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sábado, 16 de maio de 2020

Pedro Raul, do Botafogo, recorda experiência em Portugal: "Aprendi que não bastava ser jogador"


Atacante defendeu o Vitória de Guimarães entre 2017 e 2019. Na Europa, desenvolveu seu futebol e aprimorou o inglês antes de voltar ao Brasil e "realizar sonho" no Alvinegro




Aos 23 anos, Pedro Raul já conquistou um espaço de destaque no Botafogo. Contratado no início da temporada, o centroavante é titular absoluto e tem três gols em sete jogos. Vestir a camisa alvinegra é realizar um sonho, como definiu o jogador natural de Porto Alegre ao GloboEsporte.com.


"A oportunidade de representar essa torcida, de jogar num clube grande do Brasil, de saber de toda história e peso que essa camisa tem no cenário do futebol... Poder vesti-la é a realização de um sonho".


Antes do Botafogo, Pedro Raul se destacou no Atlético-GO em 2019. Apesar de jovem, o atacante já acumula uma experiência internacional, no Vitória de Guimarães, que o ajudou a amadurecer como jogador e a aprimorar o inglês, idioma que aprendeu ainda na adolescência.


"Jogar em Portugal foi uma experiência única, consegui aprender e desenvolver um bom futebol, lá eu aprendi que não bastava ser jogador, tinha que ser atleta. Eles dão muita atenção aos detalhes, e os mínimos detalhes são os que diferenciam os grandes jogadores".


- Isso é algo que tento implementar todo dia que vou para os treinos e jogos. No início foi difícil, chegar num país novo, continente novo, não conhecer ninguém, não saber o que se espera. Esses dias difíceis que me ajudaram a crescer como atleta. Falar inglês me ajudou muito na convivência com o pessoal da África e de outros lugares da Europa. Aprendi na adolescência e aprimorei em Portugal.



Pedro Raul tem três gols pelo Botafogo em 2020 — Foto: MAGA JR/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO



PEDRO RAUL:

Pensou em desistir do futebol em algum momento?

- Interromper não digo, mas houve momentos em que as coisas não saíam como eu queria, o que me fazia pensar se era realmente isso que eu queria para minha vida. Foram nos dias mais difíceis que eu construí a minha “casca”, como se fala no futebol, que me deu mais força e vontade de vencer.


Rotina em Portugal

- Era basicamente acordar, treinar e voltar para casa. O primeiro ano foi mais difícil, por estar chegando num clube novo, ter que me adaptar às regras, aos costumes, que são muito diferentes dos que tem no Brasil. Então eu logo fiz amizade com os outros brasileiros, para ficar mais fácil, mas também tinha amigos de outras nacionalidades. No segundo ano eu já tinha mais o que fazer, já estava acostumado com a cidade e a vida europeia, então foi mais fácil.



Pedro Raul no Vitória de Guimarães, em Portugal — Foto: Divulgação/Vitória de Guimarães


Vida longe da família

- É algo que faz parte da nossa carreira. É um sacrifício que fazemos em busca do nosso sonho. Nem sempre vamos jogar perto da nossa família. A família e os amigos são a base de todas as pessoas, para nós jogadores não é diferente. Nos influenciam em motivação, em decisões. Eles sempre querem o bem para nós e só de poder estar no Brasil, “perto” deles, é muito gratificante.


Destaque em pouco tempo de Botafogo


- Todos nós trabalhamos muito pra isso, todos querem esse reconhecimento, eu tenho um carinho enorme pela torcida. Desde que fui anunciado, recebi muito carinho e palavras de incentivo, isso conta muito e dá confiança para o jogador dar o melhor de si. Não vejo a hora de voltar aos treinos e jogos para poder devolver esse carinho com gols e boas atuações.


Fonte: Por Emanuelle Ribeiro — Rio de Janeiro

Há 95 anos nascia Nilton Santos, a 'Enciclopédia Alvinegra' do futebol


Craque imortal do esporte vestiu apenas as camisas de Botafogo e da Seleção Brasileira e hoje dá nome ao Estádio e local de treinamento do clube, no Rio de Janeiro


Botafogo foi o único clube da carreira de Nilton Santos (Foto: Reprodução)



Há exatos 95 anos, nascia para o mundo um craque cuja idolatria resiste ao tempo, o inesquecível Nilton Santos. Da estreia pelo Botafogo, em 1948, até a aposentadoria, em 1965, defendeu apenas as cores do Alvinegro e da Seleção Brasileira. Foi imortalizado como um dos melhores jogadores do mundo, ao inovar como um zagueiro que, ao contrário dos demais, não se limitava a defender, mas que aventurava-se com regularidade à área adversária. Não à toa, ganhou o apelido de "Enciclopédia do Futebol", graças à ampla visão de jogo, fundamental na conquista do Bi pelo Brasil, nas Copas de 1958 e 1962.

Foi com o craque nascido e criado no bairro da Ilha do Governador que surgiu a posição de lateral ou ala moderno. A ousadia era sua característica mais marcante e, com ela, impôs-se como um jogador muito à frente do seu tempo. Partia sem medo para cima dos adversários, com dribles curtos e lançamentos precisos, em uma época que laterais apenas defendiam. 

A explicação reside no fato de que sonhava em ser atacante quando testado no Alvinegro, em 1948. O técnico Zezé Moreira viu além e decidiu utilizar Nilton na defesa. A insistência em atacar lhe custou o banco de reservas na Copa do Mundo de 1950, por contrariar o treinador da Seleção, Flávio Costa. As glórias com a Amarelinha viriam alguns anos depois, na conquista dos Mundiais de 1958 e 1962.



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Fidelidade ao Glorioso 

Foram ao todo 719 jogos, em 16 anos, período no qual estabeleceu profunda identificação com a torcida alvinegra. Pelo clube ao qual foi fiel durante toda a carreira, levantou os canecos dos Cariocas de 1948, 1957 e 1961/62 e do Torneio Rio-São Paulo (1962 e 1964). 
 
Fora de campo, é lembrado pela humildade e pela amizade com Garrincha, de quem tornou-se uma espécie de padrinho. Após enfrentar o Mané em um treino, Nilton praticamente forçou o Botafogo a contratar o então desconhecido ponta-direita.
Em 2009, o Botafogo ergueu uma estátua em homenagem a Nilton Santos no antigo Estádio Olímpico João Havelange, que hoje carrega o nome do ídolo. Morreu, aos 88 anos, vítima de infecção pulmonar, no dia 27 de novembro de 2013, com o merecido reconhecimento da sua incrível capacidade de encantar os fãs do futebol-arte.


Fonte: LANCE! Rio de Janeiro (RJ)