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sábado, 1 de julho de 2023

Escalação do Botafogo: Caçapa não deve fazer mudanças estruturais contra o Vasco



Treinador interino só comandará uma atividade antes do clássico e vai manter espinha dorsal da equipe outrora comandada por Luís Castro




Apesar da saída de Luís Castro, que deixou o Botafogo para assumir o Al-Nassr, a tendência é que a equipe não tenha grandes mudanças para enfrentar o Vasco, às 16h deste domingo, no Estádio Nilton Santos, em jogo válido pela 13ª rodada do Brasileirão.







Pedro Dep: "Botafogo ainda é um dos principais candidatos ao título Brasileiro!" (https://ge.globo.com/podcasts/video/pedro-dep-botafogo-ainda-e-um-dos-principais-candidatos-ao-titulo-brasileiro-11746142.ghtml)



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Cláudio Caçapa vai comandar a equipe dentro do gramado. Apesar de não estar inscrito no BID, o novo treinador interino vai poder acompanhar a partida da casamata, com Lúcio Flávio, técnico do time sub-23, como auxiliar.


A questão é que o pouco hábil desde a saída de Castro praticamente não dá a possibilidade de fazer grandes mudanças. Lúcio Flávio comandou o treino de sexta-feira, composto apenas por jogadores que jogaram 45 minutos ou menos contra o Magallanes, no dia anterior, pela Copa Sul-Americana.





Cláudio Caçapa, hoje auxiliar do Lyon — Foto: Reprodução



Todos os atletas vão ao gramado do Espaço Lonier neste sábado, o primeiro e único antes do clássico, neste sábado. Será a estreia de Cláudio Caçapa com o elenco. A tendência é ele manter a espinha dorsal outrora utilizada por Luís Castro, podendo mexer apenas em algumas peças específicas dentro do onze inicial.



Provável Botafogo para enfrentar o Vasco: Lucas Perri; Rafael, Adryelson, Cuesta, Hugo; Marlon Freitas (Danilo Barbosa), Tchê Tchê, Eduardo; Júnior Santos, Tiquinho Soares, Victor Sá (Luís Henrique).




O Botafogo é o líder do Brasileirão com 30 pontos - são dez vitórias em 12 rodadas.


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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Conheça Bruno Lage, favorito de Textor para treinar o Botafogo após a saída de Luís Castro



Treinador português de 47 anos foi campeão nacional comandando o Benfica e treinou o Wolverhampton na última temporada



Depois de perder Luís Castro, contratado pelo Al-Nassr, da Arábia Saudita, o Botafogo começa a dar os primeiros passos rumo ao futuro com um nome em mente para o cargo de técnico: o português Bruno Lage, ex-Benfica e Wolverhampton (veja as campanhas abaixo).







Confira a trajetória de Luís Castro no Botafogo (https://ge.globo.com/video/confira-a-trajetoria-de-luis-castro-no-botafogo-11732102.ghtml)


Para iniciar as tratativas, Lage e John Textor, dono da SAF Botafogo, se reuniram virtualmente na última terça-feira - o português é o favorito do empresário norte-americano. A conversa serviu para entender as ideias de trabalho e projeto, sem proposta oficial - na ocasião, Luís Castro ainda não tinha comunicado o clube se aceitaria ou não a oferta no Al-Nassr.


Aos 47 anos, Lage é um técnico de experiência menor do que o conterrâneo, mas que tem no currículo o título de Campeão Português em 2018/19 com o Benfica. Ele também teve a oportunidade de treinar na Inglaterra.





Bruno Lage no comando do Benfica — Foto: Reprodução Benfica


Se aceitar o trabalho no Botafogo, o português terá a vantagem de assumir um time na liderança do Campeonato Brasileiro com sete pontos de vantagem para o segundo colocado. Ao mesmo tempo, lidará com a pressão de tentar manter o time na ponta para conquistar o título.


- O Lage é um técnico muito forte a assumir trabalhos em andamento. Ou seja, equipes que já têm uma estruturação muito forte. (Ele é forte) a entender onde pode melhorar a equipe o que, neste caso do Botafogo, nem sempre acaba por ser fácil - afirmou jornalista português Luís Cristóvão, que completou:


- Creio que é alguém muito inteligente a conseguir abordar a estrutura que existe para que ela se mantenha em funcionamento e melhore.



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Bruno Lage construiu a maior parte da carreira como auxiliar e técnico de base. Trabalhou junto com Carlos Carvalhal, recentemente cotado para assumir o Flamengo, e só chegou ao futebol profissional como treinador em 2018.


O titulo português veio depois de assumir interinamente o time, deixando o Benfica B, em janeiro, após a demissão de Rui Vitória. A adaptação ao que é o trabalho de Castro, no entender do jornalista Luís Cristóvão, não deve ser um problema.


- Embora o Luís Castro seja muito mais consolidado e mais maduro, o Bruno Lage é forte no discurso. Só tem menos conteúdo dentro daquilo que é o seu trabalho - apontou.





Bruno Lage já comandou Marçal no Wolverhampton — Foto: WWFC/Wolves via Getty Images



Efetivado no cargo de treinador, Bruno sofreu críticas por não conseguir manter o time na briga pelo título na temporada seguinte e deixou a equipe portuguesa antes de receber uma oportunidade no Wolverhampton, onde trabalhou com o lateral-esquerdo Marçal. Em Portugal, foi treinador também do meia Gabriel Pires.


- No Wolverhampton, a mesma coisa. Uma primeira temporada muito boa e uma segunda mais difícil. Veremos como ele se encaixa no Brasil. Isso tem sido um desafio para os treinadores portugueses. Nem todos conseguem entrar e manter ali uma frieza mental. Sendo alguém que conhece bem os trabalhos do Luís Castro, percebo a opção de ir encontrar um treinador que possa resistir a tentação de mudar coisas que claramente estão a correr bem - concluiu o jornalista.





Técnico português Bruno Lage — Foto: Divulgação/Wolves



Campanhas de Bruno Lage

Lage assumiu a equipe principal do Benfica em janeiro de 2019, quando o Campeonato Português estava na 16ª rodada - ao todo, são 34. Levou o time da quarta colocação, estando sete pontos atrás do líder Porto, até o título.


Na primeira temporada como treinador principal, foram 23 vitórias, dois empates e apenas quatro derrotas. Sob o seu comando, a equipe encarnada fez 85 gols e sofreu apenas 27. Ou seja, na média, marcou quase três gols e sofreu menos de um por partida.


Na temporada seguinte, começou com o título da Supertaça ao golear o Sporting - rival histórico - por 5 a 0. Porém, na sequência, não conseguiu manter o mesmo desempenho. Na Liga dos Campeões ficou em 3° lugar em um grupo que tinha Leipzig, Lyon e Zenit. E, ao cair para a Liga Europa, foi eliminado para o Shakhtar, da Ucrânia, na fase que antecede as oitavas de final.



Veja os números de Lage pelo Benfica:

Títulos: Campeonato Português (2018/19) e Supertaça de Portugal (2019/20). Na Supertaça, venceu o Sporting (maior rival) por 5 a 0.

Jogos: 76
Vitórias: 51
Empates: 12
Derrotas: 13
Gols marcados: 181
Gols sofridos: 76


Bruno foi demitido em junho de 2020, na 29ª rodada, após uma derrota por 2 a 0 para o Marítimo. O Benfica ocupava a vice-liderança, seis pontos atrás do Porto, que terminou campeão português. Ao todo, foram 543 dias de trabalho.




Bruno Lage, durante derrota contra Marítimo: técnico pediu demissão do Benfica — Foto: Homem de Gouveia/EFE


Já pelo Wolverhampton, Bruno começou o trabalho desde o início da temporada, em julho de 2021, e terminou o Campeonato Inglês na 10ª colocação, além de ter sido eliminado na 4ª eliminatória da Copa da Inglaterra.


Veja os números de Lage pelo Wolverhampton:

Sem títulos conquistados

Jogos: 51
Vitórias: 19
Empates: 9
Derrotas: 23
Gols marcados: 54
Gols sofridos: 59


No início da segunda temporada, o trabalho não começou como planejado e foi demitido após dez partidas. Na Premier League, deixou a equipe com apenas seis pontos, na zona de rebaixamento (18ª colocação). A saída foi em outubro de 2022, totalizando 458 dias de trabalho no clube inglês.


Ainda em busca de novo treinador, o Botafogo volta a campo no próximo domingo, às 16h, para enfrentar o Vasco pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Líder, o Glorioso tem sete pontos de vantagem sobre o Grêmio, segundo colocado.


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Fonte: Por Giba Perez e Vinicius Rodeio — Rio de Janeiro