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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Jair Ventura fecha treino e esconde o time para sua final: “Tudo é possível”


Treinador (mais uma vez) adota o mistério na véspera da partida sobre o Olimpia e fala em classificação para “coroar a entrega” do Botafogo




Segredo, segredo e mais segredo. É essa (mais uma vez) a receita de Jair Ventura na véspera da partida contra o Olimpia. Na tarde desta terça-feira, o treinador fechou o treino no Estádio do Sportivo Luqueño, em Luque, no Paraguai. E não disfarçou sua intenção: esconder a escalação do Botafogo para a partida que descreveu como “uma final”.
 
Jair Ventura durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, no Paraguai (Foto: Marcelo Baltar)

- É uma surpresa. Também não vou falar sobre o gol. Assim como todas posições, já definimos. A gente quer de alguma maneira tentar não dar armas ao adversário. Só por isso não revelamos a equipe. Peço a compreensão de todos – esquivou-se o treinador alvinegro.


São três as dúvidas. Helton Leite e Gatito Fernandéz disputam uma vaga no gol, com leve favoritismo para o brasileiro. Com Jonas suspenso, Marcelo deve ser deslocado para a direita, com Carli voltando ao time. Marcinho corre por fora. No ataque, Roger deve formar dupla com Pimpão. É possível, no entanto, que Jair abra mão do camisa 9 para reforçar o meio de campo, como fez contra o Colo-Colo, em Santiago. Nesse caso, Lindoso entraria no time.


- É possível. Tudo é possível no futebol – brincou Jair.


A provável escalação para o jogo desta quarta é Helton Leite (Gatito), Marcelo, Carli, Emerson Silva, Victor Luis; Airton, Bruno Silva, João Paulo, Camilo; Rodrigo Pimpão e Roger (Lindoso).


Após a partida, o Botafogo poderia ir ao Defensores del Chaco reconhecer o gramado. No entanto, devido à distância e ao horário, o clube abriu mão da visita.
 
Botafogo treina na tarde desta terça-feira um dia antes da partida decisiva contra o Olimpia (Foto: Divulgação / Botafogo)


Outros trechos da entrevista


O que significa o jogo de amanhã?

- É um jogo muito importante, até por ser o ultimo, para coroar a entrega desse grupo. Uma equipe que teve pouco tempo de preparação e passou pelo Colo-Colo uma equipe muito qualificada, que nos deu muito trabalho. Agora temos mais um gigante da América pela frente. Um clássico, tudo pode acontecer, vamos fazer de tudo para passa. É uma final.


Clima hostil no estádio


- Temos a essa preocupação. Sabemos que esse é um dos grandes dificultadores da Libertadores. Mas faz parte. Estamos preparados, com a cabeça boa. Foi assim fora contra o Colo-Colo. Mesmo sofrendo o gol no inicio, a equipe não se desorganizou. A palavra chave é o equilíbrio. Temos que ter atenção redobrada do inicio ao fim”.


Atitude

- Se você olhar nossa equipe, temos algumas maneiras de jogar. Dentro da partida mudamos de acordo com o que se desenha. Em alguns momentos somos um pouco mais ofensivo, em outros defensivos. A gente passa isso para os atletas.


Pênaltis

- Pensamos em tudo. Estamos super otimistas, mas temos que estar preparados para todas situações. Treinamos hoje, mas também em outros vários dias. Estamos preparados para tudo o que pode acontecer durante a partida.


Descanso


- Trabalhamos muito na situação de recuperação, mesclamos na partida contra o Boavista. Quero ressaltar a força do elenco. Não é todo dia que a gente via uma partida perdendo de dois a zero. Sempre dando oportunidade. Por essa a questão o Leandrinho viajou conosco. Fica clara a questão de meritocracia”.


Olimpia


- É uma equipe muito competitiva, sabe jogar a competição, tricampeã da Libertadores. Me preocupa bastante. Mas estudamos bastante, a gente conhece.


Sassá

- Mais um jogador, mais uma força, apesar de não estar inscrito, um cara muito querido no grupo, cara alegre, que todos gostam bastante. Passa um pouco de alegria e motivação.


Fonte: GE/Por Marcelo Baltar/Luque, Paraguai

Experiente, Emerson pede cautela ao time na quarta: "Não dá para se atirar"


Zagueiro sabe da importância de ter inteligência e apostas nos contra-ataques para sair de Assunção com a classificação para a fase de grupos da Libertadores




Um dos jogadores mais experiente do elenco do Botafogo, Emerson Silva, de 33 anos, falou momentos antes da viagem ao Paraguai, sobre a postura que o Botafogo precisa ter diante do Olimpia, nesta quarta-feira, para voltar ao Brasil com a classificação para a tão sonhada fase de grupos da Libertadores da América. Segundo o zagueiro, o time vai ter que ter paciência para suportar a pressão da torcida no Estádio Defensores del Chaco e, dentro de campo, buscar os contra-ataques para surpreender.

Emerson Silva durante o treino do Botafogo (Foto: Vitor Silva / SSpress / Botafogo)


Estamos levando uma pequena vantagem e não podemos tomar gols.
Emerson

- A gente sabe que nãos será nada fácil. Tem muitas cosias negativas extracampo, e esperamos não encontrar isso. Torço para que tenha somente o jogo e que possamos sair com a vitória. Estamos levando uma pequena vantagem e não podemos tomar gols. O Jair vem trabalhando isso na semana. É muito melhor organizar o time e sair nos contra-ataques. Não da para se atirar em um jogo tão complicado como esse. Temos que dar a vida.


Emerson também falou da boa fase do zagueiro Marcelo e da volta de Carli, que tem grandes chances de começar jogando na próxima quarta-feira, deslocando o jovem para a lateral direita. Jonas está suspenso e não viajou com a equipe.

- Marcelo é uma promessa que se tornou realidade nesses jogos. Estamos entrosados, Carli vem conversando com ele. O Jair vem dando oportunidades a todos. Carli voltando é um jogador a mais na parte defensiva para nos ajudar. Ano passado tivemos grandes resultados e esse ano não será diferença. Estamos bem servidos de zagueiros.


Confira outros assuntos na entrevistas:


Pressão no Defensores del Chaco


- É um jogo diferente onde os jogadores gostam de atuar. Tiramos uma grande equipe que foi o Colo-Colo. Esse jogo será importante, pois trata-se de uma classificação. Eles estarão com os torcedores, mas nós também. A gente sabe que será um jogo bastante difícil.

Defensores del Chaco costuma ser um verdadeiro caldeirão na Libertadores (Foto: Daniel Mundim)

Defensores del Chaco costuma ser um verdadeiro caldeirão na Libertadores (Foto: Daniel Mundim)



Ausência de Montillo

- É um cara diferenciado. Quando o Camilo ficou fora também fez falta. Agora é hora de superação. Quem entrar vai ter que suprir essa falta do Montillo, e temos que superar mais essa barreira.

Perigos do Olimpia

- O joga aéreo é o ponto forte deles. Precisamos posicionar a melhor maneira possível para ão sermos surpreendidos.


Fonte: GE/Por Felippe Costa e Thiago Lima/Rio de Janeiro