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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Em Brasília, Botafogo e banco encaminham renovação de patrocínio master para 2018


Carlos Eduardo Pereira se reúne com presidente da Caixa Econômica Federal, e partes manifestam intenção de prorrogar parceria: valores e modelo ainda serão discutidos após as eleições do clube






O presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, foi a Brasília na tarde desta quinta-feira e se reuniu com o mandatário da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi. A reunião, que contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, o alvinegro Rodrigo Maia, foi divulgada pelo "Extra" e confirmada pelo GloboEsporte.com. No encontro, tanto o clube quanto o banco manifestaram a intenção de renovar o patrocínio para 2018.


Ou seja, o acerto está encaminhado, mas ainda não significa uma renovação propriamente dita. A parte financeira e modelo de parceria serão discutidos em dezembro, após as eleições do clube. O Botafogo, que recebe atualmente R$ 10 milhões da estatal, espera aumentar o valor e aposta na ideia de naming rights do Estádio Nilton Santos para dobrar o patrocínio para R$ 20 milhões. Atualmente, o banco vem estampando sua marca no peito e nas costas do uniforme alvinegro.


O Botafogo vinha tentando o patrocínio da Caixa desde o início do ano passado e o considera de suma importância, ainda mais em tempos de crise no país. Na época, a estatal anunciou um montante de R$ 83 milhões em patrocínios e fechou as portas aos clubes que não estavam em sua relação. Mas em General Severiano nunca viram o cenário como desistência, e Carlos Eduardo Pereira manteve diálogos constantes com o banco. Quando a "Viton 44" saiu, o espaço de maior valor da camisa alvinegra ficou vago de abril de 2015 a setembro de 2016.


Fonte: GE/Por GloboEsporte.com, Rio de Janeiro

Gestor campeão, 9 e 10 de peso e... Loco de volta? Os planos de Guimarães no futebol


Candidato da oposição abre portas para o ídolo (sem especificar se dentro ou fora de campo), cita falta de DNA vencedor no time atual e promete: "Botafogo que projeto não vai brigar pelo 7º lugar"






Na primeira parte das entrevistas com os candidatos à presidência do Botafogo, o assunto é futebol. Afinal, é o carro chefe do clube e o tema de maior interesse do torcedor. O GloboEsporte.com foi a General Severiano nesta semana e conversou com Nelson Mufarrej (vice Carlos Eduardo Pereira) e Marcelo Guimarães (vice Mauro Sodré). Um dos dois será eleito neste sábado como novo mandatário do Alvinegro pelos próximos três anos.


Fizemos perguntas sobre os planos para o futebol, mas também deixamos os candidatos à vontade para falar sobre o assunto durante bate-papos de aproximadamente uma hora de duração. Na manhã desta sexta-feira, vai ao ar a segunda parte (em vídeos) das entrevistas do GloboEsporte.com sobre as eleições no Botafogo, com Mufarrej e Guimarães abordando temas específicos sobre o clube.


Marcelo Guimarães...

... Descreve-se como um torcedor de arquibancada, embora por problemas familiares não tenha sido presença constante no Nilton Santos nos últimos anos. Em seus planos, estão um novo homem forte para o futebol, com "perfil vencedor", "conhecimento de mercado" e que já estuda reforços. Em relação a contratações, o candidato promete trazer um meia e um atacante de peso, com currículo expressivo, para serem referências do time. E vai conversar com Loco Abreu.


O número para votar em Guimarães é o 18.



Marcelo Guimarães vem com o advogado Maudro Sodré de vice (Foto: Divulgação)


+++ Continuidade, folha 20% maior e Jair até 2020: os planos de Mufarrej no futebol


Confira a entrevista:

Departamento de futebol

Não temos nada definido. A campanha é tão intensa que não sobra espaço para refletirmos sobre esse tema. Temos premissas.


Vamos trazer um gestor remunerado que tenha necessariamente uma característica: um histórico campeão e vencedor.


Isso é fundamental. Já temos uma pessoa que vem pensando o futebol. Não dá para falar o nome ainda, mas o cara que temos em mente é um dirigente boleiro, com muito conhecimento.


Time atual

Temos um time que encaixou. Se avaliarmos individualmente, nossa principal liderança é o Bruno Silva. Apesar das controvérsias, é nosso grande líder. Ele foi duas vezes campeão catarinense e uma da Copa do Interior de São Paulo.


Com todo o respeito que tenho ao Bruno como bom jogador que é, isso é insuficiente para ser a referência do time do Botafogo.



Guimarães elogia Bruno Silva, mas não o vê como referência (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


É claro que o Botafogo vai estrear no Carioca com a atual base. Respeito muito esse time. Não temos jogadores ruins. Temos atletas de médios para bons.


É necessário que a gente tenha um homem-gol. Fomos eliminados de dois campeonatos (Libertadores e Copa do Brasil) sem marcar um único gol.


Jair Ventura

O Jair é uma prata da casa. Um jovem de grande valor, uma revelação do futebol brasileiro. Eu até me referi que nosso time, os jogadores de um modo geral, não têm muitos títulos, mas o Jair tem. E principalmente, o Jair é uma figura que a gente respeita muito.


Acho que a decisão não é nem nossa se ele fica ou não, é uma decisão bilateral, porque ele hoje é um treinador ambicionado, que vários times querem ter. Então é uma joia, da qual temos muito carinho, e vamos conversar com certeza e decidir o que for melhor para ele também, óbvio.


Loco Abreu


Recebi o apoio dele com muito orgulho. O Loco é o maior ídolo do Botafogo nesse século. Tem um carisma espetacular. E protagonizou um dos momentos mais importantes da nossa história, que foi aquele gol de cavadinha contra o Flamengo. Teve um valor histórico, vinhamos de derrotas por três anos seguidos, síndrome do chororô, do vazião...


Lamento que a atual diretoria não tenha recebido o Loco para conversar. Esse processo judicial poderia ter sido evitado.



Guimarães abriu as portas para volta de Loco, mas ainda não definiu função (Foto: Bruno Gonzalez / O Globo)


O Loco criou uma geração de botafoguenses. É um personagem muito rico, um cara boa pinta, não era um craque, mas muito bom de bola, muito firme nas posições dele. Desde o Túlio não tínhamos um ídolo como ele. É um cara muito articulado, viajou o mundo inteiro, é muito inteligente e preparado. Com certeza vamos conversar com ele.


(Voltaria em qual função?) O Loco é daqueles que a gente conversa e vê o que dá para fazer. Ele ainda tem lenha para queimar no Botafogo


Jefferson

A situação do Jefferson me contraria absurdamente. Pegaram o Jefferson na Seleção e estão o entregando no banco. Fizeram uma campanha patética que arrecadou R$ 50 mil para pagar os salários dele. A campanha foi retirada depois de quatro meses no ar e arrecadou oito dias de salário do Jefferson.



Candidato exaltou Jefferson: "Maior goleiro da história do Botafogo" (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)


Depois teve aquele desacerto do nosso departamento médico. O Jefferson entrou naquele buraco negro e não saiu mais. Fez duas cirurgias, mais de um ano parado e agora está no banco. Lamento muito.


Na minha opinião é o maior goleiro da história do Botafogo. Tenho planos muito firmes para o Jefferson na próxima temporada


E o Gatito?


Vamos acompanhar a situação do Gatito. O Botafogo hoje passa a impressão de que serve para esquentar jogador para os outros. Típico de times médios. Os clubes que fazem contratos bem constituídos chegam ao final do ano com tudo sob controle.


Contratação de estrangeiros

O processo de contratação dos estrangeiros foi um desacerto absoluto.

Vingaram Gatito e Carli e mais nada. Pagar R$ 250 mil para o Canales, R$ 560 mil para o Montillo... Não dá. E o atual presidente critica o salário de R$ 700 mil que se pagava ao Seedorf. Até um garoto sabia que o Montillo não jogava bola em bom nível desde o Cruzeiro.


Não sou contra estrangeiros. Fui a favor da contratação do Seedorf, olha o caso do Loco Abreu. Agora precisamos ter cuidado. Infelizmente, o mercado latino hoje é uma espécie de Série B do futebol mundial. Eu desconfio de um jogador de 28 anos que ainda está por aqui. Os bons estão na Europa.


Então o Montillo está fora dos planos?

É um cara respeitável, que nos cativou. Queria dizer à torcida que ele será recebido. Vamos ouvi-lo. Mas precisa ficar claro que o Montillo que queremos precisa parecer com aquele Montillo do Cruzeiro. E não o que esteve por aqui. As portas não estão fechadas para ele. Na minha opinião, ele não é o cara para ser nossa a referência. Mas vamos conversar.


Seedorf

Sou testemunha da importância que o Seedorf teve. Não tive participação nenhuma na contratação dele e tive muitas dificuldades de rentabilizar porque o contrato não permitia nada. Mesmo assim ele estrelou o sócio-torcedor, fizemos um evento de recepção com um minuto e meio de Jornal Nacional, acessos do mundo inteiro do nosso site, que foi traduzido para oito línguas, renovamos vários contratos de patrocínio por causa dele...



Guimarães elogiou passagem de Seedorf pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva/SSPress)


A apresentação dele foi no Palácio da Cidade, ele foi recebido pelo prefeito. Além disso, teve um papel fundamental para os meninos que subiram da base.


Nomes de peso


Não precisa ser o Seedorf, não precisa ser um salário de R$ 700 mil, mas precisamos ter um ou dois jogadores que o elenco se orgulhe da trajetória.


O Botafogo vai atrás desses camisa 9 e 10 com toda a certeza. Nomes marcantes, com histórico campeão. Tudo dentro de uma realidade. Eu não vendo ilusões. Temos que ter dois jogadores de destaque. O tamanho exato deles é a disponibilidade financeira que vai decidir. Mas chegarão jogadores campeões. Pode ter certeza.


Ambição

Eu não fico feliz com o Botafogo brigando pelo 7º lugar. Isso não me traz felicidade. Aliás é um fenômeno que está acontecendo com todos os clubes. É muito ruim ver Flamengo, Vasco e Botafogo brigando pelo 7º lugar. Isso acontece pelo calendário. Se tivermos nove classificados para a Libertadores, teremos um Brasileiro jogado por times alternativos. Uma pena.


Uma coisa eu garanto: o Botafogo que eu projeto não vai brigar pelo 7º lugar.


Vamos manter a responsabilidade, mas queremos chegar em 2019 com o time brigando na ponta por todos os campeonatos.


Política respinga no momento do futebol?


Não sei. Eu vivi o clube como remunerado e vivenciei uma eleição. Posso dizer que o clube fica muito contaminado pelo processo eleitoral. Não posso afirmar no ambiente dos atletas, mas o clube em geral, já que ninguém sabe o que vai acontecer.


Torço muito para que o Botafogo chegue à Libertadores, esse é o meu maior sonho no momento. Apoio muito esse momento do futebol. O torcedor tem todo o direito de protestar, mas acho que esse é o momento de apoiar o time. Faltam dois jogos.


Torcedor de arquibancada


Fui acusado de não ir aos jogos. Hesitei em falar o que vou revelar agora. Tenho uma filha de dois anos que está com muita saúde, mas nasceu no limite da prematuridade. Foi um momento desafiador da minha vida. Na virada do ano, perdi meu pai, meu companheiro de estádio. Foi muito duro. De fato, nesse ano, fui muito menos do que gostaria.


Mas meu histórico é de arquibancada. Não sou cidadão de camarote.


Transição

Pretendo aproveitar alguns quadros de voluntários atuais. Não posso dizer se vou aproveitar ou não, porque não depende de mim. Mas me dou muito bem com o Carlos Mattos (diretor de TI), com o Gustavo Noronha (diretor jurídico) e com o Alexandre Brito (vice de esportes gerais). Tenho excepcional relacionamento com eles. São nomes que gosto.


É obvio que vou chamar todos para conversar, quero ouvir o atual presidente. Quero tirar o ódio do processo e amenizar as feridas naturais do final de uma eleição. O Botafogo é muito grande para ser assumido por um único grupo. A porta estará aberta. Em caso de vitória, vamos nomear pessoas para conduzir desse processo de transição.


Base

Precisamos ter cuidado na formação dos atletas. Vamos perder o Emerson (Santos, com pré-contrato assinado com o Palmeiras) de graça, talvez a maior joia dessa geração. Um caso típico de má gestão de imagem é o do Luís Henrique. O garoto esteve em todas seleções de base, o colocaram em um jogo e na semana seguinte tinha uma foto dele na vitrine da loja. É exemplo de o que não fazer com um atleta da base. O garoto ficou totalmente desorientado, forçaram uma titularidade e deu no que deu. Não dei nem onde ele está hoje (Feirense, de Portugal).



Emerson Santos e Matheus Fernandes: duas joias do Botafogo (Foto: Divulgação / Botafogo)


O Manoel Renha (coordenador da base) é um quadro muito qualificado. É um típico caso que precisamos ter a dimensão do tamanho dele. Precisamos sentar e conversar. Ele conta com o meu apreço e sempre se mostrou disponível a colaborar com todos os presidentes.


É claro que esse trabalho da base começou antes da chegada dele, desenvolvido por profissionais da gestão passada. Não tenho medo de fazer elogios pontuais à antiga gestão. Existe uma tendência de satanização. Esse modelo atual da base se desenvolveu na gestão passada. Daremos muita atenção à base.


Futebol feminino

Temos um desafio especial que a partir de 2019 o futebol feminino passará a ser obrigatório. Minha ideia é formar uma categoria de base com sub-15 e sub-17, e no primeiro ano fazer uma parceria com uma equipe já formada. Aos poucos haverá a transição. Vejo Marechal Hermes com simpatia para abrigar esse projeto. Vamos fazer uma reforma básica e podemos colocar arquibancadas para que façam jogos lá. Não vejo as meninas treinando no novo CT.


Queria agradecer à família Moreira Salles. Levaremos 30 anos para pagar o CT, portanto não pertence a essa gestão. Mas reconheço a habilidade que a atual administração teve para abrigar o projeto. Mas lembro sempre que infraestrutura não é o nosso problema.


Somos o clube de melhor estrutura no Rio. O que precisamos é de gestão.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima, Rio de Janeiro

Continuidade, folha 20% maior e Jair até 2020: os planos de Mufarrej no futebol


Candidato da situação prioriza manutenção do comando do esporte, defende busca por apostas e descarta loucuras por nomes de peso: "Temos limitação orçamentária e vivemos com pé no chão"







Na primeira parte das entrevistas com os candidatos à presidência do Botafogo, o assunto é futebol. Afinal, é o carro chefe do clube e o tema de maior interesse do torcedor. O GloboEsporte.com foi a General Severiano nesta semana e conversou com Nelson Mufarrej (vice Carlos Eduardo Pereira) e Marcelo Guimarães (vice Mauro Sodré). Um dos dois será eleito neste sábado como novo mandatário do Alvinegro pelos próximos três anos.


Fizemos perguntas sobre os planos para o futebol, mas também deixamos os candidatos à vontade para falar sobre o assunto durante bate-papos de aproximadamente uma hora de duração. Na manhã desta sexta-feira, vai ao ar a segunda parte (em vídeos) das entrevistas do GloboEsporte.com sobre as eleições no Botafogo, com Mufarrej e Guimarães abordando temas específicos sobre o clube.


Nelson Mufarrej...


... Descreve-se como tradicional do Botafogo. De família libanesa e alvinegra, é sócios desde 1964, filho de um ex-vice financeiro e na última década entrou na vida política do clube. Em seus planos, estão a continuidade do trabalho, pautado pela austeridade e pés no chão, e reforços pontuais. Nada de fazer loucuras por nomes de impacto, mesmo com folha salarial um pouco maior. Apostas atrás de contratações certeiras seguirão como norte. E a prioridade se chama Jair Ventura.



O número para votar em Mufarrej é o 21.



Nelson Mufarrej vem com Carlos Eduardo Pereira de vice (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


+++ Gestor campeão, 9 e 10 de peso e... Loco de volta? Os planos de Guimarães no futebol


Confira a entrevista:

Reforços

Precisa de atacante, um de lado, um volante... Nós estamos discutindo um 9, um 10... O Guilherme acho que não vai ficar com a gente, vamos precisar de alguém para essa posição, para que o Pimpão também não fique sozinho. A gente vê que há um desgaste físico dele. Isso aí estamos buscando, mas só vamos ver efetivamente a partir do final do Campeonato Brasileiro. Ainda não dá para dizer um número.


Contratações de impacto?


Hoje não. Temos uma limitação orçamentária e vivemos com pé no chão.


Não vamos fazer nada que não esteja ao nosso alcance, senão amanhã vamos pagar um ônus muito grande. Já chega o que estamos pagando da gestão anterior. Às vezes o dirigente pode ficar empolgado. Quantas vezes pensamos em contratar o Messi, o Neymar ou quem possa suprir a posição que necessitamos. Mas só vamos contratar se houver recursos.


Há uma contenção muito grande dentro dos clubes, tem lugar aí em que a barca vai sair com muita gente. A situação está muito fechada, a não ser para os dois, um de São Paulo e outro do Rio de Janeiro (Corinthians e Flamengo) que tem uma facilidade maior de recebimento da televisão. Em 2019 é que isso vai se equilibrar um pouco mais.


No ano que vem, em relação à economia brasileira, vai ser muito difícil. Tomara que a gente tenha sorte de revelação da base. Apostamos nessa integração de base com o profissional com o novo CT.


Folha salarial

O orçamento está sendo fechado agora, mas acho que vai ser mais ou menos por aí (20% de aumento).


Vai aumentar, mas o grande problema é que precisamos ter criatividade na obtenção de receitas.


Situação de Roger


Não sei se ele vai ficar, estão dizendo que o Internacional vai contratá-lo. Nós gostaríamos de ficar com o Roger, que se identificou com a torcida, mas dentro das nossas condições. Se ele realmente achar que tem condições financeiras melhores e prefere sair, não podemos fazer nada.


Gilberto

Ele foi sondado, mas não nos deu nenhuma resposta. Também não é um jogador barato, o custo dele é muito alto. Vai ficar sem contrato agora com o São Paulo, vamos ver. Mas acho que é um jogador que visa muito mais ir para o exterior.


Montillo volta?


Nelson Mufarrej durante a apresentação de Montillo, em janeiro (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


É um jogador que saiu pela porta da frente, tem um caráter muito bom. Quando sentiu que não dava para continuar, ele pediu a rescisão, coisa que é difícil ver em jogador. Não temos tido contato direto. Se vê muito pela imprensa, o empresário dele já falou que ele gostaria de vir para o Botafogo. Mas não tem nada de concreto, vai depender das condições.


Teríamos que fazer um contrato por produtividade, esse é o nosso pensamento.


Fernando Belluschi
Eu desconheço. Não sei se o presidente Carlos Eduardo tem algum conhecimento. No dia a dia nosso não ouvi comentários, só na imprensa. San Lorenzo, time do Papa, de repente vem com bênção grande (risos).


Contratações de estrangeiros


Não sou muito, não. Mas evidentemente temos que analisar por que contratamos. Porque os valores são menores do que jogadores aqui no Brasil. Os brasileiros hoje estão muito valorizados porque lá fora se paga muito bem. Em contrapartida, os sul-americanos a gente contrata com valor menor, mas toda contratação, de estrangeiro ou não, corre-se um risco de adaptação.


Gatito e Jefferson
Isso é um problema do técnico (risos), acho os dois ótimos goleiros. Jefferson é o maior do Brasil, então você vê que coisa bacana: vejo tanto o Jefferson quanto o Gatito um respeitando o outro. Não tem aquela animosidade, respeitam o que o técnico determina, futebol é assim. Depende do técnico, um pode preferir o Jefferson, outro o Gatito...


Precisa vender?

Igor Rabello vem sendo cobiçado por clubes da Europa (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)


Todo mundo precisa vender sempre. O Botafogo tem suas obrigações, mas é óbvio que vendendo vai ter condições de contratar melhor. Não temos nenhuma proposta efetiva, a do (Igor) Rabello não chegou para a gente (Udinese). Mas mesmo que chegasse, parece que seria de € 3 milhões, então não tem cabimento de ser vendido.


Dinheiro estamos precisando, mas o Botafogo não está em liquidação.


Temos o patrocínio da Caixa, que acreditamos que vai permanecer com a gente. Estamos em um estudo final de parceria com uma instituição financeira. O banco vai ter um fundo de investimento que vai se chamar "Botafogo", então as pessoas vão aplicar em um fundo normal, só que uma parte da taxa de administração vai ser reverter para o clube. É uma criação de receitas que deve entrar em vigor em janeiro. Parece que Fluminense e Grêmio também estariam nessa empreitada.



Departamento de futebol



Lopes irá para quarto ano no comando do futebol se Mufarrej vencer (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)


Não haverá mudanças. Em primeiro luar, o Cacá (Azeredo) é o vice de futebol, gosto muito dele, acho que está fazendo um ótimo trabalho. O (Antônio) Lopes idem.


Planos para Jair Ventura
O contrato do Jair vai até o final de 2018. Caso eu seja eleito, gostaria de renovar até 2020, que é o término da minha gestão.


Porque entendo que não adianta muito ficar mudando de técnico. E o Jair demonstrou ser um ótimo técnico, montou uma estrutura dorsal no Botafogo que vem funcionando. É óbvio que ele precisa de algumas peças a mais, se Deus quiser vamos poder dar isso a ele em 2018 e diante.


Se há um assédio, ele também tem todo direito de pensar. Assim como também poderia ter um assédio de vários técnicos em cima de mim dizendo querer ser contratado pelo Botafogo. Se ele achar que é melhor seguir por um outro caminho, não podemos fazer nada.



Se ganhar, Mufarrej quer Jair durante seus três anos de mandato (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)


Sou da opinião que ninguém é insubstituível. Gosto muito do Jair, Lopes, Cacá, mas se as pessoas não quiserem continuar na nossa administração, vamos procurar alguém que possa ocupar o lugar delas.


Política respinga no momento do futebol?

Não tem influência de eleição. Acho que o time está desgastado mesmo. Entramos na Pré-Libertadores, que foi muito difícil, fomos para a semifinal da Copa do Brasil e quartas de final da Libertadores... Sendo que o time jogando praticamente não teve a pré-temporada. Tudo isso faz com que jogadores fiquem cansados, o time jogou muito, talvez seja o que jogou. Há um desgaste muito grande.


Premiações atrasadas


Ainda não quitadas (foram quitadas). Nós explicamos aos jogadores, e eles entenderam, que é importante pagarmos os salários, recolher os encargos, depois vamos conseguir fazer com que pague os prêmios. Acredito que a gente vai conseguir tranquilamente até o final do ano.


Renovações travadas influenciam?


Não sei porque influenciaria, pois nós não conversamos ainda. A diretoria hoje está focada na Libertadores. Depois vamos sentar e verificar o que vamos fazer. Quem vai ficar ou não, se todos vão ficar, depende do orçamento também. Não adianta ficar com um jogador que vai custar tanto e não poder trazer outro. Acho estranho isso cair no colo do Botafogo. Por que não cai no do Fluminense, do Vasco, do outro lá da Gávea? É interessante isso.


Com o Roger é porque o empresário veio para renovar. Ele teve um problema, se não tivesse isso e continuado jogando, iríamos dizer: "Espera".



Política de contratos curtos

Tem que ser essa política, ter o feeling de saber se vamos contratar alguém por mais tempo ou não. Ou a própria comissão técnica. Já pensou? O jogador não se adaptou ao esquema do técnico... Aqui todos recebem certinho em dia, até quem não está jogando.


A legislação de seis meses nos deixa muito vulneráveis. O pré-contrato é um desequilíbrio total.



Roger foi contratado só com um ano e está de saída para o Internacional (Foto: (Foto: Divulgação/Botafogo) )


Deveria ter alguma coisa para equilibrar isso. Então realmente a gente corre esse risco. Você vê um jogador da base (Emerson Santos) que não quis renovar, há mais de um ano a gente vinha tentando. A oposição está até criticando, mas esquece da legislação. O jogador pode dizer que não quer renovar e não renova. A legislação é muito ruim para o clube, mas faz parte do jogo.


Futebol feminino

É para 2019 (obrigatoriedade), vamos começar a pensar a partir do ano que vem. Temos Marechal Hermes, que talvez aproveitamos para abrigar o futebol feminino. Você vê, na situação toda que os clubes se encontram, você tem mais uma despesa. Não são jogadoras amadoras, temos que pensar muito como fazer. Não tenho ainda a menor ideia, vamos deixar a coisa amadurecer um pouco mais, ver se vai entrar em prática em 2019 mesmo ou não...


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar e Thiago Lima, Rio de Janeiro