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sexta-feira, 8 de maio de 2020

Meu jogo favorito: Dodô lembra de gol que "roubou" de Zé Roberto em título do Botafogo em 2006


Ex-atacante foi herói no Campeonato Carioca que encerrou jejum de oito anos do clube. Antigo camisa 10 brinca com "carona" que pegou no lance do companheiro para levar artilharia




No meio dos 96 jogos e 88 gols com a camisa do Botafogo, uma data ficou marcada para Dodô: 9 de abril de 2006. Naquele dia, o ex-atacante alvinegro foi herói do título do Campeonato Carioca, conquista que encerrou um jejum de oito anos para o clube de General Severiano.



Em 2006, Botafogo vence Madureira por 3 a 1 e conquista o Cariocão


- Foi quando eu comecei a ver o que a torcida do Botafogo sentia por mim. A gente venceu o primeiro jogo de 2 a 0, então a torcida já foi no clima de comemorar. A gente conseguiu confirmar dentro de campo e foi uma festa bonita - lembrou o atacante ao GloboEsporte.com.


- O Maracanã estava lotado, todo de preto e branco. A gente conquistou o título e consolidou de vez a minha relação com o torcedor do Botafogo. Eu terminei como artilheiro, craque do campeonato e campeão - completou.


Uma semana antes dessa partida, no primeiro dos jogos contra o Madureira, o Alvinegro levou a melhor em duelo tenso e venceu com gols de Reinaldo e Joílson. O que deu ares de comemoração antecipada àquela tarde de domingo, com mais de 45 mil torcedores nas arquibancadas do Maracanã. Festa que foi confirmada muito por conta do atacante, autor de dois gols na vitória de 3 a 1.




Em 2006, Dodô faz dois pelo Botafogo na conquista do Carioca (http://globoesporte.globo.com/ge/videos/v/em-2006-dodo-faz-dois-pelo-botafogo-na-conquista-do-carioca/8538349/)


O primeiro deles foi o mais bonito, um chutaço de fora da área inapelável para o goleiro do Tricolor Suburbano, Renan. Mas é o segundo que o ex-camisa 10 guarda com mais saudosismo. Curiosamente, um lance que teve pouquíssima participação de Dodô. Na verdade, o atacante considera que "roubou" o gol do parceiro Zé Roberto, que fez quase toda a jogada (veja acima).


- O Zé Roberto fez a jogada toda e eu "roubei" dele (risos). É que eu estava empatado com outro cara na artilharia e esse era o último jogo. Quando vi a bola ali, pensei: "vou ser artilheiro isolado". E empurrei a bola para o gol. Foi um momento engraçado daquele jogo, lembro até hoje - disse.


Dodô fez os dois primeiros gols daquele jogo. Depois, Fábio Júnior descontou para o Madureira, mas Reinaldo manteve a vantagem e fechou o 3 a 1. E o Botafogo saiu com um título que não ganhava desde 1997. O grito de "campeão" estava engasgado há oito anos, desde o Rio-São Paulo de 1998.



Dodô comemora um dos gols de 2006 — Foto: Fernando Soutello / ProFoto




Mais respostas de Dodô

No coração da torcida

Na minha primeira passagem, eu também fiz muitos gols e a torcida já tinha uma simpatia comigo. Mas, foi ali que ficou marcado. Meus momentos foram tão bons no Botafogo que é até difícil escolher só um.


Tive o problema do doping, mas poderia encerrar a carreira no Botafogo se não fosse da maneira que aconteceu. O Botafogo é a minha paixão, todo mundo sabe.


No telefone com Montenegro

Eu joguei menos de 10 rodadas daquele Brasileirão e fui vendido logo depois para os Emirados. Era uma proposta muito boa e eu já estava com 30 anos. No ano seguinte, quis voltar para o Brasil e pintaram muitas propostas. Lembro que o Montenegro me ligou: "vai voltar para o Brasil e conversar com A, B C?". Eu disse: "você não me ligou...". Ele respondeu: "estou te ligando agora", e a gente acertou ali, na hora. Sem falar de valor, nem nada. Eu gostava muito de jogar no Botafogo.


Fonte: GE/Por Paula Carvalho e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro

Coronavírus atrasa vinda da família de Honda, do Botafogo, ao Brasil


Meio-campista está morando em um condomínio na Zona Oeste do Rio de Janeiro com Keisuke, responsável pelas mídias sociais do atleta; parentes do camisa 4 passam bem



Honda em ação pelo Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)


O Coronavírus trouxe diversas mudanças no calendário do futebol brasileiro e no dia a dia dos jogadores. Um dos principais afetados, neste contexto, foi Keisuke Honda, do Botafogo. O japonês, recém-chegado ao Rio de Janeiro, contava com a chegada da família ao território tupiniquim no final do mês passado - ou, no mais tardar, no começo desse mês -, mas o COVID-19 atrasou os planos.


A família do japonês, vale ressaltar, está bem. Nenhum dos parentes do atleta do Botafogo está com sintomas do novo coronavírus, mas a pandemia atrasou os planos do jogador em encontrar os entes, já que todos chegaram concordam que a melhor ideia, no momento, não era fazer nenhum tipo de mudança grande e permanecer no Japão até que tudo melhore.


Honda está tranquilo em relação a isso. O meio-campista entendeu que o momento vivido pelo mundo não é comum e que a melhor opção, por ora, é ficar longe da família. Os parentes também compreenderam a razão e vão postergar a vinda ao Brasil. 



Quando foi contratado pelo Glorioso, Honda viveu em um hotel durante algumas semanas, já que ainda não tinha um lugar certo para viver. A diretoria do Alvinegro e os representantes avançaram nesta questão e o japonês, agora, já tem uma moradia fixa - está em um codomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.


A companhia diária de Honda é... Keisuke. Não estranhe. O xará é o responsável por produzir os conteúdos das redes sociais do meio-campista. Mesmo com a quarentena, o japonês continua fazendo vídeos para o seu canal do YouTube, que recentemente bateu a marca de 187 mil inscritos.


Enquanto passa parte dos dias mantendo a forma física ou ajudando o xará Keisuke nos conteúdos para as mídias sociais, o jogador do Botafogo fica tranquilo em relação à situação dos familiares na Terra do Sol Nascente.



Fonte: LANCE! Fernanda Teixeira e Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)