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terça-feira, 31 de março de 2020

Em live no Instagram do Botafogo, Pedro Raul estipula meta: "Levar o clube à Libertadores"


Atacante participa de entrevista em perfil oficial do Alvinegro na rede social, deixa número de gols no ano em aberto e diz querer chegar ao nível de Loco Abreu e Túlio



Enquanto a quarentena por causa da pandemia de coronavírus segue sendo a melhor forma de se prevenir, os clubes estão buscando novas formas de interagir com os torcedores. Na noite desta terça-feira foi a vez de o Botafogo fazer um vídeo ao vivo com Pedro Raul, que traçou um objetivo claro a curto prazo para o time comandado por Paulo Autuori.


- Sonho a curto prazo é ser campeão no Botafogo e conseguir levar o clube à Libertadores. A longo prazo é chegar na seleção, que é o ápice da carreira de um jogador. É uma coisa que a gente pode sonhar sim, ainda mais vestindo essa camisa.



Pedro Raul é um dos reforços do Botafogo que melhor se encaixou na equipe — Foto: Vítor Silva/Botafogo


Natural de Porto Alegre, o gaúcho está na capital do Rio Grande do Sul para poder ficar mais próximo da família e foi de lá que participou da live do Alvinegro. Apesar da distância física, a noção de proximidade com o clube se mantém. Seja com os exercícios que lhe foi passado pela comissão técnica para se recuperar das dores na coxa - e que ele garante estar 100% - ou buscando atacantes que fizeram história no Botafogo para se inspirar.


- Quero tentar alcançar o Loco Abreu. Vejo que é uma referência na história do clube. Tem o Túlio também. Estamos falando de duas referências no futebol na posição. Espero alcançar ou chegar um pouco perto deles, que já está bom. Fora do Brasil me inspiro também no Lewandowski. Por causa da técnica de jogo e leitura que tem de todos os lances. Está sempre bem posicionado. A bola chega quadrada e ele devolve redonda.


Além do fato de os campeonatos estarem totalmente paralisados, existe até mesmo a indefinição de quando - e se - voltam a ser disputados. Para o atacante, porém, é preciso disciplina por parte dos jogadores e não confundir a quarentena com férias.


- Não consigo ver a temporada... Porque tem uma indefinição da CBF ainda. A gente não sabe se os estaduais vão voltar ou não, como vai ser o Campeonato Brasileiro... é difícil. A gente tem que estar pronto para quando as competições voltarem estar preparado.


Outros tópicos da live que Pedro Raul participou


Carreira até chegar ao Botafogo

- Comecei no São José, sul de Porto Alegre, sub-20 joguei no Cruzeiro daqui de POA. Fiquei um ano e 10 meses em Portugal, voltei ao Brasil, fui para o Atlético-GO e agora estou aqui tendo a honra de representar o Botafogo.


Autuori e forma de jogar

- A gente estava pegando, mas veio essa parada que foi triste para todos. Mas a gente estava conhecendo o trabalho do Paulo, se ambientando. Estava todo mundo empenhado em aprender com ele. Tudo que a gente conseguir tirar dele deve ser bom para a nossa carreira porque é um cara que já conquistou todos os títulos possíveis.


Experiência com Barroca no Atlético-GO

- Ele foi fundamental. Espero voltar a trabalhar com ele no futuro. Foi um cara que soube tirar o máximo de todo mundo. Aprendi muito com ele no dia a dia. A gente conversou no começo do ano. Fiquei muito contente em saber que ele queria trabalhar comigo de novo.


Foco nesse período

- Eu trabalho todo dia no meu máximo, acredito que essa é a formula de agradar. É que nem eu falo para os meus amigos, do mesmo jeito que joga um clássico tem que jogar contra um time supostamente inferior. Tenho que estar focado para deixar a marca no Botafogo, que é o que eu quero. É uma honra vestir essa camisa.



Treinos e convivência com Honda

- Ele é um cara muito profissional. A gente sempre vê ele chegando uma hora e meia, duas horas antes do treino. Depois do treino ele faz vários procedimentos de recuperação. Dentro de campo a gente vê que ele é muito concentrado. Quando a gente tem uma referência técnica como ele é, a gente tenta buscar ao máximo.


Resenha com Caio Alexandre e demais jogadores

- É um moleque sensacional, joga muito. Eu falo que ele é o Iniesta do grupo. Acho que (é mais próximo) o Bruno, Caio, Marcelo, Alex Santana, Luiz Fernando, tem vários, Guilherme Santos... eu falo com todos. É difícil citar alguns porque me dou bem com todo mundo.


Experiência em Portugal

- Aprendi muito lá, em todos os quesitos. Todo treino era uma aula. Se desse pra voltar no tempo e escrever para anotar, eu gostaria. Meu futebol melhorou muito. Eles dão muita atenção nos detalhes, que às vezes passa despercebido no treino ou no jogo. Numa perspectiva maior, fazia a diferença. Isso foi uma cultura que eu consegui adquirir lá e vejo que consigo jogar melhor.


Como reagiu ao receber proposta e o motivo de escolher o Botafogo


- Estava de férias, viajando, e quando recebi a ligação falei "vai mandar para eu assinar ou o quê?" Foi de cara. (Escolhi) porque é um clube gigante, representa muito no cenário. Antes de tomar a decisão final eu falei com o Barroca. Ele passou as informações que eu precisava, disse para ficar tranquilo que ia jogar e me sentir bem. Gosto muito de jogar aqui, estou virando amigo de todo mundo, são pessoas fantásticas e estou muito feliz.


Fonte: Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro

Contribuição: 75% dos gols do Botafogo no ano tiveram assistências


Três a cada quatro gols do Alvinegro na atual temporada nasceram de um passe anterior ao chute; Luís Henrique e Luiz Fernando são os principais garçons da equipe



Luís Henrique tem três assistências em 2020 (Foto: Vítor Silva/Botafogo)


A união faz a força. Essa é uma frase que pode definir com certa precisão a produção ofensiva do Botafogo na atual temporada. Dos 12 gols marcados pelo clube de General Severiano em 2020, 75% tiveram uma assistência - ou seja, um passe antes do jogador balançar as redes.

A relação também pode ser vista da seguinte forma: três a cada quatro gols do Botafogo tem uma assistência. Ao todo, o Alvinegro teve nove passes para tentos em 2020 e dois jogadores se destacam em tal quesito: Luís Henrique e Luiz Fernando, justamente dois jogadores que atuam pelos lados do campo.

Os dois possuem três assistências cada em 2020. Tal estatística reflete algo vital para a construção de jogadas no Botafogo - tanto de Alberto Valentim e, principalmente, desde a chegada de Paulo Autuori -: a importância das jogadas pelos lados de campo. Com o novo treinador, os atletas nos flancos estão cada vez mais participativos e o número de passes para gol é uma consequência.

Com exceção do gol de Keisuke Honda, contra o Bangu, de pênalti, no último jogo antes da paralisação pela pandemia do coronavirus, todos os tentos marcados sob o comando de Paulo Autuori haviam acontecido com um passe antes do chute final.

De uma forma ainda mais extensa da construção de jogo, o Botafogo teve sete passes para assistência - ou pré-assistências - na temporada. A produção ofensiva do Glorioso pode não ser das mais eficientes do país - 12 gols feitos em 12 partidas disputadas, média de um gol por jogo -, mas as tramas têm, geralmente, nascido a partir de passes.




NÚMEROS DE ASSISTÊNCIAS DO BOTAFOGO EM 2020:

​3 - Luís Henrique
3 - Luiz Fernando
1 - Pedro Raul
1 - Joel Carli
1 - Caio Alexandre


NÚMERO DE PRÉ-ASSISTÊNCIAS DO BOTAFOGO EM 2020:

3 - Fernando
2 - Bruno Nazário
1 - Alex Santana
1 - Caio Alexandre


Fonte: LANCE/Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

Demitido em 2014, Edilson foi escolhido melhor lateral-direito do Botafogo no século XXI: "Orgulho"


Em enquete do GloboEsporte.com, jogador de 33 anos foi destaque entre torcedores alvinegros: "A certeza de que fui verdadeiro foi essa votação. Isso me deixou mais satisfeito"




Edilson vestiu a camisa do Botafogo nas temporadas 2013 e 2014 e marcou a torcida alvinegra no século XXI. Tanto que foi escolhido, em enquete feita pelo GloboEsporte.com, o melhor lateral-direito do clube desde 2001. O jogador de 33 anos, atualmente no Cruzeiro, ficou surpreso com o resultado, especialmente pela concorrência de qualidade que enfrentou no time carioca.


- Naquele período em que estive no Botafogo, principalmente em 2013, a concorrência era enorme na lateral. Poucas vezes vimos um clube ter três jogadores com capacidade de serem titulares. Eu, Lucas e Gilberto. E jogava quem estava melhor! Acho que (fui escolhido) pelo que fiz em campo, principalmente. A entrega nos jogos, que sempre foi uma característica minha...


"Consegui me destacar e me consolidar. Sei o que mostrei em campo. Mas ter sido escolhido como o melhor do século XXI me surpreendeu sim e me deixou muito feliz. Tenho um carinho enorme pelo clube e um orgulho de ter vestido essa camisa".


Edilson fez 58 jogos e seis gols com a camisa do Botafogo.



Edilson defendeu o Botafogo em 2013 e 2014 — Foto: Agência Getty Images


Apesar do reconhecimento da torcida, a história de Edilson no Botafogo não terminou da forma como o lateral esperava. Em 2014, ele e outros jogadores (Sheik, Bolívar e Julio Cesar) foram demitidos pelo então presidente Maurício Assumpção. O episódio foi superado, mas ainda incomoda o jogador.


- Sobre o episódio da minha saída, eu nunca vou me conformar. O presidente da época, que nem gosto de mencionar o nome, afundou o time. Me afastou junto com o Emerson, Julio e Bolívar. O que ele queria com isso? Mas na vida aprendi a não guardar rancor. Que ele siga seu caminho. Eu segui o meu e minha carreira continuou crescendo e conquistei muitos títulos.


- Se eu soubesse o que fazer para não ter sido impedido de ajudar o clube naquele momento, eu faria. Uma irresponsabilidade de um presidente que decidiu isso praticamente sozinho. Ninguém entendeu nada.


"Mas também a verdade sempre vem à tona. A maneira como saí do clube me incomoda até hoje, mas também a maioria das pessoas consegue ver agora onde estava o erro. A certeza de que fui verdadeiro foi essa votação. Isso me deixou mais satisfeito".


Após deixar o Botafogo, Edilson passou por Corinthians e Grêmio até chegar ao Cruzeiro. Foi campeão brasileiro, da Copa do Brasil (duas vezes) e da Libertadores. O lateral conta que mantém amigos no Alvinegro, time pelo qual tem grande carinho.


- Poxa, o que mais tenho são amigos no Botafogo. Quando vou jogar no Nilton Santos é uma alegria revê-los. De longe, continuo torcendo pela recuperação do clube na questão financeira. Essa torcida fantástica merece brigar por grandes conquistas!



Fonte: GE/Por Emanuelle RIbeiro — Rio de Janeiro