Meia prefere não falar dos quase dois meses de recuperação e adota discurso de confiança em reação da equipe na temporada
Carlos Alberto está à disposição para jogo contra o Vitória (Foto: Gustavo Rotstein) |
Recuperado da lesão, Carlos Alberto voltou a atuar no segundo tempo da derrota por 2 a 0 para o Grêmio, no último domingo. Impossibilitado de defender o Botafogo na Copa do Brasil por já ter atuado pelo Goiás neste ano, ele ficará novamente à disposição de Vagner Mancini contra o Vitória, neste sábado, pelo Campeonato Brasileiro
- Tenho uma expectativa boa de poder ajudar, porque até então só me restava torcer. Dá uma agonia quando você não tem o que fazer, mas quando você pode estar presente é agradável. Ninguém tem de ficar desesperado, temos experiência e qualidade suficientes para suportar essa pressão. Nas nossas carreiras todos tivemos dificuldades para chegar até aqui e se cada um ficar ouvindo tudo o que se fala do lado de fora, chega aqui com pessimismo e fica debilitado. Claro que as últimas derrotas estão doendo, mas vamos com tudo para cima do Vitória - disse.
O meia, que completa 30 anos em dezembro, se recusa a enxergar o Botafogo como uma equipe fraca técnica e taticamente. Segundo ele, o jogo contra o Santos, na última quarta-feira, exemplificou uma equipe que mostra bom futebol, mas que tem sofrido com vacilos que custam as vitórias.
- Vencer é o que vai dar a confiança. O time tem jogado bem, mas sofre o baque e não consegue reagir. Tem que superar essa barreira, tem um pouco do (fator) emocional. Se não chegar aqui e falar em coisas bacanas e que transmitem confiança, ninguém vai acreditar. Temos que pensar o que realmente cada um é, o que cada um fez para chegar até aqui. Ninguém está aqui por acaso. Se vivemos essa situação é porque podemos suportar e mudar. A solução que existe é vencer - ressaltou.
O time tem jogado bem, mas sofre o baque e não consegue reagir"
Carlos Alberto
Exatamente por destacar a importância do discurso positivo, Carlos Alberto prefere até mesmo não falar do período em que esteve machucado e de como correu seu processo de recuperação. Segundo ele, o mais importante é pensar que agora ele finalmente pode contribuir com equipe não somente transmitindo sua experiência no vestiário, mas com a bola nos pés.
- Sobre a lesão, prefiro não falar. Quero esquecer isso. Estava incomodado por não poder fazer nada, participar do dia a dia mas não jogar. Não tem coisa melhor do que estar à disposição. Agradeço ao pessoal que cuidou de mim, e agora é entrar em campo e por em prática o que fiz. Tenho adquirido ritmo nos treinamentos, mas algumas vezes é preciso passar pelos limites e enfrentar as situações para poder ajudar a equipe dentro de campo.
Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro