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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Honda é poupado e fica fora do time titular do Botafogo contra o Atlético-MG


Japonês será preservado para as próximas duas partidas do time alvinegro, contra Flamengo e Paraná. Também sem Victor Luis, equipe pode ter mudança de esquema tático


Capitão do time, o meia Keisuke Honda será desfalque no time titular do Botafogo nesta quarta-feira, contra o Atlético-MG, pela quarta rodada do Brasileirão. O japonês vai seguir o planejamento feito pela comissão técnica e será poupado. A partida está marcada para as 21h30 (de Brasília).


O técnico Paulo Autuori e o departamento médico alvinegro resolveram dar um refresco ao camisa 4 para não correr o risco de uma lesão muscular. O foco do clube é deixar o jogador 100% para as próximas duas partidas, o clássico contra o Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro, e o jogo decisivo contra o Paraná, pela terceira fase da Copa do Brasil.




Honda em treino do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Honda suportou uma sequência dura de viagens e jogos e aceitou ser recuado no meio de campo para fazer uma função que tem mais obrigações defensivas. Por isso, a comissão resolveu agir com prevenção para não perder o atleta de 34 anos por um tempo maior.


Se mantiver o esquema tático da equipe, Autuori pode optar por escalar Luiz Otavio, que é jogador da função, ou improvisar o zagueiro Rafael Forster. Cícero, outro volante do elenco, ainda não está 100% fisicamente após se recuperar da Covid-19. Outra opção é mudar o esquema tático, já que a defesa também está desfalcada.



Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

Luis Henrique reencontra adversário da estreia como profissional pelo Botafogo: "Estou mais maduro e tranquilo"


Atacante de 18 anos fez sua primeira partida com a camisa alvinegra diante do Atlético-MG, na penúltima rodada do Brasileirão de 2019. De lá pra cá, virou peça fundamental no Botafogo



O adversário do Botafogo na noite desta quarta-feira é especial para um jogador do elenco alvinegro. Foi justamente contra o Atlético-MG, na penúltima rodada do Brasileirão de 2019, que Luis Henrique fez sua primeira partida como jogador profissional. De lá pra cá, muita coisa mudou, o atacante de 18 anos se tornou uma das peças mais importantes do time e reencontra o Galo em processo de evolução.


- Acho que agora estou um pouco mais maduro, um pouco mais tranquilo para jogar. Na minha estreia eu fui bem, mas estava muito nervoso e ansioso para jogar. Meu coração estava a mil, mas na hora ali pensei: "É o que eu sempre quis, o que sempre sonhei. Vambora, é agora" - disse Luis Henrique ao ge.



"Acho que ainda posso melhorar finalização. Tenho treinado bastante para isso para ajudar mais a equipe em gols. Tenho aprendido com o Paulo Autuori e com todos os jogadores no dia a dia".




Luis Henrique foi o melhor jogador do Botafogo na derrota para o Atlético-MG em 2019 — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Depois do Atlético-MG, Luis Henrique foi titular na última partida da temporada, contra o Ceará, e não saiu mais do time. O jovem é peça fundamental de Paulo Autuori, e o sucesso no Botafogo o fez despertar atenção de times estrangeiros.


- Eu fico muito feliz. Bate aquela ansiedade também. Mas a gente tem que focar e minha família tem me ajudado muito nisso. Estou com a cabeça no Botafogo e isso, mais pra frente, vai ser consequência. Se eu for bem aqui, vai ser consequência no futuro. A gente tem que ter muito cuidado nisso, até pra não deixar subir à cabeça e atrapalhar. É meu primeiro ano como profissional. Estou aprendendo e vou aprender muito ainda.


O foco de Luis Henrique não está só nos treinos do Botafogo. O jovem, incentivado por Keisuke Honda e pensando nas conversas com Salomon Kalou, iniciou os estudos de inglês.


- Eu comecei. Tá todo mundo começando agora. Acho que vai ser uma coisa importante para a gente conversar com eles. Não só para conversar com eles, mas para a vida toda, para uma viagem ou ida para outro clube, quem sabe. Isso é uma coisa muito importante do Honda, que ele tá incentivando todo mundo a aprender o inglês - contou.


Em papo descontraído com o ge, Luis lembrou do início no futebol na escolinha "Livro na mão, bola no pé", no interior da Paraíba, quando era treinado pelo próprio pai, Seu Ronaldo. O jogador tem também um irmão, Pedro Augusto, nas categorias de base do Botafogo. A relação com o pai e o irmão será pauta do Globo Esporte RJ nesta quarta, a partir de 13h. Mais tarde, às 21h30, Botafogo e Atlético-MG se enfrentam no Estádio Nilton Santos, pela 4ª rodada do Brasileiro.


Outras declarações de Luis Henrique:

Início do Botafogo no Brasileirão

- Foram dois jogos difíceis fora de casa. Foram bons resultados. É um jogo em cima do outro, a gente tem que ir evoluindo a cada jogo. Amanhã já tem mais uma pedreira. Mas é ir pra cima, enfrentar sem medo, como o Autuori fala, buscar a vitória porque é em casa e é nossa obrigação. Nós somos um grupo que sempre vai correr até o fim, vamos nos doar muito para conseguir a primeira vitória nesse Brasileirão.


- Nosso pensamento é sempre grande, planejamos sempre ficar entre os oito, disputando Copa do Brasil até o fim. Não podemos baixar a cabeça, sempre temos que olhar para frente e correndo atrás.


Paulo Autuori


- É um cara que conversa bastante comigo. Não só ele, mas o Rene (Weber) também, toda a comissão técnica está sempre me apoiando e dando confiança. Sempre fala também para melhorar nisso ou naquilo porque lá fora vou precisar. É um cara que me ajuda muito mesmo.


Honda e Kalou


- É muito bom e importante para a minha carreira, acho que às vezes eu estou numa roda, num bobinho em qualquer lugar que esteja todo mundo junto e com o Honda, eu fico olhando e pensando "caraca, eu via o cara jogando na televisão e hoje to treinando e jogando com ele". Ele me dá conselhos. Isso faz a gente dar o máximo, querer buscar coisas maiores e conhecer outros grandes jogadores. Agora vem o Kalou e acho que vou aprender muito, é um jogador da minha posição e acho que vou aprender muito com ele. Isso vai fazer com que a minha experiência no futebol cresça cada vez mais.




Matheus Babi faz foto de Honda e Luis Henrique em treino do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Referência

- Acho que o jogador favorito é o Neymar. Como brasileiro não posso deixar de olhar para ele. Minha inspiração sempre foi em jogadores brasileiros mesmo. Ronaldinho, Ronaldo, Denilson, Robinho... Jogadores que eu gosto da alegria no futebol, que têm alegria nas pernas. Procuro me espelhar ao máximo nesses jogadores.



Fonte: GE/Por Davi Barros e Richard Souza — Rio de Janeiro