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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Ofuscado por Honda, 'Loco' Cortez chega ao Botafogo cercado de polêmicas



Gabriel Cortez é visto como um grande talento que precisa evitar novas polêmicas na carreira - Reprodução/Instagram Gabriel Cortez é visto como um grande talento que precisa evitar novas polêmicas na carreira Imagem: Reprodução/Instagram


Bernardo Gentile
Do UOL, no Rio de Janeiro


Novo reforço do Botafogo, Gabriel Cortez acabou sendo ofuscado pela contratação de Keisuke Honda. O equatoriano chegou ao Rio de Janeiro no dia 4, quando a torcida já estava vivendo a hype pelo japonês. O equatoriano tem o apelido de 'Loco' no Equador e chega ao Alvinegro cercado de expectativas e polêmicas no seu país natal.

A origem da alcunha é incerta, mas existem duas teorias. A primeira é de que quando voltou à sua cidade, Esmeraldas, já estava com certa condição financeira e jogou maços de dinheiros para os moradores. A segunda, porém, dá conta que o apelido foi consequência da sua personalidade forte.

A imprensa local aponta que essas características, inclusive, foi um dos motivos que impediu uma ascensão ainda maior na carreira de Cortez. Segundo jornalistas locais, algumas atitudes impensadas e o gosto pela noite fizeram com que o equatoriano ficasse mais distante dos grandes centros.

Inclusive, o interesse que resultou na contratação de Cortez surpreendeu os equatorianos. Não entenderam como um clube do tamanho do Botafogo decidiu correr tamanho risco com o novo reforço.

Outro fato é a qualidade de Loco Cortez. O apoiador é visto como "um Cazares melhorado" e deixou a diretoria do Botafogo muito animada com as possibilidades. A habilidade e, principalmente, a capacidade de finalização foram características que chamaram e muita atenção.

Cortez pertence ao Guayaquil City-EQU e, se o Botafogo quiser comprar os direitos do jogador, terá que desembolsar US$ 1 milhão (R$ 4,2 milhões na cotação atual). Se ele corresponder, a expectativa é que o Alvinegro já tenha virado empresa e possa fazer o investimento.

O equatoriano, no entanto, terá uma boa concorrência no seu setor. Ele disputará posição com Nazário, Honda e Leandrinho. Dependerá do novo treinador — provavelmente Paulo Autiori —, arrumar um lugar para alguns deles jogarem juntos no time titular.
via Botafogo: Ofuscado por Honda, 'Loco' Cortez chega cercado de polêmicas

Experiência e boa relação: os porquês de Botafogo priorizar Paulo Autuori


Campeão brasileiro em 1995 com o Alvinegro, diretoria coloca o experiente treinador como primeira opção viável e imagina que ele chegue "para chacoalhar o elenco"



Cada vez mais próximo de acertar com Paulo Autuori como novo treinador do Botafogo, o Alvinegro colocou algumas questões na mesa ao optar na escolha do experiente técnico de 63 anos. Uma reunião na tarde desta quarta-feira deve apenas oficializar a contratação, que já está muito bem encaminhada. Pesou a favor de Autuori o fato de ter um passado glorioso no clube, ser um técnico experiente e capaz de tomar decisões que possam bater de frente com o elenco.


Diferente do perfil de treinador que o Botafogo colocou à frente da equipe nas últimas escolhas, Autuori é mais experiente e destoa do estilo jovem e estudioso que foi aposta da diretoria anteriormente. Tendo sido campeão mundial com o São Paulo, o provável técnico tem um currículo mais extenso do que o dos antecessores. Além disso, conhece bem o clube, já que foi campeão brasileiro em 1995 após chegar quase como um desconhecido depois da passagem de treinador no futebol português.



Último trabalho de Paulo Autuori como técnico foi no Atlético Nacional, da Colômbia — Foto: Luis Eduardo Noriega/EFE


A vasta experiência no mundo do futebol irá permitir que Autuori faça algo que os anteriores não conseguiram: chacoalhar o elenco. Nas palavras de membros da diretoria, essa é a ideia para que medalhões possam ser tirados do time, sem causar um mal-estar no vestiário.


Bruno Lazaroni também foi cogitado como possibilidade de substituição a Valentim, mas pesou a favor de Autuori o fato de ter mais experiência.


Ciente das dificuldades financeiras do clube, Autuori deve aceitar o desafio de treinar o Alvinegro e pode virar dirigente quando o Botafogo se tornar uma empresa. O treinador aceitou a proposta por levar em consideração o carinho que tem com o clube, que apostou nele em 95, quando chegou quase como um desconhecido a terras brasileiras, e porque possui carinho e gratidão pelo Alvinegro.


Uma das coisas que Autuori já está ciente é do tamanho do elenco. O técnico não pretende trabalhar com a quantidade de jogadores que o Botafogo oferece e deve buscar o empréstimo de alguns atletas. A diretoria está de acordo e considera que o inchaço na folha salarial está maior do que o desejado.


Fonte: GE/Por Davi Barros e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro