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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Promovidos no fim de 2018, Wenderson e Rickson sonham com espaço no Botafogo em 2019


Nascidos em 1998, volante e meia devem receber mais chances de Zé Ricardo durante a próxima temporada




Com passagens de destaque pela base do Botafogo, o volante Wenderson e o meia Rickson, ambos de 20 anos, devem ganhar maior espaço na equipe profissional na próxima temporada.


Nascidos em 1998, Wenderson (7 de junho) e Rickson (4 de março) não têm mais idade para disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior e já integram o elenco profissional desde o segundo semestre de 2018.




Rickson marcou um golaço na estreia alvinegra na última Copinha, com goleada por 4 a 1 sobre o Velo Clube — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


Na última Copinha deles, a de 2018, ambos foram titulares em todos os quatro jogos do Botafogo. Rickson, aliás, fez um golaço na estreia da equipe, na goleada por 4 a 1 sobre o Velo Clube.


- Minha expectativa em 2019 é muito positiva, pois vai ser a primeira chance no profissional e espero ter oportunidade no Carioca e mostrar meu futebol. O Zé é um ótimo treinador e, nos treinos, ele já vinha me dando muitos conselhos - afirmou Rickson.




Wenderson é clicado durante treino da equipe profissional — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



Embora os dois já façam parte do grupo principal, apenas Wenderson soma jogos como atleta profissional. Participou de dois em 2017, contra Coritiba (2x2) e Ponte Preta (1x2). Em 2019, ele espera aumentar a conta.


- Minha expectativa pra 2019 é muito grande. Vai ser o ano para eu aproveitar as oportunidades e amadurecer no profissional. O Zé, além de um grande treinador, é uma grande pessoa, sempre nos orienta quando erramos algo e sempre cobra quando temos que ser cobrados - completou Wenderson.


Fonte: GE/Por Felippe Costa e Fred Gomes — Rio de Janeiro

domingo, 30 de dezembro de 2018

Após negativa do Ceará por Everson, Grêmio tenta Gatito para o gol; Botafogo não quer vender


Goleiro do Botafogo tem contrato até 2021 e cláusula gira em torno dos R$ 20 milhões



Enquanto aguarda a resposta sobre a segunda proposta feita ao Ceará para contratar Everson, o Grêmio não perde tempo no mercado após a saída de Marcelo Grohe e tenta Gatito Fernández, do Botafogo, para ser o goleiro de 2019. Conforme apurou o GloboEsporte.com, a direção tricolor entrou em contato com o Alvinegro e manifestou o desejo de contar com o paraguaio.


Após a consulta gremista, porém, o Botafogo, deixou claro que não tem interesse em se desfazer de Gatito, considerado pelo clube como o jogador com maior potencial para se firmar como um ídolo alvinegro, principalmente após a aposentadoria de Jefferson. A multa rescisória do goleiro de 30 anos gira em torno de R$ 20 milhões para clubes brasileiros.




Gatito Fernández é bom pegador de pênaltis — Foto: Jorge R Jorge/BP Filmes


Outra questão que atrapalha o avanço gremista é o fato de o goleiro ter renovado contrato até 2021. Em abril, após ser decisivo na disputa de pênaltis que deu ao Botafogo o título estadual, Gatito assinou o novo vínculo.


Gatito ficou por seis meses no departamento médico em 2018, de maio a novembro. Também em abril, sofreu uma lesão no punho direito no empate em 1 a 1 com o Sport, na segunda rodada do Brasileirão. Parou por seis meses. Voltou no início de novembro e foi decisivo em seis partidas das últimas sete partidas alvinegras pelo campeonato nacional. No retorno, com vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, fez defesa milagrosa nos acréscimos.


Ainda que confie em Paulo Victor para assumir a titularidade após a saída de Marcelo Grohe para o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, o Grêmio deve contratar mais um goleiro para 2019. Já perdeu Bruno Grassi para o Criciúma, e Léo, emprestado ao Rio Ave, deve ser adquirido pelo clube português em janeiro, noticiou o jornal A Bola.


Fonte: GE/Por Fred Gomes, Eduardo Moura e Beto Azambuja — Porto Alegre e Rio de Janeiro

sábado, 29 de dezembro de 2018

Bahia faz contato com Botafogo por Lindoso, mas proposta ainda não foi apresentada


Volante de 29 anos, atual recordista de jogos dentro do elenco alvinegro (com 165), foi o vice-artilheiro da equipe em 2019, com nove gols marcados





Vice-artilheiro do Botafogo em 2018 com nove gols, Rodrigo Lindoso interessa ao Bahia. A diretoria tricolor fez contato com os cariocas para pedir informações a respeito do volante de 29 anos, mas ainda não apresentou uma proposta.


Embora o atleta seja um dos destaques alvinegros e ostente o posto de recordista de jogos do atual elenco, com 165, a diretoria do Botafogo está disposta a ouvir o Bahia. Vale lembrar que o Glorioso contratou um jogador da posição: anunciou o volante Alan Santos, ex-Coritiba.



Rodrigo Lindoso Botafogo — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


No Botafogo desde 2015, Lindoso ganhou mais liberdade com Zé Ricardo. Passou a pisar na área e, além dos gols de pênalti (é batedor oficial do time), passou a incomodar os adversários no jogo aéreo e com arremates de pé direito.


Em entrevista ao GloboEsporte.com concedida nesta semana, Lindoso afirmou não se envolver com eventuais propostas ou consultas que chegam ao empresário dele, Carlos Leite. Quando atendeu a reportagem, porém, ele não tinha recebido nenhum contato sobre o interesse do Bahia.


- Procuro até ficar um pouco fora disso. Meus representantes estão resolvendo e fico sempre no aguardo. Sei que eles vão ver o melhor para mim. Se tiver que acontecer, vai ter que ser coisa boa para mim e para o Botafogo.


Fonte: GE/Por Felippe Costa, Fred Gomes e Thiago Pereira — Rio de Janeiro e Salvador

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Após três reforços, Botafogo prioriza Zé Ricardo e tem elenco quase fechado para o Carioca


Com pouco recurso, clube tem atuação discreta no mercado e espera desfecho das trocas de Igor Rabello e Caio Alexandre por Gabriel, Jean e Moisés. Contratação para o ataque ficará para depois




GloboEsporte.com




Diego Cavalieri, Ferrareis e Alan Santos. O Botafogo anunciou de forma oficial os três reforços de um Natal "magro", mas que se baseia em um esqueleto já montado do time e na crise financeira que o clube atravessa. Com poucos recursos para investir, a diretoria anda tímida no mercado e conta com os retornos de empréstimo de Leandro Carvalho e Arnaldo para dar o elenco como praticamente fechado para começar o Campeonato Carioca de 2019.


+ Veja quem chega e quem sai do Botafogo


A tendência é que o clube agora aguarde apenas pelo desfecho das trocas de Igor Rabello e Caio Alexandre pelo zagueiro Gabriel, do Atlético-MG, e a permanência de Jean e Moisés, do Corinthians. A prioridade da diretoria é renovar com Zé Ricardo, que tem contrato só até abril. O técnico, porém, está participando de todo o planejamento, ligando para jogadores "no radar" e dando sinais de que ficará até dezembro. A ideia é acertar a renovação antes do início do Carioca.


Zé Ricardo que vai começar a temporada com carências no setor de ataque. A reposição de um camisa 9 para a vaga de Brenner não deverá ser agora. O clube tentou Tréllez por empréstimo, mas o São Paulo faz jogo duro e prefere lucrar com o colombiano em uma possível venda ou moeda de troca. Além disso, uma dívida antiga de mais de R$ 3 milhões, que o Botafogo não reconhece, pela contratação de Henrique Almeida em 2013, atrapalha a negociação.




Artilheiro do Delfín, do Equador, Carlos Garcés foi oferecido — Foto: Divulgação / Delfín Sporting Club


Leandro Pereira, do Club Brugge, da Bélgica, e que estava emprestado na Chapecoense, seria o "plano B", mas as conversas não foram para frente. Vice-artilheiro da Série B com 16 gols, Lucão está em fim de contrato no Goiás e foi sondado, mas também descartado. Outro nome oferecido foi do equatoriano Carlos Garcés, de 28 anos: foi o goleador do Delfín, do Equador, com 39 gols nas últimas duas temporadas. Mas o Botafogo precisaria investir algum valor para tirá-lo de lá.



Sem um novo 9, Kieza deve seguir como titular da equipe após ter sido o artilheiro alvinegro em 2018 com 10 gols. Principal contratação do ano, Aguirre não se firmou, mas a diretoria acredita que o uruguaio, que vem tendo seu nome especulado em clubes da América do Sul, precisa de uma pré-temporada, o que não teve em 2018. E a aposta é sobre Igor Cássio, goleador da base de 20 anos que será promovido em definitivo e receberá chances ao longo do Carioca.




Jovem Alessandro é uma aposta de baixo custo da diretoria para 2019 — Foto: Vitor Silva/SS Press/Botafogo


Para completar a formação com três atacantes, a comissão técnica confia no retorno de Leandro Carvalho, que será opção para as pontas junto com Luiz Fernando, Pimpão e Alessandro Scheppa – jovem de 21 anos, também conhecido como Zé Gatinha e aposta de baixo custo da diretoria. Outra esperança do comando alvinegro é recuperar o futebol de Marcos Vinícius, que chegou bem ao clube em 2017, mas caiu de rendimento em 2018. O meia é visto como o mais técnico do elenco.


Enquanto isso, a diretoria negocia muitos jovens de suas categorias de base para dar mais experiência e ao mesmo tempo desonerar a folha de pagamento. Ao todo, oito jogadores pratas da casa estão de saída: Yuri está indo para o Figueirense; Fernandes, para o Guarani; a dupla Leandrinho e Ezequiel, a caminho do Sport; Saulo já foi anunciado pelo Vila Nova; Renan Gorne, pelo Volta Redonda-RJ; Pachu acertou com o Boavista-RJ; e Lucas Campos, com o Nova Iguaçu-RJ.


Fonte: GE/Por Thiago Lima — Rio de Janeiro

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Botafogo anuncia Alan Santos como terceiro reforço para 2019


Ex-Coritiba e Santos, volante de 27 anos chega ao Alvinegro emprestado pelo Trigres, do México






Alan Santos foi anunciado oficialmente pelo Botafogo — Foto: Divulgação / Botafogo



Depois de Diego cavalieri e Gustavo Ferrareis, o Botafogo anunciou na noite desta quarta-feira o seu terceiro reforço para 2019: Alan Santos. Ex-Coritiba e Santos, o volante de 27 anos estava emprestado pelo Tigres, do México, ao Al Ittihad, dos Emirados Árabes, e chega também por empréstimo a General Severiano até o fim de 2019. Ele já havia assinado contrato na semana passada, mas o Alvinegro esperava a autorização dos mexicanos para fazer


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Alan esteve no Rio de Janeiro acompanhado por seu empresário, Márcio Bittencourt, e realizou os exames médicos no clube no último dia 17. A reportagem apurou que o volante foi uma indicação de Zé Ricardo, preocupado com as baixas no setor de marcação: Matheus Fernandes foi vendido para o Palmeiras; Jean não sabe se terá o empréstimo renovado pelo Corinthians; e Dudu Cearense e Marcelo foram dispensados.


Cria do Vitória, mas revelado no Santos, Alan Santos apareceu bem na Vila Belmiro na época do Neymar e depois jogou por três anos no Coritiba. No fim de 2017, quando terminou seu contrato, ele foi contratado pelo Tigres, do México. Mas foi pouco aproveitado no clube e acabou emprestado para o também mexicano Veracruz. E no meio de 2018 seguiu para o Al Ittihad, dos Emirados Árabes, onde está cedido até junho de 2019. Mas vê com bons olhos um retorno ao Brasil.



Ficha técnica:

Nome: Alan Santos da Silva

Nascimento: 24/04/1991, em Salvador-BA

Altura e peso: 1,85m e 78kg

Clubes: Vitória, Santos, Paulista, Coritiba, Tigres (MEX), Veracruz (MEX), Al Ittihad (EAU) e Botafogo.



Fonte: GE/Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro

Atlético-MG aumenta proposta e fica mais perto de Igor Rabello; Botafogo deve ficar com Gabriel


Em crise financeira, Glorioso já considera vender o General antes de esperar ofertas da janela internacional em janeiro. Zagueiro do Galo é o escolhido para ser envolvido na troca com cariocas





Vitor Silva/SSPress/Botafogo


O Botafogo vinha fazendo jogo duro para liberar Igor Rabello e esperar por propostas do exterior na janela de transferências internacionais em janeiro. Porém, a crise financeira no clube e uma melhora na oferta inicial do Atlético-MG aproximaram o General do Galo em 2019. Sob risco de completar três meses de salários atrasados e ter jogadores rescindindo contrato na Justiça, o Glorioso já considera a possibilidade de vender o zagueiro, de 23 anos, para o mercado brasileiro.


+ Veja quem chega e quem sai do Atlético-MG em 2019
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O Atlético-MG primeiro ofereceu R$ 12 milhões por 70% dos direitos econômicos de Rabello, mas o Botafogo recusou. Em um segundo momento, o Galo manteve o valor, mas disponibilizou uma lista de atletas para compor uma nova proposta. Por sua vez, o Glorioso fez uma contra-proposta pedindo R$ 15 milhões e dois jogadores: o zagueiro Gabriel e o lateral-esquerdo Danilo Barcelos, que já tem um acerto com o Vasco. E não havia obtido resposta.


Mas o GloboEsporte.com apurou que o Galo voltou à carga novamente e aumentou a proposta, aceitando inclusive a troca em definitivo por Gabriel, que tem a mesma idade de Igor Rabello. O valor não foi divulgado, mas não chegou aos R$ 15 milhões pretendidos pelo Botafogo. Mesmo assim, a tendência é que o Alvinegro aceita a oferta para conseguir pagar os salários atrasados com o elenco. O clube deve o mês de novembro, e em janeiro vence dezembro e o 13º.




Gabriel deve ser envolvido em definitivo e ir para o Botafogo em 2019 — Foto: Bruno Cantini


Revelado nas categorias de base do Atlético-MG, Gabriel ganhou espaço em 2016 e foi titular absoluto da defesa alvinegra até o meio da temporada 2018, com 123 jogos e três gols marcados. Foi inclusive citado por Tite na seleção brasileira. Na reta final da temporada, perdeu espaço para Maidana e terminou o ano na reserva e bastante criticado pelos torcedores. É um zagueiro rápido e com boa técnica, mas precisa readquirir confiança e pode recuperar seu futebol no Botafogo.



O Atlético-MG conta com um parceiro financeiro para poder chegar a um valor que agrade ao Botafogo para liberar Igor Rabello, que hoje é o principal ativo dos cariocas. O defensor chegaria para ser titular da defesa atleticana, e o Galo usa o fato de jogar a Libertadores e uma valorização salarial como atrativos. O clube mineiro já contratou Réver, que estava no Flamengo, e mira o zagueiro alvinegro para fechar a meta de dois reforços para a zaga em 2019.


Igor Rabello tem 111 jogos e seis gols com a camisa do Botafogo, onde tem contrato até o fim de 2021 e multa de € 10 milhões (cerca de R$ 44 milhões). Em 2018, ele jogou 61 das 62 partidas do time na temporada, perdendo só uma por suspensão. Teve a maior minutagem entre jogadores da posição no Campeonato Brasileiro e fez parte de uma lista de monitoramento do técnico Tite. Convocado para as seleções de base, o zagueiro nunca foi chamado para a seleção principal.


Fonte: GE/Por Rafael Araújo e Thiago Lima — Belo Horizonte e Rio de Janeiro

Empresário aposta em sucesso de Leandro Carvalho em sua volta ao Botafogo: "Astral muito positivo"


Flávio Goiano diz que atacante ganhou a confiança que precisava após lesão no Ceará e o vê com características para ser o substituto de Erik: "Acho que essa é a expectativa da diretoria também"





Leandro Carvalho fez só quatro jogos em sua primeira passagem no Botafogo — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



Depois de disputar apenas quatro jogos e não marcar nenhum gol pelo Botafogo, Leandro Carvalho está pronto para voltar e mudar sua história no clube a partir de 2019. Curtindo as férias entre Fortaleza e Belém, sua terra natal, o atacante retornará a General Severiano em janeiro, seis meses após ser emprestado para o Ceará. Tempo curto, mas fundamental para o jovem de 23 anos recuperar seu futebol depois de ter passado por uma cirurgia no joelho direito e enfrentado desconfiança por parte da torcida.


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A pedido de Leandro e de seus pais, o Botafogo concordou em liberá-lo para um clube onde ele já havia se destacado no ano anterior, a fim de lhe dar mais rodagem: o atacante só havia defendido as camisas dos tradicionais Paysandu e Ceará, dos paulistas Penapolense e Linense, além do paraense Carajás. E deu certo. No Vozão, disputou 20 jogos com cinco gols na Série A do Campeonato Brasileiro (veja no vídeo abaixo), mesmo número de Erik, que fez 17 partidas e foi o destaque do Glorioso.




Em alta, Leandro Carvalho volta ao Botafogo em 2019


Agora, seu empresário aposta suas fichas na afirmação de Leandro Carvalho com a camisa do Botafogo. Sócio de Márcio Bittencourt, Flávio Goiano falou com a reportagem do GloboEsporte.com, confirmou que o atacante se reapresenta ao Glorioso, apesar das sondagens do mercado e do desejo de permanência do Ceará; garantiu que o jovem está com a confiança elevada para a sua segunda oportunidade no futebol carioca e o vê como possível substituto de Erik, que retornou para o Palmeiras.



Confira a entrevista:


GloboEsporte.com: Como está o Leandro Carvalho? Animado para voltar ao Rio?

Goiano: – Tenho falado com ele direto. Está animado, curtindo as férias. Tem bastantes jogos beneficentes, principalmente lá em Belém, que tem várias comunidades carentes, e ele, Pikachu e o Rodrigo Andrade, volante do Vitória, jogam. Ele está muito feliz pelo que passou depois da saída do Paysandu. Foi um ano excelente. Foi campeão carioca no Botafogo, apesar de não ter jogado muito. Aí veio a lesão, recuperou e jogou alguns jogos da Sul-Americana. E a saída para o Ceará foi ótima porque ele foi muito bem lá. Para ele, foi um ano maravilhoso.


Acredita que a adaptação em uma cidade como o Rio foi o mais difícil para ele?

– Adaptação em cidade leva um tempo em todo lugar. Precisa entender o fluxo da cidade, a dinâmica do vai e vem, ainda mais em uma metrópole como o Rio, a segunda maior do pais. Era totalmente diferente do ritmo do que tinha em Belém e Fortaleza. Então sente um pouco, mas o mais difícil é o jogador entender a adaptação a um time grande. Paysandu e Ceará são grandes pela torcida, mas não têm a tradição de um Botafogo.



Jovem atacante marcou cinco gols e deu três assistências pelo Ceará — Foto: J. L. Rosa



– E você entender o que é um time grande não é da noite para o dia. Para quem chega é normal. O Neymar passou por isso quando saiu do Santos para o Barcelona, falando de uma projeção maior. Foi onde eu acho que o Botafogo não teve essa paciência, mas foi uma situação. Hoje se entende melhor as decisões que levaram à saída do Leandro, e ele pode se adaptar melhor.


Quanto foi importante essa passagem pelo Ceará antes de retornar para o Botafogo?


– Foi importante porque ele já tinha um histórico lá. E todo atleta que vem de lesão precisa jogar e pegar confiança. Jogador vive de motivação e confiança. E na outra passagem dele pelo Ceará foi jogando a Série B, então existia a dúvida: "Será que ele vai ter o mesmo rendimento na Série A?" Mas o rendimento foi bem melhor do que ele teve na Série B. Ele foi extremamente decisivo e ratificou ser um jogador que tem todas as condições de vestir a camisa de um grande clube. O principal ponto foi a autoconfiança do atleta, ele está com um astral muito positivo.


Acha que em 2019 ele vai engrenar no Botafogo? Teoricamente, ele volta para ser titular...


– Todos nós acreditamos nisso. Não tenho dúvida de que ele volta com uma confiança grande do treinador, da diretoria, e hoje se apresenta para a torcida como um jogador já conhecido. Acho que por esses fatores, esse alto astral dele, será um ano muito produtivo e vai ser firmar. Quanto a ser titular ou não, vai depender. Em clube grande, isso passa por vários fatores, pode priorizar um campeonato ou outro... Mas acredito que ele será uma das principais opções do Zé Ricardo. O que a gente tem de posicionamento do treinador é que ele está esperando muito a volta do Leandro.



Diria que ele pode ser o substituto do Erik?
– Eles têm algumas características semelhantes: são jogadores de lado de campo, rápidos, mas cada um tem o seu diferencial. O Erik é mais driblador, o Leandro é mais de força, tem o um contra um muito forte. Mas acredito realmente que ele chega para ocupar esse espaço. Acho que essa é a expectativa da diretoria também.


Chegou a ser procurado por outros clubes querendo o Leandro Carvalho?


– Vários clubes sondaram, mas todos sabendo que ele é atleta do Botafogo. Não teve nada de assédio, só queriam entender como está a situação dele de contrato, se ele gostaria principalmente de jogar fora do país. Mas o Leandro deixou isso a cargo do Márcio (Bittencourt) e eu. A ideia dele, a princípio, é se apresentar no Botafogo, fazer um trabalho sólido, com uma camisa muito forte. E pode ser que tenho uma oportunidade no futuro bem maior.


Em Fortaleza se fala na possibilidade de o Ceará comprar o Leandro Carvalho em definitivo. Tem alguma coisa nesse sentido?


– É normal que o Ceará queira porque está perdendo suas duas referências, o Leandro e o Arthur, que foi para o Palmeiras. O mercado está aberto para contratar, e o Ceará tentará repor essas baixas do elenco. É possível que tenha entrado em contato com o Botafogo para tentar a permanência do Leandro. Mas estamos tranquilos, não chegou nada para a gente. Se houver alguma coisa, que o Ceará se pronuncie.


Fonte: GE/Por Thiago Lima — Rio de Janeiro

domingo, 23 de dezembro de 2018

Além de Leandrinho, Botafogo também negocia empréstimo de atacante Ezequiel para o Sport


Aos 20 anos, joia alvinegra pode desembarcar junto com meia na Ilha do Retiro em 2019. Titular no início do ano com Valentim, jovem perdeu espaço no time e também foi procurado pelo CSA




Vitor Silva/SSPress/Botafogo


Não é só Leandrinho que está a caminho do Sport, mas o atacante Ezequiel também pode desembarcar junto com o meia na Ilha do Retiro em 2019. O Botafogo negocia com o Leão para emprestar a dupla, revelada em suas categorias de base, por uma temporada. Homem de ataque, o jovem de 20 anos soma 24 jogos e um gol pelo Alvinegro e também foi alvo do CSA, que subiu para a Série A do Campeonato Brasileiro. Mas as conversas não evoluíram.


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Ezequiel surgiu no time principal do Botafogo no final do ano passado, ainda sob o comando de Jair Ventura, quando entrou no segundo tempo e marcou um belo gol no empate por 2 a 2 com o Cruzeiro no Estádio Nilton Santos. O início de 2018 também foi promissor, com o jovem virando titular no começo de trabalho do técnico Alberto Valentim. Porém, ele aos poucos foi perdendo espaço e teve poucas chances com Zé Ricardo.



Gol do Botafogo! Ezequiel dribla Bryan e toca com tranquilidade para empatar aos 23' do 2º


Assim como no caso de Leandrinho, o empréstimo de Ezequiel é visto com bons olhos pela diretoria alvinegra para dar mais experiência ao jovem atacante, que recentemente renovou contrato até setembro de 2022 e foi escolhido pelo GloboEsporte.com como a joia do Botafogo em 2018.


A dupla pode ser a quinta e sexta revelações emprestadas pelo clube neste fim de temporada: antes deles, Saulo foi para o Vila Nova; Renan Gorne, para o Volta Redonda-RJ; Pachu, para o Boavista-RJ, e Lucas Campos, para o Nova Iguaçu-RJ.



Fonte: GE/Por Fred Gomes e Thiago Lima — Rio de Janeiro

sábado, 22 de dezembro de 2018

Penhora e recesso afetam planos, e Botafogo corre para evitar risco de debandada por atraso salarial


Em crise financeira, clube pode pular de um para três meses de débito com elenco em janeiro devido ao 13º. Presidente monta operação para pagar funcionários e conter insatisfação interna






CEP voltou a participar ativamente do clube após divergências internas — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



A crise financeira do segundo semestre de 2018 no Botafogo parecia até certo ponto controlada com a venda de Matheus Fernandes para o Palmeiras, por € 3,5 milhões (cerca de R$ 15,2 milhões). Porém, os últimos acontecimentos tiram o sono alvinegro neste fim do ano: a penhora da primeira parcela, de aproximadamente R$ 6,5 milhões; o recesso da Justiça até o dia 6 de janeiro; e a decisão de não aceitar a proposta de R$ 12 milhões do Atletico-MG por Igor Rabello, mesmo com os cofres vazios em General Severiano, fazem o clube correr risco de debandada no início de 2019.


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Explica-se: os jogadores estão com os salários de novembro pendentes – de FGTS e direitos de imagem – desde o quinto dia útil de dezembro. No início de janeiro, completariam-se dois meses, só que com o 13º passarão a ser três caso o clube não consiga quitar nada nas próximas semanas. E a partir de três vencimentos em atraso, qualquer atleta pode buscar rescisão unilateral na Justiça – experiência que o Botafogo já viveu no final de 2014 e início de 2015 com Daniel, Gabriel, Andrey...


Ou seja, o clube poderia perder o vínculo com jogadores sob contrato – inclusive Igor Rabello – sem ganhar nada. No grupo do "Mais Botafogo" no WhatsApp, a preocupação com a situação financeira – e como o clube fará para pagar os salários sem previsão de novos recursos no curto prazo – gerou o questionamento se a transação com o Atlético-MG ainda estava em aberto. Vice geral, Carlos Eduardo Pereira respondeu que o presidente Nelson Mufarrej havia encerrado as negociações.



Diretoria quer esperar ofertas melhores por Igor Rabello, maior ativo do clube — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



CEP, como é conhecido o ex-presidente, foi junto do vice jurídico, Domingos Fleury, as principais vozes contra a venda de Igor Rabello na reunião que decidiu não aceitar a proposta do Atletico-MG. Empresário do zagueiro, Anselmo Paiva já disse que o ciclo dele no Botafogo está próximo do fim. Até porque a recusa frustrou também o atleta, que teria aumento salarial e ainda disputaria a Libertadores. A expectativa agora é pela chegada de ofertas na janela europeia de janeiro.


Enquanto isso, para evitar o risco de baixas na Justiça, o clube precisará pagar ao menos R$ 500 mil de FGTS até 7 de janeiro, mas o caixa no momento não tem esse valor. O dinheiro da venda de Matheus Fernandes seria usado para esse fim, mas foi integralmente penhorado por uma ação trabalhista movida pelo técnico Oswaldo de Oliveira, que cobra pagamentos não realizados entre 2011 e 2013. O Botafogo entrou com recurso, mas como o recesso do judiciário começou quinta-feira, a diretoria terá que recorrer a um juiz de plantão, mas dificilmente conseguirá o desbloqueio antes do dia 6.


Mesmo desbloqueando a primeira parcela do Palmeiras, o clube precisará negociar para evitar novas penhoras. Em entrevista publicada pelo GloboEsporte.com na última sexta-feira, o novo vice comercial e de marketing, Ricardo Rotenberg, revelou um "rombo" de aproximadamente R$ 100 milhões deixado no último ano da gestão de Maurício Assumpção, que não entrou no Ato Trabalhista e começou a aparecer agora – como por exemplo os processos do Oswaldo de Oliveira e André Bahia, que pode reter a premiação do Brasileiro.



Operação paga funcionários



Mufarrej se emocionou ao anunciar pagamento de novembro a funcionários — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



Com os salários atrasados de novembro e perto de vencer dezembro e metade do 13º, a insatisfação entre funcionários do clube era grande. Reclamações sobre contas atrasadas e Natal sem dinheiro eram frequentes nos corredores de General Severiano. Mas com ajuda do benemérito Cláudio Good, que emprestou dinheiro do próprio bolso, a diretoria montou uma operação com garantias e pagou na última sexta-feira os vencimentos em aberto do seu quadro de empregados.


Antes, o clima pesado era tão grande internamente que vários funcionários cogitaram sequer ir à confraternização de fim de ano do Botafogo, realizada na tarde última sexta-feira, no Setor Norte do Nilton Santos. Mas a maioria foi até lá e ouviu a notícia do pagamento da boca do próprio presidente. Em discurso, Mufarrej chegou a se emocionar ao imaginar como seria triste o Natal das pessoas mais humildes. O clube também devia a prestadores de serviço e fornecedores do estádio.


Fonte: GE/Por Thiago Lima — Rio de Janeiro

Mufarrej assume negociação do Botafogo com o Atlético-MG e faz jogo duro para liberar Igor Rabello


Após Galo oferecer R$ 12 milhões e disponibilizar jogadores para Glorioso escolher, presidente faz contraproposta não respondida, e conversas esfriam. Clube acredita em oferta do exterior


Vitor Silva/SSPress/Botafogo




A negociação entre Atlético-MG e Botafogo por Igor Rabello ganhou ares de novela. Depois de uma aproximação inicial entre as diretorias, as conversas esfriaram. O Galo , mas segue insistindo na contratação do jovem zagueiro, de 23 anos, que tem contrato até o fim de 2021. No Glorioso, o presidente Nelson Mufarrej tomou a frente das tratativas e tem feito jogo duro para vender sua joia, mesmo diante da crise financeira que o clube atravessa.


+ Veja quem chega e quem sai do Atlético-MG em 2019
+ Veja quem chega e quem sai do Botafogo em 2019


O Atlético-MG primeiro oferecereu R$ 12 milhões por 70% dos direitos econômicos de Rabello, maso Botafogo recusou. Em um segundo momento, o Galo manteve o valor, mas disponibilizou uma lista de jogadores para compor uma nova proposta. Por sua vez, o Glorioso fez uma contra-proposta pedindo R$ 15 milhões e dois jogadores em definitivo: o zagueiro Gabriel e o lateral-esquerdo Danilo Barcelos, que já tem um acerto com o Vasco.


O GloboEsporte.com apurou que a contraproposta não teve resposta ainda, e no grupo de WhatsApp da diretoria do Botafogo o vice-presidente geral, Carlos Eduardo Pereira, avisou que as negociações foram encerradas. É possível que elas sejam reabertas caso o Atlético-MG retorne com mais dinheiro, porém, o Glorioso trabalha com a ideia de esperar por propostas do exterior na janela de transferências internacionais da Europa que abre em janeiro.



Aos 23 anos, Igor Rabello tem 11 jogos e seis gols pelo Botafogo — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


A confiança do Botafogo em nova investida internacional vem do histórico sobre Igr Rabello em 2018. Em junho, o clube recebeu e aceitou uma oferta de R$ 25 milhões do Akhmat Grozny, da Chechênia, mas a proposta foi recusada pelo próprio zagueiro por causa do projeto esportivo e da pouca visibilidade do país. O General também foi observado ao longo da temporada por Udinese (Itália), Anderlecht (Bélgica), Basel (Suíça) e Werder Bremen (Alemanha).



O Atlético-MG conta com um parceiro financeiro para poder chegar a um valor que agrade ao Botafogo para liberar Igor Rabello, que hoje é o principal ativo dos cariocas. O defensor chegaria para ser titular da defesa atleticana, e o Galo usa o fato de jogar a Libertadores e uma valorização salarial como atrativos. O clube mineiro já contratou Réver, que estava no Flamengo, e mira o zagueiro alvinegro para fechar a meta de dois reforços para a zaga em 2019.


Igor Rabello tem 111 jogos e seis gols com a camisa do Botafogo, com multa rescisória de € 10 milhões (cerca de R$ 44 milhões). Em 2018, ele jogou 61 das 62 partidas do time na temporada, perdendo só uma por suspensão. Teve a maior minutagem entre jogadores da posição no Campeonato Brasileiro e fez parte de uma lista de monitoramento do técnico Tite. Convocado para as seleções de base, o zagueiro nunca foi chamado para a seleção principal.


Fonte: GE/Por Thiago Lima — Rio de Janeiro

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Novo vice comercial do Botafogo promete patrocínios para todo o uniforme em 2019: "Até no meião"


Ricardo Rotenberg se mostra otimista em aumentar receitas do clube com parcerias na iniciativa privada e projeta R$ 20 milhões só com a camisa, mas revela preocupação com "rombo de 2014"



Fred Gomes/GloboEsporte.com


Ex-vice de futebol na gestão Bebeto de Freitas, Ricardo Rotenberg mal assumiu a vice-presidência das áreas comercial e de marketing do Botafogo e já viu que terá muito trabalho pela frente. O substituto do exonerado Nelson Sant'Anna no cargo matou no peito a árdua missão de buscar novas fontes de receitas e já foi ao mercado. Em meio à rotina de conversas com empresas, ele arrumou um espaço na agenda e recebeu o GloboEsporte.com no jardim de seu apartamento em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para uma entrevista.


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Diante da crise financeira que o clube atravessa, uma de suas primeiras medidas no cargo será elevar o valor do uniforme alvinegro. Para isso, ele aposta em sua rede de contatos e promete preencher todos os espaços para venda com novos patrocinadores, até no meião. Desta forma, projeta chegar a R$ 20 milhões só com a arrecadação da camisa (o contrato atual da "Caixa Econômica Federal", que termina em fevereiro, paga R$ 10 milhões pelo patrocínio master).




Camisa do Botafogo e seus patrocínios fixos em 2018 — Foto: Divulgação


Uniforme do Botafogo em 2018 teve seis patrocinadores fixos: "Caixa Econômica Federal" no master; "Cercred" na barra frontal; "Neto's" na omoplata; "Pega Carga" na barra traseira; "Tim" no número; e "Baterias Baterax" no calção.


Durante 30 minutos de entrevista, Rotenberg explicou a motivação para voltar a ser vice-presidente depois de 10 anos, falou ainda sobre projeto com ídolos, naming rights para o Estádio Nilton Santos, expectativa de ajuda dos Irmãos Moreira Salles... E se mostrou otimista em aumentar as receitas do Botafogo em 2019. Porém, admitiu preocupação ao revelar o rombo do último ano da gestão de Maurício Assumpção, que vem refletindo em penhoras do clube na Justiça.



Confira a entrevista completa:


GloboEsporte.com: O que te levou a aceitar o convite do presidente e voltar a ser dirigente depois de tantos anos?

Rotenberg: – Eu estava acompanhando como assessor do presidente desde o último ano do Carlos Eduardo (Pereira), depois do Nelson (Mufarrej), e procurando colaborar o máximo possível nas reuniões da diretoria, de ideias, palpitando um pouco. Futebol como sempre todo mundo palpita. E aí fui surpreendido pelo convite do Nelson para assumir uma vice-presidência comercial, que é importante no Botafogo, todo mundo reclama há anos que a gente tem dificuldade de receita, de recursos pelo lado da despesa, que temos bastante.


– Eu aceitei de pronto e imediato porque acho que tenho condições de colaborar. Tenho uma vida organizada, que permite dar uma parte do meu tempo gratuitamente como colaborador ao Botafogo. Tenho uma gama de contatos muito grandes, e amigos com contatos grandes. Além de estarmos trabalhando em grupo, eu sou mais um na engrenagem. Botafogo não pode viver só de recursos da TV, da CBF... Temos que buscar parcerias na iniciativa privada e recursos que possam fazer com que o Botafogo fique mais forte, com mais dinheiro para investimento.




Rotenberg, então vice de futebol, na apresentação do zagueiro argentino Ferrero, em 2007 — Foto: Divulgação


Mas como será começar um trabalho comercial tendo receitas penhoradas pela Justiça?

– A perspectiva é muito boa nossa, estamos bastantes otimistas em termos de captação de recursos, mas preocupados pois, de fato, a herança do antecessor do Carlos Eduardo (Pereira) é inacreditável. É importante ressaltar um ponto para a torcida alvinegra: no último ano da gestão do senhor Maurício Assumpção, as dívidas que somam cerca de R$ 100 milhões estão todas caindo esse ano e no ano que vem. Estamos fazendo acordos, uma boa parte é dívida que a gente reconhece, mas não o valor, porque colocam extrapolados.


– São dívidas de jogadores, comissões técnicas, massagistas, preparadores físicos, fornecedores, financiadores privados de empréstimos sem garantias, mas assinados... O que nos atrapalha muito é que estaremos finalizando em 2018, 2019 e em uma parte de 2020, esses R$ 100 milhões que cairão completos para serem pagos por essa gestão. Qualquer jogador que você, torcedor, imagina que jogou no Botafogo naquele ano de 2014, o clube deve alguma coisa. Nos últimos semestres daquela gestão não se pagou nada.


– Hoje metade da nossa receita é para pagar dívidas, a outra metade é para gerir o clube como um todo, inclusive o futebol. Temos que pagar, faz parte dos nossos compromissos, tem outros clubes em situação parecida, mas ao mesmo tempo temos que aumentar a nossa receita. O Ato Trabalhista, em que pagamos R$ 1,9 milhões por mês, isso representa R$ 22 milhões por ano, e ainda temos mais seis anos de Ato Trabalhista. Mas esses jogadores e comissão técnica de 2014 não entraram no Ato (que foi feito antes).


– Por isso que é uma negociação à parte, e uma dor de cabeça monstruosa. Além disso, temos acordos pontuais que estamos fazendo: R$ 50 mil de um, R$ 70 mil de outro, R$ 20 mil de mais um... Soma tudo e chega aos R$ 6 milhões por mês. Pagamos mais de R$ 70 milhões de dívidas por ano. Se a gente acordar esses R$ 100 milhões deixados pelo senhor Maurício Assumção, nosso gasto vai pular de R$ 6 milhões para R$ 8,5 milhões por mês, R$ 130 milhões por ano. Isso diminui o que sobra. Então temos que aumentar o bolo para poder voltar ao normal.


E falando dos patrocínios atuais, como fica a situação da Caixa Econômica para 2019?

– A gente está muito satisfeito com a parceria que temos com a Caixa Econômica Federal. Acho que a Caixa poderia ter um valor maior para o Botafogo. O valor do Botafogo no mercado é maior do que ela nos paga, mas está havendo uma mudança de governo agora, a gente não sabe qual vai ser o comportamento da nova direção. Sei que a Caixa está muito satisfeita com o resultado, não é por menos, o Botafogo é maior em termos de exposição da marca da Caixa do que outros clubes que ela paga mais. Vamos também tratar de alternativas, todas elas na iniciativa privada. Se pudermos fazer uma composição, e a Caixa ficar, acho excepcional.


– Quero ressaltar uma coisa importante: o atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, é botafoguense e sempre nos ajuda muito. O futuro presidente que vai assumir, Jair Bolsonaro, é botafoguense e já mandou recado para nós de que está à disposição do Botafogo. O prefeito (Marcelo Crivella) ajuda muito o Botafogo, inclusive foi ele que deu o nome de Estádio Nilton Santos pelo decreto. E existem outros botafoguenses... Se alguém tem condições de conseguir patrocínio público, acho que quem tem mais é o Botafogo pelos parceiros alvinegros.




Rotenberg exaltou o fato de o Nilton Santos ser visto da Linha Amarela para patrocínio — Foto: Tatiana Zanatta


Aquele projeto de naming rights com a Caixa para o Estádio Nilton Santos ainda está em discussão?

– Acho que seja mais interessante para a iniciativa privada. Se a Caixa ficar no master, aí a nossa função será arrumar uma outra empresa, outra marca, que não seja concorrente da Caixa obviamente, que possa assumir o naming rights do estádio. E além disso, ela terá a visibilidade da Linha Amarela, nos dois sentidos, para 600 mil veículos por dia. Estamos buscando parceiros fortes para esse naming rights. Se a Caixa Econômica por acaso quiser assumir nessa negociação, que estamos iniciando em janeiro, também será ótimo. Mas não estamos trabalhando só a Caixa, temos outras opções que possam ser tão boas quanto.


E em relação ao uniforme, pretendem ter mais patrocinadores? Você é a favor dos patrocínios pontuais que o clube usou muito nos últimos anos?

– Vamos preencher todo o uniforme com publicidade no ano que vem, 100% preenchido, até no meião. Cada um com seu poder aquisitivo para comprar os espaços, com diversos preços. Acho que quando você usa patrocínio pontual é sinal de que não conseguiu vender tudo. Não vamos precisar usar porque vamos vender todos os nossos espaços, estamos com propostas para todos, inclusive os espaços alternativos eventualmente com a saída da Caixa Econômica.


Com os espaços 100% preenchidos, vocês estimam quanto de receitas com o uniforme?

– É uma boa pergunta. Depende muito do valor master que vamos vender, que representa 60%, 70% do valor total. Mas a gente espera chegar a mais de R$ 20 milhões.


Não só a camisa e o estádio, mas o Botafogo tem outras áreas para serem exploradas comercialmente. Que tipo de estratégias mais abrangentes vocês têm?

– As nossas sedes são espaços altamente privilegiados. Vamos buscar colocar publicidade nelas, o prefeito lançou um decreto que autoriza isso. Existe uma ideia de aproveitar a casa colonial do Botafogo, a sede, para em todo Natal, através de uma parceria, enfeitar, colocar música... Como se fez durante muitos anos no Banco de Boston na Praça Nossa Senhora da Paz. Seria um novo local de venda, onde estaria a marca do Botafogo com a marca comercial.


– Com relação ao fornecedor de camisa, já foi noticiado o que estamos fazendo (renovação com a Topper até o fim de 2019), é um caminho. Existe um projeto que quero levar adiante dos jogadores-embaixadores. Túlio, Loco Abreu, Jefferson... O Loco é um que temos uma dívida, e ele está disposto como atleta e torcedor do Botafogo a negociar e fazer parte de um esforço de marketing do clube. Vamos tratar disso, pois onde esses jogadores chegam, eles atraem muita gente.



Dá para explorar comercialmente o futuro CT também?

– Acho que sim. Time vai treinar lá, então vamos explorar, mas não é algo de grande valor. O que nós podemos fazer, porque lá no CT também terá o futebol amador, que será totalmente integrado ao futebol profissional do Botafogo, é aproveitar a Lei de Incentivo para financiar o CT. Estamos buscando fazer com a Lei de Incentivo do Imposto de Renda e de ICMS. Ali vai ser um espaço fantástico e certamente terá um resultado a curto prazo.




Vice comercial quer montar projeto de embaixadores com ídolos como Loco Abreu e Jefferson — Foto: Divulgação


Você falou de parcerias como jogadores que são ídolos, e o próprio Jefferson já demonstrou vontade em ajudar o Botafogo. Já rascunharam algum projeto para ele?


– Ele encerrou, saiu de férias e ficou de retornar para conversar na virada do ano sobre o que pretende fazer. Mas é isso, temos que explorar o potencial da torcida do Botafogo principalmente fora do Rio de Janeiro. Em toda parte do Brasil vamos explorar, e é bom o Jefferson não ir sozinho. Acho que é interessante se reaproximar do Loco, o Túlio nem se fala, é um "show man"... Podemos pensar em outros como o Dodô, por exemplo. Vi uma gravação dele dizendo que o clube que adora é o Botafogo, e a torcida tem um respeito enorme pelo futebol de qualidade que ele jogava.


– Jogador de seleção brasileira, com a camisa do Botafogo rendimento era fantástico. E tem outros mais velhos, que uma parte não viu jogar, como Jairzinho, Carlos Roberto, Mendonça... Nós valorizamos muito os nossos craques porque tivemos mais que os outros. Não adianta os outros falarem, o único clube que consegue listar craques é o Botafogo. Os outros listam bons jogadores, que se tornaram muito importantes para eles, mas não foram fundamentais no futebol brasileiro, que ganharam Copa do Mundo ou foram decisivos para o Brasil.


Que jogadores nesse elenco vocês vislumbram para serem garotos-propaganda?

– Eu acho que jogadores para serem propaganda, ídolos, têm que construir a história para virarem. O Carli é muito respeitado pela torcida; o próprio João Paulo; sem dúvida o nosso General Igor (Rabello) é um atleta excepcional; o Gatito, que para mim é hoje o candidato mais forte a ídolo do Botafogo. Acho que já é, a gente percebe quando os adversários respeitam muito. E tem um certo carisma pelo tipo dele, o nome associado a gato, tem aqueles memes de gato pulando na bola...


E vocês veem a necessidade de ter um jogador de peso para poder ser explorado mais comercialmente?

– A necessidade de trazer um ou mais jogador de peso é de dar um rendimento maior ao time. Quando você pega um jogador acima da média e junta a esse grupo do Botafogo atual, você cria uma liderança natural. A nossa questão é que o clube hoje não é um investidor, não tem grande capacidade de investimento. O maior potencial é a camisa do Botafogo, o poder de atrair jogadores querendo jogar aqui. Muitos que não tinham grande expressão vieram e cresceram: próprio Gatito, Bruno Silva, João Paulo, o Erik em três meses...


– Quem vem para o Botafogo e joga bem, multiplica o potencial comercial dele. Esse é o grande atrativo do Botafogo, não é o dinheiro que pode oferecer porque nós não temos. Mas é o clube que mais cedeu jogadores para a Seleção em Copas do Mundo; que tem a camisa conhecida no mundo inteiro; que é de uma cidade, junto com São Paulo, do principal centro de futebol do Brasil; que tem estrutura... Isso atrai jogadores e tem dado certo. A estratégia é essa, trazer jogadores que possam se encaixar, mas esta não é minha área. Eu no máximo sou um palpiteiro.




Dirigente recebeu a reportagem do GloboEsporte.com no jardim de seu apartamento — Foto: Fred Gomes


E muito se fala que a salvação financeira do Botafogo são os Irmãos Moreira Salles. Como pode ser essa ajuda deles para o clube?

– Eles se dispuseram a fazer uma auditoria completa, para saber o tamanho do buraco do Botafogo já incluindo essas dívidas recentes da gestão antecessora do Carlos Eduardo (Pereira). E após isso, estudar um modelo que poderia atrair não só eles, como outros investidores, botafoguenses ou não, para dentro do futebol. O modelo a ser criado não poderá ser mudado com a mudança de gestão. Existe uma governança que fará com que as decisões sejam tomadas com rigor muito profissional. O compromisso que eles têm é fazer esse levantamento, no momento é só isso.


– Depois vamos ver o que pode acontecer. Existem outros, em proporções diferentes, que possam não perder o dinheiro, mas a motivação é não ganhar dinheiro. Os que têm chance de entrar nesse projeto não têm interesse de fazer como negócio, mas sim de ajudar o time de coração deles. Que não seja gratuito, o dinheiro tem que retornar, mesmo que retorne para o neto deles. Isso vale para o (Carlos Augusto) Montenegro, os Moreira Salles...



Fonte: GE/Por Fred Gomes e Thiago Lima — Rio de Janeiro

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Botafogo anuncia seus primeiros reforços para 2019: Diego Cavalieri e Ferrareis


Goleiro e meia, emprestado pelo Internacional, assinam contrato por uma temporada no Alvinegro





Divulgação / Botafogo


O Botafogo anunciou oficialmente na tarde desta quinta-feira os seus primeiros reforços para 2019: Diego Cavalieri e Ferrareis. O goleiro, que irá substituir Gatito Fernández em suas convocações para a seleção do Paraguai, e o meia, emprestado pelo Internacional, assinaram contrato por uma temporada com o Alvinegro e se apresentarão ao clube para a pré-temporada no início de janeiro.


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Apesar de não se enquadrar nas características buscadas pela comissão técnica, que desejava a princípio um jovem substituto, o nome de Cavalieri foi sugerido internamente e agradou. Aos 36 anos, o experiente goleiro estava livre no mercado após defender o Crystal Palace, da Inglaterra, no primeiro semestre de 2018, mas não chegou a entrar em campo. Pesou para o acerto a vontade de trabalhar com o preparador Flávio Tênius e a chance de jogar com as muitas convocações de Gatito.


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Por sua vez, Ferrareis chega ao clube após se destacar na última Série B pelo Figueirense, onde estava emprestado. O meia, atualmente com 22 anos, surgiu no Internacional no ano em que o time acabou rebaixado e acabou não tendo sequência. No Botafogo. será o terceiro empréstimo do meia, que chegou a atuar como volante no início da carreira. Ele chegará para uma posição carente do elenco alvinegro, que conta apenas com Leo Valência, Marcos Vinícius e Leandrinho.


Fichas técnicas:



Botafogo F.R. ✔@Botafogo


Bem-vindo ao BOTAFOGO, Diego Cavalieri! Aqui a nossa tradição é de grandes goleiros! #VamosFogão


Nome: Diego Cavalieri
Nascimento: 01/12/1982, em São Paulo-SP
Altura e peso: 1,89m e 86kg
Clubes: Palmeiras, Liverpool (ING), Cesena (ITA), Fluminense, Crystal Palace (ING) e Botafogo



Botafogo F.R. ✔@Botafogo



Meia Gustavo Ferrareis assinou, nesta quinta-feira, contrato com o BOTAFOGO! Seja bem-vindo ao clube mais tradicional! #VamosFogão


Nome: Gustavo Henrique Ferrareis
Nascimento: 02/01/1996, em Lençóis Paulista-SP
Altura e peso: 1,77m e 71kg
Clubes: Internacional, Bahia, Figueirense e Botafogo


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro

Com ombro recuperado, Carli sua camisa nas férias e garante 100% até a pré-temporada do Botafogo


Na Argentina com a família, Xerife mantém rotina de treinos de olho em novas conquistas após viver seu "momento mais especial da carreira" em 2018: "Podemos ter um 2019 ainda melhor"






Com ombro recuperado, Carli trabalha duro e mantém rotina de treinos nas férias — Foto: Arquivo Pessoal



Fora das três últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, Carli deixou a torcida do Botafogo preocupada com a lesão sofrida na articulação do ombro esquerdo, durante a vitória por 1 a 0 sobre o Internacional. Um mês depois, o Xerife alvinegro garante já estar recuperado, apesar de ainda ter alguns cuidados de movimento, e promete chegar 100% na pré-temporada. Para isso, vem soando a camisa nas férias em Mar del Plata, na Argentina.


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Referência na "Era pós-Jefferson", o zagueiro divide o período de lazer com a família em sua cidade natal com treinos na praia. Em entrevista ao GloboEsporte.com, ele fez um balanço de 2018, ano em que viveu o "momento mais especial da carreira" com o gol do título carioca; projetou um 2019 ainda melhor; fez lobby pela renovação de Zé Ricardo; torce para a permanência de Igor Rabello e disse que seus empresários, Alexandre Oliveira e Diogo Martins, também foram procurados.




Thiago Lima ✔@tdellima


Animado para 2019, Carli treina na praia nas férias em Mar del Plata, na Argentina, e se mostra recuperado de lesão no ombro que o tirou das três últimas rodadas do Campeonato Brasileiro #gebota


Confira a entrevista completa:

GloboEsporte.com: Como está sua rotina nas férias?

Carli: – É o momento que temos para descansar. Estou na Argentina e curtindo ao lado da minha família e dos amigos. Sempre que posso procuro ficar ao lado deles. Como estou jogando no Brasil, a cada momento que tenho com eles se torna ainda mais especial.



E o ombro, ainda dói? Tem feito tratamento ainda?

– Já melhorou bastante. Fiquei muito chateado quando soube que estava fora da reta final do Campeonato Brasileiro. Acompanhei o time mesmo sem poder atuar, assistia aos jogos e tentava passar força para o grupo. Ainda tomo alguns cuidados com o ombro, mas nada de muito especial.




Xerife curte as férias na Argentina com a mulher, Mariela, e os filhos Avril e Valentin — Foto: Arquivo Pessoal


A torcida pode ficar tranquila que você estará 100% na pré-temporada?

– Com toda certeza. Eu me cuido bastante. Sei que a carreira de atleta pede isso e sempre entendi essa situação. Mesmo nas férias, procuro me cuidar para não voltar atrás, sobretudo, na parte física.


Imagino que 2018 tenha sido especial para você pelo gol na final do Carioca e o título. Qual balanço você faz do ano?

– Posso dizer que esse gol foi o momento mais especial da minha carreira até agora. Foi uma sensação incrível. Estádio lotado, dramaticidade e circunstância da partida. Foi incrível. Acho que o balanço foi positivo. Conquistamos o ano com título e tivemos uma arrancada muito boa na reta final do Campeonato Brasileiro. Tivemos dificuldades e oscilações, mas isso toda equipe acaba passando em algum momento.


Ainda assiste muito aquele seu gol na final?

– Sim, claro. Gosto de rever a reação dos meus companheiros e da torcida. Não sou muito de acompanhar rede social, mas até postei no meu Instagram esse momento após o gol (veja abaixo). Realmente foi algo marcante.


Fica alguma lição de 2018 para o Botafogo levar para 2019?

– Todo ano serve de aprendizado. Eu, particularmente, sempre faço uma análise e avalio no que eu posso melhorar no meu jogo. Tenho certeza que podemos ter um ano de 2019 ainda melhor.


Depois de três anos de Botafogo e o primeiro título, qual sua expectativa para 2019?

– A nossa expectativa é de realizar o melhor trabalho possível. Com a ajuda do nosso torcedor, tenho certeza que podemos almejar grandes objetivos e obter conquistas.


Te deixa preocupado essa possível venda do Igor Rabello, que foi seu maior parceiro de zaga no Botafogo?


– É uma situação engraçada. Aprendemos muito um com o outro e jogamos bem juntos. É claro que quero a permanência do Igor, mas entendo que esse é um assunto particular de cada atleta. Espero que ele se sinta feliz com a escolha. Com certeza o Botafogo ganharia muito com a permanência dele.




Xerife torce pela permanência da dupla de zaga com Igor Rabello em 2019 — Foto: Satiro Sodré/SSPress/Botafogo



E você, chegou a receber alguma proposta de outro clube nesta janela?

– Eu sempre tive o sonho de atuar no futebol brasileiro. Os meus empresários me ajudaram muito e me proporcionaram isso. Quando soube do interesse do Botafogo, não pensei duas vezes. Hoje tenho certeza que o sonho se tornou uma escolha acertada. Tive, sim, ofertas, mas, sinceramente, não me preocupo com isso no momento. Deixo tudo a cargo dos meus empresários.


Para você, quanto é importante a renovação do Zé Ricardo até o fim de 2019?

– Acho primordial. O Zé chegou, e o grupo assimilou bem a filosofia de trabalho dele. Ele teve grande importância nessa nossa evolução. Todos no clube gostam dele, e isso facilita demais o trabalho.


Você já é o capitão do time e uma das lideranças do elenco. Está pronto para ser uma referência no clube como foi o Jefferson?

– Acho que não dá para ocupar o lugar do Jefferson. Ele é um símbolo do clube, mas tento dar a minha parcela de contribuição. Todos no grupo me conhecem e sabem que, quando eu cobro, só penso no melhor para o jogador e também para a equipe. Os conselhos que dou aos mais jovens, eu recebi quando tinha a idade deles.




Capitão alvinegro, Carli defendeu a renovação de Zé Ricardo até o fim de 2019 — Foto: Fred Gomes



Acompanhou a final da Libertadores entre River e Boca? Você, como argentino, o que achou?

– Acompanhei sim. Achei dois grandes jogos. Equipes com talentos individuais, muita força ofensiva e consistência na defesa. Só lamento o que aconteceu fora de campo. É muito triste. Foge do que é futebol. Felizmente, tudo ficou tranquilo no segundo jogo.


Sonha em disputar uma decisão sul-americana também? Dá para imaginar o Botafogo na final da Sul-Americana em 2019?

– Com toda certeza. Saímos da competição com o sentimento que poderíamos chegar mais longe. Fizemos um grande segundo jogo contra o Bahia e acabamos caindo nos pênaltis. Aprendemos com os erros. Vamos em busca desse título em 2019.


Fonte: GE/Por Felippe Costa, Fred Gomes e Thiago Lima — Rio de Janeiro

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Botafogo e Corinthians deixam encaminhada troca do jovem Caio Alexandre por dupla Jean e Moisés


Clubes avançam em negociação que levará joia de 19 anos para o Timão e manterá volante e lateral-esquerdo no Glorioso em definitivo. Percentual de direitos econômicos serão repartidos





GloboEsporte.com



Botafogo e Corinthians estão próximos de oficializarem uma troca de jogadores: o jovem volante Caio Alexandre de 19 anos, cobiçado pelo Timão a pedido do técnico do sub-20 Eduardo Barroca, pela dupla Jean e Moisés, que já estavam no Alvinegro Carioca por empréstimo em 2018. A informação foi divulgada pelo jornal "Lance!" e confirmada pelo GloboEsporte.com.



Caio Alexandre comemora gol sobre o Corinthians no sub-20 — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo


Os clubes vêm conversando nas últimas semanas e deixaram o acerto encaminhado. A reportagem apurou que a pendência está sobre a repartição dos direitos econômicos na troca. A tendência é que o Corinthians fique de 60% a 70% dos direitos de Caio Alexandre, e o Botafogo tenha uma porcentagem equiparada da dupla do Timão. A diretoria carioca também solicitou na negociação o abatimento de uma dívida de aproximadamente R$ 1 milhão com os paulistas.


Volante da base do Botafogo, Caio Alexandre foi um pedido do técnico do sub-20 do Corinthians, Eduardo Barroca, que trabalhou com o garoto no clube. Ele se destacou na campanha até a semifinal da Copa do Brasil da categoria e foi chamado junto com outras promessas do Brasil para treinar com a Seleção na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), na preparação para a Copa do Mundo; e ganhou valorização com a renovação de contrato em General Severiano até o fim de 2020.



Emprestados pelo Corinthians em 2018, Jean e Moisés viraram titulares no Botafogo — Foto: André Durão



Jean, de 24 anos, que já tinha trabalhado com Zé Ricardo no Vasco, reencontrou o técnico no Botafogo e fez 17 jogos na temporada, a maioria como titular. Também fez um gol e deu três assistências. Mas uma lesão na coxa esquerda o tirou da reta final do Brasileiro. Por sua vez, Moisés, de 23 anos, disputou 40 jogos pelo Botafogo, deu duas assistências e agradou, apesar de ter perdido o pênalti da eliminação da Copa Sul-Americana.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com* — Rio de Janeiro e São Paulo *Participaram da cobertura Felippe Costa, Fred Gomes, Marcelo Braga e Thiago Lima.

Tribunal penhora R$ 6,4 milhões da venda de Matheus Fernandes por ação de Oswaldo de Oliveira


Botafogo afirma que decisão de juíza substituta é "descabida" e entra com recurso nesta quarta-feira. Técnico se diz satisfeito com resultado de ação




O Botafogo sofreu um duro golpe na tentativa de equilibrar suas contas. A juíza substituta da 14ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) determinou a penhora do valor referente à venda de Matheus Fernandes ao Palmeiras. Tudo por conta do processo trabalhista movido pelo técnico Oswaldo de Oliveira contra o Alvinegro. O valor determinado na penhora é R$ 6,4 milhões, e o caso foi confirmado pelo clube. O jogador de 20 anos foi negociado por aproximadamente R$ 15 milhões (referentes a 75% dos direitos econômicos) e anunciado oficialmente nesta quarta-feira pelo Palmeiras.


Segundo o Botafogo, entretanto, a decisão da juiza substituta contraria a determinação do juiz titular da 14ª Vara, que anteriormente indeferiu o pedido de penhora feito pelos representantes legais do treinador. Por isso, o clube vai recorrer da decisão.



Matheus Fernandes foi anunciado pelo Palmeiras nesta quarta-feira — Foto: Fabio Menotti/Ag. Palmeiras/Divulgação


- O Botafogo já está tomando as providências para reverter essa penhora, que é descabida. Entramos com o recurso hoje. Não caberia à juíza substituta reapreciar uma decisão definitiva já tomada pelo titular. Por isso pedimos que ela reconsidere a sentença. Caso isso não ocorra, vamos recorrer junto ao tribunal - explicou Domingos Fleury, vice-presidente jurídico do Botafogo.


Ainda de acordo com a diretoria alvinegra, o valor pedido por Oswaldo de Oliveira ainda pode ser reconsiderado. Isso porque ainda não houve qualquer audiência entre as partes e, assim, não começaram as negociações por um possível acordo.


- O valor da dívida ainda não foi consolidado pelo TRT. Então é um cálculo para cima, exagerado - observou Fleury.


Oswaldo de Oliveira trabalhou no Botafogo de dezembro de 2011 a dezembro de 2013. Neste período conquistou o Campeonato Carioca de 2013 e levou o time de volta à Libertadores após 18 anos de ausência. Atualmente ele comanda o Urawa Reds, do Japão.


Em nota, Oswaldo de Oliveira comentou a decisão judicial:



"Recebi com extrema felicidade a decisão de excelentíssima juíza (...) que na prática, de forma acertada, garante a futura efetividade daquilo que me foi deferido em ação trabalhista movida contra o Botafogo (...).


Tenho enorme apreço pela instituição Botafogo de Futebol e Regatas, que, em nenhum momento quis ou quero prejudicar. Contudo, não tendo recebido aquilo que foi acertado pelo trabalho executado, a mim não coube alternativa senão lutar - e seguirei lutando até o final - para que os meus direitos sejam respeitados."


Fonte: GE/Por Gustavo Rotstein e Janir Júnior — Rio de Janeiro

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Botafogo e Corinthians negociam troca de Jean e Moisés por joia


Caio Alexandre está com a ida para o Timão encaminhada, em negócio envolvendo o lateral-esquerdo e o volante, que estão muito perto de permanecer no Glorioso





Moisés e Jean fizeram 40 e 17 partidas pelo Botafogo em 2018, respectivamente (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Aos poucos, as negociações do Botafogo vão se concretizando. Com as chegadas do volante Alan Santos e do goleiro Diego Cavalieri praticamente sacramentadas, o Alvinegro também está por detalhes de anunciar a permanência de Moisés e Jean, em definitivo. E vai além. Segundo o apurado pelo LANCE!, Caio Alexandre, meio-campista do sub-20, está envolvido no novo acordo e na iminência de reforçar o Timão.

Emprestados pelo clube paulista ao longo deste ano, Moisés e Jean, a partir de 2019, passariam a ser atletas do Botafogo. Os tempos de contrato, contudo, estão sendo estudados pelas diretorias. Ao que tudo indica, a corintiana ainda receberá uma compensação financeira para a conclusão das transferências.

Moisés e Jean são tidos como nomes importantes para o elenco do Botafogo. Ambos são jovens, com 23 e 24 anos, respectivamente, e titulares da equipe de Zé Ricardo. No Corinthians, que atualmente detém os direitos econômicos de ambos, o lateral-esquerdo e o volante dificilmente teriam espaço na próxima temporada, com o técnico Fábio Carille.



Caio: em acordo ainda sendo costurado, é possível que o Botafogo fique com parte dos direitos econômicos do jovem (Foto: Divulgação)


Por sua vez, Caio Alexandre, entrelaçado no acordo e de 19 anos, é monitorado pelo Timão há alguns meses. O bom relacionamento entre os clubes é algo que deve acelerar a encaminhada negociação e levar o jovem promissor, um dos capitães do time sub-20, ao Centro de Treinamento Joaquim Grava. É provável que os clubes firmem uma condição para que o Botafogo permaneça com parte dos direitos econômicos do jovem.


Fonte: Lancenet/Guilherme Amaro e Lazlo Dalfovo/Em São Paulo e no Rio de Janeiro (RJ)

Opinião: Botafogo não deve vender Igor Rabello agora


Clube precisa mudar fama de mau negociador e pode conseguir melhor preço na janela de junho



Vitor Silva / SS Press / BFR


Aos 23 anos, Igor Rabello é um dos jogadores que mais tem agitado o mercado brasileiro neste fim de 2018. A revelação do Botafogo teve o nome ligado a Flamengo e Palmeiras no noticiário e recebeu uma proposta de R$ 12 milhões (por 70% dos direitos econômicos) do Atlético-MG, que continua insistindo após ouvir o primeiro "não" dos cariocas. Na iminência de outras ofertas, há um dilema nos corredores de General Severiano: é o momento de vender o zagueiro?


Internamente, tem os que acreditam que sim, devido à dura realidade financeira que o clube atravessa: devendo salários e sem perspectivas de grandes contratações. Por outro lado, outros lá de dentro consideram que vender o General (apelido que ganhou desde os tempos de Náutico) agora acarretaria em um arrependimento futuro, analisando a valorização que o zagueiro, que tem contrato até o fim de 2020, vem adquirindo nos últimos anos.


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Que sejam R$ 12, R$ 15, R$ 20 milhões... Qualquer valor representaria um alívio momentâneo nos cofres alvinegros, mas não resolveria os problemas do clube, dono de uma dívida de aproximadamente R$ 700 milhões (a maior do futebol brasileiro). Grande parte do débito está equacionado pelo Profut, mas o Botafogo precisa continuar sendo competitivo enquanto economiza. O famoso "trocar o pneu com o carro andando".


Só com a barca de jogadores que zarpou de General Severiano, incluindo a aposentadoria do ídolo Jefferson, já gerou uma redução de despesas com a folha salarial em quase R$ 1 milhão. E já que vendeu o Matheus Fernandes para o Palmeiras e deu um respiro financeiro, o Botafogo deveria segurar o Igor Rabello em prol de uma maior valorização. Se a joia em lapidação custou R$ 15,2 milhões, o zagueiro, que é um jogador já pronto, vale mais que isso.



Igor Rabello curte férias em Paris enquanto aguarda seu destino em 2019 — Foto: Divulgação



Prova disso foi a proposta recebida em junho de R$ 25 milhões do Akhmat Grozny, da Chechênia. O General vem sendo observado pelo futebol europeu não é de hoje e já foi procurado por Udinese (Itália), Anderlecht (Bélgica), Basel (Suíça) e Werder Bremen (Alemanha). A janela atual da Europa, de meio de temporada, é a chamada de "reposição", então se não chegarem ofertas do exterior agora, são grandes as chances de isso acontecer em junho, quando são feitas as montagens dos elencos.


E basta uma convocação para a Seleção, ainda mais em ano de Copa América, que seu preço se multiplicará no mercado. Entre os jovens e promissores zagueiros do país, Igor é o que tem mais potencial para ser lembrado por Tite. Em 2018, ele jogou 61 das 62 partidas do Botafogo, perdendo só uma por suspensão. Teve a maior minutagem entre jogadores da posição no Campeonato Brasileiro, fora o perfil europeu: alto (1,90m), sem histórico de lesões e que leva poucos cartões.


Igor Rabello tem 111 jogos e seis gols com a camisa do Botafogo.


Além da aposta financeira, segurá-lo por mais tempo significa rendimento em campo também. Igor formou junto com Carli uma dupla de zaga segura. E se sair agora, o Botafogo não tem substituto para ele. Emprestado pelo Corinthians, Yago foi devolvido, enquanto Marcelo Benevenuto geralmente não atua do lado esquerdo da defesa. E os recém-promovidos da base, Kanu e Helerson ainda estão "verdes". Ou seja, o clube teria que gastar no mercado para repor.


Com multa de € 10 milhões (cerca de R$ 44 milhões), o General pode até mesmo superar os R$ 31 milhões de Vitinho e se tornar a maior venda da história do clube. "Ah, mas é raro oferecerm isso por um zagueiro brasileiro". Já aconteceu, e não foram poucas vezes: Breno foi vendido pelo São Paulo por € 12 milhões para o Bayern de Munique; Alex saiu do Santos por € 11,5 milhões para o Chelsea; Jemerson e Edmílson foram comprados por € 11 milhões por Monaco e Lyon; Henrique, Thiago Silva e Gil custaram exatos € 10 milhões para Barcelona, Milan e Shandong Luneng; etc.



Igor formou com Carli uma das melhores duplas de zaga do Brasil nos últimos anos — Foto: CRISTIANE MATTOS/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO


Mas para isso, o Botafogo precisa mudar a sua fama de mau vendedor no mercado. Enquanto Flamengo, Fluminense e Vasco conseguem vendas de altas cifras para fora do país, o Alvinegro depois de Vitinho em 2013 tem como suas maiores vendas os R$ 17,7 milhões de Dória, para o Olympique de Marseille em 2014, e os R$ 16,5 milhões de Elkeson, para o Guangzhou Evergrande em 2012, quase metade do valor da primeira. É preciso saber negociar, ser persistente e paciente para conseguir as melhores ofertas.


É claro, futebol não é ciência exata. Mas, nesse caso, vale a aposta.


Fonte: GE/Por Thiago Lima — Rio de Janeiro