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sábado, 9 de maio de 2020

Saiba quem são os gêmeos Rafael e Fábio, laterais na mira do Botafogo


Torcedores alvinegros declarados, irmãos que atuam no futebol francês foram sondados pelo Vice-Presidente comercial, Ricardo Rotenberg, para atuarem no clube em 2021



Irmãos estiveram no Nilton Santos em 2019 (Foto: Reprodução/Botafogo TV)


Um sonho antigo do Botafogo está mais próximo de se tornar realidade. Na última quarta-feira, o Vice-Presidente comercial de de marketing alvinegro, Ricardo Rotenberg, confirmou ter conversado por telefone com os gêmeos Rafael e Fábio e comunicado o interesse do clube em ter a dupla no elenco em 2021. Torcedores declarados do clube, os irmãos também já manifestaram publicamente diversas vezes o desejo de atuar pelo clube de coração.

– O Fábio ficou muito emocionado por receber uma ligação de um dirigente do Botafogo. O Rafael também, disseram que são alvinegros até a alma. Liguei para eles e falei: "o Botafogo quer vocês". Mas, sabemos que os contratos deles vão até junho de 2021. Um pré-contrato só seria possível a partir de janeiro. Mas, as portas estão abertas. Eles deram entrevistas, falaram que gostariam de jogar no Botafogo. E respondi de volta: "o Botafogo também quer vocês" – disse Rotenberg em entrevista ao "Canal do TF".

Aos 29 anos, Rafael e Fábio nasceram em em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Os dois começaram a carreira juntos nas categorias de base do Fluminense, mas nunca chegaram a atuar no time principal do Tricolor. Em 2006, quando tinham 15 anos, foram descobertos por Alex Ferguson, então técnico do Manchester United (ING). Dois anos depois se transferiram para o clube inglês.

Os irmãos vestiram a mesma camisa durante todo o início de carreira, até o Untied emprestar Fábio para os Queens Parks Rangers, em 2012. Essa foi a primeira vez que os gêmeos foram separados no mundo do futebol. Desde então, os dois não voltaram a jogar na mesma equipe.

Atualmente, os dois atuam como laterais, mas nem sempre foi assim. No início da carreira, Rafael atuava como atacante, porém, mais tarde, acabou assumindo a posição de lateral-direito. Por anos, foi tratado como futuro dono da posição na Seleção Brasileira, mas acabou esquecido depois de um erro na decisão do ouro na Olimpíada de Londres 2012, quando um passe ruim originou o primeiro gol do México. Na partida, o Brasil acabou derrotado por 2 a 1.

Em 2015, Rafael trocou o United pelo Lyon (FRA). Na temporada 2019-2020 vinha sendo o reserva da equipe comandada pelo brasileiro Sylvinho, mais adiante, substituído no cargo pelo francês Rudi Garcia.

Fábio teve mais rodagem que o irmão. Depois de emprestado pelos Red Devils ao Queens Parks Rangers, em 2012, passou também pelo Cardiff City e Middlesbrough, clubes da segunda divisão inglesa. Em 2018, rumou para o Nantes (FRA), onde trocou a lateral esquerda, onde jogava desde os tempos de base para não concorrer com o irmão, pela direita. Nos últimos meses vinha sendo pouco aproveitado pelo técnico Christian Gourcuff.


Dentro da realidade brasileira

Fábio e Rafael têm contrato com os respectivos clubes até 30 de junho de 2021. Desse modo, ficam livres para assinar pré-contrato com qualquer outro clube a partir de 1º de janeiro do próximo ano. Mesmo em meio à pandemia do COVID-19, o Botafogo já se adiantou e manifestou interesse em contar com laterais. O desejo da dupla de atuar pelo clube de coração pode ser a grande vantagem do Alvinegro para fechar negócio.

– Esses gêmeos são maravilhosos, jogam muita bola, são botafoguenses. Adoraria vê-los no Botafogo. Esse assunto é para 2021, mas eles têm que vir para a realidade brasileira, não para a realidade francesa. Adoro eles, o amor deles pelo Botafogo, mas tudo tem sua hora – declarou Carlos Augusto Montenegro, integrante do Comitê Gestor de Futebol, ao Canal do jornalista Venê Casagrande, no final de abril.


Fonte: LANCE! Rio de Janeiro (RJ)

Coronavírus: Botafogo espera sinal das autoridades para realizar testes em massa no futebol


Clube planeja testar jogadores, comissão e funcionários 10 dias antes da volta aos treinos, mas somente com a epidemia controlada. Médico do clube, Christiano Cinelli explica procedimento



O Botafogo não pretende realizar testes da Covid-19 em funcionários, jogadores e membros da comissão técnica nos próximos dias. O clube espera por sinais das autoridades para sentir o momento seguro para voltar aos treinos. Só então serão feitos exames em massa dentro do departamento de futebol.


A decisão segue as declarações públicas dos dirigentes e do técnico Paulo Autuori, contrários à volta aos treinos enquanto a epidemia não estiver controlada no Brasil. Coordenador médico do clube, Christiano Cinelli explicou que os testes em massa para detecção do coronavírus serão feitos 10 dias antes do primeiro treino do Nilton Santos, o que ainda não tem prazo para ocorrer.


- Ficou estipulado que, quando tiver uma data de retorno, 10 dias antes nós faremos todos os testes com eles, tanto o PCR (molecular) quanto os sorológicos. Enquanto estivermos em home trainning, cada atleta será tratado individualmente. Se um deles mencionar algum tipo de sintoma, será tratado de acordo com a necessidade - explicou ao GloboEsporte.com.



Christiano Cinelli, coordenador médico do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


- Quando a volta for factível, quando houver uma data, faremos essa testagem em massa. Essa pandemia é muito cíclica, não temos a certeza de como ela vai se comportar. O protocolo pode mudar, e até por isso precisamos desse embasamento o mais atualizado possível. Por isso, vamos esperar - continuou.


Esses testes serão feitos em jogadores, membros da comissão técnica e outros funcionários. Além dos familiares e outros que estão no convívio diário dessas pessoas. O que, o clube garante, só vai acontecer quando a epidemia estiver controlada. Cenário que ainda parece distante, já que o governo do estado do Rio estuda decretar "lockdown".


Os planos alvinegros diferem do rival Flamengo, que cogita voltar aos treinos na próxima semana. Para isso, o clube da Gávea fez testes em 293 pessoas e descobriu 38 casos positivos, três deles dentro do elenco. Na última sexta, em nota divulgada pela Ferj, os clubes cariocas pediram a volta das atividades "o mais breve possível". Os únicos dissidentes foram Botafogo e Fluminense.


Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Rio de Janeiro