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terça-feira, 28 de abril de 2020

Botafogo acena com saída de medalhões após fim do isolamento


Integrante do Comitê Gestor de Futebol do Glorioso, Carlos Augusto Montenegro falou sobre prováveis saídas de Cícero e Carli pela necessidade de enxugar a folha salarial 

 

Medalhões Carli e Cícero podem deixar o Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)


Em busca de um alívio financeiro nas contas do Botafogo, o Comitê Gestor de futebol do clube deve negociar os medalhões Cícero e Carli qando o esporte for retomado. Uma das principais vozes na tomada de decisões no Alvinergo, Carlos Augusto Montenegro acredita que o clube dificilmente terá recursos para arcar com os altos salários dos jogadores experientes. 


– Na paralisação vai ser difícil negociar, são dois excelentes jogadores, tenho muito carinho pelos dois, mas aí é uma questão de não ter dinheiro. Já conversamos com os representantes deles. É muito difícil termos recursos no segundo semestre para fazer frente ao compromisso com eles, de salários. Como vai ser, quando vai ser, se vão ter outros clubes interessados é outra história. Quando tudo começar vai ser uma briga de foice. Não é um desespero nosso, é uma realidade. E não é só por causa da pandemia, é desde o início do ano – explicou Montenegro, em entrevista ao canal do jornalista Venê Casagrande, na última segunda-feira. 


O desejo de negociar os dois jogadores não chega a ser uma novidade e exiset bem antes da pandemia global do coronavírus. Desde o início do ano, o clube fala em enxugar a folha salarial como parte de um plano para viabilizar a implantação do modelo clube-empresa.


A chegada do treinador Paulo Autuori fez com que o zagueiro Joel Carli, antes visto como intocável, fosse menos utilizado entre os titulares. Desde 2016 no clube, o argentino tem vínculo com o Glorioso até janeiro de 2022. A quantidade de estrangeiros no elenco é outro ponto que conta a favor da saída do atleta de 33 anos. 


No caso de Cícero, a diretoria conseguiu negociar, no início do ano, uma redução no salário por seis meses, quando o Botafogo já teria avançado no projeto S/A. O início de temporada do meia não foi dos melhores e com a paralisação do futebol, no retorno das atividades o clube será obrigada a arcar com o salário anterior do atleta de 35 anos, com contrato até dezembro.


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Gustavo Bochecha pode ser emprestado


Montenegro também admitiu que o Comitê Gestor avalia o empréstimo do meia Gustavo Bochecha. Com contrato até dezembro de 2021, o jogador de 23 anos revelado na base do clube pode render mais caso passe um período longe do Alvinegro, na visão dos dirigentes. 


– O Gustavo Bochecha já teve uns seis técnicos diferentes. Nenhum deles endossou o jogador no sentido de escalá-lo sempre no time titular. Nossa ideia é emprestá-lo, como fizemos com o Igor Rabello, para ver se ele se fortalece. Queremos que volte forte de cabeça, forte fisicamente, forte na dedicação e em todos os sentidos. Futebol ele tem, mas hoje em dia futebol sem estar com a cabeça boa, totalmente integrada, não adianta. Temos como exemplo o próprio Diego Souza. O jogador até produz, mas bem menos do que poderia. Não tenho nada contra o Bochecha, apenas ouço os técnicos. Temos que fazer alguma coisa – completou o ex-presidente.



Fonte: LANCE! Rio de Janeiro (RJ)

Falta de resposta e Flamengo de olho geram desgaste entre Botafogo e Marcinho


Lateral tem contrato até o fim do ano com o Alvinegro, e dirigente praticamente joga a toalha. Clube da Gávea afirma que foca no combate à crise do coronavírus e não negocia com jogadores


A negociação difícil nas últimas semanas pela renovação de contrato gerou desgaste entre o Botafogo e o lateral-direito Marcinho. No Alvinegro, a cúpula do futebol se irritou por ver canal fechado com os empresários e o próprio atleta, que entrou no radar do Flamengo antes da pandemia do novo coronavírus.


O atual acordo entre as partes vai até o fim de dezembro. Ou seja, Marcinho poderá assinar pré-contrato com qualquer clube a partir de junho. O Bota deseja a renovação, mas dentro da realidade financeira atual. Já o atleta pretende capitalizar com a boa fase da última temporada, quando terminou como titular e conseguiu uma convocação para a seleção brasileira.


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Lateral tem destino indefinido em 2021 — Foto: André Durão


Na Gávea, o nome do defensor entrou no radar antes de o coronavírus cair como uma bomba em todo o planeta e também no mundo do futebol. A diretoria procura um jogador da posição desde que Rodinei deixou a equipe. Só que o foco está em vencer a crise, e o Rubro-Negro até estuda diminuir salários do elenco. Por conta deste cenário, o clube não negocia com ninguém no momento.


Montenegro dispara: "Não vale"

O Botafogo corre contra o tempo nas conversas com Marcinho, o que frustra a diretoria. A irritação se tornou pública na última segunda-feira, quando o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro, membro do Comitê Executivo de Futebol, escancarou o clima ruim em entrevista ao jornalista Venê Casagrande. Ao GloboEsporte.com ele adotou o mesmo tom.



Dirigente contesta desempenho e rebate: "Nem Honda ganha isso" — Foto: Vitor Silva/Botafogo


- O Marcinho e o empresário dele tem muito tempo que querem sair do Botafogo. Não querem nem ouvir proposta. Então, não podemos fazer nada. Vamos esperar o fim do contrato. Depende dele, não podemos obrigar ninguém - disse.


Na entrevista ao jornalista, o dirigente ainda contestou o rendimento do jogador nas últimas temporadas e insinuou um pedido de R$ 300 mil de salários: "Mesmo se fosse a seleção do mundo ou se tivesse jogado na seleção brasileira. Nem o Honda ganha isso".


Ao GloboEsporte.com, Montenegro afirmou ainda que Athletico-PR e Corinthians teriam interesse em Marcinho. Os paranaenses negaram, e o Alvinegro paulista afirmou apenas que não comenta sobre possíveis negociações. A reportagem consultou a empresa OTB, que representa o jogador, sobre as declarações do dirigente, mas não houve resposta até a hora desta publicação.



Fonte: GE/Por Emanuelle Ribeiro, Felipe Schmidt e Thayuan Leiras — Rio de Janeiro