Páginas

domingo, 24 de maio de 2020

Botafogo não prevê novas demissões e estuda suspensão de contratos e redução de salários


Clube corta parte de serviços terceirizados e estuda outras medidas para enxugar despesas durante a pandemia, entre elas o uso da Medida Provisória 936




Depois de demitir mais de 40 funcionários no início de maio, o Botafogo não prevê novas demissões nas próximas semanas. Porém, o clube segue em busca de alternativas para sobreviver em meio à crise com a pandemia do novo coronavírus. Com previsão de queda significativa das receitas, a diretoria estuda a necessidade de novas medidas para reduzir custos.


Entre elas, a que já está em prática é a suspensão de contratos de empresas terceirizadas. Só no Estádio Nilton Santos, mais de dez serviços foram cortados nesse período sem futebol, como o fornecimento das catracas e segurança privada. Dentre os serviços estão, ainda, manutenção, locação de equipamentos, telefonia, entre outros. O Botafogo não informa o número exato, mas cada gestor negocia diretamente os contratos de cada setor.


+ Dívidas, S/A, pandemia e mais: VP financeiro abre o jogo



Nelson Mufarrej, presidente do Botafogo — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo



Se a crise for agravada, os dirigentes cogitam, ainda, atitudes mais duras para conter despesas. Entre elas a Medida Provisória 936, que possibilita redução de jornadas e salários e suspensão de contratos de trabalho no período de calamidade pública. De acordo com o presidente Nelson Mufarrej, o clube não cogita mexer nos pagamentos aos jogadores pelo menos até este mês.


Tudo isso na tentativa de diminuir o desequilíbrio causado pela pandemia. Em entrevista ao GloboEsporte.com, o vice-presidente de finanças Luiz Felipe Novis projetou que as perdas por conta da crise podem chegar aos R$ 60 milhões. Número que corresponde a cerca de 30% de toda a receita arrecadada em 2019, segundo balanço divulgado há menos de um mês.


O Botafogo conta hoje com 365 funcionários. O motivo das demissões ocorridas na última semana vai além da crise causada pelo coronavírus. Essa já era uma demanda antiga no clube, que considerava a folha salarial acima de suas possibilidades. Segundo a diretoria, a medida seria necessária para a entrada no modelo de clube-empresa e foi antecipada por conta do coronavírus.



Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

Keisuke Honda é alvo de elogios no Botafogo: 'Sempre pensa no coletivo'


Japonês abriu mão de salário e ofereceu ajuda financeira ao Alvinegro e recebeu elogios do treinador Paulo Autuori, que também citou outros exemplos no clube



Honda na apresentação pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)



Keisuke Honda causou um impacto imediato no Botafogo. O japonês, há cerca de três meses no clube de General Severiano, deixou sua marca dentro de campo, marcando gol na estreia contra o Bangu, pelo Campeonato Carioca, e vem sendo ativo nas questões do Glorioso fora das quatro linhas.


O japonês, diante do momento de pandemia e dificuldades vividas pelo clube, abriu mão do próprio salário do mês de março, mas o Botafogo recusou. Depois, o meio-campista buscou membros da diretoria para oferecer ajuda financeira. Nas redes sociais, o jogador se posiciona sobre as questões envolvendo o coronavírus com frequência.


- Pelo fato de ter vivido e trabalhado dois anos no Japão, conheço minimamente a maneira que o japonês vive momentos como esse. Passam momentos complicados com uma disciplina incrível. O Honda não foge à regra. Mesmo em um país que denota um desgoverno total à atitudes que são primordiais a serem seguidas, principalmente de saúde - afirmou Paulo Autuori, treinador do Alvinegro, em entrevista à "BotafogoTV".


As atitudes de Honda impressionaram a cúpula do Botafogo e Paulo Autuori fez questão de ressaltar que esperava isto, dada a personalidade do jogador. Além, o treinador também elogiou outros atletas do elenco.


- Não me surpreende, acho extraordinário (atitudes de Honda), mas temos outros jogadores que querem se sacrificar para dar continuidade a eles próprios. Tenho que valorizar todos eles. Honda não me surpreende, todos sabem como ele é como profissional. É a personalidade dele. Sempre pensa no coletivo e nos problemas sociais - completou o treinador.


E MAIS:
Autuori revela que jogadores do Botafogo ajudaram funcionários
Diferença cambial e garantias: por que Yaya Touré desistiu do Botafogo
Paulo Autuori minimiza tema Yaya Touré: 'Assunto ultrapassado'
Autuori critica volta aos treinos: 'Não têm o mínimo de sensibilidade'
Empresário detona postura de Yaya: 'Provou que não tem caráter'



Fonte: LANCE! Rio de Janeiro (RJ)