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domingo, 5 de maio de 2013

Torcida se aglomera para receber campeões, e Seedorf canta reggae


Multidão toma a porta da sede do Botafogo para celebrar o título. Jogadores falam com o público, e holandês entoa a canção 'One Love'



A torcida do Botafogo comemorou com entusiasmo o título de campeão carioca, conquistado neste domingo após vitória sobre o Fluminense, por 1 a 0, em Volta Redonda. Centenas de alvinegros foram para a sede de General Severiano, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para esperar a chegada dos jogadores. Pouco antes das 23h, os campeões apareceram e fizeram a festa com os fãs.

Seedorf exibe a taça para a multidão em General Severiano (Foto: Satiro Sodré / Agif)
Os principais nomes do elenco alvinegro discursaram para a torcida. O primeiro a ter a palavra foi Seedorf. O holandês agradeceu a participação dos botafoguenses ao longo da campanha vitoriosa.

- A energia da torcida do Botafogo foi muito importante no campeonato inteiro, sem vocês a gente não ia chegar a lugar nenhum - disse o holandês, que apontou para o técnico Oswaldo de Oliveira e emendou - Ele foi o condutor do time.

Seedorf canta Bob Marley

Sede de General Severiano fica tomada pelos torcedores (Foto: Satiro Sodré / Agif)
Os discursos se seguiram. Oswaldo agradeceu a todos, Jefferson, Fellype Gabriel e Andrezinho também usaram o microfone. O uruguaio Lodeiro arrancou risadas:



- Não tenho muito o que falar porque vocês não vão entender - brincou o camisa 14, que era um dos mais empolgados com a conquista.

Na vez de Rafael Marques, autor do gol do título, fez-se silêncio para ouvir o que o atacante tinha a dizer.

- A cobrança de vocês foi muito importane para eu dar a volta por cima nesse campeonato. É campeão! - bradou.

Ao fim dos discursos, Seedorf voltou a pedir o microfone. Não para falar, mas sim para cantar um de seus hits preferidos: "One Love", canção imortalizada na voz do jamaicano Bob Marley.

Alvinegros cantaram muito para festejar a conquista (Foto: Alexandro Auler / Agência O Globo)

O Botafogo se sagrou campeão após conquistar os dois turnos do Campeonato Carioca. Neste domingo, ao consolidar o título da Taça Rio, o Glorioso garantiu 100% de aproveitamento na competição, que é o segundo turno do Estadual.

O gol do título foi marcado por Rafael Marques, aos 40 minutos do primeiro tempo. Foi o 20º título estadual da história do Botafogo.

Por Raphael ZarkoRio de Janeiro

Botafoguenses provocam tricolores, que botam para vender Leandro Euzébio


por meiodecampo |

Foi só o juiz Marcelo de Lima Henrique apitar o final da partida que as brincadeiras e provocações na internet começaram. De um lado os botafoguenses celebrando o vigésimo título carioca. Do outro, os rivais provocando os campeões cariocas, que é o clube grande do Rio com menos conquistas estaduais. São 32 títulos para o Flamengo, 31 para o Fluminense e 22 do Vasco.

Os botafoguenses provocaram os tricolores com uma imagem que lembrava o movimento polêmico de torcedores – os Talibãs -, mas também sofreram com piadas e imagens de estádios e ruas vazias.

Sem o bicampeonato, a torcida do Fluminense não perdoou o zagueiro Leandro Euzébio. No site Mercado Livre, o jogador valia R$ 3 para as ofertas. E teve gente que achou caro…
O duelo da final na visão dos botafoguenses
Houve inspiração até para um poeminha


Internautas colocam Botafogo atrás da Portela em títulos cariocas
Zagueiro à venda na internet



Atuações: Rafael Marques faz o gol do título e leva a maior nota da final


Atacante marca na vitória sobre o Fluminense (1 a 0), neste domingo, em Volta Redonda. Lucas, Jefferson, Fellype Gabriel e Dória se destacam






JEFFERSON - GOLEIRO
Quando foi preciso, mostrou porque tem total confiança da torcida do Botafogo.
Nota: 7,0

LUCAS - LATERAL-DIREITO
Fez boas jogadas ofensivas e teve o mérito de arriscar o chute que resultou no gol de Rafael Marques.
Nota: 7,0

BOLÍVAR - ZAGUEIRO
Seguro, mesmo mais lento que os atacantes do Fluminense, conseguiu ganhar a maioria das jogadas.
Nota: 6,5

DÓRIA - ZAGUEIRO
Teve atuação decisiva em cortes precisos dentro da área no momento de finalização dos atacantes. Participou do gol.
Nota: 7,0

JÚLIO CÉSAR - LATERAL-ESQUERDO
Ficou mais preso na marcação para controlar os avanços de Bruno e se saiu bem. Saiu machucado.
Nota: 6,5

LIMA - LATERAL-ESQUERDO
Mostrou disposição e entrou rapidamente no ritmo do jogo. Quase fez um golaço.
Nota: 6,5

MARCELO MATTOS - VOLANTE
Teve um descontrole no início do jogo em uma discussão intensa com o Carlinhos. Depois, melhorou.
Nota: 6,0

GABRIEL - VOLANTE
Poderia ter sido expulso pela sequência de faltas no primeiro tempo.
Nota: 5,5

LODEIRO - MEIA
Não conseguiu dar sequências às jogadas. Ainda assim foi importante pela sua movimentação em campo
Nota: 6,0

FELLYPE GABRIEL - MEIA
Cresceu no segundo tempo quando o Botafogo encontrou mais espaços na defesa do Fluminense.
Nota: 7,0

SEEDORF - MEIA
Fez algumas boas jogadas e ajudou em alguns momentos a pressionar a saída de bola, mas desperdiçou uma cobrança de pênalti.
Nota: 6,0

LUCAS ZEN - VOLANTE
Entrou no fim.
Sem nota

RAFAEL MARQUES - ATACANTE
Fez o gol do título, coroando a sua volta por cima com a camisa do Botafogo.
Nota: 7,5

VITINHO - MEIA
Tentou algumas jogadas individuais, mas parou na marcação do Fluminense.
Nota: 5,5

OSWALDO DE OLIVEIRA - TÉCNICO
Seu time soube controlar o jogo, mesmo em um dia no qual seus melhores jogadores não estavam bem.
Nota: 6,5



Clique aqui e veja as atuações do Fluminense.

Por GLOBOESPORTE.COMVolta Redonda, RJ

Botafogo vence o Flu e conquista o seu 20º título do Campeonato Carioca


Rafael Marques faz o gol da vitória em Volta Redonda. Time, que havia vencido a Taça Guanabara, fecha Taça Rio com 100% de aproveitamento


momento decisivo
40 do 1º tempo

Rafael Marques, criticado por longo jejum de gols em 2012, fez o gol do título, aproveitando sobra de chute de Lucas desviado por Dória.


arbitragem
polêmicas

O juiz Marcelo de Lima Henrique anulou um gol legal de Rafael Marques e se precipitou ao marcar pênalti em lance que terminaria em gol de Dória.


poucas finalizações
estatística

Precisando vencer, já que o Botafogo tinha vantagem do empate, o Flu não foi bem ofensivamente e só finalizou 5 vezes na decisão da Taça Rio.

Pela terceira vez, Botafogo e Fluminense disputaram a final da Taça Rio. Pela terceira vez, o caneco foi para General Severiano. E, com isso, também o título estadual antecipado, sem necessidade de final, já que os alvinegros venceram também a Taça Guanabara. Neste domingo, no Raulino de Oliveira, o time comandado por Oswaldo de Oliveira venceu por 1 a 0, gol de Rafael Marques, e completou o segundo turno com 100% de aproveitamento. É a 20ª conquista de Campeonato Carioca para os alvinegros. O último título foi em 2010, também vencendo os dois turnos. O Botafogo, porém, só sai do estádio com o troféu do turno - o estadual só será entregue na festa de premiação dos melhores do campeonato.

Antes deste domingo, Botafogo e Fluminense só disputaram duas vezes a final da Taça Rio, com vitória alvinegra em ambas (1997 e 2008). Com a vitória em Volta Redonda, o Glorioso conquistou sua sétima Taça Rio. O clube lidera a lista dos maiores vencedores de turno desde 2004, quando ao atual regulamento foi estabelecido para o campeonato Carioca. De um total de 20 decisões, incluindo a deste domingo, foram nove taças para o Botafogo, seis para o Flamengo, duas para o Fluminense e uma para Vasco, Volta Redonda e Madureira.

- No começo do ano mais se falava que eu ia embora do Botafogo. Hoje, ser campeão com meu gol... Mas não foi só o meu gol, não. O grupo todo está de parabéns. A gente batalhou muito, fez uma excelente campanha. A família que a gente fez dentro do Botafogo é o mais importante - vibrou Rafael Marques após a conquista do título.

O Botafogo - não bastasse o retrospecto, a maioria da torcida presente no Raulino de Oliveira e o fato de jogar por um empate - também levou vantagem no departamento médico. O único desfalque do técnico Oswaldo de Oliveira era o meia Cidinho, que passará por cirurgia no joelho direito na segunda-feira. Abel Braga, porém, teve trabalho para escalar a equipe, com o grupo desgastado pela disputa simultânea da Libertadores e da reta final do Carioca - o Tricolor volta a jogar na quarta-feira, precisando vencer o Emelec, do Equador, em São Januário, para passar às quartas de final da competição sul-americana.

Rafael Marques festeja o gol do título do Botafogo em Volta Redonda (Foto: Satiro Sodré / Agif)
No ataque tricolor, Fred, sem condição física para entrar em campo após se recuperar de um estiramento na panturrilha direita, e Rafael Sobis, com desgaste muscular, ficaram fora. Além deles, Deco, flagrado em exame antidoping, Marcos Júnior e Wellington Silva, também sem condição física, e Valencia, lesionado, foram desfalques.

Rafael Marques brilha

Sem Fred, Sobis e Deco, coube a Thiago Neves e Wellington Nem a função de conduzir o ataque tricolor. E a primeira chance surgiria no segundo minuto de jogo, em drible de Neves em Bruno Mendes que terminou em falta na intermediária. Jean, contudo, cobrou muito mal. A resposta foi de Lucas que, após boa troca de passes dos alvinegros, disparou um petardo pela direita, mas para fora.

O clima era tenso. Em escanteio aos 5 minutos, Marcelo Mattos agarrou Carlinhos - quase arrancou sua camisa -, que tentou revidar com uma cotovelada. Thiago Neves se meteu na discussão e saiu com cartão amarelo. Marcelo de Lima Henrique parecia ter dificuldade de controlar os ânimos. Pouco depois, Wellington Nem fez falta dura em Marcelo Mattos e, na sequência, foi derrubado por Gabriel. Nova confusão em campo, cartões para Nem e Gabriel.

Wellington Nem não conseguiu vencer a zaga do
Botafogo (Foto: Ricardo Ayres / Photocamera)
Aos 19 minutos, um lance incomum: Dória tentou buscar uma bola que sairia pela lateral, escorregou e deu um carrinho involuntário no tripé da câmera e no cinegrafista. O zagueiro precisou de atendimento, mas voltou para o jogo sem problemas. E bem. Impediu o que seria a melhor chance tricolor. Primeiro atrapalhou o voleio de Thiago Neves, em cruzamento de Carlinhos. Em seguida, foi preciso no corte da bola que sobraria limpa para Wellington Nem, só com Jefferson à frente.

Com Seedorf bem marcado, o meio de campo do Botafogo tinha dificuldades para criar. Até que aos 28 minutos, Lodeiro de um passe brilhante para Rafael Marques, em posição legal, mandar para o fundo da rede. A arbitragem se equivocou e marcou o impedimento (o atacante estava na mesma linha do penúltimo adversário. O Tricolor respondeu à altura: aos 31 minutos, Rhayner recebeu de Wellington Nem e fuzilou. Jefferson tirou com a ponta dos dedos em bela defesa. Aos 36, novamente o goleiro alvinegro salvou a equipe, em bola venenosa que bateu em Bolívar e entraria no gol.

A disputa continuava tensa: Rhayner e Marcelo Mattos receberam cartões por faltas duras praticamente seguidas. Mas o momento de alegria chegou aos 40 minutos. Lucas arriscou de longe, Dória tentou dominar e acabou ajeitando na medida para Rafael Marques abrir o placar. Foi o quarto gol do atacante no Campeonato Carioca. Aos 43, Fellype Gabriel ainda teve excelente chance de ampliar após cruzamento de Seedorf. Mas, livre na área, de frente para o gol, bateu por cima do travessão. A deixa para o apito.

Seedorf perde pênalti

A etapa final começou com outro gol anulado, em cabeceio de Bolívar, mas dessa vez sem polêmica (impedimento bem marcado). Melhor no jogo, o Botafogo voltou do vestiário disposto a empurrar os tricolores para o seu campo de defesa. Aos nove minutos, Rafael Marques de novo teve boa chance, em cruzamento de Seedorf, mas, pressionado, concluiu sem direção. Pelo lado direito, especialmente com Lucas, o Botafogo tinha espaço para atacar, mas o Fluminense não encontrava brechas semelhantes do outro lado.

Thiago Neves e Wellington Nem tentavam na base dos toques curtos e rápidos, como na chegada à área aos 19 minutos, mas acabavam cercados por diversos alvinegros. Neves resolveu, então, tentar de longe, aos 20, mas Jefferson não estava inclinado a facilitar. Pouco depois, Seedorf deu para Lodeiro tentar encobrir Diego Cavalieri, mas a bola foi pela linha de fundo. Rhayner por pouco não empatou aos 22. Bolívar conseguiu desvio providencial. No minuto seguinte, Jean passou pelos marcadores na raça e a bola sobrou dividida para o goleiro Jefferson e Leandro Euzébio. Melhor para o alvinegro.

zagueiro Dória marcaria segundo gol do Botafogo, mas arbitragem marcou pênalti no mesmo lance, e Seedorf perdeu (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Abel Braga resolveu sacar Edinho e lançar Felipe. Também trocou Wellington Nem por Michael. Minutos depois, Oswaldo de Oliveira tirou o autor do gol, Rafael Marques, para a entrada de Vitinho. O panorama da partida, contudo, pouco mudou. O Fluminense insistia em tentar furar o ferrolho no meio de campo, proporcionando perigosos contra-ataques ao Botafogo.

Aos 33 minutos, cruzamento para a área e gol de Dória. Marcelo de Lima Henrique, contudo, marcou pênalti de Digão em Bolívar antes da conclusão do lance. O comentarista de arbitragem da Rede Globo, Arnaldo Cezar Coelho, criticou a decisão:

- Ele tinha que esperar um pouquinho. Se o Botafogo perder o pênalti, a arbitragem prejudicou. Um árbitro com experiência tem que esperar um pouquinho - disse Arnaldo.

Dito e feito. Na cobrança, já aos 35, Seedorf carimbou o travessão. Mas não houve maiores consequências para o resultado final. O Botafogo, bem arrumado, valorizava a posse de bola, enquanto o Fluminense não conseguia acertar uma boa sequência de passes. A torcida, ciente de que uma virada já era praticamente impossível, cansou de conter o grito. Para o time e para Seedorf, substituído nos últimos minutos para sair de campo aclamado pela arquibancada. Um belo final para uma campanha impecável. Botafogo, campeão carioca de 2013.

Seedorf ergue a taça: o Botafogo é campeão carioca de 2013 (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Por GLOBOESPORTE.COMVolta Redonda, RJ

Sem final! Botafogo vence o Flu e conquista o Campeonato Carioca

Alvinegro faz campanha perfeita na Taça Rio, vence o Flu com gol de Rafael Marques e se sagra campeão carioca de 2013. Glorioso chegou ao seu 20° título estadual




Botafogo x Fluminense - Seedorf (Foto: Paulo Sérgio/LANCE!Press)
Seedorf levanta com orgulho a Taça Rio
(Foto: Paulo Sérgio/LANCE!Press)
Acabou o Campeonato Carioca! Incontestável, o título está em boas mãos - nas do Botafogo! O time de General Severiano derrotou o Fluminense por 1 a 0 na tarde deste domingo, em Volta Redonda, pela final da Taça Rio. Quis o destino que o gol do título fosse feito pelo antes desacreditado Rafael Marques, ainda no primeiro tempo.

Precisando apenas empatar para ser campeão, o Glorioso fez diferente do Vasco - na final da Taça Guanabara - e sequer fez uso do regulamento.

FLU TEM A BOLA, MAS O BOTAFOGO TEM O GOL

A partida começou tensa, justamente como uma final de campeonato costuma ser. Por conta disso, o árbitro do duelo, Marcelo de Lima Henrique, não economizou nos cartões. Aos seis minutos, Thiago Neves levou amarelo por se envolver em confusão na área do Botafogo. Cinco minutos depois, foi a vez de Wellington Nem e Gabriel serem amarelados.

Passado o início conturbado, o Fluminense, que jogava sem nenhum centroavante, começou a ter mais a posse de bola e, de certa forma, dominar mais o jogo. As constantes faltas e o estado irregular do gramado, porém, impediam que os dois times trocassem muitos passes. Aos 28 minutos, o Botafogo teve a sua primeira grande chance. Lodeiro carregou a bola pelo lado direito do ataque e deu uma bela enfiada para Rafael Marques. O atacante não titubeou e mandou para as redes. O árbitro, entretanto, anulou o gol - dando impedimento.

A resposta do Fluminense não demorou para acontecer. Aos 31, Rhayner tabelou com Wellington Nem e mandou uma bomba. Jefferson, bem posicionado, espalmou para escanteio. O goleiro alvinegro voltaria a protagonizar uma bela defesa cinco minutos depois. Após cobrança de escanteio, a bola bateu em Bolívar e foi em direção ao gol do Glorioso. O camisa 1 voou no canto esquerdo para defender.

E foi após um escanteio que saiu o primeiro gol do jogo. Lodeiro cobrou, a bola sobrou para Lucas, que, da intermediária de ataque, finalizou. A bola bateu em Dória e sobrou para Rafael Marques. O atacante, em posição legal, fez a festa da torcida botafoguense: 1 a 0.

Rafael Marques foi o autor do gol da vitória do Botafogo (Foto: Cleber Mendes/LANCE!Press)


O PÊNALTI QUE NÃO FEZ FALTA

O segundo tempo começou movimentado e, assim como na primeira etapa, o Botafogo teve um gol anulado. Logo no primeiro minuto, Bolívar cabeceou para o gol, mas o árbitro anulou, novamente, alegando impedimento. Com o passar do tempo, a tensão dos jogadores foi aumentando. A prova disso foi o carrinho que Leandro Euzébio deu em Lodeiro, aos três minutos.

Aos oito, o Botafogo chegou ao ataque com uma boa troca de passes. Lucas tocou para Seedorf, que, na linha de fundo, cruzou rasteiro para trás. Rafael Marques entrou como uma flecha na área e chutou para fora. A equipe alvinegra, orquestrada pelo holandês, tinha calma quando estava com a bola nos pés e dominava a partida.

O primeiro bom momento do Fluminense aconteceu somente aos 22 minutos. Rhayner fez boa jogada individual, driblou dois adversários e chutou da entrada da área. Bolívar, com muita visão, se atirou em cima da bola e desviou para escanteio. Logo depois, Leandro Euzébio dominou a bola de frente para Jefferson, que saiu muito bem do gol e roubou a bola do zagueiro.

Querendo mudar o panorama do jogo, Abel Braga resolveu trocar Edinho por Felipe. No Botafogo, Rafael Marques deu lugar ao veloz Vitinho. Isso já aos 30 minutos. E ambos os times, que haviam jogado no meio de semana, começavam a demonstrar cansaço. E aos 35 minutos o Botafogo teve a grande chance de matar o campeonato. O árbitro anulou o gol de Dória, pois já havia apitado pênalti em Lodeiro. Seedorf, o melhor em campo, desperdiçou a penalidade ao chutar no travessão de Diego Cavalieri.

Mas o pênalti perdido não fez falta. Absoluto em campo, o Glorioso de General Severiano cozinhou a partida até o fim. Título garantido e indiscutível do Glorioso, que venceu todas as partidas da Taça Rio. Pode gritar "É CAMPEÃO", botafoguense!

FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO 1 X 0 FLUMINENSE

Local: Raulino de Oliveira, Volta Redonda (RJ)
Data-Hora: 05/04/2013 - 16h (de Brasília)
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (FIFA-RJ)
Auxiliares: Dibert Pedrosa e Ediney Mascarenhas
Renda e público: R$ 445.575,00/12.485 pagantes
Cartões amarelos: Gabriel, Marcelo Mattos (BOT); Thiago Neves, Wellington Nem, Edinho e Leandro Euzébio (FLU)
Cartões vermelhos: -
Gols: Rafael Marques, aos 40'/1ºT (1-0)

BOTAFOGO: Jefferson, Lucas, Bolívar, Dória e Julio Cesar (Lima, aos 5'/2ºT); Marcelo Mattos, Gabriel, Lodeiro, Seedorf (Lucas Zen, aos 44'/2°T) e Fellype Gabriel; Rafael Marques (Vitinho, aos 30'/2ºT). Técnico: Oswaldo de Oliveira.

FLUMINENSE: Diego Cavalieri; Bruno, Leandro Euzébio, Digão e Carlinhos; Edinho (Felipe, aos 23'/2°T), Jean, Wágner e Thiago Neves; Rhayner (Samuel, aos 37'/2°T) e Wellington Nem (Michael, aos 25'/2ºT). Técnico: Abel Braga.


Pedro Leanza Rio de Janeiro (RJ)LANCENET! 

Jefferson x Cavalieri: a 'briga' pelo título carioca e por vaga na Seleção




Goleiros de Botafogo e Fluminense disputam a Taça Rio neste domingo;
ex-jogadores que já vestiram a camisa 1 do Brasil opinam sobre a dupla




Tranquilidade é uma das qualidades mais importantes debaixo da trave, e os goleiros Diego Cavalieri, do Fluminense, e Jefferson, do Botafogo, têm isso em comum. Homens de segurança dos times que disputam o título da Taça Rio neste domingo, os dois estão numa “briga” que vai além do Campeonato Carioca: eles lutam por um lugar na seleção brasileira que vai disputar a Copa das Confederações em junho.

– É um momento único, principalmente no Rio de Janeiro. Havia muito tempo que o futebol carioca não tinha um goleiro na Seleção. Agora tem dois – diz Jefferson.

O goleiro do Alvinegro está mais acostumado com a amarelinha. Ele já foi convocado 16 vezes e atuou em seis partidas. Já o camisa 12 do Tricolor tem duas convocações no currículo e foi titular em ambas as oportunidades. Eles também já estiveram juntos no grupo do Brasil: no empate em 2 a 2 com o Chile, no Mineirão, Cavalieri jogou, e Jefferson ficou no banco de reservas.



Não tem um melhor. Nós não temos o melhor"
Leão, sobre os goleiros

– Eu já o admirava muito como profissional e aprendi a admirar ainda mais quando tive a oportunidade de ter mais contato com o Jefferson. Fiquei muito feliz pela oportunidade de conviver com ele – ressalta Cavalieri.

A comparação entre os dois divide opiniões até dos especialistas na posição.

- Se você não tem explosão, você não consegue ir a lugar nenhum. E quando eu digo explosão, é como se fosse um tiro, você aperta o gatilho e a bala dispara. E o goleiro tem que ter esse dom. O Jefferson é esse goleiro – opina Raul Plassmann, que defendeu Flamengo, Cruzeiro, Atlético-PR e São Paulo.

- Acho que agora é o momento pra testar o Diego Cavalieri. Não adianta você levar para a Seleção e deixar no banco. Tem que botar para jogar e ver como ele vai se desenvolver com responsabilidade na seleção brasileira – defende Zetti, ex-goleiro de São Paulo, Palmeiras, Santos e Fluminense.

Com quatro Copas do Mundo no currículo (1970, 1974, 1978 e 1986), Emerson Leão preferiu não tomar partido.

- Não tem um melhor. Nós não temos o melhor. Nós temos hoje no Brasil uma busca para o gol com tranquilidade, mas ainda não conseguimos achar - opina o goleiro que fez história com a camisa do Palmeiras, além de ter atuado em outros grandes como Vasco, Grêmio e Corinthians.

Elogios e opiniões à parte, Jefferson e Cavalieri vão se enfrentar pela décima vez. São quatro empates, três vitórias do goleiro tricolor e duas do camisa 1 alvinegro. Um deles pode garantir o título ao seu time e dar um importante passo na luta para ser o goleiro de confiança de Felipão na seleção brasileira.

Jefferson e Cavalieri: os goleiros do Rio na Seleção (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Consolidados em 2013, Lodeiro e Wágner protagonizam final da Taça Rio


Armadores de Botafogo e Fluminense vivem grande momento na atual temporada




Lodeiro e Wagner (Foto: LANCE!Press)
Lodeiro e Wagner disputam a final da
 Taça Rio (Foto: LANCE!Press)
A final da Taça Rio neste domingo, entre Botafogo e Fluminense, colocará frente a frente dois dos principais jogadores do Campeonato Carioca:

Lodeiro e Wágner. Enquanto o uruguaio tem sido um dos grandes destaques do Alvinegro, principalmente no segundo turno, o brasileiro se consolidou como o apoiador número 1 do técnico Abel Braga.

Em ambos os casos, a pré-temporada antes do início das competições foi fundamental para o sucesso de agora. O período exclusivo para treinos, concentração e maior convívio com os colegas de elenco ajudou cada um de formas distintas, mas com o mesmo resultado: boas atuações, sequência e gols.

Vejamos o lado de Lodeiro. Uruguaio tímido, de 24 anos, chegou em General Severiano no meio do ano passado, após passagem complicada pelo Ajax (HOL), marcada por uma lesão frustrante na Copa do Mundo de 2010. Em Saquarema, onde o Botafogo se preparou para 2013, ele teve a oportunidade de conversar mais com os outros jogadores do grupo, interagir, enfim, se soltar.

Mais confiante, ele ganhou espaço no time e conseguiu finalmente se adaptar ao futebol brasileiro, através das partidas pela Taça Guanabara. E com a parceria com o holandês Seedorf, seu rendimento foi ainda melhor na Taça Rio. Ele marcou oito gols no Carioca até agora, em 15 jogos.


Número de Lodeiro e Wágner no Carioca *

      Lodeiro Wágner
Jogos   15            15
Gols    83
Assistências    54
Passes certos (média)  37,830

* Fonte: LANCE!FOOTSTATS

Wágner: exemplo de superação

A trajetória de Wágner neste ano foi diferente, mas não menos complicada. Em Atibaia (SP), o meia passou a maior parte da pré-temporada realizando tarefas de fisioterapia e trabalhos à parte de recondicionamento. Só retornou às atividades com bola após dez dias. Tudo por conta de uma pubalgia contraída em outubro do ano passado. Mesmo assim, ele afirmou que viria para 2013 com "a faca nos dentes", na hora de lutar pela condição de titular. E foi mais ou menos por aí.

Logo na estreia do Flu na temporada, diante do Nova Iguaçu, marcou os dois gols da vitória em São Januário. Era um sinal do que estava por vir. Principalmente com participações decisivas, ele conquistou seu espaço no time e venceu a disputa com jogadores como Deco e Felipe.

Wágner é o atleta mais utilizado pelo técnico Abel Braga no ano. Ele ficou fora de apenas dois dos 24 jogos disputados pelo Fluminense até o momento, entre Campeonato Carioca e Copa Libertadores. Feliz no clube, descartou de vez o pensamento de deixar as Laranjeiras, como revelou ao L!Net. Além disso, é um dos artilheiros do grupo em 2013, com cinco gols (um a menos do que os atacantes Rafael Sobis e Wellington Nem). O camisa 19 falou sobre o duelo com Lodeiro, neste domingo:

- O Lodeiro é um grande jogador e que está vivendo um bom momento, fazendo gols, dando assistências. Vai ser um confronto de dois gigantes (Botafogo e Fluminense). Espero que consigamos vencer para depois termos tempo para descansar e pensar na Libertadores - comentou Wágner.


Rodrigo Lois Rio de Janeiro (RJ)LANCENET!