. Sabemos que ficamos aquém no Estadual e que tomamos um susto na Copa do Brasil. Vamos continuar no caminho para classificar o time à Copa do Brasil na próxima temporada.


Carlos Eduardo

- O Carlos Eduardo é um jogador com grande abrangência de espaços. Joga como 10 ou 8. Aumenta a qualidade no último terço, aparece muitas vezes perto do gol. O Danilo é um dos dois volantes, ficou fora por lesão, vem com problemas físicos em períodos de continuidade, espero que se resolva. Ele permite soltar mais o Tchê Tchê. E isso nos dá mais número de jogadores no último terço.


Modelo de jogo

- Na segunda parte, estivemos mais perto do queremos do nosso jogar. A primeira parte foi muito fraca. Na segunda tivemos domínio total e merecíamos ganhar o jogo. Estivemos muito perto do gol, tivemos uma bola na trave. Para as equipes atingirem o nível que você fala, precisa de resultados. Só o resultado conduz a paz. Enquanto oscilarmos vamos ver a equipe jogando bem ou mal. Com certeza a equipe que conseguem esse nível alto, são as equipes que jogam para títulos, e são equipes que na produção do jogo têm os melhores resultados.


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Por Sérgio Santana — Rio de Janeiro

Atuações do Botafogo: Hugo e Victor Sá são os piores em empate na Taça Rio; veja as notas



Equipe de Luís Castro joga mal e não sai do zero contra a Portuguesa-RJ no primeiro jogo da semifinal



Lucas Perri [GOL]: foi um mero espectador em boa parte do jogo. Foi bem nas poucas vezes que teve que ser acionado. Nota: 6,0.


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Portuguesa-RJ 0 x 0 Botafogo - melhores momentos - primeiro jogo da semifinal da Taça Rio 2023


Di Plácido [LAD]: bem na cobertura dos contra-ataques da Portuguesa. Saía para atacar, mas teve velocidade e vitalidade para correr atrás dos adversários com corredor livre. No ataque, errou cruzamentos e deu alguns passes ruins. Nota: 6,0.


Adryelson [ZAG]: sem bobeira. Quando vinha uma bola em disputa, tirava para as laterais ou para frente sem pestanejar. Levou um cartão amarelo em falta dura. Nota: 6,0.


Victor Cuesta [ZAG]: soberano na defesa, praticamente não perdeu nenhum duelo pelo alto ou chão. Ainda foi responsável por criar a melhor chance do Botafogo no primeiro tempo, em bom passe para Victor Sá. Nota: 7,0.


Hugo [LAE]: sofreu muito para oferecer dinâmica de jogo. Pouco ofereceu no ataque, matou jogadas e teve muita dificuldade na defesa, principalmente no primeiro tempo. Foi um dos piores em campo. Nota: 4,0.


Danilo Barbosa [VOL]: como a Portuguesa não pressionou alto e pouco buscou jogadas de bola aérea, as principais características do camisa 5 não foram acionadas e ele ficou "sem função" em campo, ficando sumido em campo no primeiro tempo. Nota: 5,0.


Tchê Tchê [VOL]: jogou como segundo volante no primeiro tempo e pareceu perdido, correndo mais que o necessário. Voltou à posição normal na etapa complementar e melhorou, ajudando a rodar a bola. Nota: 5,5.


Eduardo [MEI]: mostrou a qualidade de sempre e foi responsável por uma das melhores jogadas do Botafogo no jogo, mas careceu de intensidade para manter esse nível durante toda a partida. Nota: 6,0.


Carlos Alberto [ATA]: parece que nem entrou em campo. A ponta direita não existiu no primeiro tempo. O camisa 27 não assustou a Portuguesa. Foi substituído no intervalo. Nota: 4,0.


Tiquinho Soares [ATA]: um dos jogadores que mais apareceu. Apesar de tomar algumas decisões erradas, incomodou a defesa saindo da área, fazendo pivôs e com dribles. Acertou a trave em um belo chute. Nota: 7,0.





Tiquinho Soares, Botafogo x Portuguesa — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Victor Sá [ATA]: mesmo chutando uma bola na trave - o lance mais perigoso do Botafogo no primeiro tempo -, o camisa 7 foi muito mal. Com exceção desta finalização, errou passes, tomou decisões erradas no dribles e teve dificuldade para prosseguir nas jogadas. Nota: 4,5.


Entraram

Luís Henrique [ATA]: ofereceu mais perigo nos corredores para a equipe. Entrou e mostrou ritmo, finalizando e incomodando a defesa. Por pouco não marcou - um chute parou em boa defesa do goleiro Bruno. Nota: 6,5.


Lucas Piazon [ATA]: ajudou na marcação e parte tática, mas não foi lá tão efetivo no que diz respeito a aparecer no terço final. De qualquer forma, ajudou a melhorar o time - mesmo que por pouco - no segundo tempo. Nota: 6,0.


Lucas Fernandes [MEI]: forçou muitas bolas longas e lançamentos nas costas da defesa da Portuguesa. Até melhorou o time a rodar mais a bola, mas não foi capaz o suficiente de oferecer uma melhora para o Botafogo amassar o adversário. Nota: 5,5.


Raí [MEI]: entrou já na reta final e pouco apareceu. Sem nota.


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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Portuguesa-RJ x Botafogo: onde assistir ao vivo, horário e escalações



Veja também desfalques, arbitragem e outras informações do primeiro jogo da semifinal da Taça Rio




Portuguesa-RJ e Botafogo iniciam o confronto em busca de uma vaga na final da Taça Rio às 18h deste sábado no Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador. As equipes se enfrentam no torneio que contempla as equipes que ficaram entre 5º e 8º na Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca.





Botafogo pega a Portuguesa pela semifinal da Taça Rio (https://ge.globo.com/video/botafogo-pega-a-portuguesa-pela-semifinal-da-taca-rio-11457156.ghtml)



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Por ter sido o melhor colocado na primeira fase, o Botafogo tem a vantagem de uma igualdade no placar agregado para garantir a classificação à decisão. O segundo jogo será na próxima segunda-feira no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Não há vantagem de gol qualificado fora de casa ou auxílio do VAR.


Após golear o Brasiliense por 7 a 1 e passar com tranquilidade à terceira fase da Copa do Brasil na quarta-feira, Luís Castro tirou parte da pressão em cima de si e do elenco, que vinha apresentando resultados ruins recentemente. A conquista da Taça Rio é vista como fundamental internamente porque dá uma vaga na Copa do Brasil de 2024.


A Lusa, por sua vez, chegou à Taça Rio justamente vencendo o Botafogo na última rodada do Carioca. A equipe de Felipe Surian bateu o rival por 1 a 0 na Ilha com marcado por Anderson Rosa. O time carrega uma invencibilidade de quatro anos sem perder para o Alvinegro.







Transmissão: BandSports


Tempo Real: o ge acompanha a partida em Tempo Real (siga clicando aqui)


Prováveis escalações

Portuguesa-RJ - técnico: Felipe Surian

A Lusa não possui nenhum desfalque para a partida. Com força máxima, a tendência é que o treinador Felipe Surian repita a escalação que derrotou o Botafogo na última semana.



A provável escalação: Mota; Joazi, Matheus Santos, Lucas Santos, Yuri; Feitosa, Anderson Rosa, João Paulo, Emerson Carioca; Romarinho, Lucas Silva.


Botafogo - técnico: Luís Castro

Sem muito tempo de treino após a partida contra o Brasiliense no meio da semana, a boa notícia fica pelo retorno de Victor Sá, que participou das últimas atividades. Com efeito suspensivo conseguido no TJD-RJ, o clube também poderá escalar Tiquinho Soares, mas ainda sem Marçal, que ainda tem um resíduo a cumprir por ter levado também o terceiro amarelo no jogo contra o Flamengo. Inicialmente, a dupla foi punida por, respectivamente, oito e seis jogos, mas o Departamento Jurídico do clube conseguiu diminuir para dois jogos - já cumpridos por ambos.


A provável escalação: Lucas Perri; Di Plácido, Adryelson, Cuesta, Hugo; Tchê Tchê, Danilo Barbosa (Gabriel Pires), Eduardo (Lucas Fernandes); Carlos Alberto, Tiquinho Soares, Victor Sá (Luís Henrique).




Desfalques: Patrick de Paula e Kayque (lesionados); Marçal (suspenso); Gatito (em transição).





Árbitro: Felipe da Silva Gonçalves Paludo
Assistente 1: Diego Luiz Couto Barcelos
Assistente 2: Thiago Filemon Soares Pinto
Quarto árbitro: João Marcos Gonçalves Fernandes


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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro