Páginas

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Representante de Gatito Fernandez afirma que goleiro pode deixar o Botafogo: 'Estamos vendo opções'


Segundo o novo representante do atleta, Augusto Paraja, estão sendo avaliadas
opções no mercado para o jogador ser transferido do clube carioca



Gatito Fernandez pode estar de saída do Botafogo - (Foto: Vítor Silva/Botafogo)



Gatito Fernandez pode estar de saída do Botafogo. Segundo o novo representante do atleta, Augusto Paraja, o goleiro está avaliando opções no mercado para ser transferido do clube carioca. 


- Agora estou trabalhando com o Gatito e estamos vendo as opções para ele ser transferido - declarou a rádio paraguaia 'Monumental 1080AM'.


Augusto Paraja começou a trabalhar diretamente com Gatito Fernandez na última quarta-feira. A 'La Quadra Sports', empresa que Paraja faz parte, anunciou o goleiro do Botafogo como seu novo cliente nas redes sociais. 




lasquadrasportsBienvenido @gatitofernandez 🙌🏻
Sumamos otro crack a la gran familia, La Squadra Sports. Orgullosos de gestionar la carrera del arquero número uno del país 🇵🇾
Tamos juntos 🤙🏻



Fonte: LANCE! Rio de Janeiro (RJ)



Botafogo aposta em novo projeto para evitar recuperação judicial e concretizar S/A


Carlos Augusto Montenegro esclarece nova aposta do clube na "busca por dinheiro novo" para tirar o Botafogo da falência: "O Projeto 1 esfriou, e o Projeto 2 está a todo vapor"



Termo proibido até poucos dias nos bastidores do Botafogo, a recuperação judicial ganhou o noticiário alvinegro recentemente como opção a ser considerada por um clube que um dos principais dirigentes considera como já falido. Mas o processo, por enquanto, não passa de uma alternativa. O Botafogo, agora, concentra suas forças em um novo projeto que busca a concretização da tão sonhada S/A.


Chamado de "Projeto 2", o novo plano já foi apresentado aos dirigentes e será divulgado com mais detalhes assim que todas as informações estiverem consolidadas. Trata-se de uma alternativa ao "Projeto 1", idealizado e tocado pelo empresário Laércio Paiva, que se afastou do processo.


O plano anterior, conforme elucidou Carlos Augusto Montenegro em entrevista na noite da última quarta-feira, tinha como investidores majoritários os irmãos Moreira Salles, que definiram junto a Laércio um caminho de como gostariam que o projeto fosse tocado.


+ Bruno Lazaroni não é mais técnico do Botafogo


Parceiros de longa data do clube e envolvidos também na construção do novo CT, os irmãos entrariam com R$ 126 dos R$ 250 milhões necessários como aporte inicial para a S/A.


- Foi contratada uma empresa especializada, que referendou toda a parte da dívida, isso a gente tem na ponta do lápis, mas não tinha experiência para conseguir o resto do dinheiro. Quem ficou com esse papel acabou sendo o Laércio e ele fez bem, mas enfrentou problemas - explicou Montenegro.


+ Moreira Salles podem investir mais R$ 50 milhões no CT do Botafogo



Laércio Paiva liderou o que Montenegro chama de "Projeto 1" da S/A — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Com a missão de arrecadar os outros R$ 124 milhões, Laércio chegou ao montante de R$ 54 milhões e, a partir daí, tendo a pandemia como agravante, a arrecadação não andou mais.


- O Laércio é um precursor da ideia de buscar dinheiro novo, trabalhou pra caramba, ele sempre vai ser homenageado em qualquer momento que tivermos êxito.


Por que não usar os R$ 180 milhões arrecadados?

A proposta de parte dos dirigentes foi dar início ao projeto com o recurso que tinha sido garantido e, além disso, usar parte da verba arrecadada com cotas de TV e venda do atacante Luis Henrique ao Olympique de Marselha para apresentar logo uma proposta aos credores e diminuir o valor do aporte inicial na S/A abatendo despesas.


- O investidor principal não aceitou - revelou o ex-presidente.


"Projeto 2" muda perfil dos investidores e começa do zero

Enquanto o primeiro plano tinha já de cara o investimento de R$ 126 milhões dos irmãos, o "Projeto 2" ainda não tem investidor, mas conta a seu favor, conforme acreditam os dirigentes, o fato de abrir o leque e aceitar investidores de perfis diferentes e também de fora do país, por isso foi traduzido para o inglês.


O nome à frente do processo é o empresário Gustavo Magalhães, que, vale destacar, sempre foi um crítico do plano anterior, principalmente porque este recusava investidores que não se encaixavam no perfil aceito pelos majoritários. Os irmãos não abririam mão de serem os principais investidores.


"O Projeto 1 esfriou, e o Projeto 2 está a todo vapor".



Carlos Augusto Montenegro em conversa com conselheiros sobre a S/A em 2019 — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Apesar de ainda buscar regularizar o projeto, Gustavo já iniciou o contato com os possíveis investidores e sabe que corre contra o tempo. Uma missão é convencer as pessoas que toparam investir os R$ 54 milhões a permanecerem nesse novo modelo de S/A, que agregou informações do plano elaborado por Laércio.


A dívida levantada para o "Projeto 1" não muda e permanece considerada pelo plano atual. Uma nova aposta para tirar a "Ferrari da lama".


A diferença no projeto do Gustavo, de acordo com Montenegro, está na flexibilização. Se ele tivesse, por exemplo, os R$ 180 milhões arrecadados no primeiro modelo tentaria um acordo com os credores. Tanto é que já está conversando com essas pessoas a quem o clube deve para que, com o dinheiro em mãos, a oferta esteja encaminhada.


Mas o andamento do projeto depende ainda de outro processo pelo qual o Botafogo vai ser submetido: a eleição para escolha do novo presidente no dia 24 de novembro. Caberá ao próximo mandatário conduzir a situação.


- Se nada acontecer, teremos que pensar em recuperação judicial sim. Não podemos ter despesas de R$ 10 milhões mensais e arrecadação de R$ 800 mil. Vão faltar R$ 9,2 milhões todo mês. A recuperação não é o que me agrada, não é o que busco. Estou focado no projeto do Gustavo e sou Gustavo até a morte - ponderou Montenegro.


Assim o ex-presidente e atual membro do Comitê Executivo de Futebol tentou esclarecer a quantas andam o projeto clube-empresa, ou como prefere Montenegro, a busca por dinheiro novo. Há gratidão pelo processo iniciado por Laércio Paiva e esperança no plano que Gustavo Magalhães tentará colocar em prática, mesmo que ambos não tenham sido unânimes entre os membros da diretoria alvinegra.



Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro

Divergência interna e pressão das redes: os bastidores da queda de Bruno Lazaroni no Botafogo


Forma como foi conduzida a saída do treinador incomodou membros do comando do futebol; agora, Túlio Lustosa tem carta branca para buscar novo comandante no mercado brasileiro


A queda de Bruno Lazaroni foi um dos últimos atos do Comitê Executivo de Futebol do Botafogo, que será desfeito após a eleição do dia 24 de novembro. A decisão por votação teve apoio da maioria, mas não conseguiu atingir a unanimidade e gerou certo atrito entre os cartolas que comandam o futebol do clube.


+ VOTE EM QUEM DEVE SER O NOVO TÉCNICO!


Para a diretoria, a gota d'água foi a exibição na derrota por 1 a 0 para o Cuiabá pela partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Não necessariamente por culpa de Bruno Lazaroni, mas sim pelo o que membros da diretoria consideraram como falta de motivação e iniciativa dos jogadores. Segundo um deles, chacoalhar o elenco e acirrar a disputa interna seria o único ponto positivo na mudança de treinador agora.


+ Montenegro afirma: "O Botafogo está falido"


Mas isso não foi suficiente para convencer toda a diretoria. Com duas vitórias, dois empates e duas derrotas em menos de um mês, o aproveitamento foi considerado satisfatório. Para membros da diretoria, outro problema foi a forma como o clube lidou com a situação, sendo que Lazaroni se dispôs a ajudar e não questionou ao ser chamado para assumir por mais que tivesse acabado de realizar uma operação no abdômen.


- Fui voto vencido, porque não achava que deveríamos demitir um treinador com 50,5% de aproveitamento no Brasileiro - disse Manoel Renha, membro do comitê, à reportagem do ge.


+ Moreira Salles podem investir mais R$ 50 milhões no CT do Botafogo


Em entrevista na noite desta quarta-feira, Carlos Augusto Montenegro admitiu que o erro talvez tenha sido efetivar Bruno quando ele ainda não estava totalmente preparado. O que aconteceu, principalmente, por motivação financeira. Após a saída de Paulo Autuori, que sugeriu alguns nomes para a diretoria, o auxiliar permanente do clube foi o escolhido.


- Paulo nos deu três sugestões: Roger Machado, que só pegaria um trabalho ano que vem e não aceitou, Renê Weber e Bruno Lazaroni. Resolvemos, também por dinheiro, dar uma chance ao Bruno. Ele tinha passado por uma cirurgia delicada, estava se recuperando, pensamos se colocaríamos ele como interino, achamos que ganharia força como efetivo. O segundo tempo com o Goiás e o jogo com o Cuiabá nos mostraram que não ia dar certo. Resolvemos tirá-lo.


- Acho que ele não poderia ficar nem mais um minuto, o erro dele foi entrar com o Cícero contra o Cuiabá. Não gostei, não mudou nada, o Forster não estava mal e, se ele quisesse fazer diferente, colocava o Caio de primeiro volante. Não ter substituído no intervalo me irritou muito. A gente sentiu que, como temos um grupo jovem, foi o que deu pra montar, precisamos de uma liderança maior. Talvez o momento de apostar no Lazaroni foi errado e podemos apostar mais pra frente.


Outra motivação para o Botafogo optar por realizar a modificação no início da tarde desta quarta-feira, foi que o clube considera o avanço na Copa do Brasil como principal objetivo. Caso passe para as quartas de final, o Bota receberá R$ 3,3 milhões que ajudariam as finanças do clube - apesar de esse dinheiro não ser considerado para o pagamento de salários.


- Estou arrasado de ter jogado mal e perdido para o Cuiabá, mas temos que levantar a cabeça e seguir em frente. O jogo lá será em campo neutro, temos que tomar atitude para devolver com juros na semana que vem. São mais de R$ 3 milhões em jogo para um clube falido - também disse Carlos Augusto Montenegro.



Túlio Lustosa é o responsável por encontrar o próximo técnico do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


A saída de Bruno tem ainda outro peso, a necessidade de dar uma resposta urgente ao torcedor do Botafogo, que nas últimas semanas fez críticas duras à atual diretoria e ao elenco. Entendendo que essa medida poderia acalmar os botafoguenses, a diretoria tentou o acordo de paz ao demitir ainda o preparador físico Felippe Cappela, alvo principal das cobranças.


Menos de um mês após a efetivação de Bruno Lazaroni, o Botafogo se lança ao mercado em busca de um novo técnico. A missão está nas mãos de Túlio Lustosa, que ouviu algumas sugestões do comitê para garimpar o futebol brasileiro em busca de um nome "cascudo", que possa ter controle do vestiário e suportar a pressão pelos problemas também extracampo. O gerente de futebol tem carta branca, sem teto salarial, segundo Montenegro, para apresentar as opções mais viáveis aos dirigentes.


Mesmo com os desafios financeiros, Montenegro disse não se preocupar com o salário do técnico nesse momento, pois seria o menor dos problemas. Além dos vencimentos mensais, serão oferecidas ao novo comandante premiações por metas alcançadas, como posição no Campeonato Brasileiro e avanço na Copa do Brasil.


Se terá tempo ou não para a chegada de um novo treinador que comande o time na beira do campo às 19h da próxima terça-feira ainda é incerto. Porém, a movimentação caminha para que esta seja a solução ideal.



Fonte: Por Davi Barros, Emanuelle Ribeiro e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro