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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Diego Giaretta vê Botafogo mais 'tranquilo' e sem ansiedade


Zagueiro entende que Alvinegro vive situação confortável a poucos passos do acesso à elite



Giaretta mantém o foco na reta final da
 Série B (Foto: Wagner Meier/LANCE!Press)
Seis vitórias e um empate nos últimos sete jogos foram suficientes para recolocar o Botafogo nos eixos da Série B do Campeonato Brasileiro. A boa sequência elevou as chances de acesso para 99%, algo que pode ser concretizado daqui a três rodadas, dependendo de uma combinação de resultados. Todos esses fatores, somados a semana de descanso na tabela que a equipe ganhou após o triunfo sobre o Macaé (2 a 1) na última terça-feira, dão mais tranquilidade aos jogadores do Alvinegro. Sem deixar, entretanto, a acomodação tomar conta do elenco.

- Mais do que nunca podemos dizer que estamos tranquilos. Não seria correto dizer que não esperávamos essa situação, porque trabalhamos sempre com foco na Série B. Nunca saímos da zona de classificação. No fim do primeiro turno perdermos a gordura que tínhamos e agora retomamos. Ainda não acabou, mas sem dúvida é uma situação confortável - disse o zagueiro Diego Giaretta, que não vê o elenco ansioso para definir o retorno à Série A do Brasileirão:

- Não tenho sentido isso no nosso grupo, porque sempre nos colocamos com os pés no chão. Se existe ansiedade em algum de nós, ninguém demonstra. Não falamos sobre isso porque a Série B é difícil, e se hoje estamos nessa situação é porque tivemos uma atitude boa quando as coisas se complicaram.

O Glorioso, que lidera a Segundona com 55 pontos, só volta a campo na próxima semana (sexta-feira, 2 de outubro), quando mede forças com o Sampaio Corrêa, no Maranhão, às 21h. O adversário, atual sexto colocado (44 pontos), ainda jogará com o Santa Cruz, também em casa, nesta rodada (28), antes de enfrentar o Botafogo, que já cumpriu seu compromisso na semana.



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Botafogo decide pagar renovação de Arão, mas cláusula rende polêmica


Alvinegro está determinado a depositar quantia que garante contrato de três anos, mas termo de permanência automática ainda é questionado




Renovação de Willian Arão é polêmica no
Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSPress)
O Botafogo estabeleceu Willian Arão como seu principal alvo de renovação para a próxima temporada e nos últimos dias avançou nesse sentido. A diretoria decidiu que vai depositar os R$ 500 mil que constam no atual contrato e, assim, garantir a permanência do volante até o fim de 2017. O jogador vem sendo assediado por outros clubes, que ofereceram salários maiores, mas o Alvinegro pretende fazer valer todas as cláusulas do acordo que é válido até o fim de novembro deste ano.


Segundo algumas pessoas do Botafogo, tem sido complicada a negociação com Flávio Arão, pai de Willian, que recentemente tomou a frente da gestão da carreira do filho. Agora, o clube está decidido passar por cima desse problema de forma simples: pagar o valor determinado e garantir a renovação automática.


- Está difícil até falar por telefone com o pai do Arão. Então vamos fazer o pagamento e pronto - afirmou uma pessoa que acompanha o desenrolar da história pelo lado do Botafogo.


O dinheiro a ser pago sairá dos cerca de R$ 4,6 milhões recentemente depositados pelo Olympique de Marselha, na França, como primeira parcela pela compra do zagueiro Dória, no ano passado. No entanto, o clube evita falar sobre este recurso por temer penhoras.


A não ser que haja um acordo paralelo, a renovação automática com o Botafogo fará Willian Arão receber um salário abaixo daqueles que vêm sendo oferecidos por outros clubes. O volante vai fechar o ano recebendo R$ 40 mil do Alvinegro, e o acordo prevê que ele receba aumento de R$ 20 mil a cada ano do novo contrato.


Outras pessoas que acompanham o caso julgam que não será tão simples para o Botafogo. Alguns avaliam que a tal cláusula da renovação automática não teria mais validade. Essa análise estaria sendo feita também por Willian Arão, por parte de advogados. O cenário atual mostra que o futuro de um dos principais nomes do Botafogo na temporada pode ser decidido de forma tranquila, como também não está descartado algum tipo de litígio.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE

Hoje banco, amanhã titular: atletas do meio vivem gangorra na luta por vaga


Fernandes, Tomas, Rodrigo Lindoso e Camacho são exemplos de que não existe titular absoluto no Botafogo de Ricardo Gomes




Rodrigo Lindoso contra o Macaé: titular depois
 de sequer ficar no banco de reservas
(Foto: Vitor Silva/SSPress)
Uma hora antes de a bola rolar, uma surpresa: Rodrigo Lindoso seria titular na partida contra o Macaé na última terça-feira. No jogo anterior, contra o Boa Esporte – assim como nos demais – o volante sequer estava no banco de reservas. Esse é o Botafogo de Ricardo Gomes. Principalmente no meio-campo, a disputa é igual para todos. Aqueles que aparentemente não têm oportunidades não deixam de ser observados nos treinamentos e, quando mostram evolução, são utilizados nas partidas.


Um dos destaques da arrancada do Botafogo nas últimas sete rodadas, Fernandes é outro exemplo. Depois de mostrar um futebol promissor no primeiro semestre, o apoiador de 20 anos caiu no ostracismo ainda sob o comando de René Simões. Ele passou mais de um mês sem disputar uma partida logo após a chegada de Ricardo Gomes e voltou a ter oportunidades. Primeiro, entrou no segundo tempo dos jogos contra Atlético-GO e Mogi Mirim, cumpriu suspensão contra o Paraná e foi titular contra Boa Esporte e Macaé, sobre os quais marcou gols.


Execrado pela torcida na eliminação da Copa do Brasil, para o Figueirense, Tomas parecia fadado à geladeira até o fim da temporada. Mas ele precisou de quase dois meses – desde a derrota por 1 a 0 em casa, que também determinou a queda de René Simões – para voltar a vestir a camisa do Botafogo numa partida. E logo como titular (contra o Atlético-GO), no segundo turno do Brasileiro. O meia começou três jogos seguidos e, entrando no segundo tempo, marcou um gol na vitória sobre o Mogi Mirim. Na partida seguinte, cobrou o escanteio que originou o gol do empate com o Oeste, quase nos acréscimos. Tomas ainda não se firmou, mas continua a ser uma das escolhas do treinador.


Camacho foi uma das contratações do Botafogo para o Campeonato Brasileiro e logo teve oportunidade de entrar no decorrer de algumas partidas. Mas o volante também precisou aguardar quase dois meses, entre início de julho e fim de agosto, até voltar a ser utilizado. Nas última sete rodadas disputou cinco partidas, sendo três como titular.


Com essa gangorra, Ricardo Gomes manda uma mensagem clara: no Botafogo não há espaço para acomodação, e aqueles que se destacarem no dia a dia terão oportunidades. Rodrigo Lindoso mostrou ter entendido o recado:


- Cheguei um pouco abaixo dos companheiros. O Ricardo sempre deixou claro isso nos treinos, e passei a trabalhar mais forte. A chance chegou e pude ajudar a equipe. Mas não quero parar por aqui - disse.


Por GloboEsporte.com Rio de Janeiro/GE

Fernandes tem evolução física, ganha massa muscular e desponta em campo



Integrado ao elenco profissional em janeiro, meia ganha três quilos de massa magra, perde gordura e conquista espaço no Bota. Titular, ele marcou nos dois últimos jogos




A evolução física pode estar por trás do sucesso de Fernandes nos últimos jogos. Desde o início da temporada, quando, ainda aos 19 anos, foi integrado aos profissionais, o meia vem recebendo atenção especial de preparadores e fisiologistas do Botafogo. O apogeu físico coincide justamente com o melhor momento técnico. Titular, Fernandes foi bem e marcou gols nos últimos dois jogos, contra Boa Esporte e Macaé.

Desde que subiu para o elenco profissional do Botafogo, musculação e suplementação passaram a fazer parte da rotina diária de Fernandes. A evolução pode ser comprovada em números.
Fotos na pré-temporada em janeiro (esq.) e no jogo contra o Macaé comprovam evolução física de Fernandes

- O Fernandes chegou magrinho dos juniores, com pouca massa muscular, mas com o percentual de gordura acima do que tem hoje. Com o trabalho que está sendo feito desde o início do ano, ele perdeu gordura e teve um ganho significativo de massa muscular. Essa evolução fez com que a performance física nos últimos jogos fosse a melhor dele na temporada. No jogo contra o Boa, ele teve o maior número de ações de alta intensidade e atingiu sua maior velocidade máxima. Contra o Macaé, ele teve a maior quilometragem dele no ano, superando 10 quilômetros. Acreditamos que ele está no melhor momento físico na temporada - elogiou o fisiologista do Botafogo, Manoel Coutinho. 

Rotina de musculação vem ajudando no
desempenho em campo (Foto: Vitor Silva/ SSPress)
Na opinião do fisiologista, a melhora física vem refletindo diretamente nas boas atuações de Fernandes nos últimos jogos.

- Ele ganhou mais de três quilos de massa muscular e teve uma redução de percentual de gordura de mais de 2%. Esses resultados são muito significativos. Isso reflete no desempenho. Ele tem menos gordura para carregar e tem mais peso ativo. Isso facilita em campo e ajuda na prevenção de lesões.

Fernandes também percebe, dentro de campo, as vantagens de um melhor condicionamento físico. A velocidade, na opinião do jogador, foi seu maior ganho.

- Treinamos todos os dias na academia. Temos profissionais muito gabaritados. Isso está me ajudando bastante em campo. Depois do Carioca, quando fiquei sem jogar, intensifiquei na academia. Fiquei um pouco mais forte. O resultado está acontecendo. Essa evolução física está me ajudando bastante. O futebol, hoje em dia, é muito pegado. Eu me achava um pouco lento. Agora estou me sentindo mais rápido, fazendo jogadas de velocidade - frisou Fernandes.





Uma delas, por exemplo, vai ficar na memória de Fernandes e da torcida do Botafogo por muito tempo. Na última terça, na vitória sobre o Macaé, o meia arrancou no meio de campo, passou por dois marcadores e marcou um belo gol de fora da área. (veja no vídeo acima).

- Eu ia tocar para o Neilton, mas, no momento do passe, o zagueiro abriu as pernas e tive que tirar dele. Na hora, não notei que os zagueiros se chocaram. Vi depois em casa, e até fiquei rindo. Foi engraçado. Foi uma bela jogada, corada com um belo gol

Por Diego Maraes e Marcelo Baltar Rio de Janeiro/GE