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quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Do banco de reservas a jogador fundamental do título: relembre a temporada de Carli no Botafogo


Zagueiro voltou ao Alvinegro no início do ano, foi reserva com Chamusca e passou a ser um dos destaques do elenco na campanha do título da Série B





Joel Carli, capitão do Botafogo e campeão da Série B (Foto: Vítor Silva/Botafogo)


O zagueiro Carli foi um dos rostos da conquista do título da Série B pelo Botafogo. Porém, o início da segunda passagem do argentino pelo clube, não foi de muita evidência. Carli foi reserva da equipe desde que retornou ao Alvinegro e só entrou em campo no final do primeiro turno da Série B. O LANCE! relembra a trajetória do capitão na temporada.


RETORNO AO BOTAFOGO

Carli retornou ao Botafogo em menos de um ano em que teve seu contrato rescindido. Na época, o zagueiro tinha sido desligado do clube por ter um dos maiores salários do elenco e, mesmo contra a vontade pessoal, deixou a instituição. Em março deste ano, voltou devido a um acordo sobre uma dívida milionária que o Alvinegro tinha com o jogador.


O ex-capitão, contudo, não retornou apenas para quitar uma dívida. A diretoria do Botafogo acreditou que Carli poderia ser uma liderança no vestiário da equipe para a Série B - o que de fato aconteceu. Em sua primeira passagem no clube, de janeiro de 2016 a junho de 2020, o argentino foi um dos heróis do título carioca de 2018 e se tornou um dos estrangeiros que mais vestiram a camisa alvinegra.


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BANCO COM CHAMUSCA

Por conta da pandemia, a temporada de 2021 começou em março, com o início do Campeonato Carioca. Já sob o comando do então novo técnico Marcelo Chamusca, o zagueiro Carli sequer chegou a entrar em campo pelo Botafogo no estadual ou também nas duas primeiras fases da Copa do Brasil. Foi o único atleta do elenco, enquanto Chamusca esteve no cargo, que tinha condições e não atuou.


Ainda com Chamusca, mas agora na Série B, Carli seguiu como reserva. O zagueiro ainda chegou a ficar fora por quase um mês, em julho, devido a uma lesão na coxa. Porém, isto não era desculpa para a ausência do argentino em campo, pois a dupla de zaga titular era Gilvan e Kanu. Em 10 rodadas no campeonato, a defesa foi vazada 14 vezes.


TITULARIDADE E SOBERANIA NA ZAGA

Com a queda de Marcelo Chamusca, a situação de Carli mudou. Enderson Moreira assumiu e, em seu quarto jogo sob o comando da equipe, colocou o zagueiro para jogar. Na ocasião, entrou na segunda etapa e pegou a faixa de capitão na vitória contra a Ponte Preta no Nilton Santos, pela 16ª rodada da Série B. Em seguida, na 18ª rodada, o argentino foi titular pela primeira vez desde seu retorno e marcou o gol da vitória sobre o Brasil de Pelotas.


Carli conseguiu assumir a titularidade da equipe e formou uma grande dupla de zaga com Kanu, fundamental para o Botafogo na reta final da Série B. Dentro e fora de campo, o capitão foi um líder do grupo e representou o torcedor. Carli terminou a temporada no clube com bons números - foram 15 jogos; 11 vitórias, três empates e apenas uma derrota (2 a 1 para o Avaí no Nilton Santos - Carli e Gilvan formaram a dupla de zaga alvinegra no duelo).





Carli comemorando gol da vitória sobre o Brasil de Pelotas, pela 18ª rodada da Série B (Foto: Vítor Silva / BFR)

Fonte: LANCE! Rio de Janeiro (RJ)

Chay se anima com ano no Botafogo e vai do Acre à citação de Tite em dois anos: "Foi o ápice"


Em entrevista ao ge, meia-atacante diz saber do aumento da cobrança por causa do acesso e relembra o dia que foi assunto na coletiva do técnico da Seleção: "Um sentimento muito louco"



Quem viu o Chay jogando pelo Botafogo talvez nem saiba que há dois anos ele era visto com a camisa do Rio Branco, no Acre. Além do famoso passado no futebol de sete e as aventuras na Ásia, o titular incontestável da equipe campeã da Série B também esteve no Norte do país. O curioso é que o próprio Chayene de dois anos atrás não imaginava ter o nome citado pelo técnico da seleção brasileira em tão pouco tempo.


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Ao ver que seu nome não estava na convocação para as partidas contra Colômbia e Argentina, Chay brincou com o fisioterapeuta Anderson Nunes nas dependências do Estádio Nilton Santos: "Pô, Tite, tá maluco? Tô jogando golfe?". Mal sabia ele que a boa fase do Botafogo na Série B chamava a atenção do treinador da Seleção, que disse que o jogador natural de Niterói entregava o mesmo estilo de jogo que Phillippe Coutinho, do Barcelona.



- Meu empresário me ligou perguntando se eu vi a coletiva, que o Tite tinha falado de mim. Eu não entendi, falou de mim? Como assim? Aí o Twitter começou a ter mensagem pra caramba, todo mundo me marcando... E cara, olha pra trás, até um pouco antes. A Portuguesa ainda é conhecida aqui no Rio por causa das últimas campanhas que vem fazendo. Mas em 2019 eu estava jogando futebol no Acre. E futebol no Acre é de pouca visibilidade. Dois anos depois o Tite está falando sobre as minhas características e me comparando a jogadores fantásticos. Foi o ápice, um sentimento muito louco.


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Campeão com o Botafogo, Chay foi lembrado pelo técnico da seleção brasileira — Foto: Vitor Silva/Botafogo



- É muito louco pela trajetória, né? Eu estava num clube de menor expressão, que era a Portuguesa, há seis meses. Uma equipe que no ano anterior a gente não conseguiu nem se classificar para a Série D, então não jogamos esse ano quase. Agora que classificamos para a Série D e Copa do Brasil, que foi inédito. Cinco, seis meses depois o treinador da seleção brasileira está falando das minhas características, comparando com jogadores que eu jogava no videogame. Foi surreal.


Em conversa com o ge, o meia-atacante falou bastante sobre a grande mudança que teve na vida, principalmente depois do Campeonato Carioca de 2021, quando saiu da Portuguesa para o Botafogo. A mudança gerou questionamentos por parte da torcida, o que ele até entendia, mas confessa que no primeiro jogo bateu um leve nervosismo.


Se antes alguns torcedores pegavam no pé porque a experiência em um grande clube era pouca, agora ele sabe que a cobrança vai ser ainda maior. Justamente por estar em um clube de Série A, ter sido uma das referências no título da Segunda Divisão e precisar, no mínimo, manter o nível que apresentou nas 31 vezes que entrou em campo com a camisa alvinegra.


- Somos reféns do nosso resultado. Se você atinge um número você sempre vai ser cobrado para ter mais ou ser igual. Se for abaixo, nem que seja 0,5%, você vai ser cobrado e criticado. Hoje eu estou lidando muito melhor com isso. Não dá para agradar a todos. Eu sei da minha dedicação no dia a dia e vontade de vencer. Sei o quanto eu me doo para o meu jogo e isso não vai faltar. Talvez um dia o jogo pode não encaixar, mas minha dedicação, vontade, entrega e luta nunca vão faltar. Estou preparado para essa pressão, sim, sei o que esperam de mim e pretendo estar à altura do que vai ser um dia.


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Chay comemora campanha do título do Botafogo na série B: " Imaginar que seria assim, do jeito que foi, não tem como" (https://ge.globo.com/futebol/video/chay-comemora-campanha-do-titulo-do-botafogo-na-serie-b-imaginar-que-seria-assim-do-jeito-que-foi-nao-tem-como-10081714.ghtml)



Em postagem recente nas redes sociais, Chay parafraseou "A Vida É Desafio", do Racionais MC's, para celebrar a conquista da Série B. Mas o que considera ser boas músicas para falar da vida dele e da carreira são "Tá Escrito", do Grupo Revelação, e "Moleque Atrevido", de Jorge Aragão.


Foi cultivando a semente do amor que o meia chegou ao Botafogo e encontrou um dos melhores parceiros dentro de campo e que facilita demais o trabalho: Rafael Navarro. Amigos fora das quatro linhas, a dupla brincalhona e dançarina se destacou muito mais com as bolas na rede. A parceria ajudou o próprio camisa 14 a vencer o desdém e preconceito que enfrentou no início da caminhada no clube. Perguntado sobre a vontade na permanência do artilheiro do time a resposta é sim, sem nem titubear.


- Eu tenho esse lado brincalhão dentro de mim e ele também. A gente faz gol e dança, brinca, está sempre ali, passamos a nos concentrar no mesmo quarto e acabamos virando amigo de verdade. Ele sabe muita coisa da minha vida e eu sei muita coisa da vida dele. Quando tem essa aproximação, essa identificação e o jogo se encaixa, acontece o que vem acontecendo: ele fazendo gols e eu dando assistências ou o contrário. É muito bom. Encaixou de uma forma que ninguém iria acreditar. No início do ano eu cheguei desacreditado. No ano anterior ele passou desacreditado dentro do clube.


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Rafael Navarro e Chay comemoram gol contra o Brusque com dancinha — Foto: André Durão/ge



Confira a conversa completa com Chay:


Como foi a infância em Niterói?

- Minha infância se misturou muito forte com o futebol. Me diverti como toda criança levada na época, vivia soltando cafifa (pipa), jogava bolinha de gude, rodava pião... Tinha uma praça perto de onde eu morava que sempre ia pra lá quando podia e intercalava com os finais de semana indo para os jogos. Eu treinava geralmente à noite, estudava de manhã, na parte da tarde eu brincava com meus amigos, à noite eu treinava e nos finais de semana eu jogava.


Como é olhar pra trás e ver tudo que passou? Qual o sentimento que fica?

- Sentimento é de felicidade. Em relação aos sonhos, a maioria vem se realizando. Primeiramente era me tornar um jogador profissional, ser campeão nacional, embora seja da Série B, tenho projetos de voos maiores, mas ainda assim é uma competição bastante difícil. A gente suou um bocado para vencer.


- Eu tinha um sonho que sempre falava com meu pai. Me lembro muito bem na primeira vez que eu joguei e apareci na televisão, eu falei para ele que eu iria jogar na TV. É um sonho que eu consegui realizar também, meu pai fica muito feliz com isso. O sonho dele em relação a isso era muito maior que o meu. Ele tentou, mas não conseguiu. Hoje, quando eu encontro é uma felicidade incrível. Ele trabalha no bairro onde a gente sempre morou. Nome dele é Gerson, mas o apelido é Maceió. Desde que a gente veio pra cá apelidaram ele de Maceió.


Lembra como estava sua vida de 2020 pra 2021?

- Era totalmente diferente. Eu jogava num clube de menor expressão. Vinha de uma ascensão bacana, progredindo bastante dentro do campo. Em 2019 foi a seletiva, em 2020 eu já estava na Portuguesa. Tinha sido um excelente Carioca para mim. Chegou a pandemia e tudo mais... Já tinha conversas que indicavam que poderia dar voos mais altos, mas que não aconteceram.


- Mas foi um ano de começar a acreditar que eu poderia realmente jogar num clube de maior expressão. Eu comecei a acreditar mais nisso, acreditar mais em mim. Foi um ano de mais aceitação com o meu talento. Eu dizia que podia, tinha espaço e achava que poderia ir para algum clube grande.


Já duvidou do seu talento?

- Não duvidar, mas confesso que as pessoas enxergam muito mais em mim do que eu me enxergo. Eu sei que tenho qualidade, sempre falo que acho que posso ajudar, mas conversando com pessoas que entendem e estudam o esporte recebo elogios que às vezes me deixam surpresos. Mas eu sei que faço bem o que eu faço.


Isso te faz focar mais?


- Eu me cobro muito. Nunca fico satisfeito quando dizem que foi bom. Foi bom não serve. Tem que ser mais. Eu trabalho bastante para sempre dar o meu melhor, sempre escuto bastante as pessoas que agregam com algum tipo de comentário, tanto positivo quanto negativo. Para poder melhorar o meu modo de ver e jogar o jogo.






Como foi ser entrevistado pelo Galvão Bueno?

- No dia eu estava super nervoso. Minha primeira lembrança do esporte é com o tetracampeonato da seleção brasileira. Eu não lembro do jogo, mas lembro que estava uma festa na minha casa e lembro dele gritando "É tetra!". Faz parte da história do futebol brasileiro. Quando eu recebi o convite, falei: "Não, vou estar ao vivo com o Galvão Bueno?".


- Eu estava bem nervoso no dia, preocupado com a internet pra ajudar. Não podia cair no "Bem, Amigos!" Eu tentei manter a tranquilidade e responder as perguntas. No final, quando a gente estava se despedindo, eu disse: "Que momento louco pra mim, eu estou falando com o Galvão Bueno". Foi muito bacana, mais um momento muito marcante na minha carreira.



Galvão e Chay comentam estreia do Acesso Total: 2ª temporada - Botafogo (https://ge.globo.com/video/galvao-e-chay-comentam-estreia-do-acesso-total-2a-temporada-botafogo-10064564.ghtml)



Lembra o primeiro dia no Botafogo? O que traçou de planos e imaginou que seria?

- Quando eu cheguei, foi um mix de coisas. Eu pensava como seria recebido. Cheguei num momento bem conturbado, num Carioca não tão bom e eu tinha aquela preocupação se seria bem aceito. Mas a recepção foi excelente. Fui traçando minhas metas no momento que eu cheguei. Quando eu cheguei disse que queria primeiramente ajudar. Quando faltavam duas semanas para começar a Série B, tinha um jogo da final da Taça Rio. Primeiro jogo tinha sido vitória do Vasco e eu cheguei na semana e não poderia jogar. Mas já fui identificando o que eu queria para o meu caminho no Botafogo. Primeiramente eu queria ajudar. Da forma que seria eu não sei.


- A semana começou, Chamusca conversou comigo, perguntou sobre características e onde eu preferia jogar. Eu dei algumas opções a ele, até porque procuro jogar e entender outros setores do campo. Sou meia-atacante, mas também jogo de extremo, se precisar eu faço o segundo volante e gosto de ler e ver os jogos, para entender o que cada um faz em campo. Ele optou, primeiramente, para que eu jogasse como extremo. A semana começou, aquela expectativa, e fomos jogar contra o Vila Nova lá.



- Eu lembro que eu estava bastante ansioso, o campo não ajudava e com o jogo rolando eles tiveram um cara expulso. Logo no intervalo, ele me chamou, disse pra aquecer e que eu ia entrar. Logo nos primeiros momentos bate aquela ansiedade natural em qualquer jogador, e eu sou um cara bem frio. Nesse dia eu estava muito ansioso e tinha horas que a bola passava um pouco, aí passou na minha cabeça um pensamento de "que isso, cara". Eu já vinha com aquela pressão da torcida de que não sabiam se eu iria servir, estava jogando fut7 há pouco tempo.


- E eu entendia muito bem isso porque o torcedor é paixão e quer o Messi pro seu time. Eu respirei e as coisas foram acontecendo. Depois eu disse que queria assumir a titularidade, ter meu espaço, e no jogo seguinte eu já assumi a vaga, fiz meu primeiro gol e já tinha metas. Queria fazer um número significativo de gols, não atingi a meta que eu tinha intenção. Eu queria fazer entre 12 e 15 gols, fiz oito. E tinha entre 10 e 12 assistências, falo que tenho nove porque tiraram uma assistência minha porque o Navarro dá uma raspada na bola. Fui traçando metas e o caminho foi clareando, aí falei que precisava do acesso, a torcida abraçou e por fim falei que queria ser campeão pelo Botafogo.





Rafael Navarro comemora gol contra o Vila Nova, que foi com passe de Chay — Foto: Heber Gomes/AGIF


Se sentiu mais marcado e observado com o passar da competição?


- Com certeza. Mas em números eu tive bastante assistências. Eu continuei sendo participativo para o jogo. Eu falo que nunca fui goleador, veio esse momento goleador porque o pessoal não me identificava como o Chay que traria tanto dano. Depois começaram a identificar isso. O número de faltas que eu sofri foram muito maiores depois desses 13 jogos iniciais. Dificultou muito o meu jogo. Ainda assim saíram os gols.


- Talvez eu não fosse o último a tocar na bola, mas ela saía do meu pé ainda, vez ou outra eu criava perigo com passes e movimentações. Futebol é feito de gols, mas tem uma relação em torno do gol que gera oportunidades que são gratificantes. Eu gosto de fazer gols, comemorar e tudo mais, mas a minha maior preocupação é ajudar a equipe a vencer. Seja com assistências ou gols, não muda muito o meu modo de ver.



O que acha que vai ser mais emocionante para a torcida e qual momento mais emblemático do Acesso Total?


- Individualmente falando, acho que a parte da entrega, doação e dedicação minha ao Botafogo nesse ano, poder representar o Botafogo, vai ser mostrado em algum momento no documentário. Estou desde a segunda rodada com uma lesão e fui guerreiro demais. Jogo com dor, dou meu máximo e tudo mais. Individualmente acho que o torcedor vai identificar isso porque eu sofri bastante para conseguir terminar esse ano.


- Em relação ao grupo, quem assistir vai identificar a união. Na hora da cobrança você dificilmente vê uma briga. Quando alguém está gritando, cobrando, discutindo, extravasando, você não vê briga. Sempre respeitamos um ao outro, levando com união, entendimento do tamanho do Botafogo e acho que o torcedor vai identificar essa união.


Como define a união com Navarro? Falam sobre ele ficar?


- A parceria chegou desde o primeiro momento que a gente começou a jogar mais próximo, quando eu passei a ser o meia da equipe. A gente conversou muito porque na hora de fechar o bloco e marcar, a gente tinha que se entender para fechar melhor os espaços. Ele é um garoto excelente, excelente pessoa. E toda ideia que a gente trocava ele assimilava muito bem. Depois começamos a conversar, eu perguntava onde ele preferia receber a bola, se era no espaço ou em cima, porque aí me facilita. A gente ia trocando essa ideia e as coisas foram se encaixando.


- Em relação à renovação dele, obviamente eu quero que fique. Ajuda muito o meu trabalho dentro do campo (risos). Mas isso é uma coisa que tem que ser conversada entre ele e o clube, merece toda valorização do mundo pela pessoa que é.


Perder um parceiro desse seria ruim...

- Sim, bem ruim (risos). Mas eu entendo super bem o Navarro. Ele vai fazer a melhor escolha para a vida dele. Não sei se ele fica ou não. Eu nem entro nesse assunto com ele. A única coisa que falei foi: "No dia que for assinar, me liga antes".


O quanto está feliz?


- Dá para estampar, né? O cara que não está feliz onde trabalha nunca está sorrindo e sempre anda mal-humorado. Dificilmente eu venho para cá mal-humorado. Claro que todo mundo tem seus problemas, mas sempre que eu venho para cá, minha casa, eu tenho que estar alegre. Estou fazendo o que eu mais gosto num lugar mágico. Sempre estou com esse sorrisão, brincando com todos para o trabalho fluir bem.


O que o Botafogo precisa fazer para não deixar se levar, se iludir, para que daqui pra frente seja sempre pra cima?


- Pés no chão. Identificar como está sendo traçado o trabalho. Identificar que tem que ser um passo de cada vez. Não dá para sair agora e dizer que quer ser campeão mundial. Não tem como. É um passo de cada vez, se estruturar bem para fazer uma boa Série A e depois ir alcançando voos mais altos e passos mais longos. O melhor é manter os pés no chão.



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Fonte: GE/Por Davi Barros e Richard Souza — Rio de Janeiro