Páginas

sábado, 17 de maio de 2014

Com problema na coxa, Daniel corre risco de só jogar após a Copa


Exame aponta lesão moderada no meia de 20 anos. Possível substituto, Carlos Alberto participa de todo o treinamento junto com os demais companheiros




O exame realizado no meia Daniel apontou que o jogador tem uma lesão considerada moderada na coxa direita e, desta forma, está vetado da partida contra o Grêmio, quarta-feira, em Caxias do Sul. Ele, inclusive, corre o risco de só voltar a jogar depois da paralisação para a realização da Copa do Mundo.

Daniel vinha sendo titular da equipe e teve uma atuação de destaque na goleada por 6 a 0 contra o Criciúma, quanto fez três gols. O jogador se machucou durante a derrota para o Goiás por 2 a 0, na última rodada. Regularizado, Carlos Alberto é uma das possibilidades do técnico Vagner Mancini para o setor de criação do meio de campo.

Carlos Alberto pode fazer estreia contra o Grêmio, na quarta-feira (Foto: Fred Huber)

No treino da manhã deste sábado, o camisa 19 participou normalmente de toda a atividade com o restante dos companheiros. Primeiro, Mancini comandou um treino técnico com três times de sete jogadores, que tinham o objetivo de trocar 12 passes sem que o adversário encostasse na bola. A segunda metade foi um intenso trabalho de finalizações.

O momento de tensão do treinamento foi um choque entre o meia Gegê e o goleiro Helton Leite, que foi atingido no rosto e foi levado carregado para o vestiário.

Helton Leite é atendido após choque com Gegê em treino (Foto: Fred Huber)


O Botafogo é o 13º colocado do Campeonato Brasileiro com quatro pontos.

Por Fred Huber Rio de Janeiro

"O que falta?": Sheik busca respostas e diz que time precisa resgatar valores


Camisa 7 descarta o status de líder do grupo, afirma que dificuldades para conseguir uma sequência de vitórias o chateiam, mas ressalta dedicação do restante da equipe




A torcida alvinegra acostumou-se a depositar em Sheik uma esperança a mais durante esses primeiros jogos do Campeonato Brasileiro. O atacante já fez questão de afirmar que não será o “salvador da pátria” no Botafogo e que não se vê como um líder absoluto dentro do grupo. O setor ofensivo, por outro lado, parece ter melhorado: são quatro gols do camisa 7 até agora. Mas o time ainda não conseguiu emplacar duas vitórias seguidas na competição, situação que chateia Emerson. Ele deixa transparecer essa frustração, mas garante que não vai faltar empenho e brinca que jogaria até de lateral para ajudar a equipe.

Afiado, Emerson Sheik demonstrou apoio com recuperação de Carlos Alberto no Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSPress)

– Eu fui contratado para ajudar um grupo que está passando por um momento difícil. Quando decidi vir para o Botafogo, foi porque vi veracidade na diretoria, em várias reuniões. A minha entrega e dedicação inclui jogar até de lateral, mas acho que... só que não! (risos). Falando sério, é triste você vir para o trabalho, se dedicar tanto, ver seus companheiros batalhando, mas chega na hora do jogo, e não conseguimos vencer. Fica uma sensação de: “O que falta? O que eu poderia fazer a mais?”. É muito ruim. Mas eu estou satisfeito no clube. Talvez vocês não acreditem, mas é muito bom jogar aqui. É um clube maravilhoso, estou muito feliz na posição que estou. Só quero poder ajudar de alguma maneira – disse Emerson.

A minha entrega e dedicação inclui jogar até de lateral, mas acho que...só que não (risos)
Emerson

Apesar das dificuldades, Sheik acredita que o caminho para uma sequência de vitórias não está tão nebuloso: Vagner Mancini, segundo ele, mostrou que tem o time nas mãos. Mas por causa do desgaste provocado pela eliminação precoce na Taça Libertadores e no Campeonato Carioca, além dos fatores extracampo, como o problema dos salários atrasados, o grupo precisa resgatar bons valores.

– Quando eu cheguei ao Corinthians, em 2011, era um time que, no papel, era muito abaixo do que é o Botafogo hoje. Mas nós sabemos que o futebol é um pouquinho mais do que isso, não adianta só nomes. O Botafogo foi muito feliz com a contratação do Mancini. É um cara que tem o time nas mãos. O atleta o respeita absurdamente em tão pouco tempo. Fora a sua inteligência natural, é um cara que tem uma visão excelente. Nós já começamos a ver pelo comando. O Botafogo tem um grupo muito qualificado, mas por esses fatos, eliminação no Carioca, na Libertadores e outras coisas que não vêm ao caso, tem ficado desgastado. É um grupo que precisa resgatar os valores e estar bem de cabeça.

Após a derrota por 2 a 0 para o Goiás, em Juiz de Fora, o Botafogo tem alguns dias para se organizar. O próximo compromisso é diante do Grêmio, fora de casa, na quarta-feira. A partida será realizada às 22 horas (de Brasília).


Por GloboEsporte.com *Rio de Janeiro* Sofia Miranda, estagiária, sob supervisão de Renan Morais.