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domingo, 10 de janeiro de 2016

Arbitral da Ferj, terça-feira, discute opções de estádios para o Botafogo



Caio Martins é uma opção, mas necessidade de jogos noturnos pode dificultar decisão alvinegra. São Januário é viável. Jogar em Volta Redonda ou em Macaé não deve ocorrer


Caio Martins precisa de reparos para, possivelmente, receber jogos oficiais (Foto: Cleber Mendes/Lancepress!)


Um arbitral na Ferj, na tarde desta terça-feira, deve começar a indicar caminhos sobre onde o Botafogo vai mandar seus jogos neste Campeonato Carioca. Na reunião, entre outras pautas, está a questão dos estádios. O Glorioso não tem o Nilton Santos, cedido à prefeitura para os Jogos Olímpicos, e um fator importante para o clube será a televisão.

Se os jogos noturnos prevalecerem na discussão, a possibilidade de utilização de Caio Martins fica reduzida. Isso porque o custo para a iluminação de Caio Martins, em Niterói, foram orçado e ficou caro.

Uma opção politicamente viável para o Alvinegro é o estádio de São Januário. Ao contrário do Flamengo, que é o maior rival do Vasco, e do Fluminense, de diversos entraves com a administração de Eurico Miranda, a gestão de Carlos Eduardo Pereira, presidente do Botafogo, tem mantido boa relação com o clube cruz-maltino.

O estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda não é uma opção que agrada à diretoria. O Moacyrzão, em Macaé, também não.



Fonte: lancenet/Felippe Rocha/Rio de Janeiro (RJ)

Presidente do Bota promete atacantes e prevê reviravolta no "caso Henrique"


Carlos Eduardo Pereira quer mais três reforços para fechar elenco do Carioca, projeta 2016 equilibrado no Brasileiro e contesta dívida cobrada na Justiça: "Tiro pela culatra"




A primeira semana do Botafogo em 2016 foi cercada de expectativas. Seja para matar a saudade dos jogadores, conhecer as caras novas do time ou esperar uma grande contratação. Havia um burburinho nas redes sociais, entre os próprios torcedores, de que poderia haver uma surpresa durante a apresentação oficial do elenco no último sábado, em General Severiano. Não aconteceu, mas reforços não devem tardar a serem anunciados. Em cerca de 25 minutos de entrevista ao GloboEsporte.com na sede do clube, incluindo eventuais interrupções de botafoguenses que paravam para falar com o presidente, Carlos Eduardo Pereira prometeu dois atacantes antes do Campeonato Carioca para brigarem por posição com Luís Henrique e Neilton. Com a confirmação dos já acertados verbalmente e a chegada de mais um lateral-esquerdo após a desistência por Dener Assunção, o mandatário espera fechar o grupo do estadual.


- Acredito que seja antes (do Carioca). O trabalho está todo direcionado para isso, tem muitos contatos realizados, então estou bem confiante que possam vir dois atacantes. (...) A hora que a gente trouxer o Luis Ricardo, chegando o Pedro Larrea, chegando mais um lateral-esquerdo e os atacantes, acho que aí vai ficar pronto - analisou.

Carlos Eduardo Pereira foi muito cumprimentado por sócios durante a entrevista em Gen. Severiano (Foto: Thiago Lima)

A investida ao mercado poderia se concentrar só em um atacante se Henrique Almeida não tivesse entrado na Justiça pedindo a rescisão de contrato com o Botafogo. Carlos Eduardo Pereira se disse decepcionado com o jogador, mas garantiu que não foi pego de surpresa com a ação judicial. Tanto que contestou a dívida cobrada - 28 meses de fundo de garantia, salários atrasados, 13º, férias e luvas - e apostou em uma reviravolta do caso. Só que a briga não vai ser para ter o atleta de volta como opção no elenco, e sim para usá-lo como moeda de troca em alguma negociação, pois ele ficaria sem clima no clube.

Eu estou muito confiante que a gente vá superar isso porque o Botafogo ainda não foi notificado, e quando o juiz puxar o levantamento das coisas vai ver que o Botafogo não deve nada ao Henrique. Então, da parte do Henrique acho que foi uma atitude decepcionante, mas vai sair um tiro pela culatra. (...) Aí vamos procurar um negócio, mas do qual o Botafogo participe"
Carlos Eduardo Pereira,
presidente do Botafogo


- Surpresa, surpresa, eu digo que no futebol a gente nunca deve estar desarmado, ser apanhado de surpresa. Não foi o caso, a gente sabia que o Henrique tinha algumas demandas, o silêncio dele ao longo de todo o período em que nós fizemos a convocação do elenco acendeu uma luz amarela da parte do Botafogo. E eu estou muito confiante que a gente vá superar isso porque o Botafogo ainda não foi notificado, e quando o juiz puxar o levantamento das coisas vai ver que o Botafogo não deve nada ao Henrique. Então, da parte do Henrique acho que foi uma atitude decepcionante, mas vai sair um tiro pela culatra. (...) Aí vamos procurar um negócio, mas um negócio do qual o Botafogo participe.


O recado para os alvinegros é não esperarem grandes nomes, até mesmo para o Brasileiro. Porém, o presidente se mostrou otimista para a temporada e ponderou que a debandada para o futebol asiático está nivelando o campeonato nacional por baixo. Mas evitou fazer projeção sobre até onde o Botafogo poderá chegar em 2016. Carlos Eduardo Pereira falou ainda sobre a volta à General Severiano, sua promessa de campanha, balanço do primeiro ano de gestão, expectativas de patrocínios, reorganização do departamento de futebol, entre outras coisas. Tudo isso em meio a cumprimentos sentado em uma mesa, do lado externo de um restaurante da sede. Uma das interrupções foi de um sócio-proprietário que admitiu ter votado em outro candidato na eleição, mas que está satisfeito com o trabalho da atual diretoria.


CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA:



GloboEsporte.com: Voltar a General Severiano era uma promessa de campanha. Como avalia essa primeira semana?

Carlos Eduardo Pereira: Muito bacana porque o Botafogo é um clube de futebol, tudo no Botafogo tem que girar em torno do futebol, não tenho dúvida nenhuma disso. E o retorno a General Severiano, essa ligação do clube com General Severiano, permite uma coisa que existiu a vida inteira no Botafogo, que é uma proximidade do sócio e do torcedor com os nossos jogadores. O que não acontece lá no Estádio Nilton Santos pela distância, pelo fato de lá ser um local específico para a equipe de trabalho. Aqui não, tem uma área de convivência social junto com o campo, uma boa estrutura: nós trouxemos todos os equipamentos de ginástica do Nilton Santos para cá, departamento médico, enfim, temos uma boa sala de imprensa, alojamentos... Sem falar na história toda, não é? Quando o jogador pisa nesse campo, ele carrega os fluidos do clube que mais jogadores cedeu para a seleção brasileira em Copa do Mundo. Então tudo isso conspira a favor.

Dá para a gente dizer mesmo quando o Estádio Nilton Santos voltar a ficar à disposição a preferência para treinos será em General Severiano?

Olha, é mais uma opção que a gente vai ter. Acho que o Nilton Santos esse ano a gente não conta com ele, o estádio está cedido à prefeitura, comitê olímpico, 2016 a gente não conta com ele. Então a reforma no gramado foi fundamental para a gente contar com o campo aqui e durante o ano nós vamos alternar Niterói com General Severiano para permitir a manutenção adequada dos dois.


Esperava encontrar tantas dificuldades fora de campo nesse primeiro ano de gestão?

Essas dificuldades têm ocorrido em ciclos, eu diria em quase ciclos trimestrais. Melhora, dá uma barrigada... Estamos saindo de uma barrigada agora num momento mais complicado financeiramente, mas com boas perspectivas. Eu acho que esse ano de 2016, em termos gerenciais, vai ser bem melhor do que foi 2015. Espero que a gente possa fazer um bom trabalho, que permite que 2017 seja melhor ainda.

Presidente durante discurso no evento de apresentação do elenco para torcedores (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

Dentro de campo os resultados surpreenderam?

Surpreenderam não, acho que eles seguiram o planejamento. Mas a gente sabe que futebol não é uma ciência exata, às vezes você planeja para fazer uma coisa, tenta fazer e não atinge. Mas nesse caso a gente planejou para ter uma equipe de Série B, com os melhores valores da Série B para disputar, e fizemos isso com qualidade, conseguimos a classificação com folga, trouxemos o título, que era uma coisa que eu falava desde o primeiro momento, que queria voltar, mas como campeão. E o Botafogo carregou e ostenta com muito orgulho a taça. Das quatro principais competições que disputamos ano passado, ganhamos duas: a Taça Guanabara e o Campeonato Brasileiro. Fomos vice-campeões no Carioca e a Copa do Brasil é que ainda deixou a desejar.

Como avalia o trabalho do Ricardo Gomes até agora?

Muito bom. O Ricardo foi uma opção que toda a diretoria apoiou, e principalmente um salto qualitativo. Quando a gente fez a troca, viu nitidamente que não adiantava fazer uma troca por outro treinador para jogar a Série B. A gente olhou para vir um que fosse o nosso treinador na Série A. Por isso o Botafogo até demorou um pouquinho para fazer aquela substituição. Foi o único treinador com o qual eu conversei diretamente. O (Antônio) Lopes fez todos os outros contatos, mas com o Ricardo Gomes eu fiz questão de conversar. Pela experiência internacional dele e conhecimento de futebol, a única pergunta que fiz para ele foi: "Ricardo, você está bem de saúde?". "Estou, presidente". "Você aceita esse desafio?". Ele falou "aceito", apertamos as mãos e estamos aí. Espero que ele continue em 2016, 2017... Sigamos juntos, é um trabalho de longo prazo que a gente quer realizar.


Vocês estão só com dois atacantes à disposição. Vai chegar mais algum antes do Carioca?

A gente vai trabalhar para isso. Até porque o Vinicius (Tanque) foi emprestado para o Volta Redonda, o Sassá ainda está em recuperação, só deve voltar realmente para o Campeonato Brasileiro, então a gente precisa ter pelo menos mais uns dois atacantes. Para Vitória (amistoso contra a Desportiva Ferroviária, dia 23) nós devemos levar o Ribamar, que está no sub-20, para dar um apoio na parte de treinamentos para que seja mais uma opção.

Mas dá para dizer que esses atacantes chegam antes do Carioca ou só ao longo do ano?

Acredito que seja antes. O trabalho está todo direcionado para isso, tem muitos contatos realizados, então estou bem confiante que possam vir dois atacantes.


Henrique está em litígio com o Botafogo e cobra
 rescisão na Justiça (Foto: Divulgação/Coritiba)
A entrada do Henrique na Justiça pegou muita gente de surpresa. Você contava com ele como titular esse ano?

Olha, foi um pedido do Ricardo. Surpresa, surpresa, eu digo que no futebol a gente nunca deve estar desarmado, ser apanhado de surpresa. Não foi o caso, a gente sabia que o Henrique tinha algumas demandas, o silêncio dele ao longo de todo o período em que nós fizemos a convocação do elenco acendeu uma luz amarela da parte do Botafogo. E eu estou muito confiante que a gente vá superar isso porque o Botafogo ainda não foi notificado, e quando o juiz puxar o levantamento das coisas vai ver que o Botafogo não deve nada ao Henrique. Então, da parte do Henrique acho que foi uma atitude decepcionante, mas vai sair um tiro pela culatra.

O Botafogo não tem aqueles débitos que ele alegou em nota oficial?


Hoje não. Está tudo quitado.

Se o Botafogo conseguir evitar a rescisão, ainda teria clima para ele no clube?

Não. Aí vamos procurar um negócio, mas um negócio do qual o Botafogo participe.

Acha que esse é o ano do Luís Henrique?


Tenho muita confiança nisso. O Ricardo acredita muito nele, é um jogador de enorme talento, acho que essa pré-temporada lá no Espírito Santo, que é o estado dele de nascimento, vai ser muito bacana, a gente confia muito nele.

Apesar do grande potencial dele, não seria importante ter um jogador mais experiente para a disputar a posição?

Sem dúvida. Acho que até para transmitir a ele qualidade, experiência... Como a vinda do Carli ali na defesa e do Emerson (Silva), são dois jogadores muito experientes, o nosso Emerson (base) e o Renan Fonseca vão poder crescer com a vinda deles.


A imprensa chilena comentou do interesse no Gustavo Canales, da Universidad de Chile...

Gustavo Canales, da La U, foi mais um gringo que o
Botafogo tentou contratador em 2016 (Foto: Reuters)
Canales foi cogitado, muito caro. Impossível. Se ele aceitasse a nossa proposta teria vindo, mas não aceitou. Foi bem recente (contato). A gente vem mantendo contato há algum tempo, é um artilheiro, jogador de qualidade, mas muito caro. Está muito bem instalado lá, grande clube, com a vida dele toda direcionada para isso e jogando bem, fazendo gols, então é muito caro. Para você tirar um jogador que está bem para, vamos dizer, uma aventura entre aspas em outro país, para sensibilizar você tem que subir muito o patamar.

E quanto ao Luis Ricardo e o Larrea, está otimista para acertar as pendências? Acha que eles vão para Domingos Martins essa semana ainda?

Espero que sim, a previsão é essa. Esperamos eles resolverem aspectos burocráticos. O Luis Ricardo viria para completar o lado direito, e o Larrea a hora que tiver a liberação da federação equatoriana dizendo que ele está livre para assinar contrato ele vem.

Esse elenco está pronto para o Carioca?

Está quase. A hora que a gente trouxer o Luis Ricardo, chegando o Pedro Larrea, chegando mais um lateral-esquerdo e os atacantes, acho que aí vai ficar pronto.

Com a perspectiva de patrocínio e uma maior cota de TV, é possível sonhar com reforços de impacto para o Campeonato Brasileiro?

O mercado está muito difícil. Os grandes concorrentes hoje são de fora, os chineses. Acabaram com o Corinthians agora, não é? Então mexeram com a estrutura do futebol brasileiro de forma decisiva, baixaram o nível do Campeonato Brasileiro porque o campeão que vinha folgado na frente praticamente se desfez. E as opções no mercado não são muitas. Então às vezes eles (Corinthians) com o dinheiro na mão não vão conseguir ter facilidade em reforço. Então eu acho que vai ser um ano bastante equilibrado.

E por falar em patrocínio, há outros interessados em patrocinar o Botafogo além da Caixa?

A crise nos atropelou, não é? Algumas empresas que já estavam bem cotadas pediram para esperar. É claro que a situação do país vai influenciar diretamente, não só na quantidade de patrocinadores, mas também na qualidade dos recursos disponíveis. Tudo que a gente conseguir colocar na camisa a mais será mais dinheiro para a gente investir no departamento de futebol.

Vocês tem uma expectativa de valor anual da camisa em 2016?


Com certeza. Todas as nossas propriedades estão precificadas e distribuídas aí no mercado para as grandes empresas. Então com isso a empresa pode exatamente saber quanto que ela pode dispor e o tipo de visibilidade que ela vai ter. A partir daí é que você desenvolve as negociações.


Acho que se a gente arrecadar de R$ 10 a R$ 15 milhões é um bom número. Sem contar a Caixa. (...) E no Rio de Janeiro a gente pode repetir a possibilidade de patrocínios pontuais que funcionaram muito bem"

Carlos Eduardo Pereira,
sobre patrocínios da camisa



Mas quanto vocês esperam arrecadar com a camisa?


É difícil dizer porque antes você tinha uma determinada perspectiva e hoje você tem um país em restrição. Acho que se a gente arrecadar de R$ 10 a R$ 15 milhões é um bom número. Sem contar a Caixa (nota da redação: o GloboEsporte.com apurou que o valor do patrocínio será de R$ 17 milhões). É difícil especular, não se chegou a esse detalhamento de valor. Ainda tem coisas para se conversar, negociações iniciais, e não se falou em valores ainda. E fornecedor a gente não conta como patrocinador porque é uma relação diferente, envolve material esportivo, uma quantidade grande de peças, royalties, lojas... Então a gente não coloca o material esportivo como patrocínio. Patrocínio é camisa, frente, costas, calção, omoplata, tudo o que diz respeito à apresentação do uniforme. Quanto mais a gente tiver de visibilidade na televisão, mais chance a gente tem de conseguir patrocinadores. E no Rio de Janeiro a gente pode repetir a possibilidade de patrocínios pontuais que funcionaram muito bem.

Então daria para a gente calcular uma média de R$ 30 milhões da camisa, somando os patrocínios?


Seria um número muito bom, mas acho difícil de a gente conseguir. Estamos negociando, trabalhando da melhor maneira possível.

O contrato da Puma acaba em abril, a situação está mais para uma renovação ou para a troca por um novo fornecedor?

Estamos analisando, é uma análise delicada porque você tem que equalizar as propostas. Tem pelo menos quatro grandes empresas, e aí você tem prazo de contrato, número de peças, tipos de distribuição das peças, formas de venda, royalties... Tem que equalizar tudo isso para chegar em valores adequados e poder tomar a decisão.

A Penalty e Fila são duas dessas quatro opções?


Tem quatro grandes empresas, não gostaria de citar nomes.

O primeiro mando de campo no Carioca, contra a Portuguesa, será no Caio Martins?

É uma possibilidade. Depende de horário, da vistoria dos bombeiros para saber que tipo de exigência eles vão fazer. Se nós pudermos atender, ótimo, senão a gente vai ter que arrumar outra alternativa.

Em relação ao Nilton Santos, vocês esperaram uma resposta da prefeitura essa semana?

Nada, a gente entregou o estádio para a prefeitura e a responsabilidade é da prefeitura agora. Só vamos pegar ele em 2017 se tudo correr bem. Nós ainda temos dois pedidos de reembolso não pagos pela prefeitura, um de abril e outro de maio, por incrível que pareça. Nós estamos em janeiro de 2016, isso é relativo a 2015, e a prefeitura ainda não pagou. É engraçado isso porque quando o clube não paga, vira um drama. O poder público se dá ao luxo de simplesmente dizer "não vou pagar" e não acontece nada. É impressionante, tipo "se vira". Não há um equilíbrio entre as coisas.

Vocês consultaram a Ferj para saber do limite de estrangeiros, passar de quatro para cinco, igual faz a CBF?
Tem um arbitral na terça-feira e eu vou aproveitar para consultar sobre isso.

Bota busca indenização por saída de Willian Arão na
 Justiça (Foto: Alexandre Durão / GloboEsporte.com)

Em relação à situação judicial do Willian Arão, alguma novidade?


Não. Agora a juíza que vai ter que julgar, principalmente as condições do contrato que previam uma indenização ao Botafogo, e isso a juíza não entrou no mérito. A expectativa é essa. Ela deu a ele o direito de trabalhar, mas não tirou da gente o direito da indenização. E é o que a gente busca, não queremos o jogador de volta, mas sim sermos indenizados.

O julgamento já tem data?

Não está marcado ainda, não. Deve levar uns seis meses no mínimo.

O senhor explicou que o motivo da demissão do Ademar Braga foi uma "reorganização" do departamento de futebol. Vai ter mais mudanças então?

Em princípio não, foi mais essa mexida. As outras mexidas serão normais, pequenos ajustes que temos que fazer para enfrentar a nova situação da vinda dos treinos para General Severiano, com um quadro (de pessoas) diferente do que tinha o Botafogo lá no Estádio Nilton Santos

Procura alguém para o lugar do Ademar?


Não, o cargo (supervisor) foi extinto.

Até onde o Botafogo pode chegar neste ano?

Espero que ele consiga o melhor possível. O ano começa com muito mais otimismo, um ano em que a gente tem boas expectativas, estou gostando de ver essa equipe, acho que a gente está partindo de um outro patamar. Passa de um clube que subiu para a Série A como campeão, mas não um campeão qualquer, um que tem camisa, torcida, muita tradição. Os estrangeiros que estão vindo jogar no Botafogo estão orgulhosos, conhecem a história do Botafogo lá na Argentina, Bolívia, em toda a América do Sul. Então eu estou muito otimista, acho que o Botafogo vai entrar como um grande competidor. A gente quer esse Botafogo competitivo, se nós vamos ganhar é outra história porque só ganha um, mas nós vamos entrar com muita disposição e força para fazer um ano de 2016 ainda melhor do que 2015.


Por Thiago Lima/Rio de Janeiro/GE