Páginas

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Gatito volta a treinar de luvas, mas segue sem previsão para jogar



Goleiro titular do Botafogo está em processo final de cicatrização de um tendão do punho direito, que lhe afasta desde abril. Jefferson, Saulo e Diego já jogaram desde então




Gatito Fernández treinar com as mãos, e aumentou expectativa sobre o retorno (Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Dois depois de o Botafogo externar a atual situação de Gatito Fernández, o goleiro paraguaio deu um importante passo na recuperação da "lesão tendinosa" no punho direito e calçou as luvas para treinar com as mãos, sem limitações aparentes.

Nesta quinta-feira, inclusive, Gatito participou do treino de posse de bola com o grupo que não iniciou a partida contra o Cruzeiro, na última noite, como titular. Em seguida, completou a sua participação com trabalhos específico junto a Jorcey Anísio, preparador de goleiros.

O Botafogo não trabalha com previsões e, como a próxima partida, contra o Fluminense, será realizada neste domingo, é improvável que Gatito Fernández retorne no Clássico Vovô - a ser realizado pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com isso, Saulo deve ser mantido entre os 11 iniciais, com Diego no banco de reservas.


Fonte: Lancenet/Lazlo Dalfovo
Rio de Janeiro (RJ)

Por que o Botafogo não venceu: time é muito superior, explora bem as laterais, mas para em Fábio e no travessão


Posicionada no 4-1-4-1, equipe dá a bola para o Cruzeiro no primeiro tempo, cansa rival e parte para vencer o duelo na etapa final; atuação inspirada do goleiro é decisiva para o 1 a 1





Melhores momentos de Botafogo 1 x 1 Cruzeiro, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro


O Botafogo precisava dar uma resposta ao seu torcedor. Nos últimos duelos contra equipes de peso similar ao seu no cenário nacional, sofreu derrotas duras contra Atlético-MG (0x3, em casa), Palmeiras (0x2, em São Paulo) e Grêmio (0x4, em Porto Alegre). Nesta quarta-feira, diante do Cruzeiro, jogou como time grande, sufocou o adversário e merecia melhor sorte do que o empate por 1 a 1.


Três volantes, marcação no 4-1-4-1 e estratégia

Com a escalação de três volantes (Jean, Rodrigo Lindoso e Bochecha) e uma marcação mais baixa do que a habitual, Zé Ricardo deu a bola propositalmente ao Cruzeiro. E, quando o rival tinha a posse, o Botafogo, marcando no 4-1-4-1, mordia - com Jean à frente da zaga, e Lindoso e Bochecha marcando tanto no campo de defesa quanto no de ataque.



Bochecha jogou bem no empate com a Raposa (Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro)


Chegava junto e mostrava quem estava em casa. Desde o início do duelo foi assim, período no qual os mineiros tiveram mais de 70% do controle da bola.


O primeiro tempo terminou com empate por 1 a 1. O Cruzeiro mais com a bola (68%), e o Botafogo superior nas finalizações (5 a 3) e consciente do que queria.


O gol no início da etapa - aos 10 minutos - nasceu de situações que Zé Ricardo queria que seu time explorasse. A inversão de Igor Rabello fez Erik sair da ponta direita em direção ao meio e, de cabeça, tocar para Luiz Fernando, posicionado no outro flanco, abrir o placar. Deu confiança e agitou uma torcida que já estava inquieta pela presença de Bruno Silva do outro lado.


O empate castigou uma equipe que merecia ir para o intervalo com a vantagem parcial. Saulo errou na tomada de decisão e, de muito longe, não conseguiu cortar a bomba de Edílson.


- A gente fez um primeiro tempo mais igual, o Cruzeiro teve mais a bola, até por uma estratégia nossa de marcar mais recuado. Mas, no segundo tempo, a gente adiantou um pouquinho a marcação, criamos algumas oportunidades claras de gol, tivemos bola na trave, pelo menos duas defesas muito importantes do Fábio - afirmou Zé.


Marcação adiantada aumenta posse alvinegra e triplica número de finalizações
Após ganhar confiança na etapa inicial, o Botafogo voltou do intervalo determinado a vencer o jogo. Com a marcação adiantada para o campo do rival, explorou as boas "pernas" de Bochecha e Lindoso, como disse Zé Ricardo, para buscar os laterais com passes eficientes e inversões.


Assim, Moisés e Marcinho cresceram muito. O lateral-direito foi destaque e ganhou praticamente todas as disputas com Marcelo Hermes. É bom destacar que ambos contaram com atuações inspiradas de Luiz Fernando e Erik. Luiz, além do gol marcado, jogou muito e fez sua melhor partida pelo Botafogo. O outro é muito dinâmico e entra em todas as divididas.



Luiz Fernando e Erik foram dois dos principais jogadores do duelo (Foto: André Durão)



O grande problema do Botafogo chama-se Fábio. O goleiro, que completa 38 anos no próximo dia 30, foi crucial. Mostrou a explosão de sempre ao sair diante de Luiz Fernando e Kieza. Pegou desvio à queima-roupa de Aguirre em defesa tratada como milagrosa por Zé Ricardo e ainda contou com a ajuda do travessão em cabeçada de Igor Rabello.


As seis finalizações alvinegras da etapa inicial subiram para 16, e a posse de bola foi de 32% para 48%. O segundo tempo foi de domínio completo de um Botafogo ligado e que errou apenas 18 passes na partida.


O Alvinegro, apesar dos desfalques de Carli e Luiz Fernando - ambos suspensos -, deixou sua torcida muito mais esperançosa para o clássico de domingo, contra o Fluminense, no Maracanã. Mano Menezes, técnico do Cruzeiro, foi mais um a sair do Nilton Santos com essa impressão.


- O Zé, depois de levar muitos gols, testou um Botafogo diferente. Espaços que existiram nos jogos anteriores já não existiram hoje. Do outro lado você também tem alguém estudando para fazer coisas diferentes do que vinha fazendo. Um sistema que o Botafogo usou ano passado e teve sucesso com três volantes consistentes e já deu outra cara para a equipe.


Fonte: Por Felippe Costa e Fred Gomes, Rio de Janeiro