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quinta-feira, 25 de abril de 2019

Invicto em 2019, Carli volta ao Botafogo após "sofrimento" de ficar dois meses sem atuar


Zagueiro é um dos líderes do time e está à disposição para enfrentar o São Paulo, sábado, no Morumbi





Joel Carli dá entrevista e confirma volta ao time — Foto: Fred Gomes


Em meio aos problemas enfrentados neste começo de temporada, o Botafogo tem uma boa notícia antes da estreia no Campeonato Brasileiro. O zagueiro Joel Carli está à disposição para enfrentar o São Paulo, sábado, no Morumbi, depois de dois meses de recuperação da artroscopia no joelho direito.


- Ficar fora, para mim, é um sofrimento. Não poder ajudar o time em campo, mas infelizmente passei por uma cirurgia. Deu tudo certo, a recuperação foi muito boa. Priorizamos a parte física para depois não ter problemas no futuro. Hoje estou 100% fisicamente - disse Carli.


O argentino de 32 anos também falou da saída de Zé Ricardo, quem considera "extraordinário", sobre o trabalho de Eduardo Barroca e a respeito do momento defensivo do Botafogo. Leia abaixo.


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Três jogos com Carli em 2019 e três vitórias. Gosta dessas coincidências?


- São estatísticas, são coincidências. Trabalho forte para sempre tentar melhorar. Se as estatísticas são boas, vamos trabalhar para que sejam ainda melhores.



Coisas positivas de o time ficar sem jogar desde o último dia 11

- Lógico que quando você tem sequência de jogo é melhor. Barroca está trabalhando muito forte, muito intenso. Estamos caprichando de acordo com o que o treinador está querendo. Estamos buscando aproveitar o dia a dia.


Botafogo sofrendo muitas viradas. Isso incomoda?


- Já sinto angústia quando o Botafogo perde, sem se importar de que forma. Fico com raiva de não poder ajudar meus companheiros, mas sempre tentando ajudar fora de campo. Posso orientar, mas, para mim, é um sofrimento estar fora, ainda mais quando o time perde.



Diferenças em relação a 2018 de olho na preparação para o Brasileiro

- É difícil comparar, prefiro falar do trabalho do Barroca, que chegou e entendeu muito rapidamente o grupo. Acho que o trabalho que ele está dando para nós está sendo muito legal. A gente encaixou rapidamente ao trabalho dele também.


Saudades das coletivas?
- Não, sinceramente não (risos). Não gosto muito de falar, gosto de falar mais em campo. Mas faz parte.


Acompanhou o que de fora sobre a defesa do Botafogo (time do Rio que mais sofreu gols)?
- Acho que tem de se falar mais do time quando sofre gols e quando se faz gols. Futebol é coletivo. Agora com Barroca a gente tem um trabalho bem definido, esperamos poder mostrar sábado, contra o São Paulo.



Botafogo mal como visitante em 2018. O que fazer de diferente?

- Nossa ideia é muito clara. Ser protagonista tanto dentro quanto fora de casa. A gente sabe que tem essa dificuldade. Vamos tentar não sofrer com esses resultados fora de casa, assumindo o protagonismo.


Trabalho de Barroca

- Eu acho que sempre tem um dado positivo quando se tem tempo para trabalhar. Você pode caprichar na intensidade. Já pegamos muito da ideia dele, que é recuperar rápido a bola, ter a posse e ser protagonista. A confiança é grande no trabalho dele.


Ser protagonista é o mesmo que ser ofensivo?


- A gente vai ter que planejar cada jogo, dependendo de rivais e campos, mas a ideia é ser protagonismo. Protagonismo lógico é preciso ter a bola, atacar e saber defender. Senão, não vai adiantar nada. Temos jogadores para planejar diferentemente.



Saída de Zé e chegada de Barroca

- Trocas de técnicos a gente lamenta muito, porque Zé é um cara extraordinário, de quem a gente gostava muito. Não era o único culpado. Senti muito a saída dele. Somos todos culpados. Mas acontece no futebol.


Características do São Paulo
- Já vimos os jogos do São Paulo. Sabemos que são muito fortes, eles têm muitos jogadores de qualidade que gostam da posse de bola e fazem pressão alta.


Jejum no Brasileiro, campeonato que o Botafogo não vence desde 1995.


- Fica com ansiedade de conseguir um título para a nossa torcida, para o nosso clube. Sem dúvida que o Brasileiro é muito difícil, mas confiamos no nosso trabalho, no nosso corpo técnico e nos nossos jogadores. Temos que acreditar.



Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro

Esquema definido, Erik à frente e Bochecha titular: Barroca começa a desenhar o Botafogo


Novo treinador indica que colocará a equipe baseada no 4-1-4-1 com um ataque móvel e um meio-campo intenso, mas que não vai investir somente na valorização da posse de bola




Erik deve atuar centralizado (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


A estreia de Eduardo Barroca na equipe profissional do Botafogo está no radar. Aos poucos, o novo técnico vai moldando o Alvinegro de acordo com conceitos táticos para a estreia do Campeonato Brasileiro, que será no próximo sábado, contra o São Paulo, no Morumbi, às 16h. Com o comandante, o Alvinegro deve entrar em campo com uma formação baseada no 4-1-4-1.


O esquema vem sendo utilizado em todos os treinamentos feitos por Eduardo Barroca até aqui. Gustavo Bochecha, atleta de confiança do treinador no título do Campeonato Brasileiro sub-20, em 2016, deve iniciar como o único volante da equipe. Dessa forma, portanto, o comandante espera colocar um time que busque valorizar a posse da bola, tônica do treinador, que garante, porém, não moldar a equipe apenas em cima desse estilo de comportamento.


- Sobre essa questão do protagonismo no jogo eu gostaria de desmistificar algumas ideias que surgem em função do meu passado na base. Não é só posse de bola. Eu posso ter protagonismo pela superioridade no número de finalizações. Eu posso controlar o jogo no campo do adversário pressionando a marcação, mesmo sem a bola. É circunstancial, depende do contexto. Eu estou me adaptando à realidade do Botafogo - disse Barroca, em entrevista ao "UOL".

Adaptação à realidade do clube, formação definida e ataque. Eduardo Barroca indica que vai optar por um sistema ofensivo móvel, com Erik como referência do setor. O camisa 11 sairá das pontas e vai atuar pelo meio, com a velocidade para se desmarcar dos defensores como qualidade. Na entrevista coletiva da última terça-feira, Gustavo Ferrareis falou sobre atuar com um falso 9 no time.


- É diferente jogar sem uma referência no ataque. Não dá para cruzar tantas bolas na área. Mas temos o Igor Cássio que veio da base e foi bem quando entrou. Temos que aprender a jogar também com um jogador de mais mobilidade - analisou o meio-campista.


Erik já havia sido testado nesta posição com Zé Ricardo, mas nunca iniciou uma partida no setor. Em todas essas ocasiões, o camisa 11 assumiu o ataque em algumas ocasiões no meio dos jogos, em uma variação colocada pelo técnico. Foi assim, por exemplo, na vitória de 3 a 0 sobre o Defensa y Justicia, pela Copa Sul-Americana, na Argentina.


Fonte: LANCE/Rio de Janeiro (RJ)