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quinta-feira, 30 de abril de 2020

VP do Botafogo revela multa de Luís Henrique: R$ 178 milhões


Por meio do Twitter, Ricardo Rotenberg, membro do Comitê Executivo de Futebol do Alvinegro, escreveu que o preço estimado do atacante é a sua multa rescisória




Luís Henrique em ação pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)


Luís Henrique é um dos principais ativos do Botafogo. Com 18 anos, assumiu a titularidade do clube de General Severiano e, consequentemente, começa a abrir os olhos do mercado exterior. O Comitê Executivo de Futebol, pelo menos na visão de Ricardo Rotenberg, VP Geral e Marketing do clube, possui uma visão decidida sobre o atleta.

O dirigente, por meio do Twitter, avisou que o valor estimado em uma possível futura venda de Luís Henrique é de 30 milhões de euros (R$ 179.066.689,00 na cotação atual) - o valor da multa rescisória do atleta.

Os direitos do atleta são divididos. O Três Passos Atlético Clube, do Rio Grande do Sul, clube que criou Luís Henrique, detém 60% da "fatia" do atleta. O Botafogo, por sua vez, fica com os outros 40%. Caso, hipoteticamente, o atacante realmente seja vendido por 30 milhões de euros, o Alvinegro embolsaria 12 milhões (R$ 71.626.675,00 na cotação atual).



Avante Botafogo S/A (de )@AvanteBFR
· 6h


Preco estimado do LH é de 5 milhões de euros. Botafogo tem 40 % do atleta. TAC-RD tem 60. Se, considerando a valorização do Euro, LH fosse vendido por cinco milhões de Euros, Botafogo ficaria com R$ 12 milhões de reais e o TAC com R$ 18 milhões. Lembrando que LH tem multa +



Ricardo Rotenberg@RicardoRotenbe1

30 mi de euros



Na sequência deste tweet, Márcio Bittencourt, um dos empresários mais ativos do futebol brasileiro, respondeu ao próprio Rotenberg dizendo que Luís Henrique tem potencial para ser a maior venda da história do Botafogo. O agente, inclusive, acredita que o atacante pode superar Vitinho, atualmente no Flamengo, negociado por 10 milhões de dólares junto ao CSKA Moscou-RUS em 2013.



Fonte:LANCE! Rio de Janeiro (RJ)

Por dificuldade em renovação, Botafogo coloca Marcinho 'à venda'


Diretoria do Alvinegro entende que negociação com o lateral-direito é complicada e saída é inevitável; para não perdê-lo de graça, Comitê busca negociação até o meio do ano



Marcinho foi revelado pelo Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)



Os dias de Marcinho no Botafogo parecem estar, cada vez mais, contados. O clube, diante da dificuldade de renovar o contrato com o lateral-direito, que acaba em dezembro de 2020, já trabalha com a possibilidade de perdê-lo de graça ao final de temporada.

Por isto, o Comitê Executivo de Futebol não é contra a ideia de vender Marcinho na janela de transferências no meio do ano. Mesmo que o lateral-direito saia por um valor menor do que aquilo que o mercado atual indique que ele vale, a diretoria do Glorioso entende que isto ainda é melhor do que não levar nada pelo jogador de 23 anos.

Atualmente se recuperando de uma lesão no joelho, Marcinho tem evitado conversar com o Botafogo sobre as questões de renovação. Até agora, o lateral, ao lado de seu estafe, a OTB Sports, não responderam as tentativas da diretoria do Alvinegro com nenhum tipo de teto salarial do possível novo contrato.

A diretoria também vê com bons olhos usar Marcinho como moeda de troca com outra equipe do Brasil. Neste caso, contudo, qualquer tipo de transação e a chegada de outro jogador dependeriam da aprovação do treinador Paulo Auutori e sua comissão técnica.

O Botafogo tem uma postura clara nesta situação: não vai fazer loucuras finanças para manter Marcinho por mais anos no Estádio Nilton Santos. Diante disto, muitos membros do Comitê Executivo de Futebol 'jogaram a toalha' e entenderam que a melhor opção é buscar uma alternativa definitiva para o lateral até o meio do ano. A intenção é não sair de mãos atadas na negociação.

Criado nas categorias de base do Botafogo, Marcinho está na equipe principal desde 2017. Na última temporada, foi convocado para a Seleção Brasileira para a disputa de amistosos contra Senegal e Nigéria, em outubro, mas não chegou a entrar em campo.



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FLAMENGO MONITORA O JOGADOR
Uma das equipes interessadas em Marcinho é o Flamengo. O Rubro-Negro está de olho na situação contratual do lateral-direito, mas a paralisação das competições por conta da pandemia do coronavírus 'desacelerou' o clube da Gávea em tal questão.

No momento, até pela consequente redução no fluxo de caixa, a prioridade da diretoria do Flamengo é a renovação de Jorge Jesus. Desta forma, a tendência é que nenhum tipo de movimento voltado para contratações seja realizado pelo Rubro-Negro.

O nome de Marcinho agrada ao departamento de futebol do Flamengo, que busca uma opção para ser uma alternativa direta a Rafinha na lateral-direita, já que Rodinei, emprestado ao Internacional, não agradou totalmente a Jorge Jesus e João Lucas, atual reserva imediato, ainda é considerado jovem para assumir tal responsabilidade.


Fonte: LANCE! Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

Um ano sem Beth Carvalho: filha e "afilhados" herdam amor pelo futebol e pelo Botafogo


Mesmo flamenguista, filha Luana guarda Alvinegro no coração e agradece por "amor recíproco" pela mãe. Sambistas que tiveram caminhos abertos pela "Madrinha" revelam lado torcedora




Beth Carvalho em foto postada pelo Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo



Quem conheceu Beth Carvalho diz que, além da família, a sambista teve duas grandes paixões na vida: o samba e o Botafogo. Um foi o ganha-pão. O outro, um dos amores mais correspondidos da vida da "Madrinha", que morreu há um ano, em 30 de abril de 2019.


Além de grande sambista e uma das principais incentivadoras do mais brasileiro dos ritmos, Beth foi também torcedora devota do Alvinegro nos 72 anos de vida. Relação que a carioca cultivou com presença constante no estádio e músicas gravadas em homenagem ao time de coração. Para a filha, Luana - que é artista, como a mãe -, o clube representou, mais do que futebol, uma bandeira a levantar.


- Minha mãe era uma pessoa muito apaixonada por essência. Tudo que ela amava, amava urgentemente. E o Botafogo era uma dessas urgências. Embora não fosse uma pessoa que entendesse de futebol, era uma verdadeira torcedora, amava o futebol. Ela sempre levantou bandeiras, e quando fazia isso, era até o fim - contou.


"De todas as bandeiras que ela levantou, talvez o Botafogo tenha sido o mais recíproco. Nem sempre que o artista levanta uma bandeira tem esse reconhecimento, essa fidelidade de volta".


+ Relembre: Beth escolheu título de 95 como jogo inesquecível



Beth Carvalho e a filha Luana no Maracanã, em 2009 — Foto: Rogério Resende/Approach-Ferj


Última casa

O tamanho do Botafogo na vida da Madrinha ficou ainda mais evidente no dia do adeus. Apesar da ligação estreita com o samba, o Cacique de Ramos e a Mangueira, o templo escolhido para a despedida foi General Severiano. Teve roda de samba e teve bandeira verde e rosa, mas a última festa com a presença de Beth foi na casa do clube.


- Queria agradecer ao Botafogo pelo carinho que sempre teve com a minha mãe, pelo mérito que sempre deu à paixão que ela tinha pelo time. E principalmente por oferecer a casa para que ela dormisse para sempre. Foi, fisicamente, o último afeto, o último momento de reunião. Mesmo não sendo botafoguense, fico emocionada.


"Foi o último lugar que eu vi a minha mãe junto do povo, da música... É algo muito forte. Ela nasceu, escolheu um time e morreu dentro dele".



Corpo de Beth Carvalho é velado na sede do Botafogo — Foto: Monica Schwartz PC/Photopress/Estadão Conteúdo



Relação intensa que foi transmitida para a próxima geração, apesar de a preferência clubística ter sido diferente. A filha virou Flamengo ainda na infância, mas viveu rodeada de botafoguenses e frequentou arquibancadas e tribunas em muitos jogos do clube por causa da mãe. Luana lembra, por exemplo, que a primeira vez no Maracanã no meio de torcedores alvinegros, aos quatro anos. Depois, mais velha, a presença continuou, mas com torcidas diferentes nos clássicos.


- O clube sempre honrou a torcida da minha mãe de todas as formas. O Botafogo merece que ela tivesse gravado quantas músicas fossem. Porque o Botafogo sempre esteve ali - completou.


Na arquibancada e no samba

O Alvinegro não esteve presente apenas nos momentos de lazer. A paixão também se misturou ao trabalho. Não foram poucas as vezes em que a sambista emprestou a voz e a imagem para o clube de coração. A mais célebre aconteceu em 1989, após o título carioca, quando ela gravou com um grupo todo alvinegro o "Esse é o Botafogo que eu gosto".


Esse foi o samba mais famoso, mas não o único. Ao longo dos anos, Beth cantou ainda o hino do clube e "Amor em preto e branco", que gravou ao lado de Zeca Pagodinho. Além de ter apresentado ao Brasil a canção "Vou festejar", que é usada nas arquibancadas não só pela torcida do Botafogo, mas também por rivais cariocas e clubes de outros estados, como o Atlético-MG.



Beth Carvalho canta "Vou festejar" no Programa do Jô, em 2015 (https://globoplay.globo.com/v/4544586/)




Homenagem à cantora no Nilton Santos — Foto: Fred Gomes


Além da voz e do repertório, outra marca registrada de Beth Carvalho foi a disponibilidade em abrir caminho para outros músicos e compositores. A Madrinha deixou muitos "afilhados", e alguns partilhavam não só a paixão pelo samba, mas também pelo Botafogo. É o caso de Wanderley Monteiro, que gravou com Beth sucessos como "Água de chuva no mar", "Pra conquistar seu coração" e "Vida de compositor". Ele também dividiu alegrias e algumas dores de cabeça por conta do futebol.


- Quando o Botafogo estava em evidência, ou porque estava ganhando ou porque tinha problema, o que acontece com mais frequência (risos), ela sempre comentava. Ela sempre foi assídua com o time do coração, sempre mostrou a cara. Fez a parte dela para ajudar, fazer o Botafogo crescer.



Beth Carvalho e Wanderley Monteiro — Foto: Arquivo Pessoal


Outro afilhado que também foi parceiro de estádio é Léo Russo. O músico recebeu no primeiro álbum a benção da Madrinha, que fez uma participação especial mesmo internada no hospital. O samba foi o "Tudo isso e muito mais", que tinha nos versos Mané Garrincha e o Maracanã. E aconteceu justamente no Maracanã uma lembrança que Léo guarda com carinho: o 4 a 0 sobre o Deportivo Quito, em 2014, quando vibrou ao lado de Beth.


- Ela era muito observadora, sempre prestava bastante atenção no jogo. Quando saía gol, comemorava com muito alegria, seja qual fosse o jogo. Era uma torcedora de arquibancada igual a qualquer outro alvinegro - contou Léo.



Léo Russo e Beth Carvalho com a camisa do Botafogo — Foto: Arquivo Pessoal


- Ela sempre lembrava de um Botafogo x Flamengo de 1962, que o Botafogo ganhou de 3 a 0 na final. Foi um jogo especial para ela. Mas também o de 89, tanto que ela gravou a música. Falava muito sobre os grandes ídolos históricos do Botafogo. Nilton Santos era o grande ícone para ela. E também os mais recentes, como o Túlio - completou.


Depois de um ano do adeus à Madrinha, os afilhados prepararam homenagens. Léo Russo publicou nos últimos dias vídeos nas redes sociais. Já Wanderley Monteiro fará ao lado do filho, Alan, que também é músico, uma live no Instagram na próxima terça-feira, às 19h, apenas com sambas gravados por Beth Carvalho.



Fonte: GE/Por Thayuan Leiras — Rio de Janeiro