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sexta-feira, 10 de junho de 2022

Escalação do Botafogo: com Saravia suspenso, time pode ter mudanças no ataque



Erison, que não atuou contra o Palmeiras, ainda não tem presença garantida para o duelo de segunda-feira; lateral argentino deve ser substituído por Daniel Borges



Um dia depois da derrota por 4 a 0 para o Palmeiras no Allianz Parque, o time do Botafogo que vai enfrentar o Avaí na próxima rodada ainda é incerto. Com dois atacantes utilizados com frequência por Luís Castro tendo desfalcado o time na última quinta-feira, o Bota ainda não sabe se poderá contar com Erison e Diego Gonçalves para a partida de segunda.


Certo é que o técnico português não poderá contar com o lateral-direito Saravia. O argentino recebeu o terceiro cartão amarelo e está suspenso para o duelo no Nilton Santos. A tendência é que Daniel Borges faça a função, com Hugo ocupando a lateral esquerda.


A provável escalação do Botafogo tem: Gatito Fernández; Daniel Borges, Kanu, Cuesta e Hugo; Oyama (Kayque), Tchê Tchê (Del Piage) e Lucas Fernandes; Chay, Victor Sá e Vinícius Lopes.


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Com Saravia suspenso, Hugo deve voltar para a lateral esquerda e empurrar Daniel Borges para a direita — Foto: Vitor Silva/Botafogo


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Uma das novidades entre os relacionados do Bota para a próxima partida pode ser o retorno do zagueiro Philipe Sampaio e do goleiro Diego Loureiro. Eles estavam no departamento médico por problemas no joelho e constavam como "recuperados" no último material divulgado pelo clube, antes da partida contra o Palmeiras.


O Botafogo volta a campo na próxima segunda-feira, às 19h (de Brasília), no Nilton Santos, quando enfrenta o Avaí pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Bota é o 15º, com 12 pontos e está a um da zona de rebaixamento. A equipe catarinense é a 16ª colocada, com 11.


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Rizek, sobre primeiro tempo do Palmeiras contra o Botafogo: “Lembra o 7 a 1” (https://ge.globo.com/sportv/programas/selecao-sportv/video/rizek-sobre-primeiro-tempo-do-palmeiras-contra-o-botafogo-lembra-o-7-a-1-10657019.ghtml)

John Textor fala em oito reforços no Botafogo para a segunda janela: "Forte padrão da Série A"



Empresário diz esperar que investimento para o meio do ano seja maior do que os R$ 65 milhões da primeira janela de transferências e dá respaldo a Castro: "Meu sócio e líder do nosso projeto"




A expectativa de reforços que o Botafogo tem para a segunda janela de transferências para a temporada é grande. Quem deixa o torcedor na esperança de dias melhores após a derrota por 4 a 0 para o Palmeiras é o próprio John Textor. Em entrevista ao jornal "O Globo", ele afirmou que planeja a chegada de oito reforços, com um deles sendo o lateral-esquerdo Marçal e um jogador que deve assinar na próxima semana.


- Minha estimativa é que vamos procurar mais seis jogadores (além de Marçal e do jogador que chegará nos próximos dias), todos com um forte padrão da Série A. Espero que nosso investimento em jogadores na segunda janela seja maior do que nosso investimento na pré-temporada.


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Textor projeta a chegada de oito reforços para o Botafogo na segunda janela — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF


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Na primeira leva de contratações para o time principal, Textor gastou cerca de R$ 65 milhões para a chegada dos reforços. Foram 11 contratações, sendo que precisou pagar por seis deles. O valor não foi todo gasto no primeiro semestre, pois envolve pagamento em parcelas.


Depois da goleada sofrida para o Palmeiras e o fato de ter conquistado apenas um ponto nos últimos quatro jogos, parte da torcida intensificou as críticas a Luís Castro. Para Textor, não há a menor possibilidade de o técnico português sair do cargo. A ideia é construir uma relação a longo prazo.


- Luis Castro é meu sócio e é o líder do nosso projeto. Ele e eu deixamos claro que nosso objetivo este ano era consolidar nossa posição como clube da Série A e construir campeonatos nos anos seguintes. Todos nós sabíamos que ele estava começando a temporada com uma lista de transição de jogadores aspirantes e isso não mudou.


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Botafogo joga muito mal em São Paulo e é Goleado pelo Palmeiras (https://ge.globo.com/video/botafogo-joga-muito-mal-em-sao-paulo-e-e-goleado-pelo-palmeiras-10656830.ghtml)


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Com os pés firmes no chão, Textor não criou falsas expectativas para falar dos próximos jogos do Botafogo. O americano diz acreditar que o time ainda vai passar por momentos de turbulência antes de atingir voos mais altos e tranquilos.



- Gosto de sonhar, junto com os torcedores, em vencer nossos rivais, com a vida no G4, no topo da tabela, mas gosto de sonhar de olhos bem abertos. E ninguém deve esperar que entremos no estádio do melhor time do campeonato, com um time titular ainda em construção e apagar 40 anos de frustração. (A derrota para o Palmeiras) Não será a última vez que nos envergonharemos no caminho para construir um time campeão. Nossos torcedores têm todo o direito de ficarem chateados, a noite passada foi dolorosa, mas continuaremos avançando com nosso projeto.


O Botafogo volta a campo na próxima segunda-feira, quando enfrenta o Avaí, às 19h (de Brasília), no Nilton Santos, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Bota é o 15º colocado, com 12 pontos e está a um da zona de rebaixamento. O time catarinense ocupa a 16ª posição, com um ponto a menos.


Análise: derrota para o Palmeiras precisa servir como ponto de virada para o Botafogo



Apatia e facilidade com que o time de Luís Castro foi dominado pelos comandados de Abel Ferreira fez lembrar o Botafogo rebaixado de 2020






Melhores momentos: Palmeiras 4 x 0 Botafogo, pela 10ª rodada do Brasileirão 2022



Trinta e três minutos do primeiro tempo. O Palmeiras vencia por 3 a 0, tinha acertado a trave de Gatito Fernández duas vezes e ainda viu um gol ser bem anulado por impedimento de Luan. Fossem os donos da casa um pouco mais eficientes na etapa inicial, o Botafogo iria para o intervalo com um placar elástico e possivelmente histórico no Allianz Parque.


O resultado final de 4 a 0 ficou até barato dado o domínio que os comandados de Abel Ferreira tiveram frente aos jogadores de Luís Castro. Claro que deve-se levar em conta que estamos falando do melhor técnico do país na equipe bicampeã da Libertadores, mas a apatia mostrada pelo Botafogo no primeiro tempo fez lembrar aquele time rebaixado com rodadas de antecedência. Foi fácil jogar contra os cariocas.


Luís Castro levou a campo uma escalação que não deu certo. Na tentativa de evitar os avanços do Palmeiras - e, principalmente, de Dudu - pelo lado direito de ataque, o português colocou Daniel Borges na lateral esquerda com Hugo mais avançado, de ponta. Não funcionou. Os dois primeiros gols saíram por aquele lado e muitos ataques palmeirenses vieram de lá.


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Time inteiro do Botafogo foi facilmente dominado pelo Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli/ge


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O resultado e o futebol apresentados não tiveram relação com a ausência de Erison, fora por causa de dores no tornozelo. O Palmeiras, muito bem treinado por um técnico que está há quase dois anos no time, dominava o meio de campo, não deixava o Botafogo respirar e tinha bastante espaço para jogar bola e aproveitar os erros de posicionamento que o time adversário deixava - e que não foram poucos.



A apatia em campo é o que mais chama a atenção. É compreensível que o Botafogo perca para o Palmeiras fora de casa. Enquanto um tem um trabalho de dois meses, o outro tem dois anos. As mecânicas de jogo do time paulista são executadas em harmonia ao mesmo tempo que o Bota deixa buracos entre defesa, meio e ataque. Se o Botafogo demora para levar a bola de um lado para o outro no campo, o Palmeiras o faz com três toques.


O jogo contra os paulistas mostrou pela terceira vez seguida um time que joga com a linha de defesa alta, enquanto a marcação no meio de campo dá espaço para o homem que está com a bola. Isso facilita que a zaga seja pega desprevenida, com espaço nas costas. A marcação do Botafogo deu tempo e espaço para os adversários nos últimos três jogos e sofreu três gols (o da vitória do Coritiba, o primeiro do Goiás e o segundo do Palmeiras).


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"Um resultado humilhante", diz Pedro Dep | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/um-resultado-humilhante-diz-pedro-dep-a-voz-da-torcida-10655131.ghtml)



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Se a manutenção de um esquema tático tem incomodado a torcida, Castro não esconde que é assim que gosta de ver suas equipes. Mesmo antes de chegar ao Botafogo, jornalistas portugueses que o acompanhavam na época que treinava modestos times do país europeu diziam que diante dos grandes, o técnico mantinha seu estilo. Acontece que contra o Palmeiras isso ficou longe de ser o adequado.


São padrões que ficam de lição. E se existe algo bom numa derrota dolorida dessa, tamanho o domínio adversário, é que o Botafogo não pode deixar que coisas assim se repitam. O time está a um ponto da zona de rebaixamento e precisa vencer o Avaí para não correr o risco de entrar no Z-4 na próxima segunda-feira, às 19h (de Brasília), no Nilton Santos.


É justamente por doer na carne que o Botafogo precisa usar o jogo desta quinta como aprendizado. A derrota dói. Mas, assim como água oxigenada arde para curar, cabe ao todos o cuidado para não se cortar novamente. A questão não é perder para o atual bicampeão da América estando em um processo de construção. O que a torcida não aceita é a apatia e aceitação da dominação adversária.