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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Botafogo esbarra em questão financeira e vê negociação difícil para contratar Ronald


Botafogo-SP bate o pé quanto ao pagamento da multa rescisória e recusa jogadores oferecidos para possível troca. Renovação de contrato seguida de empréstimo também é improvável


A primeira opção de Túlio Lustosa para reforçar o ataque ficou um pouco mais distante do Botafogo. A negociação com o Botafogo-SP pelo atacante esfriou por conta de questões financeiras. O clube paulista insiste em receber o pagamento da multa rescisória, o que virou entrave para a diretoria carioca devido à delicada situação financeira.


A saída encontrada pelo clube alvinegro foi colocar uma lista de jogadores para troca. A iniciativa não deu certo, e uma negociação para renovação de contrato com o Botafogo-SP seguida da ida por empréstimo para o Rio de Janeiro esteve em pauta. Mas foi, novamente, descartada.



Ronald tem contrato com o Botafogo-SP até maio do ano que vem — Foto: Divulgação/Agência Botafogo



O jogador e o pai do atleta tinham interesse na negociação. Porém, o clube paulista encara Ronald como jogador essencial e não se interessa em negociá-lo antes do fim da Série B, mesmo que perca o atacante de graça ao fim do contrato. Exceto em caso de compensação financeira imediata.


Com pressa para contratar, o Botafogo ainda tenta reverter a situação, mas precisa convencer o clube paulista. O vínculo entre Ronald e Botafogo-SP é até maio de 2021, o que faz com que ele possa assinar pré-contrato com qualquer outro clube a partir de novembro deste ano.


Em busca de reforços para o ataque e o meio de campo, o Botafogo segue no mercado à procura de alternativas. Recentemente, o clube contratou o atacante Kelvin e o meia Éber Bessa. O atacante Bismark também esteve na mira, mas foi descartado.



Fonte: GE/Por Carlos Alciati Neto, Davi Barros e Thayuan Leiras — Ribeirão Preto e Rio de Janeiro

Análise: Botafogo volta aos velhos problemas de criação e tem pior partida com Lazaroni


Primeira derrota com o técnico mostra erros que eram comuns com Paulo Autuori em time que sofria para ser criativo; história se repete mesmo com um jogador a mais por boa parte do segundo tempo


Na noite da última quarta-feira a torcida do Botafogo pôde ter a noção de como é voltar no tempo. Isso porque o time que perdeu por 3 a 1 para o Grêmio fez lembrar os piores jogos que o time fez quando Paulo Autuori era o técnico.


Apenas com volantes no meio de campo na formação inicial (por lesão, jogador poupado ou sem ritmo de jogo) e Babi mais aberto pela direita, o Botafogo parecia perdido. Por mais que tenha começado marcando em cima - que fez lembrar até o gol marcado por Honda diante do Sport - a equipe passou a ceder os espaços para o Grêmio no campo de defesa e a fechar os espaços somente da intermediária para trás.



Botafogo teve a pior atuação sob o comando de Bruno Lazaroni — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Bem compactada, a ideia era conseguir aproveitar uma brecha na troca de passes do Grêmio. Mas sem dar o bote no campo de defesa e na falta de um jogador de velocidade para puxar os contra-ataques, o Botafogo era presa fácil. O primeiro gol do Grêmio saiu nessa impossibilidade de sair jogando. Conforme disse Sandro Meira Ricci, o gol foi irregular, mas ainda assim a defesa deixou muito espaço para Robinho cruzar de dentro da área, Alisson escorar de cabeça e Diego Souza marcar de dentro da pequena área.


Sem criatividade, pouco ameaçador e amplamente dominado, o time de Bruno Lazaroni não passou nem perto de ser a mesma equipe que venceu Palmeiras e Sport e até gerava uma expectativa de tempos mais tranquilos. Essa esperança até que apareceu na última quarta, quando Matheus Babi achou o gol que saiu da única forma que o Botafogo poderia criar alguma chance na noite: pela bola aérea.



Gol de Matheus Babi saiu em uma das poucas chances reais do Botafogo — Foto: PEDRO H. TESCH/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO


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Na intenção de tornar o time um pouco mais agressivo e diferente do que deixou o primeiro tempo, Bruno Lazaroni colocou Honda. O japonês, que até então tinha perdido apenas uma partida com a camisa do Botafogo, poderia ser o homem certo para melhorar a criatividade e dar mais oportunidades ao time. Só que dois minutos depois de a bola voltar a rolar para a etapa final o Grêmio voltava à frente do placar.


O banho de água fria veio com o terceiro gol. Após a expulsão de Diego Souza, o Botafogo esperou que pudesse haver alguma reação, que só veio do lado tricolor. O golaço marcado por Pepê para fechar o placar acabou de vez com o ânimo da equipe e preocupou o torcedor - que precocemente começa a pedir o cargo do treinador.



Honda começo no banco do Botafogo na derrota para o Grêmio e não conseguiu evitar o resultado — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Bruno Lazaroni terá quatro dias para preparar o time do Botafogo para o próximo jogo. A partida contra o Goiás, segunda-feira, às 20h (de Brasília) no Nilton Santos, pela 17ª rodada, será a quinta do técnico à frente do time, ainda com a mesma missão destinada a Paulo Autuori: tirar o time de perto da zona de rebaixamento. O Bota ocupa a 15ª colocação, com 18 pontos, a três do Z-4.



Fonte: GE/Por Davi Barros — Rio de Janeiro

Passividade custa caro e Botafogo é envolvido em derrota para o Grêmio


Mesmo com um a mais durante todo o segundo tempo, equipe de Bruno Lazaroni não incomodou estilo de passes curtos do Tricolor, que controlou a partida




(Foto: Vítor Silva/Botafogo)


O Botafogo vivia um bom cenário para continuar invicto fora de casa no Campeonato Brasileiro e pontuar contra o Grêmio. Apesar de estar perdendo por 2 a 1, o Alvinegro teria todo o segundo tempo com um a homem a mais, vide a expulsão de Diego Souza aos seis minutos. Na prática, porém, isso não aconteceu: mesmo com a vantagem numérica, o Alvinegro pouco criou e foi derrotado por 3 a 1 na Arena, na última quarta-feira, pela 16ª rodada.


O cenário de ter um jogador a mais fez o Botafogo ter a bola e aparecer mais no campo de ataque - algo que não aconteceu no primeiro tempo, por exemplo. Mas que pouco significou que o Alvinegro dominou o jogo ou criou as melhores chances.


A equipe gaúcha teve as duas melhores chances após a expulsão de Diego Souza: o gol de Pepê em jogada trabalhada e uma trama em velocidade de Alisson, já no fim da partida, em que o camisa 23 finaliza para fora após arrancar contra a marcação do Botafogo.


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Não deixar o adversário se instalar no terço final e "gostar" do jogo também é forma de domínio. O Grêmio, sem o cara de referência e que possibilitava o equilíbrio do ataque, congelou a partida. O Botafogo tocava e rodava a bola ao redor da área, mas não encontrava espaços para ameaçar Vanderlei. O tempo passou a favor do Tricolor, que controlou as ações do jogo mesmo sem ter a posse de bola.


Pelo lado do Botafogo, a atuação dos comandados de Bruno Lazaroni foi negativa. No primeiro tempo, com igualdade numérica, o time foi encurralado pelo volume de jogo gremista. Na etapa complementar, mesmo com as chances de criar novos espaços, jogadas burocráticas e de pouca criatividade se fizeram presente. O Alvinegro foi uma presa fácil de ser marcada.


O Grêmio tentou dar 481 passes e o Botafogo teve 18 desarmes na partida. Em média, o Alvinegro recuperava a posse de bola após o Tricolor trocar 26,7 passes. O número de recuperações pode parecer alto, mas o Alvinegro foi envolvido pela dinâmica gremista, que se aproveitou da leve marcação do time carioca para avançar com facilidade pelo campo ofensivo.


A sequência positiva de Bruno Lazaroni no Botafogo teve um fim. O Alvinegro volta a enxergar a zona de rebaixamento no retrovisor. O próximo compromisso é na segunda-feira, às 20h, contra o Goiás, no Estádio Nilton Santos.



Fonte: LANCE! Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)