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quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Observador do Olympique, Jamelli aprova Luis Henrique e segue com a mira para o mercado brasileiro


“Ele arrasta a marcação”, destaca ex-jogador sobre botafoguense que embarcou nesta tarde rumo à França. Na lista, ainda há Marcos Paulo, do Fluminense, Pepê, do Grêmio, entre outros




Paulo Roberto Jamelli foi um dos olhos que aprovou Luis Henrique, atacante do Botafogo que embarcou nesta tarde para a França. Ele vai se apresentar ao Olympique de Marselha para concluir a transação. Jamelli, como era conhecido o ex-jogador que fez carreira em passagens por São Paulo, Santos, Corinthians e Real Zaragoza, da Espanha, trabalha para o clube francês e vê o jovem brasileiro com potencial para disputar espaço no time do português André Villas-Boas.



Luis Henrique com a bola dominada: força física impressionou franceses — Foto: Vitor Silva/Botafogo



- Ele tem muita potência, arrasta a marcação – destacou Jamelli, que passou a observar mais de perto Luis Henrique desde a ascensão do atacante no ano passado.


Jamelli acompanhou Luis Henrique com seus agentes e advogado no embarque nesta tarde em São Paulo, depois de sair do Rio de Janeiro. Apesar das dificuldades naturais do mercado – que tem bichos-papões bem mais ricos, dentro até mesmo da França, notavelmente o PSG de Neymar -, o time de Marselha segue a mira no mercado brasileiro. Isto porque busca fazer bonito no retorno a Liga dos Campeões depois de oito anos.


Um dos nomes que Jamelli e a equipe de scouts do clube francês acompanhou é Marcos Paulo, do Fluminense. A contratação de mais um atacante, depois de fechar com o botafoguense – “está em 99,9%”, lembra Jamelli -, ainda será avaliada pela direção do clube. Há outras posições que o time francês observa. E, claro, outros mercados, não só o brasileiro, em que o peso de euro valorizado faça ainda mais a diferença.


- Estamos acompanhando o Marcos Paulo, o Kaio Jorge, do Santos, o Pepê, do Grêmio, o Peglow e o Johnny, do Inter, o Veron, do Palmeiras... São muitos bons jogadores. Mas não é simples. Antes, vimos também o Bruno Guimarães, que foi para o Lyon, o Caio Henrique, para o Mônaco. São várias questões que infuem. Algumas situações vão andando, outras não – lembrou Jamelli, que é responsável pelo mercado da América do Sul.


Botafoguense chega para disputar posição

Sobre Luis Henrique, o ex-jogador, hoje com 46 anos, avalia que o jovem de 18 anos vai concorrer a vaga no ataque do time francês. Pela característica de jogo dos franceses e pela necessidade do técnico Villas-Boas.


- É jogador de explosão, muito vertical. Não é de dar toque para o lado. Sai rápido no contra-ataque, então é um perfil que tem a ver com o sistema de jogo do time. Uma maneira de jogar que combina como ele joga. Ele não vai ter que mudar a maneira de jogar para se adaptar na equipe – apostou Jamelli.



Fonte: GE

Luis Henrique, do Botafogo, viaja para a França para ser avaliado pelo Olympique de Marselha


Atacante deixou o Rio de Janeiro na tarde desta quarta-feira; termos estão alinhados, e o clube francês deverá desembolsar cerca de 12 milhões de euros pelo atacante



Luis Henrique está a caminho da França. Carlos Augusto Montenegro, membro do comitê executivo de futebol do Botafogo, confirmou ao ge que o atacante deixou o Rio de Janeiro na tarde desta quarta-feira rumo à cidade de Marselha, onde será avaliado pelo Olympique. Após os exames, o clube francês definirá a compra do atacante de 18 anos junto ao Bota e ao TAC.


Ele tem contrato com o Botafogo até dezembro de 2022. Luis Henrique pertence ao Três Passos Atlético Clube, do Rio Grande do Sul, e tem 40% dos direitos econômicos ligados à equipe carioca. Nessas condições, o Bota receberia R$ 30 milhões, o que representaria uma das maiores vendas da história do clube.



Luis Henrique está prestes a deixar o Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Tratando dores no púbis, Luis Henrique ficou fora das últimos cinco partidas, sendo quatro pelo Brasileirão e uma pela Copa do Brasil. Esse é um dos motivos da avaliação médica antes da concretização da venda. Os termos já estão alinhados, e o Olympique deverá desembolsar cerca de 12 milhões de euros em duas parcelas pelo atacante.



Fonte: GE/Por Davi Barros e Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro

Benítez e Cano x Honda e Kalou: o Vasco x Botafogo dos gringos idolatrados


Recebidos de maneira diferente por desconhecimento da torcida ou por causa da pandemia, apenas o centroavante argentino e o meia japonês foram recepcionados com festa no aeroporto



ge


"Caldeirão no Galeão" e "AeroHonda", foi com essas festas que Germán Cano e Keisuke Honda desembarcaram no Rio de Janeiro no início do ano. Já Benítez e Kalou chegaram com menos barulho ao aeroporto, seja porque o argentino não era tão conhecido ou por causa da pandemia de Covid-19 que está no país quando o marfinense aterrissou.


Independente de como vieram à cidade, hoje, para cada uma das torcidas, Cano e Benítez e Honda e Kalou são sinônimos de esperança e idolatria. As apostas - de um lado em jogadores sul-americanos, e de outro em atletas de nome mas um pouco mais velhos - até aqui tem dado um resultado satisfatório.


Los Hermanos


Famílias de Martin Benítez e Germán Cano são amigas — Foto: Reprodução


Pelo Vasco, a dupla de argentinos esteve em campo 13 vezes até agora, com oito vitórias, dois empates e três derrotas - contra o Botafogo foi um triunfo no Brasileiro e um revés na Copa do Brasil - e 11 gols marcados (um de Benítez). Mas o entrosamento entre os compatriotas chama a atenção mesmo com os poucos meses de trabalho juntos. Inclusive fora de campo: é comum a dupla postar fotos de encontros não só deles, mas de suas famílias. É passeio de barco, é churrasco...


Os argentinos, atualmente, são praticamente insubstituíveis no Vasco, que ficou refém do sotaque portenho. Nas duas recentes vezes em que Benítez foi poupado, dado o desgaste físico, o Vasco perdeu (Atlético-GO e Coritiba). Quando Cano é substituído, a equipe perde força ofensiva.



Ruim não estava para Cano e Benítez — Foto: Reprodução


Mistura do Japão com a Costa do Marfim

Com menos tempo em campo e, consequentemente, números menos expressivos, a dupla Honda - Kalou anima os torcedores botafoguenses. Reforços de peso contratados ao longo do ano, nenhum deles teve contato com a torcida com a bola rolando.


O japonês tinha tudo certo para estrear no jogo de ida pela terceira fase da Copa do Brasil contra o Paraná, no Nilton Santos, mas uma gripe o tirou do jogo. Quando finalmente entrou em campo, a torcida não pôde estar presente porque o jogo contra o Bangu, 15 de março, foi o primeiro sem público por causa da pandemia e o último antes da paralisação. Pelo menos conseguiu deixar o dele de pênalti.



Mais que amigos, friends (Ou: Plus qu'amis, 友達) — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Kalou teve ainda menos contato com a torcida alvinegra. Se Honda pôde acompanhar alguns jogos do Botafogo no Nilton Santos antes de estrear e curtir a festa que fizeram para a chegada dele tanto no aeroporto quanto no estádio, Kalou só sentiu o calor de longe. O marfinense estreou contra o Coritiba há menos de um mês e marcou o único gol dele até agora no empate em 2 a 2 com o Corinthians.


Juntos, Honda e Kalou disputaram cinco partidas. Ao todo são três empates, uma vitória e uma derrota, com um gol marcado pelo marfinense.



Gol de Kalou contra o Corinthians, Honda estava em campo neste momento — Foto: Vitor Silva/Botafogo


E os contratos?

Com Cano é simples: o atacante estava sem clube quando chegou ao Vasco no início deste ano. Contrato dele vai até 31 de dezembro de 2021. Já Benítez tem uma situação mais delicada. O Vasco busca a renovação do empréstimo do meia, que tem vínculo até 31 de dezembro - com a mudança no calendário dada a pandemia, ele perderia 11 rodadas do Brasileirão caso não permaneça. O Independiente, porém, só aceita vender o jogador: 60% dos direitos estão fixados em US$ 4 milhões.



Cano ganhou até beijo dos torcedores quando chegou ao Rio, em janeiro deste ano — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


Quando chegou ao Botafogo, Honda assinou um contrato até o fim do ano, com uma cláusula de rescisão possível após o fim dos Jogos de Tóquio, previstos para agosto, mas adiados por causa da pandemia. O clube ainda não começou as tratativas para a renovação, mas não considera que isso será um problema.


Ao acertar com o Alvinegro, Kalou teve um vínculo similar, só que mais longo. Com contrato até dezembro de 2021, o camisa 8 ou o Botafogo podem rescindir o contrato de forma unilateral após o fim do Brasileirão, em fevereiro.



Torcida do Botafogo lotou a área de desembarque do Galeão para receber Honda — Foto: André Durão


Por Redação do ge — Rio de Janeiro