Na década de 60, o Alvinegro conquistou seu primeiro título, contra o Cruzeiro. Em 95, vitória contra o Santos garantiu o troféu pela segunda vez
Apesar de já ser tricampeão do Torneio Rio-São Paulo, embrião do torneio nacional (o “Robertão”, em 1967), foi em 1968 que o Botafogo conquistou seu primeiro título brasileiro. A Taça Brasil de 1968 fez com que o Botafogo se tornasse o primeiro campeão brasileiro do Rio de Janeiro.
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A Taça, que só acabou mesmo em outubro de 1969, foi recheada de jogos adiados, suspensos e muita confusão. O Glorioso estreou marcando 6 a 1 no Metropol (SC), que havia eliminado o poderoso Grêmio. Apesar de ter perdido o segundo jogo em Santa Catarina por apenas 1 a 0, o regulamento da competição previa um terceiro jogo em caso de dois resultados iguais, sem saldo de gols. O terceiro jogo foi suspenso, adiado, até que, finalmente, foi realizado. O placar de 1 a 1 classificava o Botafogo para a semifinal, mas uma intensa chuva paralisou o jogo. O Metropol acabou não esperando a marcação de uma nova partida, voltou para Santa Catarina, desistindo da competição.
Na semifinal, a Seleção tirou Paulo Cézar Caju e Jairzinho do Botafogo, mas também desfalcou o Cruzeiro de Tostão e Piazza. A vitória do Botafogo por 1 a 0, no Mineirão, foi com um gol do artilheiro Ferretti. No jogo de volta, no Maracanã, um empate em 1 a 1, com gol salvador do grande Roberto Miranda no final.
Taça Brasil conquistada pelo Botafogo em 1968 (Foto: Cezar Loureiro / O Globo) |
Em Fortaleza, Jair e Paulo Cézar desfalcaram de novo o Botafogo no primeiro jogo: 2 a 2 no Ceará, com Ferretti marcando os dois gols do Botafogo. No jogo final, um show alvinegro no Maracanã. Uma vitória por 4 a 0, que poderia ter sido até mais. Roberto marcou de novo, Afonsinho guardou o dele, e Ferretti (que terminou como artilheiro da competição, com 7 gols) fez mais dois. O time comandado por Zagallo levou a taça para a geração de ouro de General Severiano.
Jair Ventura Filho, o grande ‘Furacão’ da Copa seguinte, não jogou nenhum dos sete jogos da campanha vitoriosa do Alvinegro, ora machucado, ora convocado para a Seleção. Outra curiosidade é que Gérson, transferido para o São Paulo no meio de 1969, foi campeão da Taça Brasil de 1968 sem poder disputar os jogos da semifinal e final.
VOLTANDO À GLÓRIA EM 1995
Depois da brilhante década de 60, o Botafogo viveu um longo período de jejum. Em 1995 viria a nova conquista nacional. Apesar de Túlio Maravilha ser a estrela do time, e ter desequilibrado o campeonato, a chave da equipe montada por Paulo Autuori era o sistema defensivo: Leandro Ávila e Jamir eram os volantes, com Gottardo e Gonçalves na zaga. Foram apenas quatro derrotas em 27 jogos. Divididos em dois grupos de 12 times em duas fases, o campeão de cada grupo em cada fase iria para a semifinal.
Antes da semifinal, alguns jogos marcaram a campanha alvinegra. Na segunda fase, um 5 a 0 contra o Atlético-MG, com direito a um inesquecível temporal no Maracanã, dava mostras de que aquela equipe era especial. No mesmo Maracanã, já no final da segunda fase, o Botafogo massacrou o Vasco, mas os dois gols saíram apenas no final da partida. Campeão do seu grupo nessa fase, a semifinal seria contra um conhecido rival, o mesmo de 1968, o Cruzeiro. Esperava-se uma final carioca, pois o Fluminense marcou 4 a 1 no Santos na primeira partida da semifinal, mas o Peixe fez 5 a 2 na volta, e foi para a final como favorito.
Por GloboEsporte.com Rio de Janeiro