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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Próximo de uma década no Botafogo, Jair analisa ano: "Um mês não pode apagar 10"


Com 99 jogos à frente do time, treinador admite que time não fez por merecer vaga na reta fica e revela que não consegue rever gol do Grêmio na Libertadores: "Não olho. É sofrer demais"





Jair Ventura na praia do Leme. Treinador não frequenta o local há mais de um ano (Foto: Marcelo Baltar)


Tão surpreende quanto o ano do Botafogo foi a queda na reta final. Deixar a vaga na Libertadores escapar na última rodada manchou o bom trabalho de toda uma temporada. Hora de juntar os cacos, aprender com os erros e ... trabalhar.


Enquanto jogadores desfrutam de férias, Jair Ventura vem se reunindo com a direção para avaliar saídas e chegadas. Na próxima semana participará mais uma vez do curso de treinadores da CBF, antes de tirar cinco dias para viajar com a esposa. Ele não terá tempo, por exemplo, para curtir a praia do Leme, onde costuma (ou costumava) jogar futevôlei. Há mais de um ano pisa na areia.


E foi justamente no local que ele conversou com o GloboEsporte.com. Na entrevista, analisou a temporada, reconheceu que o Botafogo não fez por merecer a vaga, admitiu que não consegue rever o gol do Grêmio que o eliminou da Libertadores e falou sobre os planos para 2018, quando completará 100 jogos (tem 99) à frente do time e dez anos de General Severiano.


Análise de 2017

Resumo o ano em duas partes. Dez meses maravilhosos e um mês muito ruim. Nos primeiros dez meses passamos pela Pré-Libertadores, primeiro lugar na fase de grupos, oitavas de final e paramos nas quartas para o atual campeão da América. Não lembro de uma equipe que tenha feito jogo tão duro contra o Grêmio. Fomos até a semifinal da Copa do Brasil. Saímos por causa do drible do Berrío. Estudo muito os adversários, mas foi um drible que ninguém nunca tinha visto. Nos custou a vaga.

No Brasileiro sempre brigamos na parte de cima da tabela, mas novembro foi muito ruim, tivemos apenas uma vitória. Fomos muito abaixo do que fizemos no decorrer do ano. E com isso perdemos essa vaga e para alguns manchamos esse ano que tinha tudo para ser maravilhoso.


Cuidado com as palavras

Aprendi que temos que tomar cuidado com tudo o que falamos. Quando as coisas não vão bem, tudo o que você fala tem diversas interpretações. Falo o que eu penso, mas nem sempre sou interpretado da melhor maneira. Como treinador você tem que expor o que pensa.



Jair Ventura diz que recebe carinho de todas as torcidas (Foto: Marcelo Baltar)


Faltou um título?
Você pode fazer um grande trabalho sem título. Lógico que o título é o mais importante. Mas o Botafogo vinha de uma Série B em 2015, quando assumi em 2016 o time estava para ser rebaixado e conseguimos a classificação para a Libertadores e fizemos um grande ano em 2017.

Mas concordo que em novembro deixamos a desejar. Estava nas nossas mãos a vagas. Isso deu uma manchada no ano.


Por que a vaga escapou?
No ano passado, quando demos a arrancada para a Libertadores, caímos na Copa do Brasil para o Cruzeiro e deixamos todo o foco no Brasileiro. Nesse ano tivemos outras competições paralelas. As pessoas falam que em novembro já não estávamos mais em outras competições, mas deixamos o nosso melhor nelas. Pagamos um preço fisicamente por conta disso e também pelas perdas.


Perdi meu artilheiro, ficamos 16 jogos sem o Roger. O nosso time sentiu. Apesar de o Brenner e o Vinícius (Tanque) terem entrado, o Roger era o meu artilheiro. É como tirar o Jô do Corinthians ou o Henrique (Dourado) do Fluminense... vai fazer falta. Perdi também o Airton, o Camilo, o Montillo, o Sassá...


Jogadores que começaram o ano e fizeram bastante falta. É um aprendizado. O que poderia ser feito de diferente? Difícil, se você não tem outra coisa a ser feita. Pagamos o preço por ter jogado 120%, mas se não jogássemos assim, não teríamos passado por tantas coisas boas nesse ano.


Ficamos tristes. O torcedor está triste. Mas peço para o torcedor entender. Um mês não pode apagar dez.



Botafogo venceu apenas um jogo em novembro e ficou fora da Libertadores 2018 (Foto: Marcos Riboli)


Peso psicológico

Trabalhamos muito com os números da fisiologia. E mesmo com todo o cansaço, mantivemos o mesmo padrão físico, a mesma intensidade. Realmente tivemos uma queda, perdemos três jogos em casa (Fluminense, Atlético-PR e Atlético-GO), o que foi determinante. Custou caro. Mas não faltou entrega, fomos valentes, mas não conseguimos a classificação


Mercado
Fico preocupado. Desde o ano passado, quando assumi, digo que a grande contratação é a manutenção da equipe. Facilita a vida do treinador. Todas as perdas preocupam. Temos um mercado muito violento, e o Botafogo vive um momento muito delicado financeiramente. Temos uma grande camisa, grande história, mas um momento muito complicado financeiramente.


Poucas pessoas falam, mas não poso esconder a realidade da minha torcida. Estamos bastante aquém financeiramente. Mas temos que nos reinventar e não errar nas contratações. Entendo que a torcida está magoada, também estamos tristes. Agora com muito trabalho e dedicação queremos resgatar a torcida e dar muitas felicidades para ela em 2018


Saída Bruno Silva
Ao lado do Roger, foi o jogador que mais teve participação nos gols do Botafogo nesse ano. Será uma perda significativa. O Carlos Eduardo Pereira (presidente) já falou que não vai liberá-lo de qualquer maneira. Quem quiser tirá-lo vai ter que fazer por onde. Não posso abrir mão de um jogador tão importante para a nossa equipe.


Não adianta você me dar a quinta opção de outro time e levar uma das minhas peças mais importantes. Seria injusto. Tem que ser bom financeiramente para o clube ou que venham jogadores no mesmo nível técnico.


Base
Não podemos construir um time só com os meninos da base. Sou a favor de mesclar, mas temos que saber a hora de usar para não queimar os meninos. O Luís Henrique pulou do sub-17 para o profissional, e a carreira não aconteceu. Temos que ter calma. Temos o Ezequiel que marcou contra o Cruzeiro, mas fez só dois jogos. Temos que ter calma. É uma joia do Botafogo.


Carências
Acho que principalmente um atacante de velocidade. Eu queria, por vezes, jogar com três atacantes, mas só tinha Pimpão e Guilherme. Não podia iniciar com os dois e não ter uma outra opção no banco para uma opção mais ofensiva.


Sei que nossa diretoria fez de tudo, mas não tínhamos condições financeiras. Dentro do que tínhamos, fizemos o nosso melhor, criamos alternativas de jogo.


100 jogos
Marca importante. Vou para um curso de treinador da CBF, que participei no ano passado. Eu sou o único treinador que está voltando no mesmo clube. O Eduardo Batista estava no Palmeiras, foi para o Atlético-PR e terminou na Ponte. O Roger (Machado) estava no Grêmio, foi para o Atlético-MG e já está no Palmeiras.

Vida de treinador é muito difícil. Se esse mês ruim de novembro fosse no início, eu não estaria mais no Botafogo. Mas é a vida que escolhi, e estou mais preparado para os momentos ruins do que os bons. Os bons a gente tira de letra.

Nota: Jair Ventura tem 99 jogos no comando do Botafogo


Renovação até 2020?


Jair Ventura (Foto: Marcelo Baltar)

Eu tenho contrato até o fim de 2018. Fico feliz pela declaração do novo presidente (Nelson Mufarrej). Vamos sentar e conversar. É claro que o torcedor está magoado e não vai achar que renovar com o treinador nessa situação é a melhor solução. Mas só posso reverter isso com trabalho. Queremos títulos, que é o que a nossa torcida merece.


Momentos marcantes em 10 anos de Botafogo
Foram vários. Meu primeiro título na base, em 2012, com um gol do Sassá. O jogo contra o Estudiantes, uma vitória em casa no meu aniversário. A arrancada e classificação para a Libertadores no ano passado. Momentos que jamais vou esquecer.


Trajetória
Cheguei em 2008 como estagiário de preparação física. No ano seguinte fui efetivado como quarto preparador. No final de 2009 virei auxiliar técnico do Ney Franco. Em 2010 fiz meu primeiro jogo como interino, com apenas 30 anos. Foi nessa época que fui trabalhar nas categorias de base da CBF, onde fiquei por três anos.

Disputei três sul-americanos e um Mundial. As coisas começaram a andar. Parece que as coisas aconteceram muito rápido, mas meu primeiro curso de treinador foi em 2005. São 12 anos percorrendo nesse caminho.



Críticas

Acho que aconteceram quando era para acontecer. Realmente deixamos a desejar. Vieram num momento muito ruim. Sei que no futebol não há passado. O torcedor está muito magoado por esse mês de novembro. Ele não quer saber dos últimos dez meses. E ele tem esse direito.


Escolhi ser treinador por isso, gosto de responsabilidades. Não vou mudar minha conduta por conta das críticas. Vou buscar sempre o equilíbrio. Não me achei o melhor treinador do mundo quando levei o Botafogo da 17ª para a 5ª colocação, e agora não vou me esconder embaixo da cama.


Futuro

Sou muito do presente. Penso no hoje. Penso em fazer o meu melhor no Botafogo. Preciso resgatar a torcida, preciso dar alegria para eles. Vivo o momento.


Metas para 2018

Fazer o melhor em todas as competições


Clima no vestiário
O clima foi o pior possível (após o jogo contra o Cruzeiro). Sabemos que o ano foi bom, mas deixamos manchado pela reta final. Foi um clima de tristeza. O sentimento da torcida é o nosso. Deixamos escapar essa vaga. Temos que fazer diferente em 2018 e ver onde erramos


Gol do Grêmio na Libertadores
Não... não olho. É sofrer demais. É complicado perder uma situação de um ano por um lance.


Fonte: GE/Por Gustavo Rotstein, Marcelo Baltar e Raphael Sibila, Rio de Janeiro

Após críticas, Antônio Lopes reclama de preconceito: "Só falam que sou velho"


Dirigente é um dos mais cobrados pelos torcedores após a ausência na Libertadores da América de 2018. Em carta, ele lembra feitos na carreira para se defender





Antônio Lopes ao lado do presidente Carlos Eduardo Pereira (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)


O Botafogo terminou o ano sem a esperada vaga na Libertadores da América de 2018 e, consequentemente, causou uma onda de críticas por parte da torcida nas redes sociais. Um dos principais alvos dos alvinegros foi Antônio Lopes, gerente de futebol.

Na tarde desta sexta-feira, ele escreveu um texto para se defender. Lembrou de pontos importantes na carreira, do curso preparatória que fez e fez questão de lamentar o preconceito das pessoas em relação a sua idade.


Confira a carta na íntegra:


"Tenho visto algumas críticas em relação à mim, principalmente em redes sociais e parado para analisar a respeito. O que me surpreende é que na maioria absoluta das ocasiões não falam a respeito da competência (ou da falta de ) do meu trabalho. Só falam que sou velho e que já tenho que estar em casa cuidando dos meus netos, com grande dose de ironia. Em um país que se combate tanto o preconceito em relação à raça, cor, opção sexual, pouco se discute o preconceito em relação à idade.


Na minha visão, a idade (tanto para mais quanto para menos ) não interessa muito. Pelé foi campeão do mundo com 17 anos, Ronaldinho com 18 . Graças a Deus, tive a oportunidade de lançar inúmeros talentos por nunca ter medo de apostar em jovens, como Romário, Edmundo, Dener, Felipe, Pedrinho, Leonardo, Rafinha, Miranda, entre outros.

Tenho 76 anos muito bem vividos. Com muito orgulho e agradecimento à Deus de me dar bastante saúde e disposição para praticar todas as minhas atividades. No trabalho, quem vive o meu dia-a-dia sabe que sou o primeiro a chegar e último a sair do clube. Em relação a questão física pratico religiosamente a minha caminhada de 8 km na orla Ipanema-Leblon ou pelas viagens no Brasil afora acompanhando a delegação do Botafogo. Muitas vezes acordo seis horas da manhã para fazer essas atividades e antes das nove já estou no clube para trabalhar.

Não vou falar de todos os meus trabalhos e conquistas como treinador(quem quiser ter maiores detalhes acesse www.antoniolopes.com.br), pois a maioria das pessoas conhece minha história. Mas quero lembrar que no fim de 2011 resolvi aposentar como treinador e decidi me preparar ainda mais para a função que exerço hoje. Aos 70 anos de idade fui para uma sala de aula me preparar durante um ano inteiro fazendo o curso de gestão da IAJ ( conceituada empresa de gestão nos esportes). Tive vários convites para trabalhar como treinador em 2012 (mesmo depois disso quando já trabalhava como gestor) e nunca aceitei porque mudei definitivamente de função e não queria ficar “pulando de galho em galho” .

No fim de 2012 , o presidente Petraglia soube que havia concluído o curso de gestão e me convidou para iniciar essa nova fase em minha vida . Trabalhei lá por um ano e meio e foi maravilhoso. O Atlético Pr é um clube de vanguarda e fizemos um trabalho elogiado por todos, planejando pela primeira vez de uma equipe sub 23 disputar toda uma competição estadual, revelando vários jogadores, que renderam frutos financeiros para o clube e conquistas importantes como o vice campeonato da copa do Brasil e terceiro lugar no campeonato brasileiro, classificando para a Copa Libertadores.

Após sair do Atlético, com o reconhecimento do trabalho lá executado, fui convidado pelo presidente Carlos Eduardo Pereira a trabalhar no Botafogo. Eram tempos difíceis, o clube vindo de uma queda de divisão nacional, tendo feito a pior campanha da história em campeonatos estaduais e com apenas seis jogadores para o ano de 2015 . Com o trabalho fantástico do presidente, de toda a sua direção , atletas e funcionários conseguimos revitalizar o clube e conquistar resultados exemplares tanto dentro de campo como fora dele. No primeiro ano vencemos a taça Guanabara, chegamos a final do estadual e fomos campeões da série B com 3 rodadas de antecedência ( fato que alguns grandes clubes que disputaram a competição não conseguiram nos últimos anos). No segundo ano chegamos novamente à final do campeonato estadual e quando muitos achavam que tínhamos grandes chances de cair novamente de divisão em nível nacional, conseguimos classificar para a copa libertadores. No terceiro ano, as expectativas foram crescendo ao longo do ano, chegamos à semi final da copa do Brasil, quartas de finais da copa Libertadores (perdendo para o campeão e tendo sido o brasileiro que chegou mais longe na competição depois do Grêmio) e um décimo lugar no campeonato brasileiro, devido a uma queda brusca no fim da competição, que já conversamos bastante para detectar os motivos e tentar não repeti-los na próxima temporada.

Muitas pessoas acham que o trabalho do gestor é somente o de montar o elenco. A montagem do elenco passa por muitas pessoas e setores do clube. O trabalho do gestor vai muito além disso. O dia-a-dia, a convivência com os atletas, formar um bom ambiente de trabalho generalizado. Eu, como ex treinador, tenho orgulho em dizer que nesses 3 anos o clube só teve 3 treinadores (René Simôes, Ricardo Gomes e Jair. Dos 20 clubes de série A, acho difícil algum ter tido menos treinadores nesse período). Todos três desenvolveram trabalhos muito bons.Lógico que eles e suas comissões técnicas têm o grande mérito nisso, mas tenho a consciência do suporte que lhes proporcionei. Desses 3, apenas o René não deu continuidade ao trabalho por opção do clube, já que o Ricardo teve a opção de sair e o Jair tem contrato até o fim de 2018. Além de todos esses resultados quero ressaltar o excelente trabalho de integração feito com as categorias de base do clube, que gerou e ainda vai gerar muitos lucros financeiros e no campo para o clube.

Em 2015 fui eleito o terceiro melhor executivo do Brasil e em 2016 o segundo pela CONAFUT (Conferência Nacional do Futebol), em votações realizadas com 40 membros da imprensa de todo o país e 40 executivos do futebol (20 da série A e 20 da série B) .

Vale lembrar ainda que exercí essa mesma função na seleção brasileira por dois anos e que teve como auge a conquista do pentacampeonato mundial 2002.

Me desculpem por esse desabafo, quem me conhece sabe que não costumo falar das minhas conquistas, mas precisava fazer esses esclarecimentos e acima de tudo (principal objetivo deste texto) tentar fazer com que as pessoas reflitam e assim como fazem em relação à cor, raça e opção sexual, tentem minimizar também o preconceito em relação à idade.

Excelente 2018 para todos !

Antonio Lopes "


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com, Rio de Janeiro

Gilberto volta à pauta, e Botafogo envia proposta para o atacante


Sem acordo com Rafael Moura, Alvinegro faz nova investida por atacante, que está em fim de contrato com o São Paulo. Jogador está de férias no litoral de Sergipe, e negociação pode demorar mais uns dias





Botafogo fez nova investida em Gilberto (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)



A negociação envolvendo Bruno Silva, Cruzeiro e Inter tomou o noticiário do Botafogo nos últimos dias, mas, paralelamente, o clube segue atrás de um camisa 9. E um nome que parecia distante voltou à pauta: Gilberto, em fim de contrato com o São Paulo.


O gerente de futebol Antônio Lopes enviou proposta ao atacante nesta quinta-feira. Os representantes de Gilberto já estão com oferta, mas vão analisar com calma. Outros clubes brasileiros e do exterior manifestaram interesse. Como o atacante está de férias no litoral do Sergipe, a tendência é que ele demore mais uns dias para definir seu futuro.



Gilberto curte suas férias em Sergipe e vai decidir seu futuro na volta (Foto: Instagram)


Gilberto era o primeiro nome da lista do Botafogo. Os primeiros contatos começaram em outubro, mas esfriaram após o atacante manifestar que sua prioridade era voltar para o exterior.


Desde então, o Botafogo tentou sem sucesso a renovação com Roger e consultou a situação de Rafael Moura, que está de saída do Atlético-MG. No entanto, a pedida do jogador esfriou o negócio. Bergson, do Paysandu, é outro nome em pauta.


Clube também quer Rildo


Rildo também está nos planos do Botafogo (Foto: Divulgação/Coritiba)


Aos 28 anos, Gilberto já passou por Vasco, Internacional, Sport, Santa Cruz e Portuguesa no Brasil e procura um time onde possa jogar com mais regularidade. Exatamente o que faltou no Morumbi, embora ele tenha sido o vice-artilheiro no ano com 12 gols, um atrás de Lucas Pratto.


Além de um centroavante, o Botafogo busca um jogador de lado para o ataque. E a bola da vez é Rildo, do Coritiba. Após disputar o Brasileirão pelo Coritiba, o jogador, de 28 anos, ficará livre no fim do ano. O Alvinegro já enviou proposta e aguarda resposta.


Fonte: GE/Por Felippe Costa e Marcelo Baltar, Rio de Janeiro

Com ressalvas e 'surpreso', Airton reforça desejo de ficar no Botafogo


Volante do Alvinegro, em fim de contrato com o time, quer permanecer, mas avisa: nada de contrato curto. Sem jogar há seis meses, ele estranha congelamento das conversas




O volante Airton não joga desde junho (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Um dos jogadores que vê o seu contrato com o Botafogo se encerrar neste final de ano é o volante Airton. Um dos jogadores mais importantes do Alvinegro nos últimos anos, o meio-campista admitiu surpresa com a indefinição da situação em pleno mês de dezembro, mas disse compreender o lado da diretoria.

- Eu entendo o Botafogo, até porque passei por uma lesão, mas eu acho que eu era um dos principais jogadores do elenco. Estou surpreso (pela demora), mas a gente sabe que futebol tem dessas coisas. Espero que a gente chegue a um acordo, mas se não se concretizar, é sentar com o meu representante e seguir a minha carreira - comentou o meio-campista, nesta quinta-feira, em entrevista à Super Rádio Brasil, antes de completar:

- A gente está batendo um papo, mas o que acontece é que tive uma lesão complicada, que me deixou afastado. Vinha num bom momento desde o ano passado, e nesse também. A gente já vinha conversando sobre a renovação desde antes da lesão, mas aí ela deu uma esfriada. Tenho contrato até dia 31. A princípio a negociação está parada - concluiu.

Aos 27 anos, ele não atua desde junho, quando fraturou a fíbula em um jogo contra o Flamengo. Recuperado, ele falou que não aceitaria uma renovação com contrato curto, válido até o fim do Carioca, por exemplo.

- O clube me procurou antes da lesão. É um clube que estou aqui há quase quatro anos. Não aceitaria um contrato até o fim do Carioca até porque estou recuperado. Já vinha treinando com o grupo e não teria porque eles fazerem isso comigo, mas a gente não sabe o que acontece. Eles devem ter as razões deles, vendo quem chega e quem sai. Estou de férias, mas continuo trabalhando até porque fiquei muito tempo machucado. É trabalhar para que essa renovação aconteça - finalizou.

O volante chegou ao Botafogo em janeiro de 2014, vindo do Internacional, participou do grupo que acabou rebaixado, mas permaneceu e levou o time até às quartas de final da Libertadores, competição, aliás, onde marcou o seu primeiro e único gol pelo Glorioso. São 89 jogos pelo Alvinegro.


Fonte: LANCE! Rio de Janeiro (RJ)

Gegê, Andreazzi... Emprestados voltam fora dos planos e encabeçam barca no Botafogo


Ao todo, seis jogadores retornam ao Alvinegro: três em fim de contrato serão dispensados; um, reemprestado, e só um, aproveitado. Apenas Gorne tem futuro indefinido: veja como fica caso a caso






O Botafogo ainda busca seus primeiros reforços para 2018, mas neste meio tempo já vai montando a barca que deixará General Severiano. E a maioria dos emprestados que retorna ao clube neste fim de ano encabeça a lista. Nomes conhecidos da torcida alvinegra, como as antigas joias Gegê e Andreazzi. Por enquanto, só um dos que estão voltando será aproveitado: Yuri. Outro, mesmo após boa temporada, será reemprestado, e um tem a situação indefinida. Veja caso a caso:


YURI



Yuri fez 13 jogos pelo Santa Cruz na Sèrie B (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)


É o único com quem Jair Ventura conta até o momento para a pré-temporada. O meia, que começou como lateral-esquerdo na base, será testado na ala, que perdeu Victor Luis e também pode ficar sem Gilson, na mira de Fluminense e Chapecoense. Nesta posição que ele foi aproveitado no Santa Cruz, onde disputou 13 jogos como titular na Série B. Antes, passou pelo Criciúma sem entrar em campo e ano passado pelo Gonçalense, onde se destacou como meia. Ele tem contrato com o Botafogo até 2019.


GEGÊ


Gegê se destacou no ABC no estadual, mas não manteve o rendimento (Foto: Diego Simonetti/Blog do Major)


Promessa das categorias de base do Alvinegro, o meia sempre jogou no clube e foi emprestado esse ano para o ABC. Teve um primeiro semestre quase perfeito: foi campeão, vice-artilheiro com oito gols e eleito craque do Campeonato Potiguar. Mas na Série B nacional caiu de rendimento junto com todo o time, que trerminou rebaixado e na lanterna. Participou de 28 jogos da campanha, sendo 22 como titular, e marcou mais dois gols. Está com 23 anos e não terá o contrato que termina agora em dezembro renovado.


ANDREAZZI


Andreazzi passou pela Cabofriense e agora está em Portugal (Foto: Andreia Maciel / Cabofriense)


Apontado como joia, o volante de 23 anos foi contratado do Santo André ainda para a base do Botafogo e assinou contrato por três anos. Mas nunca se firmou no profissional. Sem jogar desde 2015, foi emprestado em 2016 a Cabofriense, onde se lesionou e sequer entrou em campo, e nesta temporada negociou com o Tupi-MG, mas sem sucesso. Encostado, acabou cedido neste fim de ano ao Gil Vicente, da Segunda Divisão portuguesa, onde tem apenas treinado e deve assinar contrato após o seu vínculo com o Alvinegro terminar em dezembro.


JEAN


Jean foi campeão da Copa Rio pelo Boavista (Foto: Divulgação)


O lateral-esquerdo é mais um que será dispensado pela diretoria alvinegra, mesmo com a carência para a posição no elenco atual. Destacou-se na base por ser ofensivo e ótimo cobrador de faltas, mas também nunca se firmou no profissional. Esse ano, passou pelo Oeste na Série A2 do Paulista e Boavista na Série D do Brasileiro e Copa Rio, onde foi campeão. Mas perdeu espaço com a chegada do experiente Júlio César, ex-Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. Seu contrato no Botafogo termina agora em dezembro e, aos 23 anos, ficará livre no mercado.


ANDRÉ LUIS


André Luis foi contratado pelo Figueirense após destaque (Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC)


De todos, foi quem melhor aproveitou. O atacante de 23 anos passou por três clubes em 2017: salvou o Rio Verde do rebaixamento no Campeonato Goiano com cinco gols em oito jogos; no Ypiranga-RS, foi vice-artilheiro da Série C nacional com oito gols; e no Figueirense, chegou na reta final da temporada, marcou mais duas vezes em seis partidas e roubou a posição do Henan, que era titular e artilheiro do time. Porém, não foi suficiente para convencer Jair Ventura, e o Alvinegro Catarinense tentará um novo empréstimo. Ele tem contrato até 2019.


GORNE



Gorne foi um dos destaques do North Carolina na NALS (Foto: Divulgação / North Carolina)


Outro considerado como joia na base do Botafogo, onde fez 31 gols no ano passado e foi campeão brasileiro sub-20, o centroavante foi emprestado ao North Carolina, da NALS (North American League Soccer), segunda maior liga dos Estados Unidos. Lá, disputou 13 jogos, marcou seis gols e deu duas assistências. Com contrato até 2019 no Alvinegro, o jovem de 21 anos retorna um pouco mais experiente, mas ainda vai precisar convencer Jair Ventura. Ele ainda está sob avaliação para saber se será aproveitado ou reemprestado.


OUTRAS DESPEDIDAS


Outros nomes que estavam emprestados e rescindiram contarto ao longo da temporada foram: os meias Octávio e Marquinho, e o lateral-direito Diego. O atacante Pachu voltou do Santa Cruz para disputar o Campeonato Brasileiro Sub-23 e deve integrar o profissional na pré-temporada. Já Dierson, que disputou o Carioca pelo Macaé e estava encostado no Grupo 2, será dispensado ao fim do contrato agora em dezembro.



Guilherme, Roger e Renan Fonseca: ex-alvinegros em pelada beneficente (Foto: Reprodução)


A barca alvinegra ainda tem Renan Fonseca e Jonas, que não terão seus contratos renovados, além de Victor Luis e Guilherme, que retornam de empréstimo a Palmeiras e Grêmio, respectivamente. Dudu Cearense, Airton, Emerson Silva, Gilson, Luis Ricardo e Saulo são os outros jogadores do elenco que ficam sem contrato e ainda não definiram o futuro junto com a diretoria. Roger já acertou com o Internacional.


Fonte: GE/Por Felippe Costa, Marcelo Baltar e Thiago Lima, Rio de Janeiro