Botafogo tem o segundo pior índice de chutes a gol do Brasileirão, à frente apenas do Corinthians, mas pode melhorar com chegada de Victor Rangel e crescimento do camisa 7
Victor Rangel chega para reforçar o ataque alvinegro (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
O Botafogo é o sétimo colocado no Campeonato Brasileiro, com 15 pontos, um a menos que o Internacional, primeira equipe na zona de classificação para a Libertadores. A situação confortável na tabela, no entanto, contrasta com a baixa média de finalizações da equipe na competição, até a parada para a Copa América. De acordo com o site "Footstats", o Alvinegro tem o segundo pior índice de chutes a gol entre as equipes da Série A, com 8,4 finalizações por partida, à frente apenas do Corinthians, com média de 7,9 finalizações por jogo. Nas nove rodadas, foram 76 bolas chutadas a gol, com oito gols marcados.
A torcida alvinegra, por outro lado, tem razões para ficar otimista quanto a melhora do poder ofensivo do time. Nas últimas partidas do Alvinegro, o atacante Diego Souza voltou a marcar gols e ganhou confiança. Contra o Sol de América, pela Sul-Americana, no dia 29 de maio, o camisa 7 encerrou um jejum de gols que durava quase dois meses, desde o Campeonato Carioca. No clássico contra o Vasco, em junho, Diego Souza foi o autor do bonito gol da vitória por 1 a 0. Dias mais tarde, na partida diante do CSA, foi dele a assistência de cabeça para Cícero empatar a partida que seria ganha por 2 a 1.
A chegada do atacante Victor Rangel, reforço vindo do CRB, também pode ajudar a subir a média de finalizações da equipe comandada por Eduardo Barroca. Rangel tem seis gols marcados na atual temporada e atua como centroavante referência do ataque. O atleta tem 1,80m de altura, e é conhecido pela mobilidade e velocidade. É comum enxergá-lo com corridas por trás dos zagueiros, tentando aproveitar os espaços na defesa adversária.
Outro nome encaminhado para o ataque é o de Biro Biro, do São Paulo. Sem espaço no Tricolor paulista, o jogador de 24 anos foi dispensado e teve o nome aprovado por Barroca. Biro Biro se destacou no Fluminense e teve passagens por Ponte Preta e Shanghai Shenxin, da China.
No atual plantel, o Alvinegro conta ainda com Rodrigo Pimpão, Igor Cássio, Lucas Barros, Lucas Campos e Erik para o setor de frente. Diante da crise financeira e escassez de recursos para investir em contratações de peso, o Glorioso também pensa em recorrer aos atletas das categorias de base. Até o momento, o sub-20 botafoguense, treinado por Marcos Soares, chegou à semifinal da Taça Guanabara e estreou com vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG no Campeonato Brasileiro da categoria. Alguns nomes, portanto, podem surgir como soluções caseiras para a equipe principal.
O time de base também ganhou um reforço para a continuidade de 2019, na última quinta-feira. O atacante Maxuel, ex-Primavera, assinou contrato de empréstimo de um ano e meio. O jogador marcou 10 gols em 11 partidas pelo Campeonato Paulista.
Nos treinos após a pausa do Brasileirão, Eduardo Barroca tenta aprimorar um estilo de jogo que valoriza a posse de bola e pressiona a saída do adversário dentro de campo. O plano é fazer o Botafogo evoluir como um conjunto taticamente e converter este domínio em gols. Os artilheiros da equipe na competição são os meias Alex Santana, com três gols, e Cícero, com dois, o que evidencia a necessidade de maior participação dos atacantes na definição das jogadas.
O Alvinegro volta a campo no dia 14 de julho, quando enfrenta o Cruzeiro, no Mineirão, às 16h (de Brasília).
Fonte: Lancenet/Fernanda Teixeira*Sob a supervisão de Hugo Mirandela/Rio de Janeiro (RJ)
João e Walter encomendaram uma auditoria junto a "Ernst & Young" na intenção de consultar a situação do Botafogo e oferecer alternativas para a gestão do clube
O estudo encomendado pelos irmãos Moreira Salles junto a "Ernst & Young" já está pronto para ser apresentado aos empresários. João e Walter contrataram uma auditoria à empresa na intenção de consultar a situação do Botafogo e oferecer alternativas estruturais e, quem sabe, financeiras ao clube.
O processo durou cerca de cinco meses. O próximo passo será a análise do estudo pelos ilustres botafoguenses, o que deve acontecer somente em julho devido a um problema de agenda, já que um dos irmãos está fora do Brasil.
João Moreira Salles — Foto: Reprodução
Depois de estudarem o material, os Moreira Salles devem sentar com a diretoria do Botafogo para definir se entrarão ou não no clube. O documento será levado também ao Conselho Deliberativo. Os empresários custearam a auditoria e, agora, têm a missão de apresentar alternativas para os problemas detectados pela "Ernst & Young".
Zagueiro falou que pausa está sendo usada para melhorar pressão sobre os adversários e elogiou técnico alvinegro: "A gente entende perfeitamente, e ele nos entende também"
Gabriel sempre tem algo a falar. O zagueiro, um dos jogadores mais escalados para as entrevistas coletivas do Botafogo, está feliz com o desempenho do time desde que Eduardo Barroca chegou. Nesta sexta, em papo com os jornalistas no Nilton Santos, o jogador de 24 anos comentou que o técnico tem tem usado a pausa para que o Alvinegro volte mais consistente após a Copa América.
- Isso é um processo (ter posse de bola ofensiva). Hoje, o Botafogo é um time que propõe o jogo e isso demanda tempo de trabalho. O Botafogo fica muito com a bola e a chance de ganhar o jogo é maior. Não pode ser uma posse de bola passiva, mas agressiva. Barroca está nos cobrando muito, e trabalhamos para melhorar isso.
"A metodologia de posse de bola, trabalhar a bola, ser protagonista dos jogos, o jogador gosta disso, de buscar o jogo bonito".
Gabriel deu entrevista no Botafogo nesta sexta — Foto: Emanuelle Ribeiro
Veja as declarações de Gabriel:
Dias sem jogos
- Está sendo muito proveitoso, Barroca propôs que na primeira semana ele daria ênfase na pressão, e ele tem conseguido. Temos trabalhado muito, o treino está muito intenso, ele está conseguindo implantar a filosofia de trabalho dele.
Quais pontos melhorar no sistema defensivo?
- Como Barroca propôs, creio que a pressão. Quando a gente sobe a pressão, às vezes os adversários, que têm qualidade, conseguem sair da linha de marcação. A gente tem que manter a pressão para dificultar que eles achem espaço nas costas da zaga.
Jeito de Barroca se comunicar
- O Barroca é um cara de coração bom. Ele nos cobra com uma palavra mais firme, mas faz com total respeito. A gente entende perfeitamente, e ele nos entende também, tem o grupo nas mãos.
Jogos com o Atlético-MG, seu ex-clube
- O Atlético tem uma grande equipe, jogadores de imensa qualidade. Sei bem da força do Atlético no Horto, mas sei da força do Botafogo aqui, e fora de casa temos um estilo legal. Eles têm a bola parada muito forte com zagueiros altos. Vamos ajustar no decorrer dos treinos para melhorar e chegar bem até lá.
Dias de folga
- A parada foi muito boa, fui pra Minas ver minha família. Depois eles vieram pra cá, porque casei aqui no Rio. Mas tem o frio na barriga de querer entrar em campo, esse momento já está voltando. Mas é bom também uma parada para recarregar as energias.
Alegria de jogar no Botafogo
- Foi uma das melhores decisões que tomei. Esse momento é o que Deus já tinha preparado pra mim. Estou feliz com o ambiente, com a forma como fui recebido. Jogar com o Carli é um privilégio, jogador sem comentários. Vivo um momento mágico, mas é só o começo.
Eliminação do Paraguai, seleção de Gatito Fernández
- Ainda não falei com ele, mas muito feliz com o rendimento dele, o que já era esperado por todos nós. Não é surpresa pelo que ele vem trabalhando aqui. Agora ele vai voltar para nos ajudar ainda mais.
GloboEsporte.com expõe o "Barroquismo", maneira como torcedores se referem carinhosamente ao trabalho do comandante alvinegro nas redes sociais
Fred Gomes/GloboEsporte.com
Quando disse "sim" ao Botafogo e assumiu a maior oportunidade de sua vida, Eduardo Barroca veio de São Paulo, onde dirigia o time sub-20 do Corinthians, preocupado em como convencer seus novos comandados da proposta de fazer um trabalho com protagonismo e coragem. A aceitação foi imediata. Com olho no olho, honestidade e um discurso direto pautado em palavrões e analogias simples de serem assimiladas, atingiu em cheio o elenco alvinegro e conseguiu resultados rápidos.
A energia natural de um jovem de 37 anos associada ao "carioquês" que usa palavrões como vírgula permitiu a Barroca se fazer entendido por seus jogadores. E conquistou a torcida ao prezar por algo que não abre mão de quando se coloca no lugar do espectador: passar emoção a quem o acompanha.
- Desde o primeiro dia de conversa com os jogadores, prometi a eles que não teria filtro para falar do meu sentimento. Seja num processo de cobrança a eles, seja num feedback positivo, eu em nenhum momento me furtaria de falar do meu sentimento. É o meu jeito de tratar os meus filhos, a minha família e os meus jogadores. Entendo que comunicação não é o que a gente fala, é o que o outro recebe. E a forma como o outro recebe. Não adianta eu falar uma coisa do meu jeito se o outro não está sendo bem-sucedido naquilo que quero passar de mensagem.
"Tento ser o mais direto e objetivo. Se precisar falar palavrão, gíria ou dar uma porrada, eu não vou me furtar disso para ter o meu objetivo de comunicar o que eu quero atingido".
Se não abre mão da comunicação facilitada que adquiriu em Del Castilho, bairro do subúrbio carioca onde foi criado e mora até hoje, Barroca é sistemático em seu trabalho. Dedica-se a ele de 12 a 14 horas por dia. Ao tratar do desenvolvimento tático alvinegro, elenca quesitos a serem melhorados. Na parte física, também faz separações a fim de se atingir o ápice coletivo e individual.
O "Barroquismo", como torcedores se referem carinhosamente ao trabalho de Eduardo Barroca nas redes sociais, está exposto abaixo. Leia tudo a seguir:
PERSONALIDADE
Antes de chegar ao Botafogo, qual você pensou que seria seu maior desafio e qual acredita que está sendo?
Do meu caminho de São Paulo pra cá antes de ter a primeira conversa com os jogadores, meu maior pensamento era como conseguir mobilizar o grupo de jogadores e fazer com que eles acreditassem naquele sentimento que eu tinha, que é o de confiança e de que eu tinha a grande oportunidade da minha vida. De como conseguir transferir isso para os jovens, que já tinham uma expectativa da minha chegada por a gente já ter trabalhado junto. E conseguir passar essa mensagem para os jogadores com quem não tinha trabalhado.
Mas fui surpreendido por uma aceitação, profissionalismo e dedicação muito grandes. Com um inconformismo muito grande do que tinham vivido antes da minha chegada, num primeiro momento de ano inadequado para o Botafogo e para o nível de profissionais que se têm aqui.Então isso me facilitou muito, porque tive 10 dias antes do meu primeiro jogo, contra o São Paulo, para treinar. E consegui ver tudo isso claramente na prática.
Eduardo Barroca trata Botafogo como maior oportunidade da sua vida — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com
Como você lidou com o controle do vestiário, visto que há muitos atletas experientes?
Acho que qualquer profissional respeita o outro não pela idade e sim pela forma. Em nenhum momento precisei fazer intervenção individual, porque peguei um grupo com uma educação de trabalho muito boa, deixada pelo Zé Ricardo. Na prática, tudo aquilo que eu propunha, eles sempre fizeram com muito profissionalismo. Acabei tendo que gastar energia para tirar o máximo deles.
Desde a preleção contra o Bahia, você adotou discursos inflamados, aos palavrões. Tem a ver com a vontade de encorajar o elenco?
Desde o primeiro dia de conversa com os jogadores, prometi a eles que não teria filtro para falar do meu sentimento. Seja num processo de cobrança a eles, seja num feedback positivo, eu em nenhum momento me furtaria de falar do meu sentimento.
Meu sentimento hoje é de entusiasmo por dirigir o Botafogo, uma equipe que sempre quis dirigir nesse primeiro momento de transição. Desejei muito estar aqui. Acabo passando para eles esse meu sentimento da oportunidade que estamos tendo dentro do Campeonato Brasileiro. E tendo a possibilidade de fazer algo diferente, estamos em duas frentes. Acredito que o Botafogo pode disputar em cima as duas competições na sua plenitude pelo nível de jogadores tenho aqui com relação a compromisso, entrega, dedicação e competição entre eles.
Você já adotou algumas metáforas que chamaram atenção nesse período à frente do Botafogo. A de comparar a bola a um porrete para falar do gosto pela posse é uma delas. Já falou misturar tudo em um liquidificador para tratar da coragem. Esse vocabulário peculiar foi pensado como uma maneira de chegar mais facilmente aos atletas?
Não, acho que sou assim. É o meu jeito de tratar os meus filhos, a minha família, os meus jogadores. Entendo que comunicação não é o que a gente fala, é o que o outro recebe. E a forma como o outro recebe. Não adianta eu falar uma coisa do meu jeito se o outro não está sendo bem-sucedido naquilo que quero passar de mensagem.
Tento ser o mais direto e objetivo. Se precisar falar palavrão, gíria ou dar uma porrada, eu não vou me furtar disso para ter o meu objetivo de comunicar o que eu quero atingido.
Você tem influência de treinadores ou familiares para fazer essas preleções inflamadas?
As experiências que eu tive enquanto auxiliar técnico de diversos treinadores com certeza contribuem para isso. Muitas vezes eu era a pessoa que estava do lado de fora olhando a relação do treinador com o jogador. Fui um privilegiado de, muito jovem, trabalhar com treinadores com características muito diferentes.
Essa oportunidade com certeza foi me construindo como um profissional de pensar "quero seguir esse caminho, esse caminho não". Muitas vezes eu vi jogadores não aderirem a um tipo de comunicação e aderir instantaneamente a outro tipo. E a gente vai jogando tudo isso para dentro da nossa mochila.
Hoje tento transferir isso para minha realidade com o objetivo de ser bem-sucedido da forma mais simples possível na comunicação com jogador.
Que tipo de comandos com metáforas e analogias você costuma usar no dia a dia com os jogadores?
O “valeu pela honestidade” é o seguinte: pedi para os jogadores, em qualquer situação de treinamento que há a possibilidade de machucar numa disputa, para que abram mão da disputa e não machuquem o companheiro. Peço para não darem carrinhos em treinamentos. Muitas vezes acontece isso nos treinos, numa bola disputada um deles tem essa leitura. Quando eu falo “valeu pela honestidade” é porque o cara não colocou em risco o companheiro dele, se preocupou. Tenho por hábito também fazer com que os jogadores sejam controladores do treino, não fico apitando, se bater na mão bateu, se a bola sair saiu.
O jogador que tem que fazer do ambiente de treino um local honesto, saudável. Com esse tipo de comando, quando o jogador acusa quando a bola saiu, por exemplo, é uma forma de eu valorizar a honestidade, criar um valor extremamente importante para o trabalho. Isso para mim é muito importante no processo da harmonia interna, gira uma bola de neve positiva, que a gente tira proveito na hora do jogo.
Esse ponto que eu tenho falado de tentar trazer a vantagem para o intervalo é algo que precisa ser valorizado e a gente precisa melhorar. Qualquer equipe que consegue jogar com vantagem vai ser bem-sucedida. Sempre uso esse termo de jogar com vantagem. Com relação à parte física, uma das metas que coloquei é que até o dia 12 de julho, um pouco antes do jogo contra o Cruzeiro, eles têm metas para mim, nada a ver com o preparador físico.
"Fiz uma analogia com relação à perda de gordura e ganho de massa muscular, que eles vão ter alguns potes de margarina para tirar da sacola e vão ter que ganhar algumas peças de picanha (risos). Essa é uma das coisas que tento utilizar para poder acessá-los e atingir nossos objetivos".
Você é um cara que costuma brincar com o elenco. Concorda que tem esse senso de humor para atingi-los?
Tenho. Sou um cara que levo muito bem minha vida, não abro mão de fazer as coisas porque estou treinador do Botafogo. Não é por isso que vou deixar de levar minha vida com ludicidade, alegria, de fazer as coisas que sempre fiz. A vida é mais do que trabalho, mais do que profissão. Procuro tratar bem as pessoas, brincar com os jogadores, que muitas vezes estão comigo mais tempo do que meus filhos. Tento levar a vida de uma maneira agradável e leve.
Eduardo Barroca diz que tenta levar a vida de forma leve e agradável — Foto: Emanuelle Ribeiro/GloboEsporte.com
Essa conexão do torcedor tem a ver com o futebol apresentado pelo Botafogo, fruto do seu trabalho. Que futebol você assistia quando garoto e o que você assiste hoje e que aplica em seu método de trabalho?
Eu gosto muito de assistir algo que mexa com minha emoção, não só futebol. Gosto de samba pra caramba, gosto de ver shows bons, coisas que mexem comigo. Assisti a Uruguai x Chile e, na hora em que o Cavani fez o gol, a forma como os jogadores comemoraram mexeu com minha emoção. Ver o respeito que os jogadores do Uruguai têm com o seu treinador. Gosto de assistir e viver algo que mexa com minha emoção, e tento levar minha vida dessa forma, passar isso para os meus jogadores, e tento fazer com que o torcedor do Botafogo se sinta com a emoção mexida vendo a equipe jogar.
A gente vai ganhar, empatar e perder, e o que me preocupa muito nesse processo é a forma. A gente precisa entregar uma forma em que a gente tenha respeito do torcedor e de todo o externo, mas que a gente consiga mexer com a emoção. É uma premissa básica da minha linha de pensar a vida.
Nesse período de Botafogo, quais jogos mexeram mais com sua emoção?
O primeiro jogo em casa, contra o Bahia, foi bastante especial. Por ter sido o primeiro jogo em casa, por ter sido uma vitória e por ter sido contra o Bahia, que é um clube pelo qual tenho um carinho muito especial, tenho uma história lá. Antes do jogo eu fui dar um abraço no Roger e me deparei com Paulo Paixão, um profissional que sempre foi uma referência para mim, com quem tive a oportunidade de trabalhar. Começou o hino nacional e cantei o hino ao lado do Paulo Paixão, pensei: “Estou dirigindo o Botafogo, novamente encontrando o Bahia, no Estádio Nilton Santos, onde aconteceu também meu primeiro jogo como treinador, pelo Bahia contra o Flamengo”. Aquilo está marcado na minha cabeça.
Um outro momento também especial foi o gol da vitória contra o CSA. Não sou muito de comemorar gol, não tenho esse hábito, mas quando vi tinham uns oito jogadores em cima de mim. Igor Cássio me deu um tapa na cabeça, que eu ainda vou pegá-lo. Foi extremamente legal depois no vestiário. O futebol nos proporciona esse tipo de sentimento, de emoção, que na beira do campo às vezes não nos permitimos estar envolvidos emocionalmente, eu pelo menos tenho essa preocupação, para estar com a cabeça serena para tomar decisões. Mas tem vezes que não tem como.
Você sempre é o primeiro a chegar e o último a sair nos treinamentos, costuma ficar no gramado após os jogos conversando e orientando reservas... É uma característica sua querer participar de tudo?
Sempre tive por característica ser um cara de muita entrega de tempo ao clube. Fui educado dessa forma, a sempre chegar muito cedo e ir embora muito tarde. Imagina tendo a oportunidade que sempre desejei, em um clube que eu gosto... Tenho trabalhado de 12 a 14 horas dentro do clube, porque a única coisa de que eu não posso me arrepender lá na frente é de ter tido essa oportunidade e não ter me entregado ao máximo. É a oportunidade da minha vida, trabalhei quase 20 anos para tê-la, estou tendo agora e preciso desfrutar com muita entrega, muito trabalho. Estou encarando dessa forma.
CAMPO E BOLA Quais suas impressões desse primeiro momento do seu trabalho?
Até agora são 11 jogos, nove de Campeonato Brasileiro e dois de Sul-Americana. Saio com a sensação de dever cumprido nesse primeiro momento porque a gente enfrentou uma sequência difícil, duas equipes que estão no G-6, uma que está no Z-4... Foi equilibrado, porque dos nove jogos do Campeonato Brasileiro que a gente fez, a gente pegou quatro equipes que estão entre as 10 primeiras e cinco que estão entre 11º e 20º. Então, acho que a gente passou de uma forma adequada nesse primeiro momento, tendo ciência de que a gente ainda tem uma série de coisas a se desenvolver quanto equipe e individualmente.
A gente inicia esse segundo ciclo no jogo contra o Cruzeiro até o jogo contra o Ceará, que é da 10ª rodada até a 19ª. No meio desse segundo ciclo, que vai durar dois meses e 21 dias (porque ele começou na segunda-feira agora dia 24 e vai até o dia 15 de setembro), a gente ainda tem a possibilidade de duas séries eliminatórias de Copa Sul-Americana. Uma com certeza, que são os jogos contra o Atlético-MG e, passando contra o Atlético-MG, a gente teria mais uma série nesse ciclo.
Então a gente teria um ciclo de em menos de três meses, 14 jogos.
Conversei bastante com os jogadores que a gente passou por esse primeiro ciclo com um aproveitamento de quase 56%. A gente tem uma margem de melhora em uma série de pontos em que a gente tem que aproveitar esse tempo que estamos tendo para treinar, desenvolver e ajustar uma série de coisas na nossa equipe para que a gente passe por esse segundo ciclo ainda uma tentativa de crescimento maior ainda em termos de performance e em termos de resultado.
Eduardo Barroca dividiu a temporada do Botafogo em quatro ciclos — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com
A resposta rápida dos jogadores lhe surpreendeu?
Não me surpreendeu. Me perguntaram recentemente qual tinha sido a minha maior colaboração nesse primeiro momento, e eu não tenho a menor dúvida que foi acreditar em aquilo tudo que eu tenho dentro do Botafogo. Eu sou um cara que acredito muito no Botafogo. Acredito nos jovens, na instituição e nos jogadores referências que temos. Talvez esse meu sentimento tenha irradiado para os jogadores e fez com que eles acreditassem também naquilo que a gente podia fazer dentro da temporada a partir daquele momento.
Continuo acreditando muito e entendo que a gente tem forças daqui de dentro para fazer ajustes naquilo que não andou tão bem e conseguir o crescimento para que a gente leve a nossa temporada com os objetivos alcançados.
Botafogo ainda não empatou, são sete vitórias e quatro derrotas. Isso mostra que o time precisa de equilíbrio, de saber que o empate pode ser interessante em jogos difíceis?
"Acho que essa mensagem que venho passando desde o início pode ter influenciado nisso. Das quatro derrotas que tivemos, duas delas, principalmente Goiás e Grêmio, são jogos que poderíamos ter empatado se tivéssemos uma atitude conservadora".
Mas eu confesso que eu não trocaria esses dois empates pela vitória que tivemos contra o CSA ou pela vitória contra o Fortaleza em um jogo muito difícil.
Eu acabo tendo uma responsabilidade em cima desses pontos que você falou, porque, além do meu discurso, eu tenho tido escolhas durante os jogos sempre com a cabeça de ganhar.
Entendo que esse equilíbrio que você falou em ganhar um ponto em jogos que a gente acabou perdendo é maturação da nossa equipe. Com o tempo e experiências, vamos ajustando isso e crescendo para que essas lições sejam tiradas. Que a gente consiga transformar em resultados esses pequenos detalhes.
Mas não cravo para você que, se eu pudesse voltar atrás, faria algo diferente não. Acho que esse encorajamento que tenho tentado passar aos jogadores tem feito com que a gente cresça em diversas áreas das quais acho que vamos tirar um proveito muito grande na frente.
Você acha possível fazer um ano inteiro bom com o Botafogo diante da impossibilidade de o clube fazer altos investimentos?
Eu entendo que para se atingir os resultados na temporada o triângulo vital precisa estar bem equilibrado, que é o trabalho da comissão técnica alinhado com os objetivos e o trabalho conjunto da direção. E alinhado com a capacidade de transformar isso em resultados, que é a função dos jogadores.
Entendo que se esse triângulo de comissão técnica, jogadores e direção estiver alinhado, o Botafogo consegue buscar os objetivos na competição.
Fazendo uma analogia um pouco para trás, ganhamos Taça Guanabara, Taça Rio, Carioca e Brasileiro sub-20. Num contexto um pouco diferente, mas também com as mesmas diferenças de investimento.
O Botafogo tem um profissional que lidera o processo da gestão que é o Anderson Barros, em quem todo mundo confia e se identifica. Ele é uma pessoa que lidera de uma forma que todo mundo acredita.
Eduardo Barroca — Foto: André Durão
Coerência nas escolhas e separação do elenco em grupos
A gente, enquanto comissão técnica, tem se dedicado muito para ofertar aos jogadores o processo das escolhas em cima de coerência e critério. Fazer com que o trabalho fale pela nossa boca. Deixar tudo muito claro para que as competições entre os jogadores estejam sempre abertas. Eu acredito demais nos jogadores. Têm jovens jogadores que trabalharam aqui comigo e que eu sei exatamente o que podem dar e no que podem se desenvolver mais.
Têm jogadores aqui eu eu chamaria de base matriz. São jogadores que já estão há algum tempo no clube e que têm uma identificação com a torcida, têm uma liderança. Dão resultado dentro de campo e ajudam pra caramba fora. São a locomotiva do time. A gente tem também os jogadores que eu chamaria de base técnica. São os que vêm com experiência e objetivos de dar o retorno técnico a curto prazo.
Acho que a gente conseguindo uma harmonia nesses três pontos entre os jovens, a base matriz e a base técnica alinhados à direção do clube e ao trabalho da comissão técnica, acho que a gente tem toda a possibilidade de se desenvolver no ano e fazer uma boa temporada.
Se você pudesse pedir à diretoria um jogador para determinada posição, qual seria sua prioridade hoje?
Minha prioridade hoje no Botafogo é ter excelência no trabalho interno, ter a melhor qualidade de trabalho possível. Dar as melhores condições aos jogadores, ter as melhores condições estruturais, ter a plenitude de excelência no desenvolvimento do trabalho, porque eu acredito muito em tudo o que tenho aqui dentro. Entendo que se a gente tiver essa plenitude, tiver uma conexão com o torcedor, conseguir conquistar o torcedor do Botafogo para que ele esteja próximo como tem sido até agora... Nossos resultados em casa são satisfatórios, porque existe uma conexão, o torcedor está jogando junto, está vendo que os jogadores estão se esforçando, e o clube também para dar as melhores condições. Meu foco hoje é 100% em plenitude interna.
Qual são os principais ajustes a serem feitos nesse segundo momento do seu trabalho?
Pensando em parte física, eu divido em duas: a individual do jogador, ou seja aquele cara que está com 13% de gordura e que precisa individualmente chegar a 11,5% antes do jogo com o Cruzeiro. Ou o jogador que precisa aumentar a massa magra dele. Isso é quantitativo. Ou o cara chega ou não chega.
Tem o segundo ponto que é o desenvolvimento físico coletivo. É a capacidade de transformar essa melhora individual em ganho coletivo.
"E uma coisa em lado físico que acho que a gente precisa se desenvolver nesse segundo ciclo é trazer a vantagem para o intervalo e fazer primeiros tempos mais fortes fisicamente. Porque quando o Botafogo bota vantagem nessa minha experiência com eles, a gente ganha os jogos. Não sofremos viradas ainda. Dos 11 jogos, a gente virou dois jogos. Contra o Bahia e contra o CSA".
Isso para mim é um indicativo de que a gente precisa começar os jogos cada vez mais fortes. Isso tem a ver com o lado físico também.
Ajustes a serem feitos taticamente divididos em quatro quesitos
Do lado tático, dividi em quatro partes. A primeira é organizar a nossa pressão e fazê-la por mais tempo. A pressão mais agressiva vai fazer com que a gente tenha a bola mais tempo.
O segundo ponto é a compactação. Não adianta pressionar sem estar compactado, porque a gente acaba ficando exposto. Esse é um dos pontos positivos do Botafogo nesse primeiro ciclo. É não abrir as costas, tomamos muito poucos gols, isso é um mérito muito de individualidade dos jogadores.
O terceiro ponto é desenvolver nossa construção com mais lógica. Muito se falou da quantidade de posse que o Botafogo teve paralelamente à quantidade de chances criadas. É a gente conseguir ter a bola e transformar o controle em chances de gols.
E o quarto e principal ponto é o desenvolvimento desse terço final. Fazer com que essa construção se torne efetiva com chutes de fora da área, com mais cruzamentos, mais bolas paradas ofensivas e com mais infiltrações, que são os quatro pontos que a gente tem para fazer gol. Tudo que se fala em gol passa por esses quatro pontos.
Dentro dessa preparação, vou dar ênfase grande a isso, porque entendo que se a gente der um salto de qualidade nesse processo de definição, de terço final, a gente vai conseguir transformar isso em resultado.
Quanto é o seu percentual e quanto é do jogador para desenvolver essa melhora?
Aqui no Botafogo estou tendo 100% de aderência aos estímulos. Lógico que parte disso é individualidade do jogador, de transferir o treino para a hora do jogo. Mas tenho por hábito não discutir muito o que não controlo. O que controlo, que é a minha capacidade de dar opções aos jogadores e que é uma responsabilidade minha, eu preciso trabalhar na plenitude e vou canalizar toda minha energia para dar as melhores opções coletivas para que ele tenha claro na sua cabeça e consiga tomar decisões.
Tenho por hábito de esgotar tudo que é responsabilidade, mas não conseguiria te responder em percentual o quanto seria minha e quanto seria individualidade do jogador, mas o torcedor do Botafogo pode ter certeza que vou esgotar tudo que é responsabilidade minha.
Barroca diz que, a princípio, Botafogo mira G-4 do Brasileirão — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com
O Botafogo luta pelo que no Brasileirão?
A gente fecha esse primeiro ciclo a um ponto do G-4, com cinco pontos de vantagem para o Atlético-PR, que é o primeiro classificado para a Sul-Americana, e com uma distância de sete pontos para a Chapecoense, que é a primeira do Z-4. Abro esse segundo ciclo desafiando os jogadores para que estejamos mais próximos e brigando ainda mais pelo G-4 num primeiro momento, tendo a possibilidade de aumentar a distância para o primeiro classificado para a Sul-Americana e, além dessa distância de pontos, tendo mais equipes ainda entre onde a gente estará e o 12º colocado.
A mesma lógica para o Z-4, tendo uma distância ainda maior. Combinamos que vamos viver ciclo a ciclo. No meio disso, teremos dois jogos eliminatórios na Copa Sul-Americana. O Botafogo nos últimos tempos, por tradição, tem dado um valor muito grande a essas competições, e minha cabeça está alinhada com isso. A gente precisa fazer dois grandes jogos contra o Atlético-MG, uma equipe que está envolvida em três competições. Precisamos nos dedicar muito para ter a possibilidade de ir passando nesses jogos eliminatórios, trazer o torcedor para mais perto ainda e fechar esse ciclo tendo a clareza de por onde vamos seguir na parte final da nossa temporada.
SONHOS DE GAROTO, CONVICÇÃO DE SER TÉCNICO AOS 17 ANOS, REFERÊNCIAS E GOSTO POR LIVROS RELACIONADOS AO FUTEBOL
No Twitter, postaram um drible que você dá em um companheiro de comissão técnica da Seleção em que mostra grande habilidade. Você nunca tentou ser jogador?
Como garoto eu sempre sonhei, mas tive claramente a certeza de que meu caminho não seria esse. Fui um privilegiado de muito jovem ter a certeza daquilo que eu queria. Já entrei na universidade sabendo que eu queria ser treinador de futebol. Fiz meu primeiro curso de treinador com 17 anos, por aí segui e fiz minha formação. Estou bastante feliz com essa caminhada. Pavimentei esse caminho trabalhando em clubes menores, clubes maiores, em base e em profissional, fui auxiliar de treinadores, acompanhei treinadores em clubes e fui auxiliar fixo, passei em seleções de base. Tenho um orgulho muito grande de como pavimentei meu caminho para chegar até aqui, para que eu tenha segurança para cada vez mais desenvolver o trabalho da forma como acredito.
Aos 17 anos eu fiz o curso do Sindicato de Treinadores de Futebol e também entrei na universidade. Já no meu primeiro período me tornei técnico do time da UFRJ, comecei a fazer estágio em clubes, minha vida profissional começou ali. Meu foco sempre foi o lado profissional mesmo.
Você disse em entrevistas anteriores que seu desejo é formar protagonistas e não jogadores reativos. Que tipo de protagonista você vê no futebol?
Quando falo em formar protagonistas, falo em formar jogadores que tenham prazer em jogar futebol. Nessa minha caminhada de base, muitas vezes vi jogadores sendo formados para ganhar jogos, cumprir funções. Na minha cabeça, não consigo ver um talento tolhido em nada. Um cara que tem talento precisa ter da referência maior confiança e estímulo para que ele possa desenvolver aquilo no que ele é bom.
Passaram pelas minhas mãos, por exemplo, muitos jogadores com talento de drible e, na minha cabeça, sempre tive que eu nunca poderia, com base no lado coletivo, tolhir o que esses caras tinham de bom. Penso a vida dessa forma. Se eu tenho numa banda um grande cara na harmonia, eu preciso valorizar o que esse cara tem de bom e criar um ambiente coletivo para que o potencial desse cara sobressaia. Na minha vida esportiva, vi muito jogador talentoso fazer diferença, ganhar jogo sozinho. Lembro que em 2002 ou 2003 eu acho, trabalhava no Madureira e vi o Renato Augusto ganhar um jogo sozinho. Flamengo e Madureira, 4 a 3 para o Flamengo, com quatro gols do Renato Augusto.
O talento dele fez o Flamengo ganhar aquele jogo. Isso me chama muita atenção, e entendo que um treinador não pode perder isso de um jogador. Ele precisa potencializar isso. Fazendo um paralelo para a minha realidade de hoje, na base temos mais controle sobre o jogador, sobre aquilo que queremos, porque falamos e o jogador faz. No futebol profissional, muitas vezes o jogador já tem as características enraizadas e, como treinador, preciso entender que às vezes ele não vai me dar coletivamente 100% do que eu quero, mas ele tem uma característica individual que eu preciso ter prazer em vê-lo usar. Isso é uma arte, abrir mão do coletivo para que o jogador se desenvolva individualmente e entregue outras coisas. Sou muito atento a isso.
Você trabalhou com vários treinadores, tem referências, há algum que tenha te influenciado mais?
Como tive a oportunidade de trabalhar com treinadores muito diferentes, acabo usando um pouco de cada um deles. Várias vezes me pego dando um tipo de comando que eu peguei de alguém lá atrás. Há pouco tempo, pedi em um treinamento que os jogadores não dessem carrinho, para minimizar as chances de lesão em treinos, porque entendo que o Botafogo não pode se permitir isso. Uma ação que vi um dos treinadores com quem trabalhei fazer.
Um comando que eu uso, que é o “bola no pé, bola no pé!”, foi de um outro treinador. O que eu tento realizar antes de cada treinamento é juntar os jogadores e falar aquilo o que eu vou querer deles na atividade... Se eu for rememorar, uso muitas coisas que eu aprendi com esses treinadores com quem tive a oportunidade de trabalhar.
Você tem o hábito de ler livros de outros treinadores? Se interessa por esse tipo de literatura?
Pra caramba. Na universidade, eu li um livro que foi bastante inspirador pra mim: Felipão, a alma do penta. Um livro em que o Felipão fala como ele desenvolveu a lógica do pentacampeonato, e eu tenho bastante interesse por esse tipo de livro, porque dá para fazer uma conexão muito clara com minha realidade. Falo muito aos alunos nas aulas que dou na CBF: “Quem está aqui com interesse em ter aprovação na minha matéria, fique tranquilo pois já estão todos aprovados”.
O que vai fazer o cara ser um bom treinador é a capacidade de transferir algumas coisas daquela aula para a prática. Ali tenho alunos que são técnicos do sub-17, tenho outros que são técnicos de profissional, uns que não estão trabalhando. Realidades diferentes. Então, o profissional que conseguir transferir a aula para a realidade dele... Se eu perguntar para vocês qual a fórmula da equação de segundo grau, provavelmente não vão lembrar. Eu também não lembro, porque estudei aquilo para fazer vestibular, mas não tem transferência nenhuma para a minha realidade hoje.
Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro, Fábio Juppa e Fred Gomes — Rio de Janeiro
O Paraguai não venceu ninguém na Copa América (foram dois empates e uma derrota), o que não impediu o goleiro Gatito Fernández de ser escolhido o melhor jogador das três partidas da seleção na Copa América.
O botafoguense foi importante nos empates contra o Catar e a Argentina e teve atuação destacada até na derrota para a Colômbia.
Gatito no jogo contra a Colômbia — Foto: Thiago Bernardes/CA2019
Com 31 anos, o goleiro teve sondagens de rivais no fim da última temporada – o Flamengo, entre eles –, mas não deixou o Botafogo, com quem tem contrato até o final de 2021. A Copa América pode ser a vitrine para buscar alguma oportunidade fora do Brasil.
O Paraguai se classificou para as quartas de final com apenas dois pontos e na quinta enfrenta o Brasil, em Porto Alegre, às 21h30 (de Brasília).
Lista GE: cinco jogadores da Copa América que podem deixar o Brasil após o torneio! Competição sul-americana é vitrine para atletas que buscam chance no exterior...
Preparador fala em desejo de trabalhar com Jefferson, elogia Diego Cavalieri e diz que torcerá por boa atuação de Gatito, pelo Paraguai, mas também por vitória do Brasil
Preparador de goleiros do Botafogo, Flavio Tênius concedeu coletiva nesta quinta — Foto: Fred Gomes
O experiente preparador de goleiros do Botafogo, Flavio Tênius, comemora uma marca especial em 2019: este é o 20º Campeonato Brasileiro em que o profissional atua. Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, Flavio falou sobre a relação com os arqueiros alvinegros e destacou o envolvimento com o clube da estrela solitária.
"Passei quase a minha juventude toda no bairro de Botafogo. Quase todos da minha família eram botafoguenses. O Botafogo sempre foi muito forte na minha criação".
- Comecei no Bonsucesso e depois passei três anos no Botafogo. Depois vim trabalhar e estou aqui desde 2010, com uma breve saída em 2015. Estou trabalhando no lugar certo. Me dou muito bem com o clube, as pessoas aqui, os companheiros de trabalho. Tenho prazer em vir trabalhar. Tem a cobrança também, o que faz parte de qualquer grande clube. O Botafogo faz parte da minha vida - completou o preparador de goleiros.
Flavio revelou que tem conversado diariamente com Gatito Fernández nesse período em que o jogador defende a seleção paraguaia. Nesta quinta, o goleiro enfrentará o Brasil. O preparador disse esperar que o amigo faça boa partida, mas torcerá pela seleção brasileira.
Tenho falado com Gatito quase que diariamente desde que se apresentou à seleção paraguaia. A relação do preparador com os goleiros é mais forte. Trabalhamos com poucos jogadores, a relação é mais próxima, mais íntima. Passo muito tempo com eles. A gente tem trocado ideias. Sou brasileiro, vou torcer pelo Brasil, quero que a Seleção vença, pois precisamos ganhar títulos e voltar ao cenário. Mas torço para que Gatito faça mais uma bela partida, faça seu melhor.
Outras declarações de Flavio Tênius:
20º Campeonato Brasileiro como preparador de goleiros
- Esse é meu vigésimo campeonato da Série A. Número expressivo. Me sinto muito motivado, gosto do que faço. Tive a oportunidade de trabalhar em grandes clubes. Estou no futebol há muitos anos, como treinador de goleiros já são 26. Tenho um curso de gestão também, quero continuar no futebol. Acho que tudo isso pode me ajudar num terceiro momento. Tenho vontade de continuar em outra área e, quando eu achar que deu como preparador, tenho me preparado para isso".
Diego Cavalieri
- Foi uma surpresa o nome de Cavalieri. A gente precisava de um novo goleiro e, quando surgiu o nome dele, todos aprovamos de imediato. Uma oportunidade especial. Ele foi quase que o responsável pelo título brasileiro do Fluminense de 2012 para mim. O que ele fez eu vi poucos goleiros fazerem. Passei a reparar mais nele depois disso. Ele sabia que chegaria para ser o segundo goleiro, não se importou, acreditou na oportunidade que o Botafogo estava oferecendo. É incrível, com a experiência e tempo de futebol, ele se mantém muito motivado, sempre quer treinar mais. Ele ajuda muito fora de campo também, com sua experiência aconselha os mais jovens.
Noite de homenagens no Conselho Deliberativo:
- A homenagem à minha esposa já estava marcada e, dois dias antes, Jefferson me ligou dizendo que seria homenageado e fazia questão que eu estivesse lá para entregar o título. Foi muito legal, lados familiar e profissional juntos. Minha esposa começou cedo no Botafogo e ganhou tudo que disputou. Depois jogou na Itália, seleção brasileira, foi campeã internacional, uma carreira muito legal. Conheci Jefferson no Cruzeiro, onde teve a oportunidade de jogar pelo profissional com 17 anos. O reencontrei dez anos depois, teve a chance de ser convocado para a Seleção e fez uma história linda pelo Botafogo. Foi uma noite muito bacana. Acompanhei minha esposa e fui padrinho do Jefferson.
Possibilidade de trabalhar com Jefferson
- Tenho essa vontade (de trabalhar com Jefferson) e tenho me preparado para isso. Ele nunca tinha me mostrado esse desejo. Abriu a cafeteria dele lá (interior de São Paulo). Até hoje não me trouxe uma latinha de café (risos). Ele fala que o café é bom, mas não manda para eu experimentar. Com a experiência que ele tem como jogador, acho importante se preparar para assumir uma função. Com a ligação que temos com o clube, seria legal trabalharmos juntos. Quem sabe?
Grandes goleiros alvinegros nos últimos anos
- Não tenho dúvidas que a qualidade do jogador é fundamental. A gente sempre teve grandes goleiros. O que vem depois ajuda também, mas com o trabalho e dedicação deles a gente tem conseguido bons resultados.
Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro e Fred Gomes — Rio de Janeiro
Departamento de futebol espera entrar em contato com representantes do chileno de 28 anos para resolver impasse
Depois de sofrer no primeiro semestre com dores no músculo solear da panturrilha esquerda, Leo Valencia está livre de lesões e não apresenta limitações. O chileno, porém, ainda não treinou junto aos companheiros desde que o Botafogo voltou aos trabalhos após a folga dada ao elenco em virtude da Copa América.
De acordo com o departamento de futebol do Alvinegro, Valencia quer sair e pediu para trabalhar "indoor" (na academia) até resolva sua situação juntamente com seus representantes.
O GloboEsporte.com entrou em contato com os agentes que cuidam da carreira do meia. Um deles respondeu que não tem conhecimento do pedido de Valencia. E, a respeito da vontade do chileno de deixar o clube, o agente reiterou que seu cliente ainda tem mais um ano de contrato com o Botafogo.
*O contrato de Valencia vence em julho de 2019, mas cláusula o renovará automaticamente por mais um ano.
O Botafogo espera um contato dos representantes de Valencia para tentar uma solução, já que estes ainda não apresentaram ofertas para possíveis negociações.
Depois de ser muito utilizado em 2018, Valencia atuou apenas nove vezes na atual temporada, cinco como titular. Esteve em campo por 468 minutos, o que corresponde a 18% dos cerca de 2.600 jogadores pelo Botafogo.
Se Valencia deseja sair, como sustenta o Botafogo, o clube não se opõe, mas espera uma proposta interessante para dar fim à relação profissional entre as partes. O jogador tem 73 jogos como alvinegro, cinco gols marcados e um título estadual, conquistado em 2018.
No caminho da Seleção: Gatito é um dos goleiros com mais defesas difíceis na Copa América
Gatito é um dos trunfos do Paraguai (Foto: DOUGLAS MAGNO / AFP)
A Seleção Brasileira terá pela frente um velho conhecido como adversário nesta quinta-feira: Gatito Fernandez. Revelado pelo Cerro Porteño, o goleiro paraguaio atua no futebol brasileiro desde 2014, quando passou a defender as cores do Vitória, da Bahia. O arqueiro passou ainda pelo Figueirense, antes de chegar ao Botafogo, sua atual equipe.
Convocado para a seleção do seu país desde as categorias de base, Gatito é uma das esperanças do Paraguai para o duelo válido pelas quartas de final da Copa América. E não é por menos. O camisa 12 é o segundo goleiro com mais defesas difíceis, tendo realizado quatro intervenções neste nível, de acordo com dados do Footstats. Apenas Wuilker Fariñez, da Venezuela, trabalhou mais vezes, realizando seis bloqueios considerados mais complicados.
Com 11 jogos pelo Paraguai no currículo, esta será a primeira vez que o goleiro enfrentará o Brasil.
GOLEIROS COM MAIS DEFESAS DIFÍCEIS NA COPA AMÉRICA
Clube alvinegro receberá cerca de R$ 2,5 milhões na transação; jogador deve viajar neste fim de semana para se juntar ao grupo principal do Al-Nars, com quem assinará por três anos
O Botafogo acertou, nesta terça-feira, a venda de 70% dos direitos econômicos do zagueiro Glauber, do sub-20, ao Al-Nars, dos Emirados Árabes. O clube receberá cerca de R$ 2,5 milhões na transação.
As conversas estavam adiantadas desde a última semana, mas a parte burocrática foi concluída nesta terça. O Botafogo terá direito a 30% em qualquer operação futura envolvendo o jogador de 19 anos.
Glauber foi vendido a clube dos Emirados Árabes — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo
Glauber deve viajar neste fim de semana para se juntar ao grupo principal do time de Dubai. Ele assinará contrato de três anos com o Al-Nars. O valor recebido na negociação será usado pelo Botafogo para pagar salários atrasados. Ainda nesta terça, o clube quitou os vencimentos de maio com os funcionários.
O zagueiro não chegou a ser integrado. Ainda como jogador do sub-20, Glauber participava com frequência dos treinamentos com os profissionais e até foi relacionado para alguns jogos na temporada, mas não teve oportunidades no time principal do Botafogo.
Representantes do jogador de 24 anos acertam detalhes finais com o clube, e acordo é por um ano de contrato
Biro Biro está próximo de ser anunciado como novo reforço do Botafogo. Seus representantes e o clube estão definindo detalhes finais para oficializar o acerto.
O atacante assinará a rescisão de contrato com o São Paulo, clube que o contratou em janeiro e pelo qual fez apenas duas partidas.
Biro Biro — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net
Botafogo e os representantes do atleta discutem o tempo de contrato, mas a expectativa é de que o vínculo tenha duração até 30 de junho de 2020.
Espera-se que Biro Biro faça exames ainda nesta quarta-feira. Caso seja aprovado, assina contrato, e o clube o anuncia como nono reforço para a temporada 2019.
Clube e jogador têm interesse na saída do meia, que já manifestou o desejo de retornar ao Chile; falta de propostas interessantes trava as negociações
Leonardo Valencia não foi a campo na tarde desta segunda-feira, quando o restante do elenco do Botafogo voltou às atividades no Nilton Santos. O chileno fez trabalho apenas na academia. Cena comum em muitos treinamentos da atual temporada. Com o desejo manifestado de sair e à espera de propostas, o meia viu sua participação em jogos cair drasticamente em 2019.
Se em 2018, até esse mesmo período, Valencia havia disputado 29 dos 32 jogos do Botafogo, neste ano o chileno participou apenas de nove das 28 partidas.
Valencia tem apenas nove jogos em 2019 — Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo.
Em 2019, atuou por apenas 468 minutos, o que corresponde a 18% dos cerca de 2.600 jogados pela equipe na temporada.
Um dos obstáculos do jogador de 28 anos foi uma lesão de grau 2 no músculo solear da panturrilha esquerda. Valencia se machucou no dia 14 de janeiro, ainda durante a pré-temporada alvinegra, e a estreia só ocorreu no dia 20 de fevereiro, contra o Defensa y Justicia, pela Sul-Americana - entrou na segunda etapa.
Nos jogos seguintes, ganhou a confiança de Zé Ricardo e foi titular contra Vasco, Cuiabá e Volta Redonda. Dores musculares voltaram a incomodá-lo, e ele só seria novamente utilizado quase dois meses depois, já com Eduardo Barroca.
Com o novo comandante alvinegro, Leo Valencia esteve em campo em cinco oportunidades, sendo apenas duas como titular. Não completou os 90 minutos em nenhuma delas.
O último jogo de Valencia pelo Botafogo foi na derrota por 1 a 0 para o Palmeiras, no dia 25 de maio, quando substituiu Gustavo Ferrareis no intervalo. O meia não foi relacionado para as duas últimas partidas, contra CSA e Grêmio.
Depois de alguns dias de folga, Valencia voltou a treinar no Nilton Santos na última semana, mas o chileno ainda não foi visto em campo nas atividades abertas à imprensa. O clube não informa nenhum problema físico relacionado ao meia.
Desejo de sair
Tanto Botafogo quanto Valencia têm interesse no rompimento do vínculo. O meia já manifestou o desejo de retornar ao Chile, mas a falta de propostas interessantes trava as negociações. Seu contrato com o Alvinegro vai até de julho de 2019, com cláusula de renovação automática até julho de 2020.
Médico do clube Ricardo Bastos e lateral falam à imprensa sobre problema que o levou à internação e o afastou dos trabalhos por mais de três semanas
O lateral Jonathan foi liberado para voltar às atividades com o elenco do Botafogo e está treinando desde a última quinta-feira, porém, ainda fazendo um trabalho mais leve que o restante do grupo. O jogador sofreu com uma infecção que acometia os dois rins. Ricardo Bastos, médico do clube, explicou a situação do jogador de 21 anos.
- Na véspera do jogo com o Vasco, ele apresentou febre e dor abdominal no hotel. Acordou melhor, mas teve uma piora na dor no caminho para o estádio. Decidimos encaminhá-lo para um hospital particular. Foi diagnosticada uma infeção que acometia os dois rins. Optamos pela internação, ele permaneceu no hospital por sete dias. Quando teve alta, já sem sinais de infecção, ele permaneceu por 10 dias com antibiótico em casa e acompanhamento de um urologista.
Jonathan e médico Ricardo Bastos em coletiva do Botafogo — Foto: Emanuelle Ribeiro
Jonathan entrou em campo 15 vezes na temporada, em todas como titular. Após voltar ao dia a dia do grupo botafoguense, o jogador se mostrou aliviado do susto. Ele também falou sobre a disputa pela posição com Gilson, que vinha sendo o titular na lateral esquerda.
- Chega de susto já. Deixa para os outros (risos). Fiquei parado, muito ruim. Aproveito para agradecer a Clínica São Vicente pelo tratamento. Respeito bastante o Gilson, bom jogador. Barroca vai optar sempre pelo melhor. Sigo tranquilo, com a cabeça boa para continuar trabalhando e buscar meu espaço - disse o jovem jogador.
Durante a entrevista coletiva de Jonathan, o treinador Eduardo Barroca, bem humorado, apareceu na sala de imprensa e brincou com o lateral:
O Botafogo soma 15 pontos na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro e enfrentará o Atlético-MG nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. O jogador falou sobre o ambiente no estádio Nilton Santos e sobre a sequência da temporada.
- Um clima bom, todo mundo com a cabeça boa. Barroca sempre conversa, passa o que está certo e o que está errado. Estou disposto a ouvir. Assim as coisas vão acontecendo. A gente tem que trabalhar forte, o jogo contra o Atlético-MG vai ser difícil. A gente confia no elenco e no treinador. Acredito que faremos bons jogos - finalizou Jonathan.
Clube carioca está de olho no jogador, fora da reapresentação do grupo tricolor em Cotia
Biro Biro está de saída do São Paulo. Fora dos planos do Tricolor, o atacante não está com o grupo na reapresentação desta segunda-feira, no CT da base, em Cotia.
O clube do Morumbi conversa com o atleta para definir sua saída, possivelmente por meio de uma rescisão ou com um empréstimo. Fora dos planos do São Paulo, Biro Biro está na mira do Botafogo.
O clube carioca se interessou pelo jogador de 24 anos e busca novas opções para as beiradas. Por enquanto, Erik, titular absoluto, e Luiz Fernando e Rodrigo Pimpão são os pontas mais utilizados no Botafogo. O Alvinegro confirma que o nome do atacante, ex-Fluminense, está em pauta.
O GloboEsporte.com apurou que existem conversas em estágio avançado para que Biro Biro vire o nono reforço do Botafogo para a temporada de 2019.
Biro Biro está de saída do São Paulo — Foto: Eduardo Rodrigues
Contratado no fim de 2018, Biro Biro fez no total dois jogos no São Paulo. Seu vínculo vale até dezembro de 2022.
Ex-Shanghai Shenxin, da China, Biro Biro nunca se firmou no São Paulo. Ele sofreu com lesões e um problema de gastrite nervosa durante a passagem pelo clube. Ao todo ele atuou por 49 minutos durante seis meses.
Fonte: GE/Por Fred Gomes e Marcelo Hazan — Rio de Janeiro e São Paulo
Técnico repetiu mesmo meio de campo em três oportunidades; com volta de Gustavo Bochecha, comandante tem opção a fazer e usará pausa para definir melhor formação
Após 11 jogos no comando do Botafogo, uma das incertezas de Eduardo Barroca parece ser o meio de campo. Até aqui, o técnico tem variado as formações e repetiu a mesma escalação em três oportunidades: o trio Bochecha-Cícero-João Paulo foi usado três vezes, enquanto Alex Santana-Cícero-João Paulo e Alex Santana-Cícero-João Paulo-Valencia foram opções em duas partidas cada.
Lesões
Um dos motivos das variações na escalação são as lesões dos jogadores de meio. Alex Santana e Bochecha ficaram fora de alguns jogos e dificultaram a vida do treinador num momento em que Barroca aperfeiçoava o jogo do Botafogo.
O prata da casa, por exemplo, desfalcou o Alvinegro nas últimas duas partidas devido a um trauma no tornozelo esquerdo.
Ainda com dores no local, Bochecha faz fisioterapia e outros tratamentos, mas já voltou a treinar com o restante do grupo no Nilton Santos.
Bochecha, de verde à esquerda, voltou a treinar com o elenco na última quarta — Foto: Reprodução/Twitter do Botafogo
Com seu retorno, Barroca aproveitará a pausa para sanar a dúvida: Bochecha ou Alex Santana? O técnico pode também optar por ambos juntos, como já fez em dois jogos.
Variação do esquema
O 4-3-3 foi o estilo preferido de Barroca, mas o técnico também variou o esquema tático e, em quatro jogos, optou por montar o meio com quatro jogadores com Valencia mais avançado. Com essa formação, o time teve três derrotas e apenas uma vitória.
Botafogo 0x2 São Paulo: Bochecha (Ferrareis), Wenderson (Luiz Fernando), João Paulo (Valencia) e Cícero
Goiás 1x0 Botafogo: Bochecha, Alex Santana (Luiz Fernando), Cícero e João Paulo (Pimpão)
Sol de América 0x1 Botafogo: Alex Santana, Cícero (Luiz Fernando), João Paulo (Bochecha) e Valencia (Jean)
Botafogo 0x1 Palmeiras: Cícero, Alex Santana, João Paulo (Yuri) e Valencia (Ferrareis)
Busca por meia criativo
Na busca por deixar o time mais criativo, o técnico chegou a utilizar Leo Valencia em cinco confrontos (dois deles como titular), mas não funcionou. O chileno é o único meia com características de armador atualmente no elenco.
Como solução, Barroca tem utilizado João Paulo como camisa 10, mas o meio-campista ainda não se encontrou como o cara pensante da equipe. O jogador não recuperou completamente o ritmo após oito meses parado na temporada anterior.
Até por isso, o Botafogo está no mercado em busca de um armador. O clube entende que essa é a principal deficiência do elenco e, recentemente, sondou a situação de Marlone, do Goiás, junto ao empresário do meia, que atuou ao lado de Diego Souza no Sport.
Uma certeza
Por enquanto, a única certeza no meio-campo do Botafogo tem sido Cícero. O veterano participou de todas as 11 partidas com Barroca e foi muito elogiado pelo treinador.
- Tenho gostado muito do Cícero, tem experiência, a bola bate no pé dele e não queima, sai coisa boa do pé dele. Jogador de estatura, cabeceia bem. Um jogador que chega à essa altura da vida profissional com o desejo de bater seus recordes. Não fica fora de treino, os números físicos dele em jogo são bons - observou Barroca.
Cícero foi titular em todos os 11 jogos de Barroca; o meia tem quatro gols pelo Botafogo — Foto: André Durão
Para aumentar a dúvida
Pouco antes da pausa para a Copa América, Barroca ganhou mais uma opção para o meio de campo do Botafogo. Recuperado de lesão na coxa direita, Alan Santos entrou bem contra o Vasco, pela sétima rodada, para confundir um pouco mais o treinador.
Elogiado pelo comandante, o volante tem se dedicado aos treinamentos para ganhar novas oportunidades com Barroca.
- Estou vivendo meu melhor momento físico desde que cheguei, estou bem confiante na minha parte física. Minha parte técnica com certeza vai sair com o ritmo de jogo. Estou à disposição para quando o Barroca precisar e por quanto tempo necessitar - disse Alan em papo com o GloboEsporte.com.
O meio-campo do Botafogo nos 11 jogos com Barroca
Botafogo 0x2 São Paulo: Bochecha (Ferrareis), Wenderson (Luiz Fernando), João Paulo (Valencia) e Cícero
Botafogo 3x2 Bahia: Bochecha, João Paulo e Cícero (Luiz Fernando) - Alex Santana e Valencia entraram nas vagas de Erik e Pimpão, respectivamente
Botafogo 1x0 Fortaleza: Bochecha (Alex Santana), João Paulo e Cícero
Fluminense 0x1 Botafogo: Bochecha, Alex Santana (Rickson) e Cícero - Valencia substituiu Erik
Goiás 1x0 Botafogo: Bochecha, Alex Santana (Luiz Fernando), Cícero e João Paulo (Pimpão)
Sol de América 0x1 Botafogo: Alex Santana, Cícero (Luiz Fernando), João Paulo (Bochecha) e Valencia (Jean)
Botafogo 0x1 Palmeiras: Cícero, Alex Santana, João Paulo (Yuri) e Valencia (Ferrareis) Botafogo 4x0 Sol de América: Cícero, Alex Santana (Bochecha) e João Paulo
Botafogo 1x0 Vasco: Bochecha (Alan Santos), Cícero (Jean) e João Paulo
CSA 1x2 Botafogo: Alex Santana, Cícero e João Paulo (Lucas Campos) - Rickson entrou no lugar de Erik
Botafogo 0x1 Grêmio: Cícero, Alex Santana e João Paulo (Yuri)
Atacante afirmou que prefere atuar como centroavante, mas pode exercer outras funções no setor ofensivo; L! analisa as possibilidades que Barroca ganha com o novo reforço
Victor Rangel é reforço do Botafogo para a sequência do ano (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Em um elenco curto, a presença de jogadores que façam diferentes funções é essencial. O Botafogo procurou justamente por isto ao contratar Victor Rangel, anunciado oficialmente na última quinta-feira. O atacante, vindo do CRB, pode ser uma opção interessante para Eduardo Barroca, tanto para encorpar o elenco ou com o intuito de dar novas noções táticas ao treinador.
Com seis gols marcados na atual temporada, a posição natural de Victor Rangel é a de centroavante, como referência do ataque. Com 1,80m de altura, é um atleta de mobilidade e marcado pela velocidade. É comum enxergá-lo com corridas por trás dos zagueiros, tentando aproveitar os espaços na defesa adversária. Apesar de tal preferência, o atacante também atua pelos lados.
- Eu joguei no Bahia e no Ceará pela extrema do campo, de acordo com os planos de jogo. Eu costumo me adaptar rápido ao que o meu treinador precisa. A minha principal função é jogar por dentro, prefiro jogar por ali, mas se precisarem de mim para o lado eu estou disponível, também consigo fazer isso - analisou.
A chegada de Victor Rangel, portanto, pode dar mais opções a Eduardo Barroca. Como o meio-campo, em termos gerais, passou por um momento irregular na primeira parte do Campeonato Brasileiro, é possível recuar Diego Souza para o setor central, posição que o camisa 7 fez no Sport, e colocar o novo contratado no centro do ataque.
Victor Rangel também pode ser uma opção interessante para o decorrer das partidas. Com a possibilidade em todos os setores do ataque e com qualidade nas corridas e movimentações nas costas da defesa, o atleta de 28 anos pode ser uma boa pedida para o segundo tempo.
Treinando com o grupo há cerca de um mês, Victor Rangel já está ambientado ao clima do Botafogo. O atacante foi regularizado antes da partida contra o CSA, na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro antes da parada da Copa América, realizada no dia 9 de junho. O departamento do Alvinegro resolveu segurar a estreia do atacante para que ele entendesse os conceitos de Barroca e entrasse no ritmo do restante dos atletas.
- É uma ansiedade boa, costumo dizer até com meus pais e minha esposa, que é algo bom, me faz cada dia estar motivado, trabalhar forte, com bastante forte, para que eu esteja preparado quando a chance chegar. Estou trabalhando com o grupo há alguns dias e quero aproveitar cada treinamento nessa parada para que a gente possa estar evoluindo e levar o Botafogo o mais alto na tabela - finalizou.
Fonte: Lancenet/Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)
Em busca reforços para o meio e ataque, clube alvinegro fez contato com o representante do meia, que ficou responsável por levar o interesse à diretoria do Goiás
O Botafogo encerra a semana com movimentações no mercado. Em busca de reforços para o setor ofensivo, o clube sondou a situação de Marlone, do Goiás. O Alvinegro fez contato com o representante do meia, que ficou responsável por levar o interesse à diretoria esmeraldina. Ainda não recebeu uma resposta.
Com as possíveis saídas de Leo Valencia e Gustavo Ferrareis, o Alvinegro está à procura de jogadores que atuem no meio e nas pontas. Marlone é um atleta que chama a atenção e se encaixa no perfil buscado pelo clube. Outro fator que pesa é o fato de o meia ter atuado ao lado de Diego Souza no Sport.
Além da caça por reforços, o Botafogo pode fechar uma negociação de venda. Parte dos direitos econômicos do zagueiro Glauber, do time sub-20, devem ser passados ao Al-Nars, dos Emirados Árabes.
A transação está bem encaminhada, documentos foram trocados e as equipes podem chegar a um acordo na próxima semana. O valor, pouco mais de R$ 2 milhões por 70% dos direitos, seria usado para quitar salários de jogadores e funcionários.
As informações foram dadas pelos jornalistas Thiago Franklin e Thiago Veras, e confirmadas pelo GloboEsporte.com.
Botafogo estuda mercado em busca de reforços para o meio-campo A diretoria do Botafogo segue estudando o mercado em busca de opções para reforçar o elenco para o restante da temporada. Além do Campeonato Brasileiro, no qual aparece com 15 pontos, próximo do G-6, o Glorioso vai disputar as oitavas de final da Copa Sul-Americana, em que fará um duelo de alvinegros brasileiros com o Atlético-MG.
O técnico Eduardo Barroca entregou aos diretores alguns nomes para posições consideradas carentes para o elenco. Um meia é hoje a prioridade. Isso porque Gustavo Ferrareis vem negociando a saída do Glorioso e algumas informações dão conta de que o chileno Leonardo Valencia também não deverá emplacar o segundo semestre em General Severiano. Ele tem sondagem de clubes do futebol do Chile e vê uma saída com bons olhos.
Eduardo Barroca pediu reforços para o setor de meio-campo (Foto: Vitor Silva/BFR)
Emprestado para a Chapecoense, o meia Marcos Vinícius pode retornar, já que o clube catarinense não pretende contar mais com o atleta, pouco utilizado. Porém, o Alvinegro sequer confirmou se o aceita de volta e ele está longe de ser tratado como solução para o setor.
Atualmente a criação de jogadas do time tem ficado a cargo e Luiz Fernando e João Paulo, porém, o setor tem sido pouco criativo.
Dentro de campo o Alvinegro vai aproveitar o recesso das competições por conta da disputa da Copa América para aprimorar aspectos técnicos e táticos, além de melhorar o condicionamento físico do plantel. O primeiro compromisso oficial da equipe será no dia 14 de julho, um domingo, quando o Alvinegro vai ao Mineirão, em Belo Horizonte (MG), medir forças com o Cruzeiro, a partir das 16h (de Brasília), pela décima rodada do Campeonato Brasileiro.
Atacante tem voltado sempre para ajudar na marcação desde que Barroca assumiu e fala em maior desgaste físico após as partidas: "Não adianta eu fazer gols e nós perdermos"
Erik só fez um gol no Brasileirão — Foto: André Durão/GloboEsporte.com
Artilheiro do Botafogo na temporada com nove gols, Erik não conseguiu repetir as grandes atuações do início do ano nos oito jogos que disputou pelo Campeonato Brasileiro, competição em que marcou apenas uma vez. A queda no rendimento ofensivo coincide com a chegada de Eduardo Barroca e tem explicação: desde então, o atacante tem voltado sempre para ajudar na marcação.
Nos 10 jogos sob o comando de Barroca, Erik anotou dois gols: contra Bahia (Brasileiro) e Sol de América (Sul-Americana).
O atacante associa a queda no desempenho ofensivo à valorização do trabalho coletivo. De olho no futuro, um dos objetivos de Erik é melhorar o rendimento em outras partes do campo.
- A parte coletiva é muito importante porque me faz crescer como atleta, principalmente para grandes objetivos futuros que eu tenho que é de jogar na escola europeia. Venho trabalhando isso nas atividades, principalmente na parte defensiva, até porque ofensivamente eu tenho me saído bem. Acredito que esse aprimoramento faça parte do meu amadurecimento como atleta: fechar linhas de passe e ser solidário em favor do melhor resultado para a equipe.
Único gol de Erik no Brasileirão foi no dia 2 de maio, contra o Bahia
Erik na temporada
26 jogos (todos como titular)
2.381 minutos em campo
3 cartões amarelos recebidos
9 gols marcados
4 assistências
265 minutos para marcar um gol
183 minutos para participar de um gol (gol ou assistência)
Participação direta em 33% dos gols do Botafogo no ano
Nos jogos mais recentes pelo Campeonato Brasileiro, o Botafogo tem sofrido com as investidas dos adversários pelo lado direito da defesa, onde atua Fernando. Com o jovem lateral em dificuldades para fechar os espaços, Barroca tem pedido para que Erik volte e ajude na marcação, o que não é um ponto forte do atacante.
O camisa 11 tem corrido mais em campo, mas o fato de estar na defesa a todo instante o tem atrapalhado a puxar as jogadas ofensivas do Botafogo. Viu-se, em muitos momentos, o time perder boas oportunidades no contra-ataque porque Erik teve problemas para subir em velocidade. O desgaste é maior ao fim das partidas.
- Até por isso que eu tenho saído tão desgastado dos jogos, pois tenho contribuído na minha função e recompondo defensivamente para que não sejamos atacados de forma perigosa pelo adversário. Fico feliz por este grande início de campeonato e nosso objetivo sempre será buscar a vitória para o clube. Não adianta eu fazer gols e nós perdermos. Prefiro contribuir, mesmo sem marcar gols, para sairmos vitoriosos dos confrontos. É isso que vai nos deixar mais fortes e confiantes e os próprios gols e assistências serão consequência disso.
Erik no Brasileiro
8 jogos (todos como titular)
699 minutos em campo
2 cartões amarelos recebidos
1 gol marcado
1 assistência
699 minutos para marcar um gol
350 minutos para participar de um gol (gol ou assistência)
Participação direta em 25% dos gols do Botafogo no Brasileiro
9 finalizações (média de 1,13 por jogo) - 4 certas e 5 erradas
21 faltas recebidas (média de 2,63 por jogo)
2 impedimentos (média de 0,25 por jogo)
17 passes errados (média de 2,13 por jogo)
5 roubadas de bola (média de 0,63 por jogo)
A movimentação maior citada por Erik pode ser observada abaixo nos mapas de calor do atacante. Enquanto no jogo da Copa do Brasil o camisa 11 atuou mais no campo de ataque, na partida pelo Brasileiro ele aparece com intensidade também na defesa.
Movimentação de Erik em Botafogo 3x0 Cuiabá
Mapa de calor de Erik em Botafogo x Cuiabá — Foto: Reprodução
Movimentação de Erik em Botafogo 1x0 Vasco
Mapa de calor de Erik em Botafogo x Vasco — Foto: Reprodução
A queda no rendimento de Erik está ligada ainda à melhora no desempenho de Diego Souza. Quando o camisa 11 parou de fazer gols, o centroavante voltou a aparecer e marcou duas vezes nos últimos cinco confrontos. Antes, o camisa 7 havia anotado somente no dia 21 de março, ainda pelo Carioca.
Entre os mais desgastados do elenco, Erik voltará a treinar no Nilton Santos na próxima segunda-feira, quando ele e os demais titulares se juntarão ao grupo que já trabalha desde 19 de junho.
Antes de se profissionalizar, atacante tentou a sorte no Alvinegro. Chegou a ser aprovado, mas a idade avançada o impediu de permanecer: "Deus nos reserva coisas grandiosas"
Esta é a segunda vez que o Botafogo cruza o caminho de Victor Rangel. Antes de se profissionalizar, o atacante tentou a sorte na equipe carioca em 2009. Chegou a ser aprovado, mas a idade avançada o impediu de permanecer no Alvinegro. O mundo deu voltas, e o jogador de 28 anos retornou ao clube da estrela solitária. Agora para ficar.
Victor está no Rio de Janeiro desde o dia 27 de maio e ficou à disposição de Eduardo Barroco em 7 de junho, quando seu contrato, válido até o fim do Carioca de 2020, foi registrado no BID. Ainda sem estrear, o atacante concedeu sua primeira entrevista coletiva nesta sexta-feira e contou sua história: se profissionalizou tarde, aos 20 anos, e pausou o sonho de se tornar jogador para ser auxiliar administrativo.
- Em 2009 tive uma passagem pela base em Marechal Hermes. Foi uma experiência legal. Hoje, fico feliz de estar voltando, pela nova oportunidade. Deus nos reserva coisas grandiosas.
- As oportunidades da vida não são muitas. Elas acontecem com muita disciplina. Acredito que essa chance veio em boa hora, estou cada vez mais motivado e concentrado. Quem me conhece sabe o quanto me dedico à profissão. A minha vinda ao Botafogo está sendo um prêmio por tudo que fiz e venho fazendo. Espero conquistar títulos, sonho alto, quero marcar meu nome.
Victor Rangel foi apresentado no Botafogo nesta sexta — Foto: Emanuelle Ribeiro
Veja como foi a coletiva com Victor Rangel:
Primeiro contato com o Botafogo
- Quero dizer que estou muito feliz de vestir essa camisa grandiosa. Trabalhei muito por uma oportunidade como essa. Quero me dedicar, mostrar meu trabalho e ajudar o Botafogo. A recepção foi a melhor possível, o que facilitou muito minha adaptação. Já me sinto em casa. Agora é trabalhar para ter oportunidade e poder aproveitar.
Conversa com Barroca e preferências
- O professor me recebeu bem, trabalhei a maior parte com jogadores reservas até aqui. Ainda falta trabalhar com jogadores que têm iniciado os jogos, isso dificultou um pouco estar com eles. Agora estaremos juntos e teremos tempo para aprimorar os conceitos de jogo do Barroca. Espero poder estrear bem. Sou um centroavante com mobilidade, gosto muito de me movimentar, criar espaço para finalizar e abrir espaço para os companheiros.
Melhor momento foi no Guarani de Palhoça?
- Meu melhor momento foi mesmo em 2015, quando fui artilheiro do Campeonato Catarinense. Não sou vaidoso com os números, prezo pelo coletivo. Sempre quero ajudar o grupo. No Grêmio não tive muitas oportunidades, mas ajudei os companheiros a conseguirmos a vaga na Libertadores. No América-MG, fui campeão mineiro. No Bahia, consegui o acesso à Série A. No Ceará, fui campeão estadual.
- No México, tive uma boa passagem e fui campeão também. Quase consegui o acesso com a Ponte Preta ano passado. No CRB, fui campeão estadual, fomos bem na Copa do Nordeste. Valorizo muito o coletivo. Aqui vai ser assim: Botafogo em primeiro lugar. Quero colaborar marcando gols.
Profissionalização tardia
- Tive um começo um pouco difícil, sou de Vitória, no Espírito Santo. Lá o futebol não é muito forte. Pela falta de oportunidades, tive que dar uma pausa no sonho, mas nunca deixei de acreditar. Com perseverança, tenho subido um degrau por vez. Mas quero ainda mais, marcar meu nome nesse clube.
Joga pelas pontas também?
- Joguei no Bahia e no Ceará pelas pontas, de acordo com o jogo do treinador. Costumo me adaptar rápido. Minha principal função é por dentro, gosto mais de jogar como centroavante. Mas não vejo nenhum problema em jogar pelos extremos se o professor precisar.
Ansiedade pela estreia
- É uma ansiedade boa. Falo diariamente com meus pais e minha esposa que essa ansiedade me motiva todo dia para eu trabalhar forte. Quando a oportunidade vier, quero estar preparado. Quero aproveitar cada treinamento para evoluir com meus companheiros e levarmos o Botafogo ao ponto mais alto possível da tabela.
Jogador de 28 anos já treinava com o restante do elenco no Nilton Santos e assinou contrato até o fim do Campeonato Carioca de 2020
Victor Rangel já treina no Botafogo — Foto: Fred Gomes/GloboEsporte.com
Victor Rangel está no Rio de Janeiro desde o dia 27 de maio, já treinava com o elenco do Botafogo e até assinou contrato com o Alvinegro até o fim do Campeonato Carioca de 2020. Faltava o anúncio oficial, e ele aconteceu nesta quinta-feira.
Apesar de estar à disposição do clube desde 7 de junho, quando teve seu nome publicado no BID da CBF, Victor foi não relacionado para as partidas contra CSA e Grêmio. A estreia do atacante acontecerá somente após a Copa América.
O atacante é a oitava contratação do Botafogo para a temporada. O time alvinegro, além de permanências e retornos, confirmou Diego Cavalieri, Gabriel, Alan Santos, Alex Santana, Gustavo Ferrareis, Cícero e Diego Souza.
Para fechar com o Botafogo, Victor Rangel rescindiu com o CRB, onde marcou seis gols em 21 jogos na temporada. Ele tinha propostas ainda de Goiás e Puebla-MEX, mas preferiu o Alvinegro.