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sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Barroca fala sobre papo com Diego Souza após treino de quarta no Botafogo: "Porrada estanca todo dia"


Após longa conversa entre os dois, treinador diz que sua relação com jogadores é "sempre assim"



Veja no vídeo como foi o papo entre Barroca e Diego Souza após o treino de quarta-feira


O técnico Eduardo Barroca falou nesta sexta-feira, em entrevista coletiva antes do treino do Botafogo, sobre a longa conversa de mais de 20 minutos que teve com Diego Souza após o fim do treino da última quarta-feira. O treinador disse que este tipo de relação é comum com todos os jogadores. (Veja imagens do papo no vídeo acima).


- Porrada estanca todo dia, mas não só com ele, com outros também. Um cara vencedor, carreira esportiva dele mostra isso. O peso que ele tem, um cara que está acostumado a vencer, que gosta de discutir certos pontos. Adoro isso, quando o jogador se sente seguro para vir até mim e debater. Estou sempre aberto, se ele me convencer a ceder, e também eu convencê-lo.


- Tenho bastante esse tipo de conversa em pré-treino, concentrações. Os mais jovens foram educados assim por mim. Minha relação com meus jogadores é sempre assim, sem barreiras. Uma das minhas principais missões é fazer com que o jogador se sinta bem na sua posição, fazer aquilo que ele acredita. Aconteceu isso no campo, mas acontece muitas vezes e é algo que me agrada, porque mostra que o jogador está envolvido no trabalho - concluiu Barroca.



Eduardo Barroca — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Na coletiva de quinta-feira, Diego Souza já havia falado sobre o tema. O jogador, que tem atuado como centroavante, falou sobre a dificuldade de jogar de costas.


- O treinador é o Barroca. Se ele falar que tenho de marcar o volante o tempo inteiro, vou marcar. Um hora vou ter que dizer que não vou conseguir. Posso não cumprir tudo o que ele me pede. Se ele me perguntar como sinto, dou uma opinião.



Diego Souza, do Botafogo — Foto: Fred Gomes



Confira mais assuntos da coletiva de Eduardo Barroca

Bola parada

- Não acredito muito em posição, o jogo é uma referência pra gente treinar. O treino é a mesma coisa para o jogo. Eu propus para eles algumas situações em momentos específicos do jogo, eles estão realizando e a gente tem se saído bem nos últimos jogos. Além de gols, a gente tem bolas na trave e perigosas. Em jogos equilibrados, a bola parada desequilibra a nosso favor.



Possibilidade da terceira vitória seguida

- Acho que dá uma confiança muito grande, mas já falei antes que trabalhamos nesse segundo ciclo com uma meta clara de pelo menos igualar a pontuação do primeiro ciclo. Temos cinco jogos e precisamos de mais oito pontos. Uma meta audaciosa, temos que trabalhar na nossa plenitude. Temos dificuldades nesse jogo com o Corinthians, o time um pouco descaracterizado. Carli, Alex Santana, Alan Santos, Jean. Mas tenho confiança muito grande em todos do grupo. Tenho confiança que podemos fazer grande jogo. Gostaria que ele pressionasse durante os 90 minutos, que faça gols todos os jogos, quero plenitude dele. E a gente vai discutindo esses pontos, são mutias coisas que conversamos para chegar no melhor para o Botafogo.


Por que Alex Santana não cobra falta?

- A falta é uma bola parada com uma barreira na frente e um posicionamento do goleiro diferente, e o Alex vai muito bem com a bola rolando e, desde que estou aqui, ele não tem o hábito de treinamento. Tem potencial porque chuta bem de fora, mas talvez se sinta mais confortável com bola rolando, sem barreira na frente.


Carli

- Não lamento a ausência dele, valorizo os jogadores que vão jogar. Enfrentar o Corinthians em qualquer situação é muito difícil. Esta há muitos jogos sem perder lá, teremos que fazer um jogo beirando a perfeição, equipe que sofre poucos gols, muito organizada, tem grande treinador, talentos individuais, ótimas condições de trabalho. Mas vai enfrentar um Botafogo que também vive bom momento, tenho confiança no trabalho.


João Paulo

- Desde que estou aqui, o João Paulo deixou de jogar apenas um jogo sob meu comando. Jogador importante, está habituado a jogar comigo, tem experiência, controla bem o jogo, sabe tudo o que quero da equipe na posição dele. O substituto precisa manter o padrão de qualidade pra gente conseguir essa vitória sobre o Corinthians.


Metas

- Estou vivendo o campeonato momento a momento, não só jogo a jogo, mas ciclo a ciclo, munha cabeça está voltada para o segundo ciclo. A gente precisa igualar a pontuação do primeiro ciclo, porque entendo que começaríamos o terceiro ciclo com um direcionamento do que precisamos pra competição. É um campeonato muito difícil. Vamos enfrentar uma equipe que está na nossa frente novamente. Vamos fechar bem a preparação hoje pra fazer um grande jogo.


Jovens da base

- São jogadores profissionais do clube, agora é uma outra realidade, um outro nível de exigência. Tenho confiança nos jogadores que temos.


Conhecimento sobre o Corinthians

- Sou muito grato ao Corinthians pela forma como fui tratado, trabalhei lá duas vezes, tenho muito respeito e sempre fui muito respeitado. Essa última passagem foi muito importante para a minha vida profissional. Tenho um carinho muito grande pelo Carille. O Corinthians é uma equipe muito bem organizada, muito clara a ideia que ele tem da equipe. No Corinthians é muito bem enraizada essa cultura coletiva. Não podemos ir lá pensando em empatar, temos que ir pensando em vencer.


Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro

Colo-Colo conversa com Valencia, e Botafogo não dificultará em caso de acordo entre chilenos e atleta


Meia sabe que no Chile receberá salário inferior ao atual, então espera um contrato que lhe dê estabilidade



Depois de diversas consultas desde o ano passado, o Colo-Colo está negociando com Leonardo Valencia. O clube tem conversas com Fernando Felicevich, empresário do chileno de 28 anos.


Gerente de futebol do Botafogo, Anderson Barros, confirmou ao jornal "La Cuarta", que Felicevich negocia com Aníbal Mosa, presidente do "Cacique".




Leo Valencia Botafogo — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com


Botafogo não dificultará a negociação

O Botafogo considera simples a transação. O clube entende que a concretização da transferência depende apenas de um acerto entre Valencia e Colo-Colo.


Depois de Valencia manifestar o desejo de deixar o Botafogo durante a parada da Copa América, a diretoria alvinegra se comprometeu a não dificultar qualquer negociação.


É interessante para o Botafogo que o chileno saia. Tem alto salário dentro da realidade do clube, e o retorno esportivo não é o esperado até então. Faria uma economia de cerca de R$ 4 milhões, mas a conta certa do quanto deixaria de gastar depende de um acordo.


Por isso, pode até liberá-lo sem qualquer compensação. É necessário um acerto para compor o restante que Valencia tem a receber até julho de 2020, quando vence seu contrato com o Botafogo. O jogador abriria mão de sua parte? O Botafogo o compensaria pela interrupção do vínculo ou caberia aos chilenos? Tudo isso vem sendo discutido.


Importante para o Alvinegro é aliviar a folha salarial e abrir espaço para buscar novos reforços.


O lado de Valencia

Pai de três filhos, Valencia vê com bons olhos um retorno à terra natal, mas espera um contrato que lhe dê estabilidade. Ciente de que terá seus ganhos mensais reduzidos, dificilmente aceitará um vínculo curto.


O chileno tem 75 jogos, cinco gols e um Campeonato Carioca conquistado com a camisa do Glorioso. Defende o Botafogo desde 2017.


Em 2019, atuou em apenas 11 dos 35 jogos do Botafogo. Após a parada da Copa América, entrou apenas no fim de duas partidas, ambas contra o Atlético-MG, pela Sul-Americana.



Fonte: GE/Por Fred Gomes — Rio de Janeiro