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terça-feira, 17 de abril de 2018

Em fase final de transição, Aguirre será integrado no Botafogo semana que vem


Principal reforço alvinegro, atacante uruguaio já vem treinando com bola, mas recondicionamento físico e precaução com joelho operado adiam previsão de estreia para a terceira rodada do Brasileiro








A estreia do Botafogo no Campeonato Brasileiro, no empate por 1 a 1 com o Palmeiras na última segunda-feira, a princípio marcaria também a primeira partida de Aguirre, principal contratação do Alvinegro para 2018. Quando foi apresentado no dia 16 de março, o atacante uruguaio previu um mês para ficar à disposição de Valentim, e o clube na época até chegou a receber uma oferta de R$ 400 mil para levar o jogo para Cuiabá.


Mas a previsão do jogador precisou ser adiada um pouco. Primeiro por precaução: por conta do joelho direito operado em dezembro, o departamento médico alvinegro não quer se precipitar para não correr riscos e fortalecer mais a musculatura local. E segundo: pelo seu condicionamento, pois não joga há quatro meses, e a preparação física faz um trabalho diferenciado para ele recuperar a sua melhor forma.



Aguirre ao lado de Marcelo, já chegou comemorando título no Maraca (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


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A rotina de Aguirre tem sido entre academia e trabalhos com chuteira no gramado. Em fase final de transição, ele já está treinando com bola e será integrado ao elenco semana que vem. Depois de participar da festa do título carioca no Maracanã e em General Severiano, e após ser um dos modelos do clube no lançamento dos novos uniformes de 2018, o uruguaio só falta estrear em campo.



Uruguaio desfilou com outros jogadores no lançamento dos uniformes (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)



O que deve acontecer no dia 28, contra o Grêmio no Nilton Santos, pela terceira rodada do Brasileiro. Considerado uma joia no Uruguai, o atacante de 23 anos foi emprestado pela Udinese, da Itália. O Botafogo pagará US$ 250 mil (cerca de R$ 800 mil) para ter o jogador até junho de 2019. No Alvinegro, Aguirre usará a camisa 11 e poderá jogar tanto de extremo quanto faezr a função de centroavante.



Fonte: GE/Por Felippe Costa, Fred Gomes e Thiago Lima, Rio de Janeiro

Botafogo mostra força contra o Palmeiras, acha novo modelo de jogo e traz esperança


Alvinegro encara um dos favoritos ao título de igual para igual e ganha moral para o Brasileiro. Com trinca de volantes, Valentim retoma velho estilo do time, mas dá mostras que pode ser mais ofensivo











Melhores momentos de Botafogo 1 x 1 Palmeiras pela 1ª rodada do Campeonato Brasileiro



Para quem acreditava que a conquista do Carioca tinha sido "sorte" e que o panorama era preocupante para o Campeonato Brasileiro, o Botafogo tratou de mostrar o contrário. Logo na estreia, encarou de igual para igual o Palmeiras, elenco mais caro do país e um dos favoritos ao título. E mesmo sem quatro titulares – Luiz Fernando, Moisés, Marcelo e Renatinho –, o Alvinegro saiu de campo lamentando o empate por 1 a 1 (veja os lances no vídeo acima), na última segunda-feira, no Nilton Santos.


E foi uma estreia com velha fórmula: a trinca de volantes de Ricardo Gomes e Jair Ventura. Valentim já tinha usado a formação diante do Audax Italiano no Chile, e desta vez iniciou o jogo com o meio de campo formado por Lindoso, Matheus Fernandes e Gustavo Bochecha, que não começava uma partida desde sua lesão em fevereiro do ano passado – o entrosamento dos garotos, campeões brasileiros sub-20, era nítido.



"Upgrade" na formação



Linha da trinca: volantes pressionavam saida de bola e tinham liberdade para atacar (Foto: Thiago Lima)


Porém, a formação de Valentim pode ser um "upgrade" do que foi o Botafogo em 2017. Se no ano passado era um time reativo, que jogava no erro do adversário, contra o Palmeiras a equipe criou muito mesmo com menos posse de bola: 44% contra 56%. Em compensação, com 12 arremates, teve o dobro de finalizações do que o Palmeiras e seis chances claras de gols. Com o trio em linha e com liberdade para atacar, o Alvinegro ganhou em marcação e qualidade técnica.



– Nosso desenho tático de ponto de partida era Gustavo (Bochecha), Lindoso e Matheus, nenhum primeiro volante de origem, talvez o Matheus. Pedi que fossemos organizados para termos equilíbrio e não perder qualidade. Fizeram bem – explicou Valentim.


O ataque é que ainda deixa a desejar na formação e voltou a passar em branco. Brenner tem atuado muito longe da área, mesmo antes de Kieza entrar como centroavante, e as pontas vivem de lampejos de Valencia e, atualmente, Leandro Carvalho. Com isso, o time acaba abusando do jogo aéreo: contra o Palmeiras foram 23 bolas alçadas na área pelo Alvinegro.


Quando Renatinho, que teve uma lesão leve na coxa esquerda, voltar a ficar à disposição, o meia deve pegar uma das três vagas dos volantes. Mas Valentim já viu que a trinca é uma alternativa para a sequência do campeonato. Se quiser manter a formação, o técnico tem ainda o recém-contratado Jean e o retorno de Leandrinho, que faz a função.


Moral para sequência difícil



Matheus Fernandes teve boa atuação nesta segunda (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)


Mais importante do que o placar do jogo foi a atuação. O Botafogo foi melhor do que o Palmeiras e ganhou moral para um início de Campeonato Brasileiro que promete ser árduo. Nas quatro primeiras rodadas, três adversários favoritos ao título: após encarar o Palmeiras, terá ainda o Grêmio no Nilton Santos e o Cruzeiro no Mineirão, em uma sequência ingrata, seguida por um clássico com o Fluminense.


Renatinho e Marcelo têm chances de voltar contra o Sport, mas Luiz Fernando e Moisés devem continuar fora na próxima segunda-feira. Apesar dos desfalques, o Alvinegro mostra mais uma vez o poder de se reinventar e, mesmo com três garotos de titulares – Marcinho, Matheus e Bochecha –, o time foi maduro. Pelas circunstâncias, o resultado contra o Palmeiras foi bom. Embora tenha perdido dois pontos em casa, o rendimento traz um certo otimismo para o restante da temporada.


Fonte: GE/Por Felippe Costa e Thiago Lima, Rio de Janeiro