Justiça renova acordo por salários em dia no Botafogo; penhora pode chegar a R$ 39 milhões

Juíza do trabalho prorroga preferência de funcionários sobre outras penhoras até o fim deste ano, mas clube tem desafio de levantar mais recursos para honrar os compromissos



Os trabalhadores do Botafogo continuarão com preferência sobre penhoras de receitas do clube até o final deste ano. A 75ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro aprovou nesta quarta-feira o acordo judicial para manter os salários em dia em General Severiano.


A decisão é considerada favorável pelo clube e garante que os funcionários poderão receber sem atrasos até dezembro, desde que haja recursos suficientes em caixa. Ou seja, não há risco de a grana ser bloqueada por algum outro credor que tem dívidas a cobrar. A aprovação dessa penhora "positiva" chega ao limite de R$ 39.543.262,09.

Aumentar receitas é desafio para o presidente Durcesio e o CEO Jorge Braga — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Só que todo esse dinheiro ainda não está 100% garantido. A diretoria vai precisar trabalhar para atrair novas receitas. Atualmente, espera-se que a grana em caixa seja suficiente para pagar os salários até maio ou junho. A partir daí, é preciso mais grana, seja com venda de jogadores, novos patrocínios ou outros meios. Se o valor começar a ser pouco, quem ganha menos terá preferência.



Há quase um mês, o acordo foi amarrado pelo clube, pelo Sindicato dos Empregados em Clubes, Federações e Confederações Esportivas e Atletas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (Sindeclubes) e pelo Ministério Público do Trabalho. Nesta quarta-feira, teve a aprovação da juíza do trabalho Cissa de Almeida Biasoli.

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Essa autorização judicial começou em outubro de 2020 e, desde então, foi sustentada majoritariamente por premiações da CBF e direitos de TV do Campeonato Brasileiro. Como essa fonte foi comprometida com o rebaixamento, o clube tenta outras alternativas. Para os próximos meses, parte da arrecadação com o Campeonato Carioca, a Série B e vendas como a de Matheus Babi serão separadas para salários.


Os resultados recentes do time dificultaram o trabalho. O Botafogo tinha a expectativa de avançar ao menos até a terceira fase da Copa do Brasil, que renderia mais R$ 1,7 milhão, e a queda precoce diminui a quantia a ser repassada aos funcionários nos próximos meses.

Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

Botafogo define quatro setores como prioridade e espera encerrar negociações nos próximos dias

Expectativa é anunciar um lateral-direito, um volante, um meia de criação e um centroavante em breve para que reforços possam aproveitar as semanas de preparação para a Série B



Depois das 12 contratações anunciadas na primeira parte da temporada 2021, o Botafogo ainda tem carências e definiu quatro setores como prioridade para reforçar. A expectativa é que o clube anuncie um lateral-direito, um volante, um meia de criação e um centroavante nos próximos dias.


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Para contar com atletas mais experientes e que cheguem para assumir a titularidade, o Botafogo liberou uma verba maior para que Eduardo Freeland tivesse liberdade no mercado. O diretor de futebol revelou nesta semana que o elenco já sofreu redução de R$ 1,5 milhão na folha salarial, o que abre espaço para buscar esses nomes de maior peso.


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Eduardo Freeland é o responsável pelas contratações do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo



A reportagem ouviu que as negociações estão encaminhadas, e a intenção é fechar os acordos o mais rápido possível para que os jogadores aproveitem ao máximo as semanas de preparação para a primeira rodada da Série B, marcada para os dias 28 e 29 de maio.


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Além das quatro posições, o clube avalia a possibilidade de contratar um zagueiro, mas isso dependeria de uma oportunidade de mercado. Por outro lado, o Bota não pretende trazer um atacante de lado no momento. Marcinho e Ronald foram contratações para o setor nesta temporada.

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Após quase dois meses, Chamusca ainda busca identidade para o Botafogo (https://globoplay.globo.com/v/9450641/)


A lateral direita é a posição com menos opções para Marcelo Chamusca, mas Jonathan tem dado conta do recado e subiu o nível em comparação com a temporada passada. Os demais setores são mais críticos.


A avaliação é que o meio-campo do Botafogo não conseguiu ser combativo nem criativo na primeira parte da temporada, em que o clube foi eliminado da Copa do Brasil e do Campeonato Carioca.


Na frente, o Bota perdeu Matheus Babi, e os jovens Rafael Navarro e Matheus Nascimento mostram potencial, mas ainda estão em formação. Nomes como Anselmo Ramon, Fernandão, Rafael Moura e Hernane Brocador entraram na lista do clube.



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Fonte: GE/Por Andre Gallindo, Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro