Melhores, piores e surpresas do primeiro turno: o resumão do Botafogo na Série B

Com altos e baixos, time chega à metade do campeonato vivo na briga pelo acesso. Veja quem foi bem e quem foi mal nos primeiros 19 jogos da campanha



O Botafogo encerrou a participação no primeiro turno da Série B com o empate diante do Guarani. Os 29 pontos em 19 rodadas não colocaram o time no G-4, principal objetivo da temporada, mas a arrancada nas últimas rodadas deixa o time no melhor momento para a segunda metade do campeonato.

Antes do início do returno, que começa para o Botafogo no próximo domingo, o ge resumiu o primeiro turno de altos e baixos da equipe alvinegra. Os destaques, as decepções e as surpresas que marcaram a campanha alvinegra até aqui.


+ Análise: Botafogo precisa aprender a vencer fora de casa



O cara

Se perguntar para um torcedor do Botafogo, é difícil que algum dê resposta diferente. Chay é o cara desse time. O atacante chegou como aposta depois do Campeonato Carioca e já marcou sete gols em 15 jogos com a camisa do clube, todos pela Série B. É o vice-artilheiro da competição e o maior goleador alvinegro nessa temporada.


Chay começou pela ponta esquerda, mas logo achou a posição ideal como meia e acumulou boas atuações. Além de ser o artilheiro, também é o cara das bolas paradas. Do meio para frente, é quem comanda o time na hora de atacar.

Chay é artilheiro e maestro do time — Foto: Vitor Silva/Botafogo



A surpresa

Se o destaque de Chay fosse um pouco menor, ele estaria nessa categoria. Mas quem de fato surpreende positivamente nessa Série B é Rafael Navarro. Aos 21 anos, o atacante subiu de rendimento na hora mais delicada da temporada. Tanto que é o líder no quesito participação em gols, ao marcar seis e dar passes para outros sete nessa temporada.


Só na Série B, foram cinco gols marcados e seis assistências na conta do centroavante. Por isso, ganhou o status de surpresa. Navarro não brilhou no Campeonato Carioca, torneio com nível técnico menor. O que levou o Botafogo a buscar Rafael Moura no mercado. Mas, por enquanto, o jovem segura com justiça o posto de titular do time.

Navarro ataca de goleador e garçom — Foto: Diogo Reis/AGIF



Quem foi bem

Os dois não foram os únicos destaques do time nas primeiras 19 rodadas. Outros jogadores merecem menção, principalmente na arrancada da reta final que deixa o Botafogo na briga pelo G-4 na abertura do returno. É o caso de Diego Loureiro, que ganhou a posição no meio do campeonato e tem atuações seguras, apesar de algumas falhas.


Outra grata surpresa foi Luis Oyama, que resolveu o problema de volante do Botafogo. O meio-campista acumula atuações regulares, com boa participação defensiva, organização do jogo e chegadas à frente.

Prata da casa desbancou concorrência de Douglas Borges — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Com menos destaque, alguns outros jogadores também deram sustentação ao time. São os casos de Gilvan, na zaga, e Diego Gonçalves no lado esquerdo do ataque. Daniel Borges foi correto na lateral-direita, e Warley ressurgiu como boa opção de velocidade no ataque.


Quem foi mal

O momento atual é positivo, mas o balanço também tem espaço para quem ficou devendo. Afinal, foram 13 jogos em que o time conseguiu apenas quatro vitórias e se aproximou não das primeiras, mas das últimas posições na tabela.


Alguns deles foram contratados para a temporada, mas já deixaram o clube. Como Rafael Carioca e Marcinho, jogadores que contaram com pouca paciência da torcida. É o mesmo caso do técnico Marcelo Chamusca, demitido em julho.


Mas também há quem continua no elenco em busca da volta por cima. São os casos de dois jogadores que começaram a temporada como titulares, só que, no momento, lutam para ter minutos em campo: Matheus Frizzo e Felipe Ferreira. Os dois ainda são vistos internamente como atletas de potencial, com condições de ajudar na arrancada final no campeonato.

Fonte: Espião Estatístico



Enderson é divisor de águas

Apresentado em 21 de julho, Enderson Moreira conseguiu em pouco tempo mudar o panorama do Botafogo. Com mudanças mais táticas do que na escalação em si, o técnico emplacou sequência de quatro vitórias seguidas. Ao todo foram cinco vitórias, um empate e uma derrota na reta final do turno, situação que deixou o time próximo ao G-4, uma realidade impensável há algumas semanas para esse momento do campeonato.

A Voz da Torcida - Pedro Dep: "Continuidade a essa campanha ridícula fora de casa" (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/a-voz-da-torcida-pedro-dep-continuidade-a-essa-campanha-ridicula-fora-de-casa-9781549.ghtml)


Os resultados e a mudança de atitude aumentam a confiança dos jogadores e deixam o ambiente interno mais propício para a evolução. O Botafogo terminou o primeiro turno em uma crescente, o que dá margem para mirar as primeiras posições nas próximas rodadas da Série B.


Antes de Enderson, o Botafogo tinha três vitórias, quatro empates e cinco derrotas na Série B. Com o novo técnico, o time soma 16 pontos em sete jogos, número que já ultrapassa a pontuação (13) que a equipe tinha feito nas 12 primeiras partidas.

Treinador comanda arrancada no campeonato — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Pré-Enderson

12 jogos
3 vitórias
4 empates
5 derrotas
13 pontos


Pós-Enderson

7 jogos
5 vitórias
1 empate
1 derrota
16 pontos


Inspirado pelo ótimo final de primeiro turno, o Botafogo dá o pontapé inicial no returno no próximo domingo, às 11h (de Brasília), contra o Vila Nova. O estádio Nilton Santos será o palco do duelo da 20ª rodada da Série B.



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Fonte: Por Redação do ge — Rio de Janeiro

Análise: fim de turno é positivo, mas Botafogo precisa aprender a vencer fora de casa na Série B

Após altos e baixos na competição, time alvinegro entra no segundo turno em processo de crescimento e brigando pelas primeiras posições; desafio é melhorar campanha longe do Rio



O bom mesmo seria vencer e pisar no G-4 na rodada de encerramento do primeiro turno da Série B. Mas, com o futebol que o Botafogo apresentou no Estádio Brinco de Ouro, o empate em 1 a 1 com o Guarani não é dos piores resultados e mantém a equipe brigando pelas primeiras posições. Após altos e baixos na competição, os alvinegros entram no segundo turno em processo de crescimento e com um desafio: com a boa campanha no Rio, a equipe agora precisa aprender a vencer fora de casa.


+ Enderson Moreira: "Não vamos conseguir vencer todos"

Botafogo termina primeiro turno em processo de crescimento — Foto: Diogo Reis/AGIF


A atuação na 19ª rodada da Série B foi a pior do time sob o comando de Enderson Moreira, muito em função do jogo apagado de Chay. O Botafogo ficou muito dependente da criatividade do meia-atacante, que pouco participou na última quarta. O técnico até fez outros testes no setor durante os 90 minutos, mas ninguém conseguiu mudar o ritmo da partida. No meio, Oyama foi o único destaque, sendo combativo e organizando as tentativas de saída dos alvinegros.


+ Daniel Borges diz que Botafogo mira título da Série B



Melhores momentos de Guarani 1 x 1 Botafogo, pela 19ª rodada do Brasileirão Série B



O Guarani foi levemente superior, com mais posse de bola e chegando mais vezes à meta de Diego Loureiro, mas sem o volume suficiente para transformar as chances em gols. Depois de um início morno, tentando mais os espaços pelo centro da defesa adversária, o Botafogo conseguiu em um contra-ataque abrir o placar e mudar o panorama do primeiro tempo. O gol de Rafael Navarro, aos 24 minutos, foi irregular. O atacante encerrou jejum que durava desde 6 de julho e teve participação interessante na partida, apesar de não ter recebido muitas bolas em condições de concluir.


A estratégia do Botafogo passou a ser explorar os contra-ataques. Mais recuado, o time viu o Guarani chegar mais vezes, porém sem ameaçar o gol de Loureiro. Dos 14 chutes que o adversário deu a gol, metade foi para fora. Uma dessas finalizações encontrou as redes logo no início do segundo tempo, em cabeçada de Andrigo. Tanto Diogo Mateus no cruzamento, quanto Andrigo na conclusão tiveram muita liberdade.


+ Oyama leva o terceiro amarelo e não enfrentará o Vila Nova

A Voz da Torcida - Pedro Dep: "Continuidade a essa campanha ridícula fora de casa" (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/a-voz-da-torcida-pedro-dep-continuidade-a-essa-campanha-ridicula-fora-de-casa-9781549.ghtml)


Após o empate, o Bota não esboçou reação. O primeiro chute a gol na segunda metade do jogo só aconteceu aos 29 minutos, em cobrança de falta de Diego Gonçalves. A atuação discreta pode ser explicada pelo desgaste: esse foi o terceiro jogo do time em sete dias. Se não venceu, o Botafogo pelo menos segurou o Guarani e manteve o um ponto de diferença entre as equipes.


O resultado não chega a ser preocupante em virtude também da arrancada na reta final do primeiro turno, que coincide com a chegada de Enderson Moreira. Antes do técnico, o Botafogo tinha três vitórias, quatro empates e cinco derrotas. Com Enderson, o time já soma cinco vitórias, um empate e uma derrota. Os 16 pontos em sete jogos ultrapassam a pontuação (13) que a equipe tinha feito nas 12 primeiras partidas.


+ Atuações: Oyama e Navarro vão bem, e Chay tem noite apagada

Chay e Navarro tiveram desempenhos opostos em Guarani x Botafogo — Foto: Diogo Reis/AGIF


De um time desacreditado e que ficou no quase algumas vezes, o Botafogo passou a um panorama de crescimento num momento importante da Série B. Os resultados aumentam o moral de um grupo que anseia entrar no G-4 nas próximas rodadas.



Enderson conseguiu restaurar a confiança dos seus jogadores e agora busca outro passo na segunda metade do campeonato, que é vencer fora de casa. A campanha longe do Rio é de rebaixamento: sete pontos em 30 disputados, com apenas um triunfo - diante do Confiança, pela 14ª rodada. No recorte do novo treinador, os números dão esperança: uma vitória, um empate e uma derrota como visitante.


Por outro lado, em casa o time vem de sequência de quatro vitórias. Para manter o retrospecto de melhor mandante da Série B, o Botafogo volta a jogar no Estádio Nilton Santos, às 11h do próximo domingo, quando vai enfrentar o Vila Nova na abertura do segundo turno.



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Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro