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sábado, 13 de abril de 2019

Diretoria do Botafogo se reúne, e Eduardo Barroca ganha ainda mais força para assumir o time


Técnico do time sub-20 do Corinthians vira favorito em General Severiano para substituir Zé Ricardo. Diretoria, no entanto, ainda não fez proposta e avalia outros nomes no mercado


Eduardo Barroca está ainda mais cotado para assumir o time do Botafogo. A diretoria alvinegra se reuniu na manhã deste sábado, em General Severiano, e o nome do atual técnico da equipe júnior do Corinthians foi o mais elogiado pelos dirigentes.



Barroca em partida do sub-20 do Corinthians — Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag.Corinthians


Quem comandou o encontro foi o presidente do clube, Nelson Mufarrej. O Alvinegro não fez proposta ao treinador e nem sequer entrou em contato com o Corinthians. Os dirigentes ainda estudam o melhor alvo, e outros nomes não estão descartados. A contratação de Barroca, no entanto, é vista com entusiasmo.


- Não posso falar nada porque não fui convidado. Não houve contato algum do Botafogo - disse Barroca em rápido contato com a reportagem do GloboEsporte.com.


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A favor do treinador há a relação recente com o Botafogo. Ele trabalhou nas divisões de base de 2016 a 2018. Saiu de General Severiano com alguns títulos na bagagem, como o Campeonato Carioca e o Campeonato Brasileiro. No futebol profissional, já foi auxiliar em comissões técnicas de Bahia, Fluminense, Vasco e do próprio Botafogo.


Se confirmado como sucessor de Zé Ricardo, Eduardo Barroca, de 37 anos, terá a primeira experiência no comando técnico de uma equipe profissional. Outros nomes menos cotados na pauta alvinegra são Dorival Junior, Jair Ventura e Vanderlei Luxemburgo.


Fonte: GE/Por Edgard Maciel de Sá e Fred Gomes — Rio de Janeiro

Time que não deu liga, semana crucial e queda no estadual: por que Zé Ricardo deixou o Botafogo


Após saída precoce no Carioca e empate com o Juventude no Rio, Zé sabia que eliminação na Copa do Brasil interromperia seu trabalho; multa não é superior a dois salários do técnico





André Durão



Só a classificação diante do Juventude, na quarta fase da Copa do Brasil, livraria Zé Ricardo da demissão. E ele sabia disso. O treinador, agora ex-Botafogo, teve conversas com a diretoria, e o famoso "conjunto da obra", principalmente de janeiro para cá, pesou para a interrupção do trabalho. Abaixo os principais pontos que fizeram Zé deixar o Glorioso após oito meses.


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Time não dá liga em 2019
Depois de um fim de 2018 promissor, com um time organizado, compacto e rápido no contra-ataque, Zé renovou contrato com o Botafogo na condição de uma das prioridades da direção. Foi valorizado, inclusive, na ampliação do vínculo até dezembro.


Ao optar por um elenco mais enxuto e diante da necessidade de fazer caixa, o Botafogo perdeu mais de um time completo de jogadores, entre eles os importantes Igor Rabello, Matheus Fernandes e Rodrigo Lindoso. Iniciou a temporada também sem Carli e Valencia, titulares que apresentaram lesões ainda na preparação.


Com isso, o time perdeu padrão, entrosamento e organização. Chegaram oito reforços, mas somente Gabriel e Alex Santana engrenaram e tornaram-se titulares absolutos - Cícero e Diego Souza foram contratados posteriormente. Estava claro de que Zé não havia encontrado o time ideal do Botafogo. E o departamento de futebol debatia isso internamente com o treinador.



Peso da queda no estadual

Atual campeão carioca, o Botafogo não priorizava a conquista do estadual. Isso estava claro no planejamento alvinegro. Observações e testes para dar rodagem à equipe estavam previstos, e as principais metas da direção para este início de ano eram as classificações nos torneios de mata-mata. A questão financeira, obviamente, explicava tal direcionamento.


O comando do futebol, porém, contava com a participação da equipe pelo menos nas finais de turnos ou nas semifinais do Carioca. O oitavo lugar na classificação geral, e as eliminações nas primeiras fases da Taça Guanabara e da Taça Rio não foram digeridas internamente e externamente.




Botafogo ficou no empate por 2 a 2 com o Americano — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



Diretoria e torcida cobraram fortemente o departamento de futebol e Zé Ricardo. O empate com o Americano por 2 a 2 na despedida do Alvinegro da competição, mesmo com o time praticamente eliminado, pegou mal. Antes do jogo, Zé ouviu de um dos dirigentes: "ganhe do Americano". O time, entretanto, tropeçou e não foi bem em Bacaxá.



Jogo em Caxias vira decisão

Com as constantes conversas com o departamento de futebol de que o time não tinha encaixado e principalmente após o empate por 1 a 1 com o Juventude no Rio, Zé Ricardo estava ciente: o jogo em Caxias do Sul havia virado o definidor de seu futuro no Botafogo.


A equipe mais uma vez não se encontrou, e a eliminação, que representou o fim das chances de almejar uma robusta premiação (o campeão da Copa do Brasil leva R$ 70 milhões), determinou a demissão de Zé Ricardo - seu auxiliar, Cleber dos Santos, saiu junto.



Multa não corresponde ao restante do contrato

Diferentemente do que muitos torcedores imaginam, a multa pela rescisão não será tão agressiva aos já combalidos cofres alvinegros. O Botafogo não pagará o restante do contrato, antes válido até dezembro deste ano.


Terá de ressarcir o treinador em cerca de R$ 500 mil, o correspondente a dois meses de salário que ele recebia.


Zé Ricardo dirigiu o Botafogo de agosto de 2018 a abril deste ano. Foram 41 jogos, 17 vitórias, 11 empates e 13 derrotas - aproveitamento de 50% (conquistou 62 de 123 pontos possíveis).


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro