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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Bota recebe proposta de 8 milhões de euros por Dória e vai estudar

 

Em reunião realizada na noite desta segunda-feira, Grupo DIS oficializa valor por 100% dos direitos econômicos do zagueiro de apenas 18 anos

                                           

Dória treino Botafogo (Foto: Satiro Sodré / Agif)
Dória está com a seleção brasileira sub-20
(Foto: Satiro Sodré / Agif)
Em reunião realizada na noite desta segunda-feira entre representantes de Botafogo, Dória e Grupo DIS, a negociação do zagueiro ainda não foi definida. Os investidores oficializaram a proposta de oito milhões de euros (R$ 21 milhões) pela compra de 100% dos direitos econômicos do jogador, mas o clube ficou de estudar antes de tomar uma decisão.

O Botafogo havia estipulado o valor de oito milhões de euros para vender Dória tal a procura pelo jogador, de apenas 18 anos de idade. O Grupo DIS conseguiu levantar o dinheiro e tem o Cruzeiro como destino provável caso tenha sucesso na negociação. A comunicação entre as partes já vinha acontecendo há cerca de uma semana.

Participaram da reunião pelo Botafogo o gerente executivo Aníbal Rouxinol, o gerente técnico Sidnei Loureiro e o assessor institucional Bernardo Arantes. Eles receberam a documentação do Grupo DIS, mas o assunto ainda será discutido pelo comitê de gestão do clube, que inclui o presidente licenciado Maurício Assumpção, o vice Paulo Mendes, o diretor executivo Sergio Landau, o vice de futebol Chico Fonseca e o vice de finanças Marcelo Murad.

Dória está com a seleção brasileira sub-20 para a disputa do Torneio de Toulon, que começa nesta terça-feira. O jogador, inclusive, vem atuando como capitão do time. Depois de terminar o Campeonato Brasileiro do ano passado como titular, ele já havia despertado o interesse do Juventus, da Itália, que acenou com uma proposta de sete milhões de euros, que não se confirmou.

O Botafogo vai analisar as variáveis da negociação, que incluem o pagamento de comissão a intermediários. Além disso, o clube é dono de 40% dos direitos econômicos sobre o jogador. Os representantes de Dória tem outros 40%. O restante pertence ao BMG.

Jefferson diz que saída de Dória pode servir para quitar salários atrasados

 

Goleiro elogiou zagueiro e lamentou a perda, mas sabe que será importante para as finanças do Botafogo

 
 
Jefferson - Treino do Botafogo (Foto: Cleber Mendes/LANCE!Press)
Jefferson conifrmou possível saída de Dória
(Foto: Cleber Mendes/LANCE!Press)
Perto de ser negociado com um grupo de investimentos, o zagueiro Dória poderá salvar as finanças do Botafogo. A própria diretoria do clube passou isso para o goleiro Jefferson, em uma reunião que ocorreu na manhã desta segunda-feira, no Engenhão.- Pelo andar da carruagem, o Dória irá mesmo sair. A diretoria passou hoje (segunda-feira) para mim que pode ser para pagar os salários do clube sim - disse o camisa 1 à Rádio Globo.

Capitão da equipe, Jefferson elogiou o companheiro de equipe e sabe que se ele não fosse negociado agora, sairia do clube em breve:
- Na minha opinião, o Dória não é mais uma promessa, é uma realidade. Sabemos que se ele não sair agora, sai daqui a pouco. Sabemos da dificuldade do grupo, até porque ele é um grande zagueiro. Se ele realmente for, vai ser um jogador importante que vamos perder, mas vai ser importante para o clube.

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Alex retorna dos Emirados Árabes e já se integra ao elenco do Botafogo

Jovem atacante treinará com o elenco alvinegro nesta terça-feira



 
Alex quando atuava pelo Botafogo (Foto: Alexandre Loureiro)
Alex volta ao Botafogo (Foto: Alexandre Loureiro)
Além de Elias, o Botafogo teve a chegada de outro atacante nesta segunda-feira. O jovem Alex, que estava emprestado ao Dibba (EAU), retornou ao Rio de Janeiro e já treina com o elenco nesta terça-feira, na parte da manhã.
Promovido aos profissionais do Botafogo em 2010, Alex é visto como uma das grandes promessas do clube para os próximos anos. O jogador foi muito bem nos Emirados Árabes, mas não evitou o rebaixamento do Dibba à segunda divisão.
Além de Alex, o Glorioso conta com outros cinco atacantes no elenco: o recém-contratado Elias, Rafael Marques, que hoje é o titular, Bruno Mendes, reserva imediato, Henrique e Sassá.
FICHA TÉCNICA
Nome: Alexssander Medeiros de Azeredo
Nascimento: 21/8/1990, em São Gonçalo (RJ)
Altura e peso: 1,79m / 71kg
Clubes: Botafogo, Joinvile e Dibba (EAU)


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Fechado! Elias assina contrato com o Botafogo até o final do ano

Atacante firmou vínculo por empréstimo e o Glorioso terá a prioridade na compra dos direitos econômicos do jogador




Elias (Foto: Alexandre Braz)
Elias é o novo reforço do Botafogo
 (Foto: Alexandre Braz)
O atacante Elias assinou nesta segunda-feira contrato de empréstimo com o Botafogo até o final do ano. O jogador de 26 anos esteve em General Severiano e fechou o vínculo com o Alvinegro, que terá a prioridade de compra do atleta.

Elias já trabalhará com o elenco alvinegro nesta terça-feira, no Engenhão, na parte da manhã. O atacante deve ser apresentado à imprensa após a atividade.

- É um momento de muita felicidade. Como jogador, sempre almejei objetivos grandes, como atuar no Botafogo. Estou realizando um sonho. Chego para dar sequência ao trabalho e buscar o título brasileiro. Quero aproveitar minha oportunidade fazendo gols e ajudando este grupo a fazer história - disse Elias ao site oficial do clube.

O jogador disputou o último Carioca pelo Resende e marcou quatro gols. Nos confrontos entre os alvinegros no Estadual, o desempenho de Elias agradou ao técnico Oswaldo de Oliveira, com quem conversou depois da semifinal da Taça Rio, quando o Botafogo goleou a equipe do Sul Fluminense por 5 a 0, em Volta Redonda.

FICHA TÉCNICA

Nome: Elias Constantino Pereira Filho
Nascimento: 13/2/1987, em Campos (RJ)
Altura e peso: 1,82m / 78kg
Clubes: Americano, Resende, Duque de Caxias, Madureira, Sampaio Corrêa-RJ e Bahia


Lances e gols de Elias, novo atacante do Botafogo





Alexandre Braz e Walace Borges LANCENET!

Jogadores do Botafogo cedem e time concentra contra o Santos

Após reunião entre Jefferson, Oswaldo de Oliveira e membros do departamento médico alvinegro, fim da concentração foi revisto



Jefferson - Treino Botafogo (Foto: Ruano Carneiro/LANCE!Press)
Jefferson esteve na reunião
(Foto: Ruano Carneiro/LANCE!Press)
Após reunião na manhã desta segunda-feira o elenco do Botafogo decidiu se concentrar antes da partida contra o Santos, válida pela 2ª rodada do Campeonato Brasileiro, nesta quarta-feira, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. O encontro teve a presença do goleiro Jefferson, capitão e um dos líderes do time, e alguns membros do departamento de futebol, além do técnico Oswaldo de Oliveira.

A decisão de se concentrar para esta partida se deu pelo pensamento de um possível comprometimento físico e técnico. Para eles, a viagem de ônibus poderia complicar o rendimento contra o time paulista.

Os jogadores viajam na tarde desta terça-feira, após o treino da parte da manhã, no Engenhão. A programação para o jogo contra o Cruzeiro, no fim de semana, será a mesma. Desta maneira, o elenco volta na quarta-feira à noite de Volta Redonda e viaja novamente para a cidade na sexta-feira, na parte da tarde.


Alexandre Braz e Walace Borges - LANCENET!  

Problemas extra-campo perturbam a trajetória do Fogão


Opinião do Torcedor



 Tarik El Zein




Caros colegas, primeiramente desejo um bom dia a nação Alvinegra.

Me deparo em mais um dia entediante em minha escola no interior de SP. Um Alvinegro solitário e muito preocupado com a atual situação do clube, não pelo futebol apresentado pela equipe, que vem atuando muito bem, mas com os problemas extra-campo.

Com Seedorf e Cia vimos no sábado um time inteligente e maduro, chamando o Corinthians para o ataque quando necessário, para ganharmos o contra-ataque. Algo que só é possível quando o sistema defensivo possui a confiança do treinador e do restante da equipe.

Faltou uma maior precisão nas finalizações para matarmos o jogo. Quando necessário, soubemos encurralar o Corinthians apresentando uma marcação forte e eficaz no campo do adversário.

Voltando aos assuntos extra-campo, estou muito preocupado com a atual situação politico-financeira do clube. Com a interdição do Engenhão de forma no mínimo estranha, assuntos como atraso de salario que pareciam ter melhorado voltaram a tona. Com essa situação preocupante parece eminente a venda de destaques do time como: Lodeiro, Dória e Gabriel.

A questão é que o buraco é mais fundo do que parece e a venda de jóias citadas acima resolveriam apenas uma pequena parte dos atuais problemas Alvinegros. Com a venda do garoto Dória para um possível grupo de investidores que o repassariam ao Cruzeiro por cerca de 8 milhões de Euros o Botafogo, que possui somente 40 % dos direitos econômicos do atleta o que valeria algo entorno de 3 milhões de Euros, só conseguiria pagar cerca de 3 meses dos salários atrasados. 

A pergunta é, vale a pena perder um novo talento que vem se encaixando muito bem na equipe para quitar uma pequena parcela divida? Além de perdermos uma peça importante no time, perderíamos um futuro negócio muito mais interessante no aspecto financeiro.

Esse é o passo que falta para subirmos este tão sonhado degrau. Enquanto agirmos assim não evoluiremos. Sempre montamos um bom time, com um futuro promissor e somos obrigados a nos desligar de peças importantes do elenco. Esse é o passo que falta ser dado. 

Como resolver esses intermináveis problemas financeiros eu não sei, mas podemos ajudar: associando-se ao clube, comprando produtos oficiais, comparecendo ao estádio e principalmente, tomando alguma atitude em respeito a interdição do Engenhão.
 
Qualquer leigo no assunto como eu, percebe que existe muita burocracia, sacanagem e jogo de interesses por traz dessa interdição. Não acredito em teorias como as que vieram a tona ontem...(http://radiobotafogo.com.br/forum/topics/denuncia-urgente)

Contudo se esse for o caminho para mudanças, engrossemos o coro. Sendo verdade ou não, não podemos é ficar de braços abertos.

NÃO DA MAIS !!! Dia 2 DE JUNHO, ÀS 15 HORAS, OCORRERÁ O MOVIMENTO #ABRACEOENGENHÃO. Apóiem a causa e vamos comparecer!

E não esqueçam: "e NINGUÉM cala esse nosso AMOR" 

Saudações Alvinegras!

Por Botafogodeprimeira.com

Liberado para a Seleção, Jefferson vai ao Engenhão para reunião sobre concentração

Goleiro do Botafogo revela que protesto de não se concentrar antes dos jogos pode ser revisto esta semana e nega "racha' entre elenco e diretoria



Jefferson - Treino Botafogo (Foto: Ruano Carneiro/LANCE!Press)
Jefferson foi ao Engenhão mesmo
 liberado (Foto: Ruano Carneiro/LANCE!Press)
A julgar pelas palavras do goleiro Jefferson, os jogadores do Botafogo deverão rever a posição de não se concentrarem na véspera das partidas em protesto contra os recentes atrasos de salários e premiações como aconteceu na primeira rodada do Brasileirão, sábado contra o Corinthians. O goleiro revelou que foi ao Engenhão para tratar do assunto nesta segunda-feira, mesmo estando liberado para se apresentar à Seleção Brasileira para a disputa da Copa das Confederações, na terça.

- Aqui não tem mercenário, aqui não tem jogador que só pensa em dinheiro, claro, aqui tem pais de famílias. Estava liberado pelo preparador de goleiros (Flavio Tenius) e pelo Oswaldo. Eles deixaram aberto para eu descansar e resolver algumas coisas minhas, mas fiz questão de vir aqui. Conversei com o Oswaldo e com alguns jogadores para revermos a programação dessa semana, porque de maneira nenhuma queremos prejudicar nosso rendimento principalmente dentro de campo - disse Jefferson, explicando os motivo do protesto dos jogadores:

 - Fizemos essa escolha de não concentrar contra o Corinthians, mas sentamos, conversamos e vamos ver o que vamos fazer essa semana para nos concentrarmos ao máximo. Nada vai tirar nosso foco este ano, não será salário, premiação. Chamamos os torcedores este ano porque este ano estamos fechados. Aqui não tem mercenário, aqui não tem jogador que só pensa em dinheiro, claro, aqui tem pais de famílias.

A programação para esta semana ainda não está definida. Mas na quarta-feira o time enfrenta o Santos, às 19h30, em Volta Redonda, pela segunda rodada do Brasileirão. Em condições normais, como aconteceu no Estadual, o grupo ficaria concentrado direto no Sul Fluminense já que no fim de semana tem compromisso no Sul Fluminense diante do Cruzeiro. Com a reunião desta manhã, o grupo pode ficar concentrado direto. Repetindo que o elenco não quer se prejudicar dentro de campo, Jefferson negou qualquer problema com a diretoria do Botafogo.

- O torcedor pode ficar tranquilo que vamos correr da mesma forma que estamos correndo. Grupo de jogadores e diretoria não estão "rachados" de maneira alguma. Os dois lados estão tentando resolver os problemas. Nos damos muito bem com a diretoria. Temos de virar esta página. Coisas de salários temos de tratar internamente. Fizemos uma manifestação para saber realente o que está acontecendo - disse.


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Moeda mais valiosa de Parreira, Oswaldo alcança marca no Botafogo


Com 492 dias, ele é o técnico que mais tempo ficou de forma consecutiva no comando da equipe desde 1970: 'Gostaria de alongar meu trabalho aqui'



Para um técnico, permanecer por um longo período no comando do mesmo clube é uma tarefa árdua no futebol brasileiro. Tal regra se confirma no Botafogo ao longo dos últimos 40 anos, o que dá a dimensão do feito que Oswaldo de Oliveira alcança nesta segunda-feira. O treinador completa 492 dias consecutivos no cargo, contando a partir de seu primeiro jogo, maior marca desde Zagallo, em sua primeira passagem entre 1967 e 1970, quando estabeleceu uma sequência de 1.310 dias, entre a primeira e a última partida.

Com a série atual, Oswaldo supera Cuca, que ficou 491 dias entre 15 de maio de 2006 e 27 de setembro de 2007. O atual técnico do Atlético-MG poderia ter uma marca ainda maior no Botafogo caso não tivesse pedido demissão e voltado em um intervalo de três jogos no qual Mário Sérgio o substituiu. Ele ficou em seguida mais 228 dias no cargo até deixar de vez o clube carioca.

Oswaldo de Oliveira sorri durante o empate em 1 a 1 com o Corinthians (Foto: Ale Cabral / Futura Press)
Ao ser informado da marca alcançada, Oswaldo demonstrou surpresa por achar que está há pouco tempo no Botafogo. Satisfeito, no entanto, ele elogiou a atitude da diretoria de renovar o contrato no fim do ano passado, quando a torcida pedia sua saída.

- Levando-se em consideração a rotatividade de treinadores, isso é uma coisa que me diz respeito indiretamente, e diretamente à direção do Botafogo. Pelo que tenho visto, ela está tentando mudar isso e entrar nesse fluxo de permanecer com os treinadores. Outros que fizeram tiveram bons resultados - comentou.

A vontade de ser treinador vem desde a época em que Oswaldo foi jogador de Carlos Alberto Parreira na liga estudantil do Rio de Janeiro no fim dos anos 60. Ele lembrou que, em 1969, o aprendizado foi intenso e, na época, o time comandado pelo atual coordenador técnico da seleção brasileira atuava no 3-5-2.

- Ali, ele estava nascendo como treinador no campeonato estudantil do Rio de Janeiro em 1969. Até então, eram só técnicos de pelada, nada com o embasamento do Parreira. Aquilo me despertou. Ele levava um quadro, fazia posicionamento dos jogadores, jogava em um 3-5-2. Eu era o meia-direita. Lembro que uma vez levou moedas e por acaso usou a mais valiosa na minha posição. Brinquei com ele, que disse para eu mostrar no campo e não ali a minha importância. Parece sórdido, mas foi interessante - disse Oswaldo.
Ele (Parreira) levava um quadro, fazia posicionamento dos jogadores, jogava em um 3-5-2.
Eu era o meia-direita. Lembro que uma vez levou moedas e por acaso usou a mais valiosa na minha posição. Brinquei com ele, que disse para eu mostrar no campo e não ali a minha importância. Parece sórdido, mas foi interessante"
Oswaldo de Oliveira

Em mais de 30 anos de futebol, sendo 14 deles como treinador, Oswaldo prefere não falar sobre pontos fortes e fracos de seu trabalho.

- A minha maior virtude é não ver minhas próprias virtudes e o meu maior defeito é identificar que tenho muitos - afirmou.

No ano passado, Oswaldo precisou conviver com as incertezas da profissão. Depois da derrota para o Fluminense na final do Campeonato Carioca, não conseguiu estabelecer um bom relacionamento com a torcida, retratado no fim do ano com protestos em diversas partidas.

Agora, o treinador conta com a segurança de quem conquistou os dois turnos do Carioca, além de ostentar uma invencibilidade de 17 jogos no comando do Botafogo. A única derrota do ano aconteceu na fase de classificação da Taça Guanabara, por 1 a 0 para o Flamengo.

- O pior momento que vivi aqui foi depois da derrota por 3 a 2 para o Cruzeiro no Engenhão, no turno do Brasileiro. A situação ali ficou complicada. O melhor foi a vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense, na final da Taça Rio, com gol de Rafael Marques. Não poderia ser outro - contou.

No seu elenco atual, Oswaldo já identificou alguns nomes como possíveis candidatos a se tornar treinador. Um deles parece com caminho já definido para seguir a carreira assim que pendurar as chuteiras.

- O Seedorf, pela experiência e intenção já manifestada, talvez seja o mais preparado para isso - disse Oswaldo, referindo-se ao fato de o holandês estar matriculado no curso de treinadores da Uefa e pelo interesse do Milan na contratação do camisa 10 para comandar a equipe à beira do campo na próxima temporada europeia.

Para o seu futuro, Oswaldo evita prognósticos mais longos. Seu recorde em um clube aconteceu no Kashima Antlers, do Japão, onde trabalhou cinco temporadas, antes de ser contratado pelo Botafogo.

- Eu, sinceramente, acho difícil (ficar cinco anos no Botafogo), mas acho que é consenso que eu gostaria muito de alongar meu trabalho aqui no Botafogo e que a direção também tem essa intenção. Mas a previsibilidade é imprevisível - comentou Oswaldo, que, aos 62 anos de idade, ainda se permite sonhar com a seleção brasileira. - Claro que penso. Não agora, mas no futuro pode ser. Que seja da forma mais natural se vier a acontecer.

Por Thales Soares Rio de Janeiro

Com proposta ruim pelo Maracanã, consórcio tenta seduzir clubes

Fluminense quer ajuda para construir CT e Flamengo deseja revitalização da Gávea e arena. Botafogo também mira estádio




O Maracanã ganhou um moderno e sofisticado sistema de iluminação ornamental (Foto: Érica Ramalho)
Novo Maracanã ainda não pode ser
usado por clubes (Foto: Érica Ramalho)
Apesar de já ter sido inaugurado para a Copa das Confederações, o Maracanã para os clubes cariocas ainda é uma realidade distante. Dificuldades nas negociações entre as entidades e o Consórcio Maracanã S.A – formado por Odebrecht, IMX e AEG – emperram, por ora, uma chance de acordo.

A demora para se fechar o contrato, segundo o L!Net apurou, é em razão de a proposta inicial por parte do consórcio ter sido considerada ruim pelos clubes. Três executivos, um de cada empresa participante, têm se encontrado separadamente com diretores e presidentes de Flamengo e Fluminense. A negociação está sendo feita de acordo com a média histórica de público de cada um no estádio.

A primeira oferta prevê que os clubes não pagariam aluguel pelo uso. Porém, a carga de ingresso foi considerada baixa por ambos.

No caso do Flu, que já tem um memorando de intenções assinado, o Consórcio cedeu e aumentou o número de bilhetes e espaços de publicidade para comercialização, além de um prêmio que envolve a construção do sonhado CT. Porém, a diretoria do Flu acredita que pode conseguir camarotes para negociar.

O Flamengo segue pedida parecida, porém o clube não tem intenção de ceder. Apesar da proposta de investimento na revitalização da Gávea, incluindo a construção de uma arena, a diretoria pede mais propriedades no estádio.
O governo do estado, apesar de já ter anunciado o vencedor, ainda não marcou uma data para assinar a concessão da gestão por 35 anos com o Consórcio. No momento que isso acontecer, passa a valer o prazo de 90 dias para que o gestor apresente um contrato com pelo menos dois grandes clubes do Rio para atuarem no estádio por 35 anos.

Por meio da assessoria, o Consórcio confirmou que está negociando com os clubes, mas não irá se pronunciar mais detalhadamente enquanto o contrato com o governo do Rio ainda não for assinado.

Botafogo quer o Maracanã
O Botafogo quer o Maracanã para mandar seus jogos no Rio enquanto a interdição do Engenhão persistir. Para o clube, esta interdição não deve durar mais que dois anos, por causa do prazo para o estádio ser usado em 2016.
Assim, após ser liberado pela prefeitura para negociar outro estádio para jogar no Rio, já que a concessão pelo Engenhão é de uso exclusivo, a diretoria procurou o Consórcio com a proposta de jogar no estádio por um período de até dois anos. Porém, as negociações ainda não avançaram.

PROJETO DO FLAMENGO

Geral
O Flamengo deseja uma revitalização de toda a Gávea. Apesar de a nova diretoria ter reconhecido algumas melhorias feitas pela gestão anterior, o clube quer ter uma estrutura semelhante a do Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte, e do Pinheiros, de São Paulo, referências no Brasil
A vedete
A construção de uma arena multiuso é o primeiro passo e o mais vislumbrado pelos dirigentes dentro desse contexto. A ideia é ter um espaço com até oito mil lugares para receber shows e eventos esportivos, entre eles jogos de basquete e partidas da equipe de futebol. As referências são as arenas americanas. Um projeto deve ser encaminhado à prefeitura.

CT do Flu quase na mão
Edifício
Pelo acordo alinhavado entre Flu e Odebrecht, a construtora pagará ao clube cerca de R$ 11 milhões pelas luvas contratuais. O dinheiro será usado exclusivamente para a construção do centro de treinamento profissional, no terreno da Barra da Tijuca. O valor é 80% do necessário para construir o CT.
Entrave
Para não sofrer com penhoras, o Flu estuda criar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) para a construção do CT. A segunda hipótese é que a Odebrecht faça o pagamento diretamente à empreiteira que fará a obras. O Flu já terminou o estudo do solo do terreno e descobriu ele não é pantanoso, o que deixa a obra mais barata do que se imaginava a princípio.

A LICITAÇÃO
Janeiro de 2012 - Governo estadual lança edital de manifestação de interesse pelo Maracanã para estudo de viabilidade financeira. Dois meses depois, IMX é a única a apresentar o documento.
Outubro de 2012 - Governo lança minuta do edital.
Fevereiro de 2013 - Edital de concessão definitivo lançado.
9 de maio de 2013 -Depois de questionamentos do MP e guerra de liminares para suspender a concessão, governo anuncia vencedor.

NÚMEROS
1,4 bilhão de reais
É o lucro estimado do Consórcio Maracanã S.A. pelos 35 anos de concessão.
1,049 bilhão de reais
Foi o custo oficial da reforma para a Copa das Confederações e Copa do Mundo.
110 camarotes
Novos com capacidade média para 25 pessoas, que são fontes de receita.
78 mil
Assentos é a capacidade atual. Destes, 10 mil são da área premium, perto do gramado.

ACADEMIA LANCE!

Pedro Trengrouse

Especialista em gestão do esporte (FGV-RJ)
"Exitem casos no mundo de estádios compartilhados. Talvez o mais emblemático seja o estádio do Inter e do Milan, na Itália. Para se ter uma ideia da dificuldade de compartilhamento do estádio, para o Inter ele se chama San Siro e para o Milan, Giuseppe Meazza. Ou seja, eles não concordam nem no nome do estádio. Então, começa por aí a dificuldade. É verdade que o estádio não representa uma renda significativa para esses clubes, poque eles não conseguem desenvolver negócios.

No Maracanã, qualquer que seja a proposta que essas empresas façam, a única possibilidade de elas oferecerem bons negócios para os clubes seria se elas tivessem condições de desenvolver vários outros negócios além do futebol, porque para desenvolver o futebol os clubes não precisam de empresa alguma, não precisam da Odebrecht para ficar com 90%, a IMX com 5% e a AEG com 5%.

Então, a única forma de desenvolver o futebol seria se essas empresas estivessem agregando valor ao estádio que os clubes não tivessem condições de agregar. Não é o caso, porque dois clubes grandes jogando ali deixam pouquíssimas datas para que se realizem outros eventos, que não sacrifiquem o futebol.

Como o calendário brasileiro sobrecarrega os clubes da Primeira Divisão, de maior poder de investimento, sobra pouco espaço para o valor que essas empresas poderiam agregar. Como elas têm que se remunerar, acabam se remunerando em cima dos clubes. Então, é difícil que elas ofereçam bons negócios para os clubes.

O modelo de negócio pode variar. O ideal para os clubes é que eles tenham condições de explorar tudo o que tiver relação com o seu jogo: o camarote, o estacionamento, alimentos e bebidas. Então, todas as propriedades relativas à atividade dos clubes têm de ser dos clubes. Eles são o principal motivo da atividade. Se não estivessem lá, não haveria ninguém no estádio. Quem traz o conteúdo tem de ter direito sobre tudo o que este conteúdo tiver condições de gerar.

As placas de publicidade, por exemplo, têm de ser divididas. A publicidade de campo é a publicidade móvel, que não pertence ao estádio. Ela pertence ao jogo. Um exemplo disso é a Arena Fonte Nova, que também pertence à Odebrecht. Enquanto a Itaipava pagou R$ 10 milhões pelos naming rights da arena, quem aparece na beira do campo é a Nova Schin e a Brahma. A primeira porque patrocina o Campeonato Baiano e a segunda porque patrocina os clubes. O estádio possui placas de publicidade, sim, mas são placas de segunda linha. Só quem vê essas placas são as pessoas que vão ao estádio.

Esse consórcio não fez nenhum investimento no Maracanã. O investimento da obra do estádio foi pago pelo povo, quem pagou foi o governo. Eles estão pegando o estádio do zero, o que quer dizer que não há um investimento passado deles naquela conta. Só tem uma operação futura. E essa operação futura os clubes poderiam pagar, não precisariam deles. Até agora, as empresas não ofereceram nada que os clubes não tivessem."


Amélia Sabino e Eduardo Mendes - LANCENET!