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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Marcinho fala em surpresa sobre citação de Tite: "Fiquei sem reação na hora"


Sobre dura derrota de 3 a 0 para o Atlético-MG, lateral afirmou que, após assistir ao primeiro tempo, não imaginava placar tão elástico; jogo com o Palmeiras é visto como possível "divisor de águas"




Após o 3 a 0 para o Atlético-MG, a segunda-feira alvinegra não previa muito sorrisos no Nilton Santos. Mas o convocado para a coletiva, o lateral-direito Marcinho, tem motivos de sobra para estar feliz. Na última sexta, o técnico Tite disse que o observou para um eventual futura convocação, e o atleta falou com a imprensa sobre isso pela primeira vez.


- Todos vocês podem imaginar a surpresa e a felicidade que tive ao mesmo tempo. Fiquei sem reação na hora, mas é uma surpresa muito boa saber que você está sendo olhado pela melhor seleção do mundo - disse o jogador de 22 anos.



Marcinho concedeu coletiva nesta segunda-feira (Foto: Fred Gomes / GloboEsporte.com)


Em relação ao revés diante do Galo, afirmou que o placar elástico, principalmente após o que observou na primeira etapa, o surpreendeu também. Porém, tratou o duelo com o Palmeiras, marcado para quarta-feira, às 21h45, no Allianz Parque, como um possível "divisor de águas".


- Pelo primeiro tempo e pelo começo do segundo, não estava com a cara que teria o placar que foi. Acho que estávamos bem organizados ate´tomar um gol, acho que numa fatalidade. Mas futebol é assim. Acho que temos de olhar para frente. Esse jogo com o Palmeiras vai ser muito importante e pode ser um divisor de águas pra gente.


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Como seguir no radar do Tite?
É tentar manter o trabalho e melhorar, porque sempre podemos melhorar. Espero que nas próximas que virão eu possa estar melhor e mais experiente. E que eu possa aproveitar essas oportunidades que possam vir aparecer.


Conhece a história de laterais alvinegros que já defenderam a Seleção, como Josimar, Marinho Chagas e Nilton Santos?
Historicamente até jogadores de outros clubes conhecem esses caras, que foram enormes. Espero chegar no mínimo a um terço da história desses caras na Seleção. Ficaria muito honrado de ser comparado a eles.


Duelo com o Palmeiras
Jogo muito difícil, mas temos que virar a chave, não adianta pensar em resultados que passaram. Temos que tentar um bom resultado. Não dando para correr, temos que andar. Não dando para andar, temos que engatinhar. Temos que pontuar. Tivemos a primeira derrota em casa, mas acho que temos um retrospecto bom (como mandante).


Precisa melhorar seu futebol em quê?
Acho que têm algumas coisas a serem melhoradas. Zé Ricardo chegou e é um treinador com outra visão de futebol e que vai acrescentar muito a mim. Aprendi muito com o Alberto, aprendi com o Paquetá e tenho muito a crescer com o Zé.


Vaias a Luís Ricardo
Infelizmente acontece, eu vinha sendo alvo de críticas. Não foi a primeira vez dele, não vai ser a última, mas futebol é assim. Para mim, o Luís Ricardo é um grande professor. É um cara que sabe muito. Acontece, as críticas vão vir, e você tem que estar preparado. Luís Ricardo sabe do trabalho dele e vai saber passar por cima disso.


Posição no meio da tabela
Poderia ser melhor, como poderia ser pior. Estamos no meio da tabela. Não tem nada de muito ruim nem nada de muito bom. Temos que tentar tirar alguma coisa de positivo dos jogos. A gente tem que sempre olhar para o melhor. Temos que ser otimistas. O ano de 2016 é um exemplo. Fizemos grandes jogos no returno e fomos para a Libertadores.


Laterais que viu e o inspiram
Cafu peguei um pouquinho do fim. Gigantesco jogador. Mais recente o Daniel Alves, monstro da posição e o cara que mais tem títulos no mundial. Acho que os dois são bem pesados.


Fonte: GE/Por Fred Gomes, Rio de Janeiro

Erros bobos fazem time desmoronar no segundo tempo: por que o Botafogo perdeu para o Atlético-MG


Organizada na etapa inicial, equipe de Zé Ricardo se perde em campo sobretudo após o primeiro gol atleticano e escapa de placar mais elástico




Melhores momentos de Botafogo 0 x 3 Atlético-MG, pela 19ª rodada do Brasileirão



Após a euforia gerada pelos 2 a 0 sobre o Nacional-PAR diante de quase 40 mil pessoas, o Botafogo teve duro choque de realidade contra o Atlético-MG, muito superior à equipe paraguaia. Se fez um primeiro equilibrado contra os mineiros, na etapa final errou muito e acabou derrotado por 3 a 0.


Bochecha e Valencia bem

Na etapa inicial, o Botafogo saiu para o jogo e, antes dos 20 minutos, já havia chegado com perigo duas vezes, ambas em finalizações de Valencia. O chileno, aberto pelo lado esquerdo, foi o destaque alvinegro ao lado de Bochecha, substituto de Matheus Fernandes, suspenso. O volante foi o líder de roubadas de bola da partida, com cinco. Além disso, tomou decisões acertadas na hora de sair jogando. Só acabou substituído devido a uma programação de minutos feita por Zé Ricardo e sua comissão técnica.



Bochecha, na marcação de Ricardo Oliveira no escanteio, jogou bem (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)


Renatinho funcionou bem ao lado de Valencia e também finalizou com perigo. Com os dois juntos, o Botafogo trabalhava melhor a bola.


O único erro que chamou atenção na primeira etapa deu-se aos 18 minutos: em contra-ataque muito veloz iniciado por Chará, Matheus Galdezani lançou Ricardo Oliveira, mas este não aproveitou chance que dificilmente costuma perder. O experiente centroavante teve muito espaço, já que Luís Ricardo não o acompanhou.



Segundo tempo ruim acaba com o Botafogo


Após Renatinho sentir um incômodo, Rodrigo Pimpão o substituiu no intervalo. A primeira jogada de perigo da etapa final foi protagonizada novamente por Valencia, que arriscou de longe. E só. Depois só deu Galo.


Aos 16 minutos, a defesa cometeu erro coletivo. Luan tabelou com Emerson e deixou para Galdezani. Quando o volante recebeu na entrada da área, todos foram em sua direção e deixaram Luan livre para receber e abrir o placar. Carli ainda levantou o braço, mas não havia o que reclamar: gol legal.



Defesa do Botafogo deixa Luan livre; Chará estava impedido, mas o Menino Maluquinho não (Foto: Reprodução)


Ciente da necessidade de empatar, Zé lançou-se ao ataque e trocou Bochecha por Brenner. Com o time cansado, o Galo se armou para dar o golpe fatal. Aos 35, ele veio. Após a zaga alvinegra afastar levantamento na área, o baixinho Chará ganhou de Luís Ricardo pelo alto e colocou a bola na frente. O lateral não conseguiu acompanhar o colombiano, que ainda limpou Igor Rabello antes de cruzar para Cazares guardar.



Mais uma imagem do primeiro gol: todos os alvinegros de olho em Galdezani (Foto: Reprodução)


Após o segundo e o terceiro gol, Ricardo Oliveira perdeu duas ótimas chances, novamente oriundas de espaços pelos lados. No último gol, aliás, o erro foi bobo. Moisés foi sair jogando, o incansável Luan o desarmou, Ricardo aproveitou e deixou Tomás Andrade livre para fechar a conta.


Tarde para esquecer no Nilton Santos e mais uma partida para Zé Ricardo e comissão técnica exibirem ao grupo alvinegro como um exemplo do que não fazer na sequência da temporada.


Fonte: GE/Por Fred Gomes, Rio de Janeiro