Jogador teve o ombro tratado ainda no domingo, mas não poderá enfrentar o Fluminense por ter sido expulso após protagonizar a confusão no fim do jogo com o Internacional
Fora do jogo com o Fluminense por ter sido expulso após a virada por 3 a 2 contra o Internacional, Lucas Piazon começará o tratamento da lesão do ombro deslocado nos próximos dias. Em postagem na madrugada em uma rede social, o meia disse que o ombro já estava no lugar.
O tratamento do meia começou ainda no vestiário, quando a lesão já estava sendo cuidada pelos médicos alvinegros. Após o fim da partida, o jogador protagonizou a confusão entre jogadores dos dois times, que brigaram no gramado do Beira-Rio. O camisa 43 alvinegro acertou um soco em Cadorini e, na sequência, foi atingido na nuca pelo atacante David.
Mesmo se não tivesse sido expulso, a presença de Piazon contra o Fluminense seria incerta. O meia passará por exames durante a semana e ainda vai esperar alguns dias para saber a gravidade da lesão.
Desfalques e retornos para o clássico
Mas Piazon não é o único jogador que não poderá estar em campo contra o Fluminense. Além dele, a equipe perdeu quatro peças para o clássico de domingo. Philipe Sampaio foi expulso aos cinco minutos, Luís Castro recebeu o vermelho na sequência, além de Kayque e Patrick de Paula terem recebido o terceiro cartão amarelo.
Por outro lado, o time do Botafogo vai poder contar com alguns retornos. É o caso dos zagueiros Cuesta e Kanu, que estavam suspensos. Os jogadores presentes no departamento médico ainda são dúvidas para o duelo.
O Botafogo volta a campo no próximo domingo, quando recebe o Fluminense, às 16h (de Brasília), no Nilton Santos, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. As equipes têm os mesmos 18 pontos, mas o Flu está em sexto porque tem três gols a mais de saldo, enquanto o Bota é o sétimo. As equipes ainda podem ser ultrapassadas pelo São Paulo, que enfrenta o Palmeiras na noite desta segunda.
Em um jogo que ficará eternamente na memória do torcedor, Glorioso conquista os três pontos mesmo estando com um a menos durante mais de 100 minutos no Beira-Rio
Botafogo comemorou a virada histórica sobre o Internacional, em pleno Beira-Rio (Foto: Vitor Silva/Botafogo)
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Desde o primeiro minuto, o Alvinegro precisou superar adversidades impostas pela arbitragem. Extremamente desfalcado, Luís Castro decidiu manter o esquema com três zagueiros para dar mais equilíbrio à equipe. Mesmo atuando mais de 100 minutos com um a menos em campo, a aplicação tática foi impressionante e o espírito de luta deu orgulho ao torcedor.
Cabe salientar que são vitórias como essas que mexem com os brios do grupo, e o Botafogo "fecha uma semana conturbada" da melhor maneira possível. Foram seis pontos contra equipes do G4, que dão ânimo para a sequência da temporada antes da janela de transferências de julho.
A decisão gerou a revolta dos jogadores alvinegros, e em meio à confusão, ele também decidiu dar cartão vermelho ao técnico Luís Castro. Diante deste cenário, a derrota poderia ser previsível, mas não para esse grupo. Edenilson foi para a cobrança e abriu o placar para delírio da torcida colorada.
Quem pensou que o Botafogo fosse armar uma trincheira na defesa, se enganou. Mesmo com o segundo gol do time gaúcho, marcado por Bustos, o time conseguia sair nos contra-ataques e, de certa forma, incomodar o gol de Daniel. E foi assim que Vinícius Lopes recebeu e tocou na saída do arqueiro alvirrubro para descontar.
Apesar de estar com um a menos, a comissão técnica optou por uma linha de quatro com Vinícius Lopes e Lucas Piazon mais eficientes na recomposição pelo lado. O time conseguiu se defender, e Joel Carli voltou a esbanjar liderança e dominar a área. O experiente argentino foi impecável nas bolas aéreas e comandou a defesa alvinegra.
FOSTE HERÓI EM CADA JOGO
No segundo tempo, o Inter explorava as bolas aéreas, enquanto o Botafogo passou a utilizar a mesma estratégia como um verdadeiro antídoto. E foi assim que Erison sou aproveitar o escanteio cobrado por Piazon e cabeceou no fundo da rede. Na sequência, Mercado marcou, também de cabeça, mas estava impedido.
Na defesa, Gatito pegou tudo nos minutos finais e mostrou a voltou à velha forma. Aos 52, Hugo disparou, tocou para Matheus Nascimento que tentou passar, mas a bola sobrou para o valente Kayque. No rebote, o lateral-esquerdo sacramentou a virada épica e colocou um sorriso no rosto de cada botafoguense.
No fim do jogo, o elenco incorporou o hino do clube: "Foste herói em cada jogo" e fez a estrela solitária brilhar mais forte. Quis os Deuses do futebol que a aplicação tática fosse premiada, e o Alvinegro não desistiu. Uma vitória para a eternidade e que aumenta a confiança para a sequência da temporada.
Dupla levou o cartão vermelho na confusão promovida ao término da vitória carioca por 3 a 2 no Beira-Rio. Árbitro relata que técnico Luís Castro afirmou que marcação de pênalti "é uma vergonha"
A confusão generalizada após a vitória do Botafogo por 3 a 2 sobre o Inter na noite de domingo teve expulsões de David e Lucas Piazon registradas depois do término do jogo. Os jogadores foram citados na súmula de Sávio Pereira Sampaio por terem protagonizado a briga no Beira-Rio. O árbitro apontou agressões de ambos com socos no documento.
A comemoração do botafoguense iniciou o tumulto ao provocar o banco colorado após o terceiro gol, marcado por Hugo, já nos acréscimos. Ao término da partida, o meio-campista acertou Matheus Cadorini em confusão generalizada e foi agredido por David por trás na sequência.
Tumulto e briga no fim de Internacional x Botafogo no Beira-Rio — Foto: Pedro H. Tesch/AGIF
No documento, Pereira Sampaio, cita que ambos foram "culpados por conduta violenta e que não conseguiu apresentar o cartão vermelho em campo para a dupla. E descreve as agressões justamente desta sequência de Piazon, Cadorini e David.
Depois da briga, os jogadores do Botafogo se reuniram no gramado para formar uma espécie de defesa, aguardar os ânimos abaixarem e conseguirem sair sem sobressaltos para o vestiário.
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A dupla se soma a Philipe Sampaio, que levou o vermelho no lance do pênalti polêmico no início da partida, e Gabriel Mercado, que levou dois amarelos por reclamações e também foi expulso. Os quatro serão julgados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
O técnico Luís Castro foi expulso também nos primeiros minutos do jogo. Na súmula, Sávio Pereira Sampaio relata que o português afirmou "isso é uma vergonha, é uma vergonha o que vocês estão fazendo, estragaram com o jogo, é vergonhoso" e por isso foi retirado da partida.
Com o resultado, o Inter segue com 21 pontos e está em quinto lugar no Brasileirão, enquanto o Botafogo aparece em sétimo, com 18.
Em jogo marcado por polêmicas de arbitragem e revisões controversas no VAR, Botafogo arrancou vitória no último lance com gol de Hugo
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Teve de tudo: decisão polêmica, expulsão, confusão, gol, defesas milagrosas. Inter x Botafogo, pela 13ª rodada, foi um dos jogos mais movimentados do Brasileirão até aqui. Impossível analisar o que aconteceu na partida sem considerar todo o contexto agitado. Por estes motivos, ge dividiu a vitória alvinegra em sete atos. Confira:
1. Início turbulento 🥵
Nos primeiros dois minutos de jogo, o Botafogo foi envolvido pelo Inter: mal encostou na bola. Dominado, o time de Luís Castro viu a equipe de Mano Menezes chegar à área com troca de passes entre Edenilson, Bustos e Alan Patrick, que tentou encobrir Gatito Fernández. A bola bateu na barriga de Philipe Sampaio e, na sequência, no braço dele.
O lance rendeu ao Inter um pênalti - convertido por Edenilson - e, ao Botafogo, duas expulsões: a do zagueiro alvinegro pelo toque e a do técnico por reclamação. Com desvantagem numérica dentro de campo e também no placar, os visitantes iniciavam a partida da pior maneira possível no Beira-Rio.
2. Reação imediata após mais um baque 🔥
Não demorou muito - mais especificamente cinco minutos, entre a cobrança do pênalti, aos oito, e o gol de Bustos, aos 13 - para a situação ficar ainda pior para o Botafogo. Ainda abalado e inconformado com o pênalti que originou o primeiro gol, o time alvinegro sofreu o segundo.
A linda jogada colorada quebrou a zaga carioca. Na entrada da área, Bustos tocou para Alan Patrick, que, com um toque, conseguiu deixar Hugo, Klaus e Piazon batidos, assistindo Bustos recebendo a devolução e completando para o gol.
Cinco minutos depois de ter sofrido o segundo gol com um jogador a menos, o Botafogo mostrou que estava vivo no jogo: Vinicius Lopes marcou pela primeira vez desde que chegou ao clube, no início do ano. O lance teve início em um escanteio, cobrado para a área colorada e rebatido por Moisés. Na sobra, Saravia dividiu com De Pena e devolveu a bola para a área, pegando a defesa do Inter desorganizada. Vinicius Lopes surgiu de trás e tocou para o gol.
3. Reorganização tática e entrega de Piazon 📋
Em meio ao turbilhão de emoções, o Botafogo precisou se reorganizar para sobreviver com um a menos até o fim da partida. Toda a estratégia inicial foi água abaixo após a expulsão de Sampaio. Antes de falar sobre os desdobramentos, cabe resgatar que Luís Castro resolveu dar sequência à formação com três zagueiros, que foi "estreada" na vitória sobre o São Paulo na quinta (16), após uma sequência de quatro derrotas.
O problema para montar uma linha de três na zaga, no entanto, morava nas suspensões de Víctor Cuesta e Kanu. Da partida anterior, restava apenas Carli a Castro. O técnico decidiu manter a dinâmica ao escalar Philipe Sampaio, que retornou de lesão sofrida no início do mês passado, ao lado de William Klaus, que havia jogado apenas 45 minutos, contra o Ceilândia, pela Copa do Brasil. A ideia era garantir a mesma solidez defensiva obtida contra o São Paulo.
A expulsão de Sampaio, no entanto, obrigou que uma nova dinâmica fosse improvisada. Quando era atacado, o Botafogo se protegia com uma linha de cinco jogadores: os zagueiros Carli e Klaus, os laterais Saravia e Hugo e o meia Lucas Piazon. O meio-campista fez sua melhor partida com a camisa alvinegra em Porto Alegre. Foi participativo e impressionou pela entrega ao se juntar a Hugo para fechar o lado esquerdo de defesa.
4. Os milagres de Gatito 😼
Mesmo que a nova dinâmica na formação estivesse funcionando relativamente bem, o Botafogo ainda sofreu com o Inter até o fim do primeiro tempo. Não fosse Gatito, o time poderia ir para o vestiário no intervalo sem grandes chances de conseguir reagir no segundo tempo.
O primeiro milagre operado pelo goleiro aconteceu aos 45. O lado esquerdo da defesa alvinegra foi completamente envolvido por troca de passes colorados, até que Edenilson, na entrada da pequena área, finalizou. Com o pé, o goleiro conseguiu tirar. No rebote, em cima do arqueiro, David também tentou a conclusão, mas o paraguaio se recuperou a tempo de fazer nova defesa.
No segundo tempo, ele fez milagre, quando viu Pedro Henrique entrar de carrinho pra completar e quando Alemão, cara a cara com o goleiro, chutou. Gatito conseguiu a defesa e contou com a sorte de a bola explodir no travessão.
5. É emoção que você quer, @? 🤯
O segundo tempo não começou tão frenético quanto foi o primeiro tempo, mas também guardou momentos de tensão. Logo aos 11 minutos, o Inter marcou em falhas de Joel Carli, na marcação de Alemão, e de Gatito Fernández, na conclusão. Por sorte, o gol foi anulado por toque de mão do atacante.
Assim como aconteceu no primeiro tempo, a resposta veio de imediato: três minutos depois, o Botafogo empatou. Piazon cobrou escanteio e a bola pingou na área, até encontrar a cabeça de Erison, que, firme, testou para o fundo do gol.
6. A (dramática) virada 💪🏼
É claro que o último gol da partida não sairia de forma tranquila. Mesmo que os dois times estivessem desgastados fisicamente, o ritmo não baixava. Mano Menezes, até então invicto, mexeu no time, empurrando suas peças para o ataque, o que deixou o campo mais aberto e abriu ao Botafogo mais oportunidades de contra-ataque.
A pressão surtiu efeito: o Beira-Rio explodiu aos 49 minutos do segundo tempo com gol de Mercado. Enquanto os colorados comemoravam em êxtase junto à torcida e os jogadores alvinegros assistiam à festa, incrédulos e decepcionados por deixar o empate escapar no último lance do jogo, o VAR checava o lance. Impedimento constatado. Gol colorado anulado.
A demora na avaliação do lance obrigou o árbitro a adicionar mais tempo aos acréscimos, que já estavam rolando no Beira-Rio. Foram mais cinco minutos de sufoco colorado, que tentava, a todo custo, pressionar o Botafogo contra seu próprio gol. E foi em uma dessas chances que Matheus Nascimento arrancou em contra-ataque, finalizou, parou no goleiro Daniel, mas viu seu colega Hugo completando para o fundo do gol, que estava com o caminho livre: 3 a 2.
7. Confusões 💥
O jogo, da maneira como foi conduzido, já aflorava por si só os ânimos dentro de campo. Com uma pitada de provocação, então... Tudo começou quando o gol da virada alvinegra saiu. Na comemoração, jogadores do Botafogo provocaram o banco do Inter. Houve correria, desentendimento e empurrões generalizados.
A situação piorou poucos instantes depois, quando a partida foi encerrada. Piazon, do Botafogo , tentou acertar soco em Cadorini, do Inter, e foi atingido pelo atacante colorado David. Na súmula, o árbitro registrou as expulsões do meia alvinegro e também de David.
Os dois serão julgados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, assim como Philipe Sampaio e Mercado. Em pronunciamento após o jogo, André Mazzuco, diretor esportivo do Botafogo, afirmou que o clube tomará medidas na CBF com relação aos acontecimentos.