Páginas

terça-feira, 14 de junho de 2022

Botafogo procura Fransérgio, do Bordeaux, e mantém Bruno Tabata no radar



Volante e atacante estão na mira do clube para a janela de julho. Ambos têm contratos na Europa e estão em conversas sobre uma possível volta ao futebol brasileiro



O Botafogo tem mais dois alvos definidos no mercado: o volante Fransérgio, do Bordeaux, da França, e o atacante Bruno Tabata, do Sporting, de Portugal. Ambos têm contratos com os clubes europeus e demandarão investimento para serem liberados para o clube carioca.


+ De festa a "time sem vergonha": torcida encerra lua de mel



Fransérgio é um volante de 31 anos que passou as últimas nove temporadas no futebol europeu. Cria do Athletico-PR, o jogador é o alvo para a posição de segundo volante, que é uma das prioridades da diretoria. Na Europa, ele passou quatro temporadas no Marítimo e outras quatro no Braga antes de ir para a França em 2021.





Fransergio em campo pelo Bordeaux — Foto: Sylvain Lefevre/Getty Images



A informação sobre a negociação foi publicada primeiro pelo jornalista Thiago Franklin. Em entrevista recente ao canal do Sergio Chorão, no YouTube, o jogador sugeriu o próximo destino ao falar sobre os clubes que já defendeu no Brasil.


- Athletico, Inter, do Inter fui para o Criciúma, também passei pelo Paraná, Guaratinguetá. Passei também pelo Ceará. Até chegar no Glorioso, né? (risos) - brincou.


Fransérgio tem contrato com o Bordeaux até o meio de 2024. Para contratar o atleta, o clube francês gastou 4,5 milhões de euros (cerca de R$ 27 milhões na cotação da época), mas o rebaixamento na última temporada pode facilitar as conversas. O time foi rebaixado para a terceira divisão francesa por problemas financeiros.


+ Análise: Bota se deixa abalar com gol sofrido




Vaiado, Botafogo perde para o Avaí e entra na zona do rebaixamento (https://ge.globo.com/video/vaiado-botafogo-perde-para-o-avai-e-entra-na-zona-do-rebaixamento-10667485.ghtml)



Tabata volta à mira

O Botafogo tem outros três focos além do lateral-esquerdo Marçal e do centroavante Zahavi, que estão em negociações avançadas. A diretoria também busca um volante, um meia e um atacante de lado.


Para essa vaga de ponta, um dos alvos é o português Bruma, do PSV, mas o jogador também interessa ao Fenerbahçe, da Turquia. Em busca de opções, o Bota voltou colocar Bruno Tabata, do Sporting, de Portugal, no radar.


+ Leia mais notícias do Botafogo




Tabata em campo pelo Sporting — Foto: Mario Hommes/Getty Images


+ Quer transformar seu conhecimento sobre o futebol em prêmios em dinheiro a cada rodada do Brasileirão? Acesse o Cartola Express!


Nas conversas, o pedido do Sporting foi de 5 milhões de euros (mais de R$ 25 milhões) para tirar o atacante de Portugal, valor que o Botafogo acha alto demais. O clube tenta alternativas para contar com o atleta, avaliado como alto potencial e aprovado pelo técnico Luís Castro.


Tabata, de 25 anos, está na mira do clube carioca desde a chegada de John Textor. Na primeira janela de transferências da temporada, a diretoria conversou com Deco, empresário do atleta, mas não chegou em acordo a tempo. Na época, o escolhido para reforçar o setor foi Victor Sá, que é titular do time.


De promissor a "time sem vergonha", chega ao fim a lua de mel entre torcida e Botafogo



Botafoguenses que estiveram no Nilton Santos na derrota por 1 a 0 para o Avaí criticaram jogadores, chamaram Luís Castro de "burro" e gritaram "olé" na troca de passes adversária






Melhores momentos: Botafogo 0 x 1 Avaí, pela 11ª rodada do Brasileirão 2022 (https://youtu.be/5z0jj1XL3B0)



No jogo contra o Goiás, Pedro Dep, representante do Botafogo no projeto "A Voz da Torcida", sentenciara: "o Botafogo perdeu a torcida". A derrota por 1 a 0 para o Avaí, na partida seguinte ao 2 a 1 para a equipe goiana, mostra mais um capítulo do fim da lua de mel que se iniciou no desembarque de John Textor ao Rio de Janeiro pela primeira vez neste ano.


Por mais que uma parcela da torcida continue confiando no processo do Botafogo e que Luís Castro possa ser o homem certo - como Textor diz acreditar - a insatisfação cresce, juntos dos questionamentos. E ela tem razão de ser. O time não é consistente e se tem alguma regularidade, é voltada para o lado negativo de não conseguir fazer uma partida totalmente boa.


+ Atuações do Botafogo: Oyama e Tchê Tchê são os piores em péssima noite do time





Segundo tempo do Botafogo não ajudou a aliviar a pressão da torcida — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF


+ Luís Castro diz ver vaias com normalidade após derrota: "Estamos muito pressionados"


No início do Campeonato Brasileiro, com o time ainda mais em construção do que após 13 partidas, a empolgação tomava conta. Apesar do oba-oba que havia na torcida, diretoria botava os pés no chão e continuava dizendo que o objetivo para 2022 era garantir a permanência na Série A. Mas a reclamação da torcida está na forma que o time tem dificuldade de controlar um jogo. E o duelo com o Avaí foi mais um exemplo disso.


Enquanto vencia no Brasileirão as coisas iam bem, mesmo decepcionando a torcida em casa - até agora foi apenas uma vitória, um empate e três derrotas. O Botafogo chegou a ter a possibilidade de assumir a liderança caso vencesse o América-MG fora de casa, mas não a ponto de convencer de que o desempenho era satisfatório.


+ Gatito reconhece fase difícil do Botafogo: "Estamos em dívida com a nossa torcida"



"Quem era pra estar aqui é o John Textor", protesta Pedro Dep | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/quem-era-pra-estar-aqui-e-o-john-textor-protesta-pedro-dep-a-voz-da-torcida-10665810.ghtml)


+ A pedido do QPR, Niko Hamalainen está de saída do Botafogo após 17 minutos em campo


Apesar de ter passado por boa fase, os primeiros sinais da insatisfação estavam presentes desde o início do Brasileirão. Na derrota por 3 a 1 para o Corinthians, quando teve o melhor público no Nilton Santos desde a campanha da Libertadores de 2017, a torcida vaiou ainda antes do intervalo o lateral-esquerdo Jonathan Silva.


Nos jogos seguintes, a presença do público foi esmorecendo. Diante Juventude e Fortaleza o número de pagantes diminuiu e só voltou a aumentar contra o Goiás, em jogo que havia promoção para sócio-torcedor que levava um acompanhante de graça. Na última segunda, contra o Avaí, novamente a promoção, mas dessa vez nem 12 mil ingressos foram comercializados.


+ Leia mais notícias do Botafogo






+ Quer transformar seu conhecimento sobre o futebol em prêmios em dinheiro a cada rodada do Brasileirão? Acesse o Cartola Express!


E foram essas cerca de 12 mil pessoas que antes mesmo do segundo tempo inexpressivo do Botafogo vaiavam o time. O gol de falta marcado por Kevin foi o que bastou para que gritos de "time sem vergonha" ecoassem no Engenho de Dentro. Com o passar do jogo, e vendo que o time que atuou tinha 11 dos 14 atletas que jogaram oriundos da Série B mesmo após a SAF, a torcida não perdoou. Xingamentos e gritos de "burro" foram direcionados a Luís Castro.


O técnico não se abalou. Em entrevista coletiva após a partida, disse considerar a insatisfação da torcida como normal pela má fase que o time passa e reconheceu que a pressão é grande. Para tentar aliviá-la, o Botafogo volta a campo na próxima quinta-feira, quando recebe o São Paulo, às 16h (de Brasília), pela 12ª rodada do Brasileirão. O Bota é o 17º, com 12 pontos, enquanto o São Paulo é o terceiro com 18.


Análise: Botafogo se deixa abalar com gol sofrido e esquece bom primeiro tempo contra o Avaí



Atuação na etapa final mostra um time apático e sem poder de reação na quarta derrota seguida no Campeonato Brasileiro; equipe chega a um mês sem vencer e entra na zona de rebaixamento








Melhores momentos: Botafogo 0 x 1 Avaí, pela 11ª rodada do Brasileirão 2022 (https://youtu.be/5z0jj1XL3B0)



A derrota por 1 a 0 diante do Avaí não deixou o Botafogo apenas na zona de rebaixamento ou fez o time alcançar a marca de um mês sem vitórias. Ao completar o quinto jogo seguido sem vencer, sendo quatro derrotas nos últimos quatro jogos, o time de Luís Castro também deixou claro a falta de ânimo que vem acometendo os jogadores recentemente e abala demais o time.


Foi assim quando sofreu o primeiro gol diante do Goiás. Foi assim no passeio do Palmeiras. E novamente foi assim na fria noite da última segunda-feira. Por mais que viesse jogando bem no primeiro tempo, criando ao menos duas grandes chances que pararam na defesa de Douglas Friedrich.


Com um time jogando com as linhas defensivas mais próximas do próprio gol e menos avançadas do que em partidas anteriores, o Botafogo se mostrou mais compacto de início. O time ameaçou o Avaí e foi claramente superior na etapa inicial.


+ Atuações do Botafogo: Oyama e Tchê Tchê são os piores em péssima noite do time





Vinícius Lopes foi um dos poucos no Botafogo que conseguia fazer algo diferente no segundo tempo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


+ Luís Castro diz ver vaias com normalidade após derrota: "Estamos muito pressionados"


Mas aí veio o gol. Na verdade, um golaço de falta cobrado por Kevin, ex-lateral-direito do Bota que não deixa a mais remota saudade no torcedor. E tudo parece ter desmoronado.


A torcida, incomodada com os resultados e desempenhos ruins recentemente, começou a vaiar e gritar "time sem vergonha" ainda antes do intervalo. Até então, apoiava os jogadores em campo e tentava passar aquela energia positiva.


Na volta para o segundo tempo, Luís Castro tentou mudar um pouco o meio de campo fazendo uma das duas substituições que também fez contra o Palmeiras. Tirou Tchê Tchê e colocou Del Piage. Por mais que o camisa 6 vindo do Atlético-MG não tenha feito uma boa partida, a troca foi praticamente seis por meia dúzia.


+ Gatito reconhece fase difícil do Botafogo: "Estamos em dívida com a nossa torcida"




"Quem era pra estar aqui é o John Textor", protesta Pedro Dep | A Voz da Torcida (https://ge.globo.com/futebol/voz-da-torcida/video/quem-era-pra-estar-aqui-e-o-john-textor-protesta-pedro-dep-a-voz-da-torcida-10665810.ghtml)



+ A pedido do QPR, Niko Hamalainen está de saída do Botafogo após 17 minutos em campo


Dez minutos depois, outra substituição. Luís Oyama, que errou muito do que tentou, deu lugar ao combativo, mas exagerado nos passes para trás, Kayque. Com isso, repetia exatamente o que tentou ajeitar na partida anterior em São Paulo. Novamente sem sucesso.


Sem controle do meio de campo e apático durante a maioria do segundo tempo, o Botafogo pouco ameaçou o goleiro Vladimir - que entrou na volta do intervalo. Por mais que os números mostrem 21 finalizações para o time da casa contra sete dos visitantes, o volume maior do Bota foi apenas no primeiro tempo.


Espaçado e com pouca movimentação no meio de campo, um lance mostrou bem como o Bota não estava bem posicionado em campo: Daniel Borges cobra lateral no lado direito da defesa para trás, em direção a Kanu. Posicionado à direita da própria área, o zagueiro domina, busca alguém próximo, mas o Avaí encaixa a marcação nos jogadores mais perto. A solução? Um chutão para frente em busca de Erison (depois do meio de campo), enquanto Chay estava bem distante do zagueiro, esperando a bola no círculo central.


+ Leia mais notícias do Botafogo




Gatito Fernandez fala sobre mau momento do Botafogo: "Essa fase está sendo muito dura pra gente" (https://ge.globo.com/futebol/video/gatito-fernandez-fala-sobre-mau-momento-do-botafogo-essa-fase-esta-sendo-muito-dura-pra-gente-10665695.ghtml)



+ Quer transformar seu conhecimento sobre o futebol em prêmios em dinheiro a cada rodada do Brasileirão? Acesse o Cartola Express!


Como última cartada, Castro colocou Matheus Nascimento em campo no lugar de Daniel Borges. A substituição empurrou Chay para a ponta direita, enquanto Vinícius Lopes - um dos poucos que fazia alguma diferença em campo - ficou improvisado na lateral. A mudança foi difícil de entender, até porque foi a única troca que o português fez em que não substituiu um jogador com características parecidas por outro. Ainda assim, terminou o jogo com duas substituições por fazer, sem contar que 11 dos 14 jogadores do Botafogo vieram da Série B.



Luís Castro tem se acostumado a dizer nas entrevistas coletivas que não vende ilusões ao torcedor e que resultado compra tempo. Por mais que a torcida alvinegra seja ansiosa, dada a possibilidade de que o retorno aos tempos de glória parecem mais próximos que num passado recente de sofrimento, o português precisa mostrar com seu time que é capaz de aguentar mais do que um bom primeiro tempo.


São quatro derrotas seguidas e apenas um ponto conquistado nos últimos cinco jogos. Castro precisa voltar a construir o tempo que precisa para organizar seu trabalho para tirar o time da zona de rebaixamento. O Botafogo volta a campo na próxima quinta-feira, feriado de Corpus Christi, quando recebe o São Paulo, às 16h (de Brasília), no Nilton Santos, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Bota é o 17º, com 12 pontos, mesmo número do Flamengo, primeiro time fora do Z-4. A equipe paulista está em terceiro lugar, com 18.