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domingo, 20 de novembro de 2016

Jair não promete permanecer no G-6, mas garante: "Vamos lutar"


Após derrota para o Palmeiras, técnico do Bota admite que já previa reta final difícil do Campeonato Brasileiro e ressalta comprometimento da equipe: "Fazer o máximo"





Apesar da derrota por 1 a 0 para o Palmeiras (veja os melhores momentos no vídeo acima), na tarde deste domingo, o Botafogo permaneceu na zona de classificação à Libertadores de 2017, agora na sexta colocação, com 55 pontos. Disputar a competição internacional ano que vem, porém, ainda não é algo confirmado para o Alvinegro. O técnico Jair Ventura disse, após o revés, que em nenhum momento prometeu a Libertadores, mas garantiu empenho de seus jogadores até o fim.

- A gente já previa essa situação de dificuldade no término do campeonato. As partidas vão ficando com ar de decisão. Em nenhum momento prometi a Libertadores. Nós tivemos um momento, que é difícil manter. Mas enquanto nós tivermos chances, o Botafogo vai lutar e vai fazer o máximo para levar o time mais alto possível na tabela. Não sei se vamos conseguir, mas vamos lutar. Isso todo mundo pode ter certeza - disse Jair.

Nas duas últimas rodadas, o Botafogo enfrenta a Ponte Preta, no Luso-Brasileiro, e o Grêmio na Arena do Grêmio. O adversário de Porto Alegre também disputa uma vaga na Libertadores do ano que vem. A partida contra a Macaca acontece no sábado (26), às 20h (de Brasília).

Reações de Jair Ventura durante a derrota para o Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)

Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Jair:

Gosto amargo se não se classificar para a Libertadores?


- Não porque em nenhum momento eu falei em Libertadores. Iria ficar um gosto amargo se a gente fosse rebaixado. Assumi o time na zona de rebaixamento, se fosse rebaixado iria ficar um gosto amargo. Meu primeiro objetivo era fazer os 46 pontos e nunca falei nada de diferente para vocês. Não vai ficar amargo porque não era o nosso objetivo, que é levar o mais alto. Agora preocupa a situação de estar há quatro jogos sem fazer gols, sem vencer, a gente sabe da força da nossa equipe.


Jogo com o Palmeiras

- O Palmeiras é uma grande equipe, não é à toa que é líder do campeonato. Sabia da dificuldade e dentro da nossa estratégia criamos bastante. Para quem viu foi um jogo bom, aberto. Venceu quem foi mais eficiente. Parabéns para o Palmeiras, para o Cuca, e vamos pensar na Ponte. E também foram quatro desfalques hoje, temos mais quatro para a próxima partida.

Desfalques contra o Palmeiras

- Não uso como desculpa, mas a gente ter que se reinventar, se reinventar, se reinventar sempre tem um preço. A equipe do Palmeiras toda poderosa veio completa. É difícil, mas enquanto tiver uma chance a gente vai tentar. Torcida e quem torce pela nossa permanência pode ficar tranquilo que não vai ser por falta de vontade, competitividade, entrega, luta, garra, disciplina... Isso nossa equipe tem bastante. Vamos lutar até o último minuto contra o jogo do Grêmio.

Irritação dos jogadores com firula do Palmeiras

- Nada demais. Jogo disputado, contra o líder, jogo também que para a gente vale bastante. Acontece, coisa de jogo, já passou. Foi a primeira expulsão do Botafogo em todo o campeonato, éramos o time mais disciplinado, mas uma hora acontece. São meninos, vamos conversar com eles depois com calma. Mas não achei nada de agressão, nada nesse termo de maldade que não é do perfil dos meus atletas.

Sassá no banco de novo

- Também (questão física). Já falei aqui, o único que tem lugar cativo no Botafogo é o presidente e a torcida. Tivemos uma estratégia de jogar um pouco mais atrás para ter um pouco mais de velocidade, então optamos pelo Neilton e pelo Pimpão. Estratégia de jogo.

Gol do Palmeiras

- É difícil marcar o 9 da seleção brasileira e o Dudu, que no início do ano todos os times do Brasil queriam. É qualidade, ela vai falar sempre mais alto. A gente tenta minimizar, está bloqueando, mas quando você tem Gabriel Jesus e Dudu em um lance é muito difícil de marcar. Mérito deles.

Queda de rendimento?

- Achei o segundo tempo até melhor. Tivemos oportunidades no segundo tempo com Neilton, Pimpão, Sassá, mas não fomos eficientes. É chato você chegar na coletiva e ter que falar que cria, cria e não foi eficiente. Mas não vou falar que não jogamos bem porque não é verdade. Palmeiras foi eficiente e saiu com o placar mínimo de 1 a 0.

Falta trabalhar mais o ataque?


- A gente trabalha, tanto que se cria. A preocupação do treinador é quando não se cria. Tivemos 16 chances de gol, faltou um pouquinho mais de tranquilidade. O Pimpão no primeiro tempo teve uma situação cara a cara ali com o goleiro. Mas aqui não vamos botar o peso da derrota no jogador que perde o gol e nem naquele que de repente em um erro individual sofre o gol. Aqui é um grupo, esporte coletivo, a gente vai junto até o final.

Psicológico está pesando?

- Não vejo a parte psicológica, vejo mais a parte de equilíbrio da competição. Esse ar de final de todo jogo, estádio lotado, é complicado para jogar. A gente teve o lance do Pimpão contra o Flamengo também, era final do jogo, se de repente estivesse descansado... Eu tenho minha parcela de culpa também.

Qual é o tamanho da confiança faltando duas rodadas?

- A gente vai jogo a jogo, fazendo o nosso máximo, como fizemos para fugir do rebaixamento. Agora é esperar, fazer o máximo e ver no final do ano o que acontece. É diferente você querer do "ter que", o nosso objetivo era livrar do rebaixamento. Lógico, quando tem o gostinho fica aquela coisa, mas não pode achar que o mundo está acabado. Quem falava que o Botafogo iria ficar entre os 10 primeiros no início da competição? Então não pode jogar esse peso em cima dos meninos, em cima do Botafogo. O Botafogo estava na Série B ano passado, gente.

Melhora gradativa

- Você constrói uma situação boa gradativamente, não é da noite para o dia. Todos que subiram com a gente da Série B já foram rebaixados, e o Vitória está brigando. Então vamos com calma. O Botafogo é uma grande equipe, um grande escudo, mas tem que ter calma. Nosso presidente pegou o clube afundado, com oito meses de salário atrasado. E o trabalho dele tem sido maravilhoso, está nos ajudando, a gente vai querer coroar levando o Botafogo ao máximo, mas não temos obrigação. Se você faz investimento, entra em um ano para brigar por Libertadores e não entra, aí é frustrante. Não é o nosso caso, o nosso caso é pé no chão, jogo a jogo. Quando assumi estava em 17º, o torcedor não pode ficar triste com a situação que está hoje. Vamos com calma.

Alemão e a estratégia

- Atrapalha demais. Você monta uma estratégia, já perdeu o Luis Ricardo e agora perde o Alemão? Aí perco o Emerson e o Carli. É complicado, cara. Tema força do elenco, mas uma hora vai pesando. Tem os meninos, o Fernandes há muito tempo sem jogar, sentiu um pouco o ritmo do jogo ali, tomou cartão, e acabei tendo que tirá-lo. Mas faz parte, a gente tem que arrumar uma estratégia a cada jogo, se reinventando a cada jogo por conta das lesões e cartões. A gente queria que estivessem todo mundo em plenas condições, mas final do ano paga esse preço. Mas vamos lá, ainda tem dois jogos.

Alemão preocupa?

- Preocupa, tornozelo inchado, mais um desfalque. Complicado, mas vamos lá. Nunca me falaram que iria ser fácil.

Fonte: GE/Por Thiago Lima/São Paulo

Palmeiras vence o Botafogo e fica muito perto do título do Brasileirão


Com vitória em casa e empate do Santos em Minas, Verdão abre seis pontos na liderança a duas rodadas do fim. Botafogo chega a quatro jogos sem vitória



Palmeirenses comemoram o gol marcado por
Dudu, no segundo tempo (Foto: Marcos Ribolli)
Falta muito pouco, torcedor palmeirense, para o Verdão confirmar o título do Campeonato Brasileiro de 2016. Pouco importa o adversário, na verdade. O Verdão continua dependendo apenas das próprias forças para gritar “é campeão”. Um enorme passo foi dado neste domingo com a vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo, na arena alviverde, pela 36ª rodada, com gol de Dudu. Enquanto isso, o Botafogo, há quatro rodadas sem vencer, segue no G-6. Mas precisa recuperar o fôlego nas duas últimas partidas do ano para ir à Libertadores de 2017.


Depois de um primeiro tempo com mais domínio do Palmeiras, mas chances perigosas do Botafogo, as duas equipes mudaram de postura após o intervalo. Com os cariocas procurando mais o ataque e pressionando, os paulistas conseguiram ser mortais em um lance de contra-ataque - Gabriel Jesus cruzou na medida para Dudu marcar de cabeça o único gol da partida.


Agora com 74 pontos, o Palmeiras ainda foi beneficiado pelo empate do Santos com o Cruzeiro - os alvinegros agora foram aos 68 pontos. O Flamengo, terceiro colocado com 66 pontos, ainda enfrenta o Coritiba na noite deste domingo.


Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Botafogo recebe a Ponte Preta no estádio Luso-Brasileiro, no Rio de Janeiro, às 20h. No domingo, às 17h, o Palmeiras enfrenta a Chapecoense na arena, pela 37ª rodada da competição nacional.
Palmeiras venceu o Botafogo e se manteve com folga na liderança do Brasileirão (Foto: Marcos Ribolli)


Primeiro tempo

Para fazer valer o mando de campo, o líder Palmeiras se posicionou na frente e buscando marcar o Botafogo no campo de ataque. Com Cleiton Xavier escalado desde o início, os donos da casa ganharam poder de toque de bola no meio de campo, o que foi a grande marca da primeira etapa. Os botafoguenses apostaram na retranca para segurar a pressão alviverde. E nas faltas também: foram dez só na primeira etapa.


Com 71% de posse de bola, o time de Cuca levou mais perigo nas bolas cruzadas para a área botafoguense. Moisés teve boa chance após cobrança de falta, mas a melhor oportunidade foi desperdiçada por Gabriel Jesus - ele não conseguiu aproveitar passe de cabeça de Róger Guedes, dentro da pequena área.


O momento de maior comemoração na arena palmeirense foi aos 23 minutos, mas por causa do anúncio no telão do gol cruzeirense contra o Santos. Dentro de campo, os alvinegros saíram mais para o jogo e levaram perigo em duas boas chances. Na primeira, Jailson fez grande defesa em chute de Rodrigo Pimpão. Na segunda, Carli errou finalização após cruzamento rasteiro de Camilo, na última chance antes do intervalo.


Segundo tempo
O ritmo da segunda etapa começou intenso. Primeiro com os donos da casa. Jean recebeu de Cleiton Xavier e cruzou rasteiro. Dudu teve tempo para dominar e chutar de pé direito, obrigando Sidão a fazer grande defesa. A resposta botafoguense foi em ritmo de pressão.


Quase sempre pela direita, nas costas de Zé Roberto, Camilo e Neilton levaram o Botafogo ao ataque. Aos 4, Neilton fez fila na defesa palmeirense e bateu forte - Jailson mandou para escanteio. Na sequência, foi Camilo quem avançou pelo setor, mas Pimpão foi travado na hora da finalização.


Quando o Botafogo dominava o confronto e levava mais perigo, o Palmeiras foi mortal no contra-ataque. Dudu avançou pela direita, mas errou no passe. Gabriel Jesus recuperou a bola e cruzou na medida para o camisa 7, que desviou de cabeça para fazer 1 a 0.

Dudu comemora o gol que deu a vitória ao Palmeiras contra o Botafogo (Foto: Marcos Ribolli)

Fonte: GE/Por GloboEsporte.com/São Paulo