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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Seedorf mantém confiança no título e destaca equilíbrio do Brasileirão


Holandês não se intimida com a distância para o Cruzeiro e lembra força do Botafogo jogando em casa para manter o sonho de ser campeão





Seedorf - Treino do Botafogo (Foto: Alexandre Loureiro/ LANCE!Press)
Seedorf no treino do Botafogo nesta terça
(Foto: Alexandre Loureiro/ LANCE!Press)
A distância do Botafogo, terceiro colocado no Campeonato Brasileiro, com 42 pontos, para o Cruzeiro, líder, com 53, não assusta e tampouco abala a confiança de Seedorf na busca pelo título. De acordo com o apoiador, a experiência de mais de 20 anos como jogador profissional não o deixa se abalar com as dificuldades.

- Vamos até o fim. Escolhemos isso. Já vi recuperarem 14, 17 pontos e são 42 em jogo. É muito difícil, e se o Cruzeiro continuar com essa pegada vamos tirar o chapéu para eles. O que devemos fazer é vencer o máximo de jogos e não jogar a toalha, nem o torcedor. São 42 pontos ainda e temos de olhar para a frente. É ter coragem e não ter medo de olhar para trás - afirmou Seedorf.

Para sustentar a sua confiança no Botafogo, Seedorf lembrou a força que o Botafogo tem demonstrado nos jogos dentro de casa. Ele lembrou  alguns maus resultados de alguns adversários para sustentar a sua opinião.

 - O Atlético-PR tomou de cinco em casa. Não vi ninguém na nossa casa atropelando a gente. Perdemos, mas não fomos dominados. O torcedor fica chateado porque ele é assim. Mas nós vamos continuar no Brasileiro e na Copa do Brasil, vamos brigar para somar pontos e pensar jogo a jogo, porque todos são difíceis. Não foi só o Botafogo que perdeu para o Bahia, o Inter também perdeu, o Corinthians perdeu para a Ponte Preta - pontuou Seedorf.

Em mais de meia hora de entrevista coletiva, concedida na sala de imprensa do Engenhão, nesta terça-feira, Seedorf lembrou e destacou o equilíbrio do Brasileirão. Segundo ele, antes de vir para o Brasil, não acreditava que a competição fosse tão forte como lhe falavam.

- Aqui todos os times são fortes. Eu sempre repito, vocês me falaram e eu pensava assim: "Será que é tão aquilibrado mesmo?", e é. Cada um vive uma fase boa numa hora. O Bahia está numa fase boa, e pegamos eles na melhor fase. Agora estamos passando por uma fase não tão boa, mas vamos sair dela e temos condições. Precisamos do apoio do nosso torcedor - disse Seedorf, mandando um recado para os adversários:

- Os adversários podem ficar preocupados, porque a qualquer momento o Botafogo vai voltar a jogar bem. Não duvidem disso.


Seedorf acredita: O Botafogo vai voltar




Alexandre Braz LANCENET!

Oswaldo fecha a parte final do treino do Botafogo antes do clássico


Técnico esconde substituto de Hyuri, suspenso, para o confronto com o Fluminense, quarta-feira, no Maracanã. Mais cotado é o atacante Henrique



Primeira parte do treino foi aberta. Oswaldo
esconde substituto de Hyuri(Foto: Thales Soares)
O Botafogo precisa se recuperar da série de três derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro e o técnico Oswaldo de Oliveira não abre mão das armas que tem. Por isso, fechou a parte final do treinamento desta terça-feira no campo anexo do Engenhão para esconder o substituto de Hyuri, suspenso, para o clássico com o Fluminense, quarta-feira, no Maracanã.

Antes de fechar a atividade, Oswaldo comandou um treinamento técnico com 14 jogadores em cada time. No que seria o titular, ele colocou Gilberto, Octávio, Henrique, Alex e Bruno Mendes além dos nove principais, incluindo o lateral-esquerdo Julio Cesar, que não enfrentou a Ponte Preta, poupado.

Henrique aparece como mais cotado. Ele entrou no segundo tempo da derrota para a Ponte Preta e teve uma boa atuação. O jogador esteve perto de defender o Real Madrid B, mas a negociação acabou melando. Clubes brasileiros demonstraram interesse em seu futebol, já que ele ainda não completou sete jogos no Campeonato Brasileiro, o que acontecerá caso atue no clássico.

Para esse jogo, Oswaldo ainda não contará com o atacante Elias, que se recupera de um problema na coxa esquerda. O jogador fez um treinamento específico ao lado do lateral-direito Lucas, que entra em fase final de recuperação de uma fratura no tornozelo esquerdo.

Outro que apareceu foi o meia Cidinho. O jogador foi submetido a uma cirurgia no joelho direito no começo da temporada. Ele fez um treino físico leve. Com isso, todos os jogadores do grupo estiveram em campo nesta terça-feira.

Por Thales SoaresRio de Janeiro

Um turno após o primeiro clássico, Flu e Botafogo vivem situações completamente opostas no ano


Na primeira metade do Brasileirão, Alvinegro derrotou o rival com gol de Seedorf, que vivia ótima fase, e falha de Cavalieri, que estava em um inferno astral




Diego Cavalieri e Seedorf
Diego Cavalieri estava em baixa no
 primeiro turno e Seedorf era um
dos destaques do Botafogo
O gol de Seedorf marcado no fim da partida na Arena Pernambuco garantiu a vitória por 1 a 0 do Botafogo sobre o Fluminense, no primeiro turno do Campeonato Brasileiro. De lá para cá, 19 rodadas se passaram. O Tricolor rondou a zona de rebaixamento por um tempo. O Glorioso foi a sensação do futebol brasileiro. Chegou a ser líder da competição, superando todas as adversidades. Porém, em pouco mais de dois meses, a situação se inverteu completamente. E a expectativa para o clássico de quarta-feira, no Maracanã, é bem distinta do que houve há 19 rodadas.

No dia 7 de julho, Botafogo e Fluminense se enfrentaram com um Alvinegro ainda empolgado pelo título carioca e por estar entre os primeiros colocados do Brasileiro. Já o Tricolor vivia fase cambaleante na competição, recém-eliminado da Copa Libertadores. O resultado dessa turbulência foi a saída de Abel Braga e a chegada de Luxemburgo. E o Flu subiu de produção.

No Botafogo, Oswaldo de Oliveira reinava tranquilo, assim como o time. Naquela ocasião, Seedorf marcou o gol da vitória, em uma falha do então questionado Diego Cavalieri, o mesmo que havia falhado na eliminação na Copa Libertadores. Hoje, o inferno astral mudou de lado. Cavalieri voltou a ter prestígio, com grandes atuações, e foi novamente lembrado por Felipão para a Seleção. Já o holandês, no sábado, após a derrota para a Ponte Preta, no Maracanã, ouviu pela primeira vez vaias desde que chegou ao Glorioso.

Para completar, o Flu vem de uma sequência de sete jogos sem perder. O Botafogo está há quatro sem ganhar, sendo três derrotas seguidas. Com isso, até mesmo a expectativa de público mudou. A torcida tricolor está mais presente nos últimos jogos do que a alvinegra.

Se em campo tudo se inverteu, fora, a rivalidade continua.


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Mesmo em queda, Botafogo ocupa melhor posição nos pontos corridos


Zagueiro Bolívar fala em maré de azar e lembra o lado positivo da campanha do time no Campeonato Brasileiro para confiar na recuperação



Jefferson e Bolívar conversam no treinamento
do Botafogo (Foto: Márcio Alves / Ag. O Globo)
O sistema de pontos corridos passou a ser utilizado no Campeonato Brasileiro em 2003. Desde então, o Botafogo vem melhorando seu rendimento ao longo dos anos. Em 2013, mesmo com a queda nas últimas rodadas, acumulando três derrotas seguidas, o time ocupa a terceira colocação, a sua melhor desde a implantação do novo regulamento nesse momento da competição (24 rodadas disputadas).

Por isso, os líderes do grupo utilizaram ainda no vestiário depois da derrota por 1 a 0 para a Ponte Preta, no Maracanã, o discurso de que a campanha atual precisa ser motivo de confiança. Não só no Campeonato Brasileiro, mas em toda a temporada.

- Passe por isso no Internacional e todos os clubes vivem essa oscilação. O que coloco sempre é que o Botafogo continua na terceira colocação com os mesmos 42 pontos. Ninguém desaprendeu. É uma maré de azar que todos passam. O que não pode esquecer é a confiança. A desconfiança não pode entrar no vestiário. Esse grupo já fez muita coisa importante e não vai ser uma série de três derrotas que vai abalar - afirmou o zagueiro Bolívar.

A campanha do Botafogo, com 12 vitórias, seis empates e seis derrotas é a mesma de 2008, quando o time estava em quarto lugar, com os mesmos 42 pontos na 24ª rodada do Brasileiro. Na ocasião, a fase ruim começou no jogo seguinte, quando perdeu para o internacional e emplacou uma série de quatro jogos sem vencer.

O próximo jogo é contra o Fluminense, quarta-feira, no Maracanã. O clássico é encarado pelo grupo como a chance de recuperação na competição para se manter entre os quatro primeiros colocados em busca de uma vaga na Taça Libertadores do ano que vem.
Nada melhor do que um clássico para retomar o caminho das vitórias e continuar no G-4, que é o nosso objetivo"
Bolívar

- Nada melhor do que um clássico para retomar o caminho das vitórias e continuar no G-4, que é o nosso objetivo - afirmou Bolívar, que fez seu primeiro gol com a camisa do Botafogo justamente contra o Fluminense no empate em 1 a 1 pelo Campeonato Carioca.

Contratado este ano pelo Botafogo, Bolívar tem um histórico de conquistas com a camisa do Internacional. Ele tem certeza de que esse time não deixará a má fase se prolongar, provocando uma nova queda do time, que já virou rotina nas últimas edições do Campeonato Brasileiro.

- Esse ano, o Botafogo montou uma equipe com jogadores com conquistas. Pelo perfil de quem está aqui, isso não vai acontecer. Já estamos na zona de classificação para a Libertadores há algum tempo. Acho que antes de tudo, temos que pensar em vencer e esquecer o Cruzeiro ou quem vem vencendo e se aproximando. Temos sete pontos de vantagem para quem está para entrar no G-4. Mas olhamos sempre para a frente. Enquanto houver chances matemáticas, vamos em busca do título até a última rodada - disse o zagueiro.


Por Thales Soares Rio de Janeiro

Botafogo quer Maxi Rodriguez, mas tem plano B por ausência no G-4


Maxi Rodriguez é o sonho de consumo do Botafogo para 2014 caso dispute a Libertadores - AFP PHOTO / Juan Mabromata

O Botafogo ainda não sabe quais competições disputará em 2014. Mesmo assim, a diretoria já tem uma lista com nomes de atletas que poderão reforçar a equipe na próxima temporada. Segundo apuração do UOL Esporte, o Alvinegro quer Maxi Rodriguez e Bruno César, mas isso só será possível se o time garantir presença na Libertadores.

Por outro lado, o Botafogo tem também um plano alternativo, com nomes mais modestos e que poderão se tornar reforços caso o Alvinegro confirme sua queda no Brasileiro e fique fora do G-4. Neste caso, a diretoria investiria em atletas mais baratos, casos de Walter, do Goiás.

Além do atacante destaque do Campeonato Brasileiro, outros nomes integram a lista. O atacante Lins e o lateral direito Sueliton, ambos do Criciúma, chamaram a atenção dos dirigentes. Mesmo caso do volante Hélder e do meia Marquinhos Gabriel, do Bahia.

Mas o grande sonho da diretoria é o argentino Maxi Rodriguez. O apoiador, ex-Atlético de Madri-ESP e atualmente no Newell's Old Boys-ARG, é visto pelos dirigentes como um nome de peso para reforçar o Botafogo na Libertadores. Bruno César, que teve passagem marcante pelo Corinthians e defende o Al-Ahli, também agrada, embora seja o plano B do Alvinegro inicialmente.

"Vieram me falar do Maxi Rodríguez. Fui perguntar ao departamento de futebol, disseram que era um fenômeno, mas custa uma fortuna. Por isso ninguém trouxe. Não é só o Botafogo. Mas já há um planejamento para o caso de classificação à Libertadores", despistou o presidente Mauricio Assumpção à rádio Bradesco Esportes.

Os nomes considerados mais baratos poderão chegar mesmo que o Botafogo se classifique para a competição internacional. Outros atletas integram essa lista e a contratação de qualquer jogador, de fato, só se iniciará em dezembro, quando o Campeonato Brasileiro chegará ao fim. Além disso, a diretoria está atenta a possíveis perdas para o exterior e trabalha com possibilidades para repor o elenco nesse sentido.

Além disso, o Botafogo terá outra dura missão em 2014. O contrato de Seedorf vai até julho e ainda não se sabe o que será feito nesse sentido. O holandês ainda não decidiu se encerrará sua carreira ou dará prosseguimento no Alvinegro. Outra possibilidade é de seguir sua vida em outro clube. Em sua última entrevista coletiva, o camisa 10 se recusou a responder uma pergunta sobre o assunto.

Bernardo Gentile
Do UOL, no Rio de Janeiro