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quarta-feira, 16 de maio de 2018

Kieza revela "dura" do pai botafoguense: "Falou que na cara do gol tem que chutar"


Após encerrar jejum, atacante do Botafogo lembra cobrança em casa por chance perdida contra o Audax na Sul-Americana, elogia Aguirre e não teme concorrência: "Sempre tem que ter sombra"




Madrugada de quinta-feira. Seu Carlos Almeida pega o telefone irritado e liga para Kieza:


– P* meu filho, assim não dá. Como é que você me perde um gol desses?


O diálogo é fictício, mas baseado em fatos reais. Não é difícil imaginar a indignação de um pai botafoguense fanático com o filho, atacante de seu clube de coração. A bronca pode ter sido até pessoalmente ou por mensagem, mas fato é que ela existiu após o o gol feito desperdiçado no empate com o Audax Italiano por 1 a 1 no Nilton Santos, pela Copa Sul-Americana.


Mas no jogo seguinte, Kieza foi lá fez o gol da vitória sobre o Fluminense por 2 a 1 no Nilton Santos. Encerrando um jejum de quase três meses sem marcar e fazendo a alegria de Seu Carlos. Mas o filho se diverte e garante já ter se acostumado à "corneta" do pai:


– Meu pai é muito chato, me enche (risos). Falou muito na minha cabeça que não posso chegar na cara do gol e dar passe para o lado, que sou 9, tem que chutar... Sendo botafoguense como ele é, estou acostumado – disse o K-9, que se disse tranquilo com as cobranças:


– Quando não sai o gol é normal. Mas procuro fazer meu trabalho para quando as oportunidades chegarem.


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Kieza deu entrevista coletiva após o treino desta quarta (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


FUNÇÃO DE PONTA

Acho que todos os times que passei tive oportunidade de jogar pela beirada. Me sinto bem jogando pela ponta. Claro que ficar um tempo sem jogar na parte da marcação erra um pouco, é natural pelo costume. Mas no segundo tempo (do clássico) a gente teve uma conversa boa, acertamos a marcação e conseguimos equilibrar o jogo.


PREFERÊNCIA DE CENTROAVANTE?
Nunca tive pretensão de estar centralizado, sempre joguei aberto também. A oportunidade que tiver tem que estar disposto a aproveitar da melhor forma possível.


AGUIRRE
O Aguirre é mais um que chega para nos ajudar, é um grande jogador. A gente estava esperando a sua estreia porque ele vai nos ajudar muito. Fico muito feliz por ele ter estreado, já sentido um pouco o nosso clima de jogo, já vai se acostumando.


MAIOR CONCORRÊNCIA

É boa, sempre tem que ter sombra no nosso trabalho para não deixar a peteca cair. Concorrência sempre é bom, um respeitando o outro. Sigo trabalhando forte para conseguir estar no time.


AMÉRICA-MG
Jogo difícil, contra uma equipe muito boa, forte jogando em casa. Temos que fazer um grande jogo lá e procurar somar pontos.


META ATÉ A COPA
A gente vem conversando isso, quer estar entre os primeiros. Lutar pelo título nos pontos corridos é complicado, muito difícil porque tem grandes equipes. Então precisa estar sempre nas cabeças, isso que vai nos levar em busca da Libertadores novamente.


Fonte: GE/Por Thiago Lima, Rio de Janeiro

Kieza reencontra as redes e se aprova de ponta no Bota: "Joguei em outros clubes"


Em entrevista à "Botafogo TV", K-9 comemora fim do jejum de quase três meses, elogia concorrente Brenner e não vê problema em seguir como atacante de beirada: "Tenho facilidade de jogar por fora"








Autor do gol da vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense na última segunda-feira, Kieza encerrou um jejum de quase três meses sem marcar. A última vez que havia estufado a rede foi no triunfo por 1 a 0 sobre a Cabofriense, pela Taça Rio. Um dos 10 reforços do Botafogo para 2018, o K-9 começou bem, virou titular com Valentim, fez gol em três jogos seguidos, mas após uma lesão na coxa direita perdeu espaço e viu o concorrente Brenner virar artilheiro do time.


Tendo que recomeçar, o centroavante agora vem experimentando uma função diferente na equipe: a ponta-esquerda. Ele entrou assim no lugar de Leo Valencia no segundo tempo contra o Audax Italiano, pela Copa Sul-Americana, e foi titular diante do Fluminense. Apesar de ainda precisar acertar a recomposição defensiva, segundo o próprio Valentim, o K-9 aprovou a função em entrevista à "Botafogo TV" (veja no vídeo abaixo):



- Quando cheguei estava em uma fase boa e infelizmente tive uma contusão. Mas nosso grupo demonstrou o quanto é forte, o Brenner entrou e deu conta do recado, vem jogando muito bem. E eu trabalhando, procurando meu espaço. Nesse jogo atuando por fora como já joguei em outros clubes, tenho facilidade de jogar por fora e entrar por dentro. Fui feliz de voltar, fazer o gol e ajudar a equipe a sair com a vitória. Estou muito feliz, esse é o nosso trabalho do dia a dia.


O elenco do Botafogo ganhou folga nesta terça-feira e se reapresenta na tarde desta quarta, no Nilton Santos. A equipe volta a campo domingo, quando visita o América-MG às 16h (de Brasília) no Independência, em Belo Horizonte. Com oito pontos, o Alvinegro é o sexto colocado do Campeonato Brasileiro, dentro da zona de classificação da Libertadores.


Fonte: GloboEsporte.com, Rio de Janeiro

Grito "à la Loco", sorriso e 18 minutos em campo: o retorno de Aguirre ao Niltão


GloboEsporte.com acompanha os passos da estreia do principal reforço do Botafogo na volta ao estádio que o encantou na Libertadores 2017. Uruguaio mostra vontade e vibra: "Me senti bem"








Nove meses e cinco dias depois daquele Botafogo 2 x 0 Nacional-URU, Aguirre voltou ao Estádio Nilton Santos para jogar. Só que agora pelo lado dos donos da casa, que o deixou encantado naquele duelo pela Libertadores de 2017. Desta vez, o público de 10.382 nem foi perto dos 40.050 que o uruguaio viu ano passado. Não teve mosaico, festa, muito menos aquele futebol vistoso. E ele estava no banco. Mas nada que tirasse o seu sorriso.


A alegria de quem voltava a ser relacionado para um jogo depois de cinco meses e uma cirurgia no joelho direito. Na noite de segunda-feira, na vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense, o atacante uruguaio, principal reforço do clube para a temporada, enfim fez sua estreia com a camisa alvinegra. Como o Botafogo não usa numeração fixa, às costas jogou com a 18. Mesmo número de minutos em que ficou em campo.


Não deu tempo para mostrar muita coisa, a não ser uma vontade de sobra de comer a bola. Desde o início de março em General Severiano, Aguirre ainda vem recuperando a melhor forma física e vai ganhar mais minutos com o decorrer dos jogos. Em fotos, o GloboEsporte.com acompanhou todos os passos da estreia do "Uru", como é chamado pelos companheiros:


A chegada: Aguirre foi o quarto jogador a desembarcar pelo ônibus e entrar no estádio. Fones de ouvido, boné para trás e uma piscadinha ao passar pelos sócios-torcedores



Aguirre pisca em direção aos sócios-torcedores na chegada (Foto: Divulgação / Botafogo)


O aquecimento: concentrado, o uruguaio deixou um pouco o sorriso de lado para se concentrar nos exercícios físicos passados pelo preparador Felippe Capella;



Aguirre sem sorrisos no aquecimento pré-jogo (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)


A reserva: de colete, Aguirre já sabia que começaria no banco. A expectativa era para estrear no segundo tempo;



Aguirre de colete ao descer para o vestiário (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)


O banco: onde passou a maior parte do tempo, Aguirre ouviu seu nome ser pedido pela torcida no início do segundo tempo;



Aguirre ouviu do banco a torcida gritar seu nome (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)


A entrada: Aguirre substituiu Brenner aos 31 minutos da etapa final e ouviu a torcida adaptar o grito que era para Loco Abreu: "Uh, Aguirre! Uh, Aguirre!";


– É muito lindo. Quero agradecer a toda a torcida porque desde o primeiro momento em que cheguei eles me deram seu carinho. E isso para um jogador, para dar confiança, é fundamental. Espero corresponder.



Aguirre substituiu Brenner e jogou por 18 minutos (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


A arrancada: em sua primeira participação, arrancou do meio de campo, tabelou com Lindoso na entrada da área, mas não conseguiu receber de volta para o chute. Ele não finalizou nenhuma vez, justamente o seu ponto forte;



Em sua primeira bola, arrancada parou nas mãos de Júlio César (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)


A atuação: Não deu tempo de mostrar muita coisa, mas já foi o suficiente para ver vontade. Tocou pouco na bola, mas ergueu o braço o tempo inteiro pedindo por ela. Aguirre entrou como centroavante, mas terminou como ponta-esquerda, invertendo com Kieza;


– Sinto que posso dar o melhor de mim como centroavante, mas também posso ajudar a equipe jogando de extremo. Obviamente que cada jogador sabe onde pode dar 100% e onde pode ajudar, e eu me sinto como um nove.



Uruguaio voltou a jogar depois de cinco meses parado (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


A entrevista: após o jogo, enfim foi o momento de falar com a imprensa e comemorar a estreia, o retorno aos gramados e a vitória.


– Me senti bem, normal. Estava com um pouco de falta de ar, mas foram cinco meses sem jogar, e isso se sente. Mas feliz por voltar a jogar e pela vitória no clássico, que é o mais importante. Queremos ganhar todos os jogos, mas quando é um clássico tem um sabor distinto.



Aguirre deu entrevista na zona mista após o jogo (Foto: Reprodução/Twitter do Botafogo)



Fonte: GE/Por Thiago Lima, Rio de Janeiro