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sábado, 9 de setembro de 2023

Como Bruno Lage pode encaixar Gabriel Pires e Tchê Tchê no Botafogo? Comentaristas opinam



Treinador optou por começar a partida contra o Flamengo com o camisa 14 como titular, mas vem buscando alternativas com os dois juntos em campo



O técnico Bruno Lage vive um dilema no comando do Botafogo: como encaixar Gabriel Pires e Tchê Tchê em um mesmo time, já que os jogadores ocupam uma faixa semelhante de campo e uma função parecida, apesar de terem características diferentes?







Diretor de futebol do Botafogo garante Bruno Lage como técnico (https://ge.globo.com/video/diretor-de-futebol-do-botafogo-garante-bruno-lage-como-tecnico-11921381.ghtml)



Durante boa parte dos 12 jogos que fez como treiandor, Lage não foi colocado frente a esse dilema porque Pires esteve lesionado até o jogo contra o Defensa y Justicia, no dia 23 de agosto, quando retornou.


A partir dali, foram quatro partidas, três delas com ambos à disposição, as duas contra os argentinos, na Copa Sul-Americana, e o clássico contra o Flamengo, o camisa seis cumpriu suspensão contra o Bahia no Brasileirão. Eles estiveram em campo simultaneamente durante 104 minutos nos dois jogos da competição continental.


No primeiro, iniciaram juntos, com Tchê Tchê sendo usado como uma espécie de meia pelo lado direito e Pires na função de segundo homem de meio. Na volta, o camisa 6 entrou no lugar de Marlon Freitas e exerceu a função de primeiro homem de meio, o que ele já fez em 2022.


Na derrota para o Flamengo, Gabriel Pires foi substituído justamente pelo companheiro, que começou a partida na reserva. Como o camisa 14 foi expulso após o apito final, não será na próxima partida, contra o Atlético-MG, às 21h do dia 16 de setemebro, na Arena MRV, que os dois poderão jogar juntos, mas a dúvida se apresenta para Bruno Lage. Pensando nisso, o ge consultou os comentaristas Marcelo Raed e Pedro Moreno sobre as alternativas para o português conciliar os dois na equipe titular:




Gabriel Pires, Tchê Tchê e Marçal comemoram gol do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Marcelo Raed (Comentarista)

"Primeiro de tudo, a gente tem que entender a forma de jogar do Bruno Lage. Ele tem montado um time com 4 meio-campistas, sendo um deles pelo direito lado do campo. Tchê Tchê e Gabriel Pires gostam de jogar por dentro, então essa opção de lado de campo não faz muito sentido.


Teoricamente, para encaixar os 2 no mesmo time, ou o primeiro volante, Marlon Freitas, ou o meia armador, Eduardo, precisam ou se reposicionar em campo ou começar a render abaixo, pois, no momento, a vaga é deles com folga. Não imagino o encaixe de Tchê Tchê e Gabriel juntos com Marlon e Eduardo no plano tático do Bruno Lage".


Agora, por características, Gabriel Pires entrega mais força física. Tchê Tchê mais versatilidade do meio-campo. Acredito que esse encaixe seja jogo a jogo, analisando a característica adversário e como o time pode se porta
— Marcelo Raed


Pedro Moreno (Comentarista)

"Se a gente pegar o melhor momento do Botafogo, a forma como o time se encontrou sempre foi jogando nesse 4-3-3, 4-2-3-1, com dois jogadores de velocidade pelos lados. Em alguns momentos, quando o Sauer era utilizado, já aparentava uma mudança de característica. Porque o Sauer aberto pela direita, por ser um jogador canhoto, era sempre um jogador que buscava muito a faixa central, trazia muito para dentro do campo.


Com Segovinha pela direita, com Júnior Santos pela direita, se mantém a característica de velocidade que buscam sempre a profundidade e abrem o campo para o Botafogo.


A questão de fazer esse encaixe com o Tchê Tchê aberto pela direita é que você perde essa característica do time. De ter jogador pelo lado que abra bastante o campo. Ele é mais um jogador de penetração, chegada na área. Pode até ocupar a faixa mais intermediária, mas não é um jogador que abre o campo".


É difícil o encaixe dos dois jogando juntos e mais o Marlon Freitas. Teria que configurar uma mudança de esquema, para um 4-4-2, ou com um losango no meio. Mas implicaria em uma mudança de esquema que poderia ser sensível e muito diferente de algo que foi a forma com que essa equipe do Botafogo se encontrou, encaixou e vem sendo predominante no Brasileirão até aqui.
— Pedro Moreno


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Fonte: ge/Por Giba Perez — Rio de Janeiro