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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Pedro Raul descarta problemas físicos do Botafogo e elogia dupla com Babi: "Muito bom jogar com ele"


Atacante afirma que entrega dos jogadores em campo é sempre a máxima possível e discorda de críticas da torcida: "A gente tem números expressivos nesse quesito"



Em constante mudança nos últimos jogos, o Botafogo ainda não encontrou o ataque ideal com Bruno Lazaroni. Um dos pilares do novo treinador e titular em quatro dos cinco jogos de Lazaroni, Pedro Raul gosta da parceria que faz com Matheus Babi. O parceiro de ataque não tem vivido o bom momento que teve no início do Brasileirão, mas, para o camisa 9, quanto mais gente com ele, melhor.


- Tendo mais força ofensiva sempre vai ser bom para o atacante. A gente tem características parecidas. Mas eu acho que mesmo assim a gente tem diferenças. Sempre que um tiver que jogar ou os dois juntos, vai ser em prol do clube e do bem coletivo. É bom jogar com ele, sim, porque atrai mais a atenção adversária. Às vezes a gente tem que fazer o papel sujo, que a gente fala, para abrir espaço para as outras posições, mas é sempre em prol da equipe e do coletivo porque só assim que a gente consegue colher os frutos lá na frente.



Pedro Raul vê com bons olhos a parceria com Matheus Babi no ataque — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Em entrevista coletiva virtual na tarde desta sexta-feira, Pedro Raul também foi perguntado sobre o aparente cansaço do time nos últimos jogos. Segundo ele, as críticas da torcida sobre a falta de gás da equipe não condiz com os números e com o que ele enxerga dentro de campo.


- Acho que a gente tem números expressivos nesse quesito. A gente acompanha nosso GPS e ele está sempre batendo lá em cima. Às vezes é um cansaço do jogo. O calendário está pesado e tem semana que a gente acaba jogando três vezes. Mas é uma visão que a imprensa e a torcida tem e é normal. Mas não acredito que a questão física é um problema, porque a entrega coletiva e individual é sempre muito grande.



Confira outros tópicos da coletiva de Pedro Raul


Trabalho com Lazaroni no ataque nesta semana

- Foi um jogo que a gente teve superioridade técnica e física sobre o Goiás. Faltou um pouco de tranquilidade nas tomadas de decisões. É uma questão que ele está passando para nós nos treinamentos, para chegarmos lá e termos a capacidade de criar jogadas e ter mais tranquilidade e frieza para que possamos conseguir marcar o gol. A gente foi superior nos números de finalizações, mas o principal a gente não teve. Então temos que corrigir isso, ter confiança para sempre buscar o gol e a vitória no próximo jogo.


Atuar saindo da área agrada?


- Eu sempre joguei e sempre gostei de jogar assim. Apesar da minha altura e do meu porte físico não sou um atacante de ficar parado. Gosto de ter mobilidade e participar do jogo porque sinto que posso ajudar na criação. O Bruno me passa bastante confiança e mostra muitos vídeos. Hoje em dia os atacantes têm que ser assim.


- É um estilo que eu me adapto e que eu gosto. Sobre a nova formação, é um trabalho novo. Ele tem usado bastante coisa do Paulo, mas está implantando as ideias e a mentalidade dele. Ele nos conhece há bastante tempo, é um excelente profissional. A gente busca ajudar e melhorar sempre. É uma equipe. A gente está unido na vitória, derrota ou empate, sempre.



Questionamentos da torcida serviram de motivação?

- Poder realizar um sonho meu, da minha família e dos meus amigos é a maior motivação que um atleta pode ter. Quanto ao que saiu, foi uma pessoa que tentou me atingir, mas quem me conhece sabe que não sou esse fantoche que tentaram fazer.


Chegadas de Túlio e Lúcio Flávio

- É sempre bom a chegada de ex-jogadores. São profissionais que já viveram o dia a dia no futebol. Você ter essas referências no nosso dia a dia é muito bom. Eles agregam bastante em questões táticas e técnicas. A gente precisa sempre aprender, e ter essas referências fora de campo, mas junto no dia a dia é muito importante para nós.


O que sabem e o que esperam do Cuiabá

- Vai ser um jogo muito difícil. Ano passado eu tive a oportunidade de enfrentá-los pela Série B e sei da dificuldade que é. Esses times, quando chegam em uma competição de mata-mata tentam demonstrar o seu valor. Mas a gente sabe que defendendo o Botafogo a gente tem total condição de enfrentar esse desafio e passar por cima.


- Temos que trabalhar com muita seriedade, a chave já virou na segunda logo depois do jogo contra o Goiás. Eu acompanho bastante a Série B, também. É uma preparação mental, física e psicológica que a gente tem que ter, porque vai ser um jogo de 180 minutos e dentro da nossa casa a gente tem que fazer valer o mando de campo.


Diferencial para outros atacantes

- Procuro estar sempre melhorando, sou um cara que me cobro muito. Meu maior crítico sou eu mesmo e estou sempre procurando melhorar o que eu não tenho de melhorar e também aprimorar o que tenho de bom. É uma constante busca da melhoria. Perfeição não existe, mas procuro sempre melhorar dia após dia.


O que a Copa do Brasil representa para o Botafogo?

- É a busca pelo título inédito no clube, é a competição que tem o maior retorno financeiro no país também. Poder representar o Botafogo numa competição dessas claro que é bom para o clube e para o grupo. É um grupo jovem, e poder representar o Botafogo nessa competição é uma experiência muito boa. É uma competição que a gente tem total condições de chegar. Mas é jogo após jogo. Na terça-feira a gente tem que encarar como uma final e tentar buscar essa classificação que vai ajudar muito o clube.


Importância da semana de treinamentos


- Ter uma semana de trabalho é muito bom, porque tem tempo para recuperar, trabalhar forte e se preparar fisicamente. É um tempo que a gente acaba não tendo em semana cheia de jogos. Temos tempo também para que o Bruno trabalhe o que ele não consegue em uma semana em que jogamos quarta e domingo, quarta e domingo. Estamos podendo treinar forte e trabalhar a parte física, tática e técnica, que é sempre muito bem vindo num calendário corrido como esse.



Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Botafogo anuncia empresa de saúde e tecnologia como nova patrocinadora máster


QVE Brasil exibirá o nome no espaço principal da camisa do Botafogo até fevereiro de 2021, quando termina o Campeonato Brasileiro desta temporada



O Botafogo anunciou na tarde desta sexta-feira a QVE Brasil como nova patrocinadora máster. O vínculo entre as duas partes será até fevereiro de 2021, quando termina o Campeonato Brasileiro desta temporada. A estreia da marca no uniforme alvinegro será na próxima terça-feira, quando recebe o Cuiabá, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.



QVE Brasil é a nova patrocinadora do Botafogo — Foto: Divulgação/Botafogo



Hoje demos início a uma grande parceria com a QVE Brasil, nossa nova patrocinadora master! ⭐⚫️⚪️ pic.twitter.com/KRzX69K2GQOctober 23, 2020






- É com grande prazer que anunciamos a QVE Brasil como a nova patrocinadora máster do Clube. Uma empresa com missão e valores com os quais o Botafogo se orgulha em se associar. Temos certeza de que será uma parceria vitoriosa para ambas as partes - disse o Vice-Presidente Comercial e de Marketing e membro do comitê de futebol, Ricardo Rotenberg, ao site do Botafogo.


O valor do novo patrocínio não foi divulgado, mas o ge apurou que o acordo é de cerca de R$ 500 mil por mês. O acerto é considerado muito positivo pela diretoria, que celebrou a assinatura do novo patrocínio mesmo em tempos de pandemia e incertezas econômicas.


Além da QVE Brasil, o Botafogo também conta com outros patrocinadores no uniforme: Baterax, Casa de Apostas, Eletromil, Kappa, STX, Tim, VisitNow e Zinzane.



Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Sem captar dinheiro suficiente para S/A, Botafogo apela para a recuperação judicial: entenda os bastidores do projeto e os riscos



Clube precisava captar R$ 250 milhões com investidores para prosseguir com o plano. Não chegou a tanto. Se errar na recuperação, poderá acabar falido e rebaixado para última divisão



Há duas semanas, o Botafogo anunciou que não tinha conseguido dinheiro para prosseguir com a S/A. Agora o presidente Nelson Mufarrej fala em recuperação judicial como alternativa. O mecanismo sempre foi o "plano B", mas só agora está sendo assumido como tal.


O torcedor tem motivos para se preocupar. Em primeiro lugar, porque a captação de dinheiro por meio da S/A era uma solução que hoje parece perdida. Depois, porque a recuperação judicial vem sendo maltratada pela superficialidade de quem ainda não entendeu seus riscos.



Nelson Mufarrej, presidente do Botafogo — Foto: Fred Gomes



Recapitulando a história


O projeto da sociedade anônima tem três etapas fundamentais para ser executado – ou tinha, com o verbo no passado, a depender do que acontecerá nas próximas semanas nos bastidores do Botafogo.


Aprovação política no quadro social
Captação de verba com investidores
Acordos com todos os credores privados


A torcida comemorou quando a Assembleia Geral alvinegra aprovou, em votação, a continuidade do projeto. Alguns entenderam que o processo estava encerrado. Na verdade, esta era a parte mais fácil.


Precisamos relembrar o conceito do projeto. O Botafogo de Futebol e Regatas, a associação civil sem fins lucrativos, passaria todo o futebol para ser administrado pelo Botafogo S/A – ou seja lá qual nome fosse adotado. A associação ficaria com clube social e esportes amadores.



Qual era o problema? R$ 1 bilhão em dívidas. A transferência do futebol profissional para a S/A seria facilmente caracterizada como fraude se o esse endividamento não fosse resolvido em primeiro lugar.


Então a estrutura do negócio seria a seguinte. Investidores colocariam dinheiro do bolso para dar um jeito nas dívidas. Ao mesmo tempo em que seriam seus principais credores, pois recuperariam o investimento acrescido de juros, eles seriam proprietários do Botafogo S/A.


A princípio, os responsáveis pelo projeto calculavam que a sociedade anônima precisaria de cerca de R$ 320 milhões para ser tirada do papel. Parte disso seria destinada para a construção de um centro de treinamento e para o reforço do futebol, outra parte para as dívidas.


Como é que tão pouco poderia resolver quase R$ 1 bilhão em dívidas? A partir da renegociação com credores e de descontos agressivos. O Botafogo precisaria convencer pessoas a quem deve grana a ceder um perdão em média de 80% do valor total devido. Todas, sem exceção.



O que deu errado


A primeira má notícia é que a meta inicial de R$ 320 milhões estava distante de ser atingida. O clube então refez os cálculos e concluiu que R$ 250 milhões seriam suficientes. É lógico que o plano tinha acabado de ficar mais difícil na parte da renegociação, mas não havia o que fazer.


Após meses de intensas negociações com botafoguenses de toda sorte, além de fundos de investimento e outras figuras do mercado financeiro, o Botafogo conseguiu o interesse de pouco mais do que 30 investidores. Formalmente, ele obteve "compromissos não vinculantes".


Grosseiramente, a soma desses aportes chegaria a R$ 210 milhões. Ainda abaixo do que era necessário. Três fatos foram bem-vindos:


R$ 20 milhões foram antecipados, com anuência da Globo, em direitos de transmissão ligados ao Campeonato Brasileiro de 2022

R$ 15 milhões foram negociados com a Globo em acordo para rescindir o contrato do Campeonato Carioca que duraria até 2024

R$ 25 milhões foram obtidos por meio da venda de Luis Henrique para o Olympique de Marselha, fato raro no retrospecto alvinegro



Boa parte desse dinheiro seria direcionada para o pagamento de salários atrasados, despesas variadas e dívidas. Dirigentes fizeram contas mais uma vez. Eles acreditavam que outra parte dessas verbas inesperadas poderia ser combinada aos aportes dos investidores para executar a S/A.


O balde d'água fria foi jogado sobre as cabeças alvinegras na última hora. A pandemia do coronavírus tornou o investimento no Botafogo S/A arriscado. Na nota oficial, o clube ainda citou incertezas nos Estados Unidos e na Europa e temores sobre a economia brasileira.


Resultado: nem mesmo os R$ 210 milhões foram alcançados. Algumas dezenas de milhões de reais foram retiradas no momento de assinar "compromissos vinculantes". Deste modo, não haveria dinheiro para os acordos com credores. Por maiores que fossem os descontos.


Algumas pessoas no clube ainda sonham com um outro projeto que inclui captação de pequenos investidores. Por este caminho, imagina-se que a captação possa alcançar o valor necessário para prosseguir com a S/A. No entanto, esta opção é vista com ceticismo por quem acompanha o caso com maior proximidade. De toda forma, qualquer solução deve ficar em banho maria até as eleições do clube em 25 de novembro.


Outra possibilidade ainda distante, esta pessimista, tem a ver com o rebaixamento para a Série B. Caso o Botafogo caia em fevereiro, quando termina o atual Campeonato Brasileiro, o plano de negócios pode ser prejudicado em pelo menos R$ 70 milhões nos direitos de transmissão.



A recuperação judicial


Dirigentes do Botafogo agora assumem o que esteve no script desde o começo. A recuperação judicial como um "plano B" para salvar o projeto da S/A, caso o roteiro descrito acima não fosse cumprido à risca.


Esta é uma ferramenta que o poder público dispõe para recuperar empresas quase falidas. O devedor assume que não conseguirá arcar com suas dívidas e reúne todos os credores para fazer uma proposta. Geralmente, ela inclui o perdão de parte considerável e a renegociação do restante em um prazo determinado. A Justiça monitora o processo.



Botafoguenses ilustres estão decididos a seguir por aí. Eles se apegam a um detalhe: enquanto a empresa estiver preparando a proposta para os credores, ela não pode sofrer nenhum tipo de bloqueio ou penhora. Justamente o que asfixia o clube de futebol atualmente. Este período teoricamente é de seis meses, mas costuma se alongar a até dois anos.


A recuperação judicial vem repleta de riscos, no entanto.


Hoje, associações civis não podem entrar em recuperação judicial. Mesmo se virasse empresa, de acordo com as regras atuais, o Botafogo precisaria aguardar dois anos para ter direito ao mecanismo
O Botafogo estuda duas opções para ter direito à recuperação judicial: o projeto de lei do clube-empresa que tramita no Congresso e a analogia com o processo de uma universidade. Ambas são incertas
A recuperação judicial exige pagamento de dívidas trabalhistas em prazo inferior a um ano. Sem encontrar um meio para distorcer as regras a seu favor, a condição torna o sucesso improvável
Caso a recuperação judicial do Botafogo termine com a reprovação da proposta por credores, o clube terá sua falência decretada. Todos os bens serão vendidos, e o futebol será rebaixado para a última divisão



Ciente de que dirigentes logo recorreriam à recuperação judicial para enfrentar suas dívidas, o ge preparou no começo do ano um manual para entender as opções para clubes quase falidos. O juiz Marcelo Sacramone participou do podcast Dinheiro em Jogo, inclusive.


Fonte: GE/@rodrigocapelo

Pai de 1ª viagem, Gatito explica convocação em meio a lesão pelo Botafogo: "Foi tudo conversado"


Goleiro paraguaio está com um edema ósseo no joelho e ainda sem previsão de retorno aos jogos do clube. Por enquanto, ele só segura a pequena Rafaella, de quatro dias


Lesionado e fora dos jogos do Botafogo desde 23 de setembro, Gatito Fernández surpreendeu ao aparecer em campo na estreia do Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, no início de outubro. A persistência na convocação do goleiro pela seleção gerou estranheza nos médicos alvinegros e revolta dos torcedores nas redes sociais.


Gatito foi para o jogo contra o Peru, que terminou empatado em 2 a 2, mas ficou de fora da partida seguinte, contra a Venezuela, pela mesma lesão que o afastou das partidas pelo Bota, um edema ósseio no joelho direito. Ao ge, o goleiro explicou o episódio.


- Foi tudo feito de maneira clara e conversada. Os departamentos médicos (clube e seleção) trocaram informações. Eu já estava liberado para voltar e me sentia bem. Joguei os 90 minutos e depois treinei sem problema algum. No aquecimento pro segundo jogo é que senti o incômodo novamente. São coisas que acontecem na profissão, infelizmente. Mas tenho plena confiança nos médicos do Bota e da Seleção, disso não tenham dúvidas - disse.



Gatito Fernández antes do jogo contra o Peru — Foto: Norberto DUARTE / AFP



Ainda sem previsão de voltar a treinar com bola e nem de jogar pelo Botafogo (ainda passará por uma ressonância magnética no fim do mês para saber a evolução da lesão), Gatito aproveita para curtir a família. Pai de primeira viagem desde o último domingo, o goleiro tem que agarrar também a pequena Rafaella.


- Momento mais especial da minha vida. Veio até um pouco antes do esperado e ainda me sinto anestesiado. Não sei nem descrever o que estou sentindo. Mistura de amor, ansiedade, receio, esperança, alívio. Tudo junto!






Confira outros assuntos entre Gatito e o ge:


Mais de um mês fora

- Muito ansioso. Ficar de fora por contusão é o que mais incomoda um atleta. Estou com saudade de jogar com meus companheiros.


Disputa com Cavalieri

- O Cavalieri dispensa comentários. É um vencedor, experiente e um craque. Confiamos muito nele. A disputa é excelente e sua qualidade só me faz querer melhorar cada vez mais.


Campanha no Brasileirão

- Precisamos daquela sequência de vitórias pra solidificar de vez nossa confiança. Isso nos fará naturalmente subir na tabela de classificação.


Convívio com novo treinador


- Isso não será problema. Convivo com o Lazaroni há bastante tempo e conheço seu método de trabalho, assim como a maioria do grupo.



Fonte: GE/Por Davi Barros, Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro