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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Com estreia, Botafogo recebe o líder Cruzeiro no Maracanã


Atacante Rogério fará a primeira partida com a camisa alvinegra



Botafogo e Cruzeiro jogam sábado,
às 18h30, no Maracanã
Em meio ao caos que vive atualmente, com atrasos salariais e insatisfação dos jogadores, o Botafogo tem ao menos uma boa notícia para a partida contra o Cruzeiro, neste sábado, às 18h30, no Maracanã. O atacante Rogério treinou durante toda a semana entre os titulares e teve a estreia confirmada pelo técnico Vagner Mancini.

O atacante, ex-Náutico, entrará no lugar de Yuri Mamute, titular na última partida do Glorioso, a derrota por 1 a 0 para o Flamengo, no domingo. A expectativa de Mancini era que Rogério fosse titular já no clássico, mas a regularização do jogador não foi feita a tempo.

- Ele está confirmado na escalação. O Rogério tem uma maneira de jogar um pouco diferente. É um atleta de força, velocidade e que ajuda a recompor a marcação. Pode dar uma assistência ao Emerson e não sobrecarregá-lo no jogo. Espero que ele possa render o futebol que ele jogou no Náutico, e muito bem. Nós temos o Wallyson, o Mamute e essas opções te proporcionam um leque maior para usar um ou outro, dependendo das estratégias que forem montadas - disse o técnico Vagner Mancini.

Para o confronto com a Raposa, Mancini não poderá contar com o volante Airton, suspenso após levar o terceiro cartão amarelo contra o Rubro-Negro. Com isso, Edilson volta a ser improvisado no meio de campo e Lucas assume a lateral direita.

CRUZEIRO TEM APENAS UMA MUDANÇA

O Cruzeiro está definido para a partida. Marcelo Oliveira não tem dúvidas e vai repetir boa parte da formação que goleou o Figueirense, por 5 a 0, durante a rodada passada, no Mineirão. A única modificação é a entrada de Mayke pelo lado direito do sistema defensivo.

O jovem lateral será o substituto de Ceará, com uma lesão muscular na coxa direita diagnosticada. A mudança foi confirmada pelo treinador nas atividades táticas comandadas no decorrer da semana. Na véspera da partida, ele aproveitou para fazer uma cobrança ao novo titular.

– Todo os dois jogadores, tanto o Mayke quanto o Ceará são eficientes e precisam fechar a linha de quatro quando o time está sendo atacado. Dou liberdade para atacar, ser ofensivo. Então, a gente está absolutamente tranquilo e entendo que o Mayke pode cumprir o seu papel e ajudar – disse Marcelo Oliveira.

Nos outros setores da equipe, o treinador não promoverá mudanças. Mesmo com a recuperação total de Dagoberto, o meia-atacante Marquinhos segue entre os titulares na linha de frente. Willian ainda não foi regularizado. O atacante, portanto, aguarda a divulgação de seu contrato no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para reunir condições de jogo no Brasileirão.

FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO X CRUZEIRO

Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 1/8/2014 – às 18h30
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Assistentes: Vicente Romano Neto (SP) e Herman Brumel Vani (SP)

BOTAFOGO: Jefferson; Lucas, Bolívar, Dória e Junior Cesar; Gabriel, Edilson, Bolatti e Carlos Alberto; Rogério e Emerson - Técnico: Marcelo Oliveira.

CRUZEIRO: Fábio; Mayke, Léo, Dedé e Egídio; Henrique, Lucas Silva, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart; Marquinhos e Marcelo Moreno - Técnico: Marcelo Oliveira.


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Torcida se reúne com dirigentes no Engenhão. Em General, rojões são disparados


Encontro foi realizado após o treinamento desta sexta-feira, na sala de imprensa




Reunião da torcida do Botafogo com a diretoria,
no Engenhão (Foto: Divulgação)
Além de conversar com alguns jogadores do time na saída do Engenhão, após o treinamento, líderes de torcidas organizadas do Botafogo tiveram uma reunião com dirigentes do clube nesta sexta-feira. O encontro, que aconteceu na sala de imprensa do estádio, serviu para que os torcedores manifestassem apoio ao grupo, mas teve principalmente cobranças por uma solução quanto aos salários e sugestões para melhorias no clube.

Participaram da reunião, pela diretoria do clube, Anibal Rouxinol, gerente executivo, Wilson Gottardo, diretor técnico, e Bernardo Arantes, assessor executivo.

- Fizemos um pacto de que vamos apoiar incondicionalmente e se tiver que vaiar, será somente no fim dos jogos. Em contrapartida eles vão tentar resolver a questão dos salários. Disseram que a esperança é o desbloqueio das verbas e a volta para o ato - disse Rodrigo Mancha, presidente da Fogoró e membro da Associação de Torcidas Organizadas do Botafogo. Ele foi um dos presentes na reunião com a diretoria.






Durante o encontro, o grupo também fez algumas sugestões para tentar ajudar o clube e pediu redução no valor dos ingressos.

- Pedimos a redução no preço dos ingressos, a abertura de um link com o comercial para realizarmos eventos para ajudarmos o clube, e para criarmos um Botafogo e criarmos um mecanismo parecido com o Botafogo sem dívidas, mas que o dinheiro vá direto para o clube - completou Rodrigo.

Protesto em General com morteiros

Enquanto as conversas pela manhã foram pacíficas, no início da tarde desta sexta-feira um outro grupo de torcedores fez um protesto em General Severiano contra a diretoria do Botafogo. Até morteiros foram disparados na entrada de sede alvinegra.

Na terça-feira, um grupo de botafoguenses já havia invadido General Severiano para protestar contra a diretoria, mas não encontrou nenhum integrante da cúpula alvinegra no local.

Alexandre Braz e Rodrigo Ciantar -  LANCENET!

Vagner Mancini, técnico do Botafogo, desabafa: ‘Estou chateado. Tudo tem um limite na vida’



Apesar das dificuldades, Vagner Mancini não se arrepende de ter acertado com o Botafogo Foto: Gustavo Miranda / Agência O Globo
O técnico Vagner Mancini chegou ao Botafogo no dia 15 de abril e, em pouco tempo, seus sonhos foram atropelados por um pesadelo maior: salários atrasados e jogadores insatisfeitos fazem parte da deprimente rotina alvinegra.

Seu salário também está atrasado?

Vou para o quarto mês de atraso de imagem. Do salário da carteira, recebi até agora o pagamento equivalente a um mês e meio de trabalho.

Como avalia a crise do Botafogo?

A situação está muito difícil. Qualquer ser humano é capaz de imaginar o quando é complicado ficar tantos meses sem dinheiro.

A crise está desmotivando o time?

Nosso ambiente é maravilhoso. Por isso, estamos de pé ainda. Há um comprometimento muito grande. Se não fosse assim, eu não estaria aqui. Mas quase todas as semanas a gente tem que contornar alguma coisa. Com sinceridade, eu não vejo os jogadores correndo, treinando ou jogando abaixo do que podem. Mas acho que o cara talvez não consiga se preparar devidamente. Quando tem algum problema emocional ou pessoal, você não consegue se entregar ao máximo. A falta de pagamento atrapalha a preparação. Não adianta o jogador querer ficar feliz no domingo para entrar em campo e jogar, se na segunda-feira, na terça, na quarta, na quinta, na sexta e no sábado ele não estava feliz. Então, de certa forma, atrapalha.

Como os jogadores de salário mais baixo conseguem se virar sem salário?

Não vou citar nomes, mas um ou outro jogador com situação financeira mais equilibrada tem socorrido os demais. Temos jogadores no Botafogo, os mais experientes do grupo, que agem como se tivessem sido escolhidos a dedo para passar por essa situação.

Está decepcionado?


Não sei se o termo é "decepcionado". Tenho tentado de todas as formas mostrar que a única maneira que temos de reivindicar algo é ganhando as partidas. Estou focado nisso. O futebol me deu condição de suportar por um tempo essa situação, mas, como todo mundo, estou chateado.

Está, então, arrependido de ter aceitado o convite do Botafogo?


É engraçada essa pergunta, porque não me arrependo. Ainda tenho expectativas muito boas em relação ao Botafogo, embora o cenário seja esse. Quando acabam as perspectivas, você não tem vontade de ir ao trabalho. Isso não acontece comigo. O bom ambiente é o que está sustentando todo mundo no Botafogo. Lógico, eu quero uma solução, mas vejo no dia a dia como um grande diferencial o fato de esse grupo conseguir suportar tudo isso.

Já tinha passado por situação semelhante de atraso de salário?

Passei uma vez um período não tão longo assim, no Bragantino, na minha época de atleta. Fazia muito tempo que não acontecia.

Mas a diretoria não aponta uma solução, uma luz no fim do túnel?

É exatamente isso que estamos tentando entender. Tudo tem um limite na vida. A gente tem tentado fazer com que todo mundo se motive. Todos somos cidadãos, temos obrigações. Vai chegar uma hora em que o poder de convencimento ficará enfraquecido. Eu e minha equipe temos feito isso com maestria. Cuidamos de quase 50 pessoas, para que se comprometam e se motivem. O futebol brasileiro tem que melhorar sua estrutura. Hoje, o mais fácil é dar treino e botar o time para jogar. O mais difícil é o que está por trás disso.

Você sabia que os jogadores entrariam em campo no clássico diante do Flamengo com uma faixa de protesto?

Fui informado de que seria um manifesto. Aquilo foi uma voz dos jogadores.

Haverá novo protesto no sábado, contra o Cruzeiro?

Não sei. Para falar a verdade, eu soube daquela faixa em cima da hora. Eles costumam me comunicar tudo. Somos uma unidade lá dentro.

É a favor desse tipo de protesto?

Eu acho que esse tipo de manifestação gera também um desgaste. Aí, para piorar, o time perdeu o jogo... O que tenho falado é que temos que tentar reverter dentro de campo.

Acha que haverá debandada de jogadores?

Não consigo dizer sim ou não. A maioria já jogou mais de seis partidas. Seria muito triste se o Botafogo perdesse atletas. A gente formou um exército que está lutando contra uma série de coisas, e eu espero que todos fiquem.

Com tantos problemas, fica ainda mais preocupado com o jogo de sábado, contra o Cruzeiro?

Vai ser uma pedreira, mas esse tipo de jogo às vezes é até mais interessante, pois aumenta a motivação dos jogadores.

Marluci Martins Leia mais: http://extra.globo.com/esporte/botafogo

Para ceder Ramírez ao Bota, Timão ganha percentual de jovem da base


Meia peruano foi emprestado ao Botafogo até o fim desta temporada. Em contrapartida, o Corinthians ganhou 15% dos direitos do meia Matheus Celestino, do sub-17 





Luis Ramirez - Corinthians (Foto:Miguel Schincariol/LANCE!Press)
Ramírez chegou ao Corinthians em 2011
(Foto:Miguel Schincariol/LANCE!Press)
O Corinthians cedeu o meia peruano Luis Ramírez ao Botafogo sem custos por empréstimo até o fim da temporada. E ainda vai pagar o salário do jogador, cerca de R$ 130 mil mensais. Mas houve uma contrapartida. Com a negociação, o clube paulista adquiriu mais 15% dos direitos econômicos do meia Matheus Celestino, de 16 anos, que atua no sub-17 do Timão.

O jogador, que era da base do Botafogo, está no Parque São Jorge desde o início do ano. Após a transferência, ele tinha os direitos divididos entre os dois clubes. Agora, na nova divisão, ficou 65% para o Corinthians e 35% para o Botafogo.

No caso de Ramírez, o Corinthians tem contrato com o jogador até o fim deste ano, mesmo período do empréstimo ao Bota. Com isso, os cariocas terão de negociar um novo contrato com o meia caso pretendam ficar com ele após este período.

Ramírez chegou ao Rio de Janeiro nesta quinta-feira para realizar exames médicos e assinar contrato com o novo clube. A expectativa é que ele comece a treinar com o grupo do Botafogo no início da semana que vem e já esteja à disposição de Vagner Mancini para a partida contra o Atlético-PR, no domingo, 10 de agosto, na Arena da Baixada, em Curitiba.


Felipe Bolguese - LANCENET! 

Bota faz 'parceria' com Corinthians e alivia crise dentro e fora de campo



Luís Ramírez está perto de fechar acordo para reforçar o Botafogo até o fim do ano/Almeida Rocha/Folhapress
Próximos nos últimos meses, as negociações entre Corinthians e Botafogo renderam movimentações importantes no mercado da bola. Para o Alvinegro carioca, a "parceria" tem sido fundamental em dois aspectos: técnico e financeiro.

Dentro de campo, o clube ganha com jogadores que têm status de titular. Fora dele, os cofres botafoguenses recebem fôlego por causa do pagamento de salários feitos pelo Corinthians diretamente a jogadores cedidos. Os empréstimos de atletas foram efetuados sem custos.

Referência do time, Emerson Sheik chegou ao Botafogo com salários pagos pelo ex-clube. Apesar de receber em dia, o atacante se solidariza com os problemas enfrentados pelos companheiros e virou aliado na campanha dos atletas para receber três meses de vencimentos. Além disso, o Alvinegro ainda deve pagamento de direitos de imagem há cinco meses e FGTS.

Apesar da grave crise, o clube de General Severiano acerta os últimos detalhes para garantir o reforço de Luis "Cachito" Ramirez. O meia também será cedido pelo Corinthians até o final da atual temporada, sem que o Botafogo pague pelo negócio.

A intenção do Botafogo com a contratação é dar força ao meio-campo, que conta com o irregular Carlos Alberto e o inexperiente Daniel como opções com características mais ofensivas. A proximidade do Corinthians foi usada como arma para a finalização do negócio.

Na contramão, Lodeiro fechou com o clube do Parque São Jorge. O acordo garantiu a continuidade do bom relacionamento, já que o pagamento de parte do salário de Sheik estava garantida a partir de então. O Botafogo depositaria parcelas mensais referentes aos vencimentos do atleta diretamente ao Corinthians, mas a venda do uruguaio serviu para cancelar tal acordo.

Atacante Rogério brinca com a bola durante treinamento do Botafogo, realizado no Engenhão Vitor Silva/SSPressDo UOL, no Rio de Janeiro

Enquanto a diretoria se concentra nos problemas fora de campo, o técnico Vagner Mancini prepara a equipe para enfrentar o Cruzeiro, líder do Campeonato Brasileiro. O Botafogo precisa se recuperar após derrota para o Flamengo para se manter longe da zona de rebaixamento. Neste momento, a equipe aparece na 13ª colocação da tabela, com 12 pontos.


Do UOL, no Rio de Janeiro

Ainda em ruínas, CT de Marechal vira um símbolo das dificuldades do Bota


Diretoria tenta dar andamento ao projeto, mas local atualmente só tem mato e entulho. Clube ainda deve parte do pagamento para empresa que fez demolição


Tido como uma das prioridades da atual administração do Botafogo, o CT de Marechal Hermes, que abrigará as divisões de base do clube, está longe de reunir condições de revelar joias. Depois da demolição da antiga estrutura, o local, no subúrbio do Rio de Janeiro, por enquanto é apenas um terreno abandonado com resquícios de que alguns anos antes recebeu a "Escola de Futebol Mané Garrincha".

Marechal Hermes: restos de demolição e mato alto (Foto: Fred Huber)
Atualmente só há mato alto, restos de entulho, algumas traves e uma bola gigante que foi símbolo do lançamento da pedra fundamental do CT, no dia 20 de setembro de 2012, em evento que contou com promessas como Vitinho, Octávio e Gegê. Na ocasião, a previsão era de que as obras estariam finalizadas em dezembro de 2013. O projeto foi alvo de polêmicas.

Entrada do CT: "Escola de Futebol Mané Garrincha" (Foto Fred Huber)
Depois de conseguir autorização para explorar o local por 40 anos, o Botafogo demorou cerca de um ano apenas para conseguir que a demolição da antiga estrutura pudesse ser feita. O trabalho foi realizado recentemente pela empresa Transmater, que, apesar de ter completado o serviço, recebeu apenas um sinal do pagamento. De acordo com funcionários, ainda "falta uma grande parte". Consequência da grave crise financeira vivida pelo clube.

Apesar da falta de dinheiro, resultado do bloqueio de todas as receitas, os planos para o CT seguem vivos. A ideia da diretoria é conseguir a verba a partir de uma lei estadual de incentivo, que permite que empresas contribuintes de ICMS no Rio de Janeiro patrocinem utilizando o incentivo fiscal concedido pelo Estado.

- Nós demoramos para conseguir o terreno, mas fechamos com o governo do estado por 20 anos mais 20 anos. Depois, demoramos um ano para ter a licença para demolir. Agora, vamos fazer um projeto incentivado, que já foi aprovado, e as conversas com as empresas já começaram. São bons contatos. O orçamento está pronto - afirmou o diretor executivo Sergio Landau.

Bola gigante que foi símbolo do lançamento da pedra fundamental do CT permanece no local (Foto: Fred Huber)

O dirigente alvinegro confirmou que ainda existe um débito do clube com a empresa que fez a demolição em Marechal Hermes.

- Demos o sinal de 50%. Ainda falta a outra metade, que também está prevista neste orçamento.

Enquanto o CT não fica pronto, é preciso se virar. As atividades das categorias de base do Bota estão centralizadas em Caio Martins, mas o local está longe de oferecer condições básicas para o desenvolvimento dos jovens alvinegros. Como alternativa, muitas treinos e jogos foram levados para um campo na base naval do Mocanguê, em Niterói, e para o Cefat, um centro de esportes parceiro do clube, localizado em Várzea das Moças, também em Niterói.

Lançamento da pedra fundamental do CT das categorias de base do Botafogo (Foto: Fred Huber / Globoesporte.com)

Projeto inicial do projeto do CT de Marechal Hermes para as categorias de base (Foto: Divulgação)

Terreno do CT de Marechal Hermes (Foto: Fred Huber)

Por Fred Huber Rio de Janeiro/GE