Páginas

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Botafogo elege Domingos Martins, no Espírito Santo, para realizar pré-temporada em 2020


Hotel Fazenda China Park já recebeu o clube em outros dois anos. Técnico Alberto Valentim disse que deseja marcar reapresentação do elenco no dia 6 de janeiro



O Botafogo já tem definido o local em que vai realizar a pré-temporada no ano que vem. A equipe alvinegra vai fazer seus primeiros treinos no CT do Hotel Fazenda China Park, em Domingos Martins, na região serrana do Espírito Santo.



Emanuelle Ribeiro
✔@RRemanuelle


O Botafogo fará a pré-temporada fora do Rio de Janeiro em 2020. O clube fechou com o China Park, que fica em Domingos Martins, na região serrana do Espírito Santo. Ao @globoesportecom, o técnico Valentim disse que quer a reapresentação em 6 de janeiro. #gebota


+ Central do Mercado: siga as movimentações dos clubes


O hotel fazenda em Domingos da Cunha já recebeu o Botafogo em dois anos anteriores: em 2016 e 2017. Fica a 70km da capital Vitória e pauta pelo isolamento, tranquilidade e conforto. O espaço conta com um campo padrão Fifa (de dimensões oficiais 105m x 68m), que chegou a estar na lista para receber as seleções que disputaram a Copa do Mundo de 2014.


Em entrevista na Granja Comary, em Teresópolis, onde participa do curso de treinadores da CBF, Alberto Valentim disse que deseja marcar a reapresentação do elenco do Botafogo para o dia 6 de janeiro.



Campo do China Park que receberá o Botafogo — Foto: Felippe Costa


Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Teresópolis, Rio de Janeiro

Tem dúvidas? Líder do projeto Botafogo S/A fala do aporte inicial, dívida de R$ 1 bi e diferencia parceiros


Laércio Paiva explica se R$ 200 milhões previstos para investimento inicial serão aplicados nas dívidas trabalhistas ou no time de futebol, fala de prazos e de dificuldades



Se há uma pessoa habilitada a falar do projeto dos investidores que prevê a criação de uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) popularmente conhecido como Botafogo S/A esta é Laércio Paiva, líder do processo. Em rápido papo com a imprensa, discutiu os principais temas debatidos durante a Sessão Extraordinária do Conselho Deliberativo que aprovou a migração do futebol alvinegro para o modelo de clube-empresa.



Laércio Paiva, líder do projeto Botafogo S/A, foi um dos que mais falou na reunião extraordinária — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Se não foi específico em suas respostas dada a complexidade do tema, Laércio foi bem direto nos principais questionamentos. "Apaixonado pelo Botafogo e torcedor de arquibancada", como se autodefine, já foi CIO (Chief Information Officer) do Banco Votorantim, é proprietário de uma holding, mora em São Paulo e se considera um facilitador do projeto.


Confira o papo com Laércio Paiva:
Importância da aprovação da Botafogo S/A

- Hoje (quinta-feira) foi um evento muito importante, a gente conseguiu a aprovação do Conselho Deliberativo para que o Conselho Diretor pudesse negociar em termos mínimos com os investidores. Muitos dos investidores são apaixonados pelo clube, muitos são profissionais. Os que são apaixonados pelo clube já fizeram seus compromissos, e os profissionais gostariam de ter uma representação forma e institucional do Conselho Deliberativo num primeiro momento e que vai ser ressubmetido à Assembleia dos sócios (no próximo dia 27, a Assembleia Geral ratificará a aprovação). Passo fundamental para a gente avançar nas pretensões para se tornar um clube-empresa.


Passo superado importantíssimo para conversar com investidores profissionais
Quando você vai conversar com um investidor, a primeira pergunta é "você tem um mandato para estar negociando?". Você teve hoje a autorização explícita do Conselho Deliberativo para se ter um mandato. Foi um passo importante superado aqui com os investidores profissionais.



Fred Gomes
✔@fredgomes1985


Líder do projeto Botafogo S/A, Laércio Paiva diz como foi ser aplaudido de pé pelos conselheiros. #gebota




Como se sentiu ao ser aplaudido de pé por sócios e conselheiros?
O Edson foi muito generoso nesse momento. Eu estou liderando esse projeto, mas sou torcedor de arquibancada. Meu sonho é no ano que vem ter uma arquibancada para torcer e comemorar muito com a torcida. Esses cumprimentos foram pelo trabalho realizado, o desafio era gigantesco. Tudo o que foi conquistado nesses últimos meses foi um desafio muito grande.


A gente sabe que tem muito a percorrer, mas a gente hoje talvez esteja comemorando tudo o que a gente conseguiu conquistar.



Laércio Paiva, líder do projeto Botafogo S/A, foi um dos que mais falou na reunião extraordinária — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Os R$ 200 milhões citados para um investimento inicial se aplicam em quê? Na dívida trabalhista, no futebol?

Esses R$ 200 milhões solicitados para a aprovação representam o valor mínimo de investimento no futebol. Os valores que estão sendo tratados são superiores a isso. Você tem um equacionamento de dívida também englobado no total do montante.


Como receber a notícia que a dívida supera R$ 1 bilhão?

Não poderia ser uma surpresa. Esses números em linhas muito gerais estão escritos no balanço de 2018. A gente não está trazendo nada. É um valor em torno de R$ 780 milhões de dívida efetiva e R$ 260 milhões são passivos potenciais.


No olhar do investidor, isso tem que ser contemplado e dá um valor superior a R$ 1 bilhão. É um número que vai ser contemplado pelo investidor. O valor de R$ 200 milhões é para condições mínimas para que o Conselho Diretor possa negociar e tratar. Mas os valores são superiores.


Prazo de três a cinco meses para a viabilização do projeto dos investidores citados na reunião
É um prazo razoável. Existem pré-condições: alcançar os valores que entendem como adequados, reestruturação e reperfilamento da dívida ser equacionada, tratativas com a CBF e a Ferj para a participação do Botafogo e que caminhos que a gente definir possam ser equacionados. Aí vamos ter um passo para frente e a liquidação efetiva desses investimentos.


Sobre o prazo de três meses, se a gente conseguir esse evento antes, antes. Se conseguir em torno de três ou cinco meses, é um bom prazo.


Mas os R$ 200 milhões são para pagamentos de dívidas trabalhistas? Não são para a formação de um time forte e competitivo de cara, certo?

É um aporte de um capital de forma geral. O Plano de Negócio (Business Plan) prevê. É uma informação confidencial, e o Plano de Negócios do Botafogo tem contemplado um aporte importante para elevação do desempenho esportivo do Botafogo.


Qual o grau de dificuldade para se obter um investidor e para a captação de dinheiro?
A gente vem posicionando a torcida via notas oficiais do clube. Demos passo importante em novembro, onde saímos da fase de projeto e começamos a tratar da parte de captação, reestruturação e de negociação efetiva. Essas tratativas em uma parte estão muito avançadas, principalmente com investidores considerados não-profissionais. Acho que a gente começa a dar um salto.


Qual a diferença entre os investidores profissionais e não-profissionais?
Uma grande parte dos números são pulverizados nos investidores não-profissionais. Nos profissionais, a gente tem cifra maiores. São fundos e estruturas corporativas que tomam decisões não em base de confiança e de fatos. Hoje a gente criou um fato. Hoje o Conselho Diretor tem o mandato para negociar com investidores profissionais. Isso é de fundamental importância.


Podem ser pulverizados ou consolidados. No dia que tivermos o problema de excesso de demanda, o Botafogo vai estar melhor servido. Você vai poder selecionar quem serão os principais candidatos a participar junto com o Botafogo.



Laércio Paiva, líder do projeto Botafogo S/A, é cumprimentado por Nelson Mufarrej — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Botafoguenses envolvidos


Grande parte deles é botafoguense. Mas também existe compromisso com quem não é botafoguense. A gente tem uma oportunidade de negócio aqui. É um desafio grande, existem riscos envolvidos e na mesma proporção oportunidades de retorno que são compatíveis com a tradição e os resultados do Botafogo.


Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro