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quinta-feira, 2 de junho de 2016

Apresentado, Dudu Cearense pede mentalidade vencedora no Botafogo



Volante destaca boa recepção do elenco e revela-se "imensamente feliz" com acerto



Dudu Cearense posa com a camisa do Botafogo
(Foto: Satiro Sodré / SS Press / Botafogo)
O retorno aos trabalhos no Botafogo após a derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro não contou com caras novas, mas com apresentação oficial de uma delas: o volante Dudu Cearense. Ele foi regularizado a tempo, chegou a viajar para Brasília e ficar no banco na partida desta quarta-feira, mas não estreou com a camisa do novo clube. Aos 33 anos e com boas passagens pela Seleção e pelo CSKA Moscou-RUS, o jogador, que rescindiu seu contrato com o Fortaleza, comentou sobre o seu acerto com o Glorioso.

- Estou imensamente feliz por fazer parte desse clube. As expectativas são as maiores, para contribuir dentro e fora de campo. Vou trabalhar para colocar a mentalidade vencedora no grupo. A recepção foi maravilhosa pelo Ricardo, torcida, grupo. Quando você tem essa recepção, você quer ajudar. Infelizmente perdemos o jogo, mas se jogarmos o que jogamos no segundo tempo estaremos lá em cima.

Com contrato até o final de 2017, Dudu teve contato com Ricardo Gomes no começo de sua carreira. Durante o pré-olímpico de 2003 para a Olimpíada de Atenas, os dois estavam na seleção brasileira. Na época, Dudu, com 20 anos, era titular do time que tinha Robinho, Diego e Dagoberto no elenco. Ele se disse feliz por voltar a trabalhar com o comandante botafoguense.

- Sou suspeito de falar do Ricardo, tive a oportunidade de trabalhar com ele no (Seleção) sub-23. E pra mim é uma satisfação imensa em trabalhar com ele, quando se tem o aval do treinador, a confiança é imensa e eu fico muito agradecido pela oportunidade.

Acostumado com a pressão por resultados, o novo reforço do Glorioso destacou que isso no futebol é algo normal. E também reiterou que os jogadores precisam se cobrar pelos resultados mas respeitando o espaço.

- A pressão no futebol é uma coisa normal. Quando se joga no futebol, a pressão é como se fosse um pacote. Então qualquer atleta em um clube de dimensão grande, a pressão é natural. Temos que nos cobrar internamente sempre. Enfim cheguei, quero ajudar muito, independente de lesão ou não, vou respeitar quem está na minha frente. Temos alguns jogadores importantes machucados que vão voltar em breve. Temos que encarar isso com motivação até porque o Botafogo é muito grande e precisamos vencer a cada jogo. Não ter medo de jogar, de enfrentar o adversário.






Confira as outras respostas de Dudu em sua coletiva de apresentação:

Motivação aos 33 anos
- Eu to com uma vontade de 20 anos, mas eu tenho a consciência que cada partida é como se fosse a última. Então to aproveitando os últimos anos, porque pra mim é uma oportunidade única na minha carreira, em jogar um clube de uma dimensão muito grande. Então, cada jogo é uma oportunidade, é uma nova história. Será feito o trabalho e depende de cada um.

Passagem pelo Fortaleza
- Em 2015, eu tive uma passagem pelo Fortaleza, tive dois anos de contrato. E entrou um treinador que eu fui preterido por ele, logo no começo do ano, e isso me atrapalhou muito. Falei para todos: "gente, eu não posso provar isso fora de campo, então quero ser criticado dentro de campo". A partir dessa mudança que teve na virada do ano, eu pude entrar em campo e ter uma sequência maior. Tive uma melhor regularidade. Apareceu o Flamengo para gente na Copa do Brasil e tivemos uma dimensão maior. E todos foram observados e falaram "o Dudu está jogando, mas eu já estava jogando".

Diferença da série A para C
- A diferença é gritante. Até porque a série C é muita correria e pouca qualidade. A série A já é, vamos dizer, é uma correria com qualidade. Então, o nível de acerto tem que ser muito maior. E na série tem poucas oportunidades, se tivermos uma ou duas temos que fazer, porque se o adversário tiver uma ele vai matar. Voltar para série A, é muito gratificante.

Mudanças ao longo da carreira
- Mentalmente, eu não mudei nada. Eu mantive a saúde e disposição para treinar, e vou querer vencer. E não vim pra cá ser taxado. Quero ter uma mentalidade vencedora, mas é no dia a dia, a cada jogo. Claro que estou mais experiente, você não tem mais 20 anos, a recuperação não é a mesma, mas a vontade de vencer é a mesma.

Características de Dudu Cearense
- É difícil falar, porque cada jogo tem uma história. Não gosto de falar, gosto de viver o jogo. Então, a minha característica é de volante box to box. É isso quem não me conhece, vai me conhecer. Jogo após jogo.

Estreia
- Ansiedade é uma arma, então você acaba sofrendo antes. Prefiro viver um dia após o outro.


Fonte: GE/Por Matheus Palmieri*Rio de Janeiro* Estagiário, sob a supervisão de Thiago Benevenutte

Botafogo e Carli chegam a acordo, e argentino renova até o fim de 2018


Zagueiro assinou novo vínculo na tarde desta quinta-feira. Preocupado com o assédio, clube carioca iniciou renovações logo após o Campeonato Carioca




Após a derrota para o Cruzeiro, o torcedor do Botafogo tem pelo menos um bom motivo para comemorar. Joel Carli assinou, nesta quinta-feira, sua renovação de contrato com o Botafogo. O novo vínculo do argentino, de 29 anos, vai até dezembro de 2018.

Carli, que se recupera de lesão na coxa, assinou o novo vínculo após realizar fisioterapia, na tarde desta quinta-feira, em General Severiano. O antigo contrato acabava no fim de 2017. O argentino teve aumento salarial.


Joel Carli fica no Botafogo até 2018 (Foto: RUI PORTO FILHO/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO)


A boa fase do argentino, aliada aos rumores de possível interesse de outros clube, fizeram o Alvinegro procurar, logo após o Campeonato Carioca, os representantes do jogador para oferecer um novo vínculo. As negociações foram conduzidas pelo gerente Antônio Lopes e pelo diretor jurídico Gustavo Noronha com o empresário de Carli, Diogo Martins.

Carli chegou ao Botafogo no início do ano e não demorou a conquistar espaço. Logo, tornou-se o xerife da zaga alvinegra e marcou dois gols no Campeonato Carioca. Ele disputou 14 partidas pelo Botafogo e marcou dois gols. A antiga multa rescisória do argentino era de R$ 8 milhões para o mercado nacional e 2 milhões de Euros para clubes do exterior. Os novos valores não foram divulgados.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar/Rio de Janeiro

Após exames, Camilo assina contrato com o Botafogo e treina no campo


Meia fez trabalho específico após a atividade dos reservas do Glorioso, no gramado


Camilo nesta quinta-feira, em General Severiano (Foto: Vitor Silva/SSPRESS/Botafogo)

O meia Camilo, um dos últimos reforços contratados pelo Botafogo, fez, nesta quinta-feira, seu primeiro treino como jogador do Glorioso. O atleta fez um trabalho físico específico após a atividade dos demais companheiros. Ele assinou contrato nesta quinta-feira, após os resultados dos exames médicos.

Em campo, houve um trabalho apenas para os jogadores que não disputaram a partida inteira contra o Cruzeiro, nesta quarta-feira. Os titulares fizeram apenas um trabalho regenerativo na academia.

Além do trabalho físico, os atletas, no gramado, participaram de um intenso duelo de cinco jogadores contra cinco, com os goleiros Sidão e Saulo como alvos. A atividade foi na metade do gramado da sede de General Severiano.


Fonte: Lancenet/Felippe Rocha/Rio de Janeiro (RJ)

Botafogo tenta manter confiança após derrota para o Cruzeiro




Elenco do Fogão não quer deixar revés abalar a equipe (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

O Botafogo perdeu a segunda partida consecutiva no Campeonato Brasileiro e o 1 a 0 para o Cruzeiro, em jogo que o Glorioso tinha o mando de campo, fez o time flertar com a zona de rebaixamento. Além disso, a atuação contra os mineiros acabou por deixar os torcedores ainda mais preocupados, pois o Alvinegro foi apático a maior parte do tempo. Apesar dessa realidade, o técnico Ricardo Gomes e os jogadores procuram manter o otimismo e não se desesperarem.

Ricardo Gomes lembrou de alguns aspectos importantes, como o fato de o Glorioso estar sendo obrigado a mandar seus jogos fora do Rio de Janeiro por conta das obras para a Arena Botafogo, na Ilha do Governador, bairro da capital carioca. Além disso, a lista de desfalques está muito grande. O treinador perdeu o lateral-direito Luis Ricardo minutos antes da partida contra a Raposa por conta de dores musculares na coxa direita. No departamento médico estão o goleiro Jéfferson, o lateral-esquerdo Diogo Barbosa, o zagueiro argentino Joel Carli, os volantes Aírton e Rodrigo Lindoso e o atacante Luis Henrique.

“Nós perdemos muitos jogadores importantes de uma só vez. O Botafogo foi o clube que mais perdeu atletas por lesão. Logicamente que jogar fora do Rio de Janekiro também atrapalha bastante. Porém, não podemos ficar pensando apenas nos problemas. Não posso aceitar um primeiro tempo como o que fizemos mesmo com toda essa situação. Mas não me preocupo com zona de rebaixamento, não neste momento. Tenho certeza de que daqui a umas dez rodadas estaremos na parte de cima da tabela de classificação. Temos que ter tranquilidade e pensar no futuro com otimismo”, avisou Ricardo Gomes.

Com a recuperação dos lesionados e podendo jogar em um estádio no Rio de Janeiro, o Botafogo tende a ganhar força para a maioria dos atletas. Além disso, a partir do fim do mês o treinador poderá contar com os reforços que vieram do exterior, como o meia Camilo, ex-Chapecoense, e os atacantes Rodrigo Pimpão e Gustavo Canales, chileno que é visto como uma das principais esperanças para a sequência do trabalho.

“O Botafogo não vai ficar brigando na parte de baixo da tabela de classificação, pois conta com um grande treinador, um elenco de qualidade e que vai ser encorpado. Além disso, os jogadores machucados vão se recuperar e teremos ainda mais força. O importante neste momento é trabalharmos muito pegando como lição os erros que estamos cometendo neste começo da competição”, analisou o atacante Neilton.

O Botafogo volta a campo no próximo domingo, às 11h(de Brasília), quando visita o Santos no Pacaembu, em São Paulo (SP), pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Uma derrota pode fazer o Glorioso ingressar na zona de rebaixamento. Como a quinta-feira foi de trabalho regenerativo, o time para o duelo contra o Peixe deve ser definido no treino desta sexta-feira à tarde, em General Severiano.


Fonte: Gazeta Press - Rio de Janeiro, RJ

Análise: apático no início, insinuante no fim, Bota volta a pecar na pontaria


Alvinegro tem atuação abaixo da média no primeiro tempo, melhora no segundo, mas não evita derrota para o Cruzeiro. Situação na tabela acende sinal de alerta






 Mais do que irritar, o primeiro tempo contra o Cruzeiro preocupou o torcedor do Botafogo. Pelo segundo jogo seguido o time repetiu uma atuação apática, com a defesa vulnerável e o ataque inofensivo. Ricardo Gomes subiu o tom no intervalo, cobrou, e a equipe voltou com nova postura. Se não esbanjou técnica, pressionou o clube mineiro, acertou duas bolas na trave e merecia melhor sorte. Um velho problema, no entanto, foi novamente decisivo. A falta de pontaria impediu que o Alvinegro deixasse Brasília com ao menos um ponto na bagagem.

O primeiro tempo foi assustador. As novidades de Ricardo Gomes não funcionaram. Anderson Aquino mal foi visto em campo. Recuado para o meio de campo, Salgueiro nada criou. A entrada de Diérson não fez com que a defesa ficasse menos exposta. Pelo contrário, o Cruzeiro poderia ter ido para o intervalo com uma vantagem ainda maior.

Os números traduzem bem a atuação apática do Botafogo na etapa inicial. O clube carioca, que teve apenas 36% de posse de bola, não finalizou a gol.

- O time estava aceitando a postura do Cruzeiro. No primeiro tempo, o Cruzeiro não teve nenhuma dificuldade. Até eu jogaria como zagueiro. O Botafogo não incomodou... Falei que nunca mais queria ver esse primeiro tempo – resumiu o técnico Ricardo Gomes.

Botafogo bateu cabeça no primeiro tempo, melhorou no segundo, mas não evitou derrota em Brasília (Foto: Ueslei Marcelino/Light Press)

Na volta do intervalo, o Botafogo retornou com Leandrinho no lugar de Salgueiro. No entanto, mais do que nomes, o que mudou foi a postura do time. O jovem meia, porém, foi peça fundamental na engrenagem alvinegra. Pilhado, chamou o time para cima e participou de quase todos os lances de perigo do time carioca.

Mais foi aí que um velho problema voltou à tona: a falta de pontaria. Anderson Aquino, em cobrança de falta, e Sassá, de cabeça, mandaram no travessão. Bruno Silva mandou perto. O próprio Leandrinho tentou, mas Bruno Rodrigo evitou o empate. A pressão levantou um pouco a autoestima do torcedor alvinegro, mas não surtiu efeito.


- Já falei sobre esse problema (falta de pontaria) e já usei esse discurso. Não tem jeito, temos que treinar mais e tentar mais nos jogos - lamentou Ricardo.

A dúvida agora é: qual é o verdadeiro Botafogo? O apático do primeiro tempo ou o insinuante da etapa final. Fato é que, com apenas quatro pontos e três gols marcados em cinco jogos, o clube começa a ficar para trás na tabela. E isso é preocupante.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar/Rio de Janeiro