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quinta-feira, 26 de março de 2015

Presidente minimiza polêmica após dirigente ter sido retirado do vestiário


Carlos Eduardo Pereira diz que não há problemas entre Mantuano e Antônio Lopes e comenta: "Eventualmente há uma voz mais alta, mas nada que altere o dia a dia"




Presidente coloca panos quentes em episódio de invasão
 de vestiário no Raulino de Oliveira (Vitor Silva/SSPress)
O presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, encarou com naturalidade a presença do vice de futebol Antônio Carlos Mantuano no vestiário da equipe após o empate contra o Barra Mansa, nesta quarta-feira. O dirigente entrou no local exaltado, reclamando do resultado, e foi retirado do vestiário pelo diretor de futebol Antônio Lopes. Em entrevista à “Rádio Brasil” nesta quinta, Pereira disse que não viu como grave a atitude de Mantuano.

- Vejo com normalidade, eventualmente o resultado foi diferente do que esperávamos, podem ocorrer discussões. Nada fere nosso objetivo e atrapalha o trabalho, temos confiança no grupo e alcançaremos todos os objetivos em 2015.

Antes do início coletiva de René Simões, as vozes altas foram ouvidas por quem estava do lado de fora do vestiário no Raulino de Oliveira. O dirigente, então, foi retirado do vestiário por Antônio Lopes e um segurança, mas, segundo Carlos Eduardo Pereira, sem maiores problemas entre Mantuano e Lopes.

- Conversei com ambos, nada de relevante. Eventualmente uma voz mais alta, mas nada que altere o dia a dia. Nossa preocupação é com o clássico de domingo. Plena confiança na nossa recuperação, somos líderes da Taça Guanabara.

Após a polêmica, Mantuano falava ao telefone reclamando muito da atuação da equipe. Questionado de lugar de dirigente é no vestiário, Carlos Eduardo Pereira seguiu com a postura de botar panos quentes na confusão.

- Difícil fazer análise crítica. Não se pode evitar que o vice de futebol e o presidente tenham acesso ao vestiário, é exagero. Mas tudo o que é combinado, é válido. O que ocorreu foi dentro da normalidade, o resultado negativo deixou todos aborrecidos - completou.

O Botafogo volta a campo no domingo para fazer o clássico que vale a liderança na Taça Guanabara, contra o Vasco, no Maracanã.

Por GloboEsporte.com Rio de Janeiro/GE

Aprovado pelo Bota, Daniel Carvalho recomeça: "Agora tento ser um atleta"


Clube decide tentar contratação de jogador de 32 anos, que admite ter deixado a parte física de lado e busca reencontrar forma de título conquistado há 10 anos




René Simões e Daniel Carvalho conversam em treino
 do Botafogo na última terça-feira: preparação para
 vínculo definitivo (Foto: Gustavo Rotstein)
Em 18 de maio de 2005, Daniel Carvalhose consagrou no Estádio José Alvalade, em Lisboa, como o melhor jogador da final da Copa do Uefa. De seus pés saíram as jogadas de todos os gols do CSKA na vitória por 3 a 1 sobre o Sporting, fazendo seu clube ser o primeiro russo campeão europeu. Dez anos depois, aos 32, ele tenta recomeçar a carreira após um ano e meio sem atuar no campo. Depois de anunciar a aposentadoria e aventurar-se no futsal, o gaúcho de Pelotas agora faz uma nova tentativa, a pedido do filho João Paulo, de 7 anos. Depois de uma breve temporada no América-RJ, surgiu a oportunidade de treinar no Botafogo sem qualquer tipo de compromisso. E o período de preparação, iniciado em 19 de fevereiro, começa a dar seus primeiros resultados. Comissão técnica e diretoria aprovaram o meia e em breve farão uma proposta para assinatura de um contrato válido até dezembro. A expectativa, portanto, é que Daniel Carvalho seja o primeiro reforço alvinegro para a Série B do Campeonato Brasileiro.

O acordo vai depender de um acordo salarial, já que o Botafogo tem um teto determinado. Mas, no que depender da vontade de Daniel Carvalho, não haverá problema. Sua expectativa é retribuir a receptividade alvinegra e contribuir com o técnico René Simões, um de seus principais incentivadores, com quem tem conversas na busca por ser um profissional livre de fantasmas do passado – principalmente em relação à forma física.

Em entrevista ao GloboEsporte.com, Daniel Carvalho destacou a importância do Botafogo na tentativa de retomar sua carreira e admitiu que este recomeço é guiado por dois principais caminhos: a busca por atuações parecidas com a da final da Copa da Uefa de 2005 e a mudança da mentalidade de que somente a qualidade com a bolas nos pés era suficiente para ser bem sucedido no futebol.

GloboEsporte.com - Como recebeu as recentes declarações do técnico René Simões, que disse considerar sua contratação para o Brasileiro?

Daniel Carvalho - Vi como meus objetivos, minhas metas sendo alcançadas, como o reconhecimento do meu esforço. No momento, isso representa uma vitória pessoal. Estou tentando buscar meu melhor, e saber que estou evoluindo é gratificante. Sei que os elogios são importantes, mas também sei que ainda não estou preparado para jogar de igual para igual com todos aqui.

Mas o que o significa saber que existe a possibilidade de ficar em definitivo? Gostaria de integrar o elenco do Botafogo?

Daniel Carvalho na final da Copa da Uefa de 2005: melhor
 em campo e auge da carreira (Foto: Agência Reuters)
Sem dúvida que gostaria. Mesmo na Segunda Divisão, o Botafogo é um clube de tradição, que logo vai voltar à Primeira. O grupo vem sendo formado agora mas já apresenta bons resultados. Estou contente por estar aqui e feliz pela forma com que todos me receberam. Aqui é diferente de outros clubes em que já trabalhei, porque não existe vaidade. É bom trabalhar com pessoas do bem, e me sinto bem assim.

Caso a contratação seja concretizada, fica claro que não haveria problema de entrosamento, já que há mais de um mês você participa de treinamentos e jogos-treino...

Quanto a esquema tático e conhecer jogadores, não tem problema. No futebol é só ser um pouco inteligente e você consegue ler o jogo e entender a característica de cada atleta. Tirando a forma física, que foi o motivo pelo qual mais me criticaram, sempre fui elogiado pelo jeito que entendia o jogo. Com certeza quem tem esse dom não desaprende. Sempre fui inteligente para jogar.

Você treina no Botafogo desde 19 de fevereiro, e desde então é visível sua evolução no aspecto físico...

Mas isso vai depender. Se eu jogar bem, tudo mundo esquece. Se eu for mal, vão falar do peso. A diferença de agora para o passado é que antes eu era um jogador, agora tento ser um atleta. Sei que a cada ano perde espaço no futebol quem só é inteligente e tem técnica. Comecei a botar na cabeça que preciso dar algo mais fisicamente, correr mais. Hoje no futebol tem espaço para esse atleta. Antes de parar eu achava que qualidade técnica era suficiente. Demorei para perceber isso, mas fui inteligente o suficiente para perceber que não tem espaço só para a qualidade. Estou tentando juntar essa qualidade técnica do passado com a dedicação e a parte física do presente.

A final da Copa da Uefa de 2005 ficou marcada em sua carreira. Nesse momento em que busca retomá-la, aquela atuação serve como uma espécie de estímulo, embora tenha sido há 10 anos?

Individualmente aquele foi a principal atuação da minha carreira. Coletivamente também, porque o CSKA foi campeão. Aquele foi o meu auge como atleta e jogador. Tenho que me espelhar nas coisas boas do passado. Tento ser hoje aquele jogador participativo que fui naquela final, e isso vai me colocando em forma. Ainda hoje sou muito reconhecido pela torcida do CSKA por aquele título. Se hoje eu fizer 75% ou 80% do que fiz naquela final, posso contribuir com o Botafogo, se eu vier a ficar.

Você já consegue se imaginar atuando pelo Botafogo neste ano?

Nos tempos de Atlético-MG, Daniel Carvalho recebeu
críticas em relação à forma física (Foto: Agência estado)
Sim, penso em contribuir, em ajudar, mas não quero apressar as coisas, nem o René. Para o Carioca não dá e para a Copa do Brasil vai ficar muito em cima, então seria para o Brasileiro. Se eu sentir que durante o mês de abril o trabalho me ajudar e se nesse período existir interesse do Botafogo, fico com a maior satisfação. Se não quiserem contar comigo, serão claros em relação a isso, e vou procurar outro objetivo. Estou contente aqui e eles estão contentes comigo, então pode existir essa parceria. Se não existir, o carinho por todos aqui continua. Se no futuro eu conseguir alcançar minhas metas, uma grande parcela será do René e do Botafogo.

É comum ver longas conversas suas com René Simões no campo antes e depois dos treinos. Quais os assuntos predominantes?

O René pergunta se estou me sentindo bem, se acha que estou evoluindo, crescendo. Ele diz que me vê melhorando e afirma que estou no caminho certo. Além disso vai me acompanhando, me orientando com dicas do que posso melhorar e o que devo manter. Além de ser uma relação profissional existe amizade e carinho, porque ele quer me ver jogando, independentemente de ser no Botafogo ou não.

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro/GE

Cartola do Botafogo se exalta no vestiário e deixa clima pesado com atletas



Vitor Silva / SSPress


O empate por 1 a 1 com o Barra Mansa não acabou após o apito final. No vestiário, os ânimos se exaltaram com a presença do vice de futebol do Botafogo, Antônio Carlos Mantuano. O cartola entrou no cômodo completamente exaltado e disparou algumas críticas pesadas. Alguns jogadores reagiram e a comissão técnica pediu para que o dirigente deixasse o local.

O diretor de futebol Antônio Lopes contou com o auxílio de um dos seguranças para conter Mantuano, que não parou por aí. Mesmo do lado de fora, ele falava aos berros no celular: "Esse jogador não tem a menor condição de ser jogador do Botafogo e permanecer no elenco". No fim do segundo tempo, Bill desperdiçou pênalti de maneira bizarra e foi vaiado pela torcida.

Enquanto Mantuano desabafava no celular, o clima no vestiário era pesado. Jogadores não acreditavam no que tinham presenciado e consideraram a forma que a cobrança foi feita totalmente descabida e exagerada. Alguns mais experientes e que já o conhecem há mais tempo comentavam que o jeito "explosivo" do cartola é um problema e que uma hora isso aconteceria.

Mesmo longe de Volta Redonda, o presidente Carlos Eduardo Pereira teve que entrar no circuito para amenizar a primeira crise de seu mandato, criada por um dos seus homens de confiança. Mantuano seria candidato nas últimas eleições, mas se aliou ao rival em troca do cargo no futebol.

O presidente é à favor das cobranças, mas desde que sejam feitas dentro de um limite. Existe um consenso de que Mantuano extrapolou por ter agido no calor da emoção, o que expõe falta de profissionalismo, cada vez mais raro no futebol atual. Por outro lado, a critica mostra uma mudança em relação à última gestão, que evitava cobrar os atletas.

Procurado pelo UOL Esporte, Mantuano não atendeu às ligações. O técnico René Simões também não comentou o assunto em coletiva de imprensa após o jogo e o entrevero no vestiário.

Apesar da crise criada por Mantuano, o Botafogo, com 29 pontos, segue na liderança do Campeonato Carioca. O Flamengo poderia ter ultrapassado a equipe, mas venceu o Bangu por apenas 2 a 1 e tem saldo de gols inferior. O Alvinegro volta a campo neste domingo, quando medirá forças com o Vasco, no Maracanã.

Bernardo Gentile
Do UOL, no Rio de Janeiro

Raphael Rezende alerta Botafogo após empate: "Não evolui para a Série B"


Comentarista afirma que atuação do Alvinegro foi "abaixo da crítica" e que rendimento não é "para chegar às vitórias"; Glorioso continua na liderança mesmo sem vencer





O Botafogo até teve a chance de conseguir mais uma vitória no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Aos 41 minutos do segundo tempo, o atacante Bill desperdiçou cobrança de pênalti. O resultado final do confronto com o Barra Mansa, na noite desta quarta-feira, pela 12ª rodada do Campeonato Carioca, foi o empate por 1 a 1. Para o comentarista Raphael Rezende, o Glorioso dá mostras de não evoluir para disputar a Série B do Campeonato Brasileiro.

- Um jogo abaixo da crítica novamente, como já tinha sido a vitória sobre a Cabofriense. É esse alerta que tem que estar ligado. O resultado por si só poderia ter aparecido novamente nesse pênalti do Bill no final. O problema é que o time não rende para chegar às vitórias, não evolui pensando em Série B - disse Raphael.

Bill se desespera após perder cobrança de pênalti no Raulino de Oliveira (Foto: Fernando Soutello/Agif/Agência Estado)

O comentarista afirmou que o Bota teve a chance de vencer, com a cobrança de pênalti, mas que não merecia sair de campo com os três pontos. Segundo Raphael, o segundo tempo foi de domínio da equipe do Barra Mansa.

- O Botafogo teve a chance, mas não merecia a vitória pelo que produziu. O segundo tempo foi basicamente do Barra Mansa, o time finalizou mais. O Renan apareceu muito mais no jogo do que o Thiago Leal - comentou.

O time comandado por René Simões entrou em campo como líder isolado do Campeonato Carioca, mas agora divide a primeira colocação com o Flamengo, que bateu o Bangu por 2 a 1, no Maracanã, e chegou nos mesmos 29 pontos do Alvinegro. No domingo, o Botafogo faz o clássico com o Vasco, no Maraca, às 16h.


Por SporTV.com Volta Redonda, RJ