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segunda-feira, 19 de julho de 2021

Botafogo volta à carga e tem nova reunião por Lisca, que pede tempo para responder



Após recusa inicial, Alvinegro volta a buscar o técnico ex-América-MG e tem novas conversas em busca da contratação, mas sofre com concorrência e tempo





Lisca foi o técnico do América-MG (Foto: DIVULGAÇÃO/AMÉRICA-MG)



A fila do Botafogo andou e voltou para um lugar que já havia estado antes. Em busca de um técnico após a demissão de Marcelo Chamusca na semana passada, o Alvinegro voltou à carga para tentar a contratação de Lisca, que já havia recusado a primeira proposta feita pelo Glorioso.



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Representantes da equipe carioca e o treinador tiveram uma reunião nesta segunda-feira. Lisca é tratado como prioridade e, entre os técnicos disponíveis no mercado, o único que a diretoria enxerga - dentro da realidade financeira - que pode mudar, de fato, algo na equipe.

Lisca, porém, ainda não deu uma positiva ou negativa. O treinador pediu para analisar os números e falou que dará uma resposta até quinta-feira. O tempo é um entrave para o Botafogo - que já vai para a segunda rodada consecutiva de Série B com Ricardo Resende, um interino, no cargo de treinador.

De qualquer forma, Lisca é um nome quente no mercado e também possui olhos da concorrência - um clube do Mundo Árabe está de olho no treinador e fez uma sondagem por ele. O Botafogo voltou a colocar o técnico ex-América-MG como "Plano A" e espera por um desfecho positivo.





Fonte: LANCE/Sergio Santana/Rio de Janeiro (RJ)

Ex-alvinegros que saíram da mesma situação na Série B rumo à elite dão dicas para Botafogo reagir


Renan, ex-goleiro alvinegro e titular do Avaí em 2016, e Tulio Lustosa, ex-volante e dirigente do Botafogo, além de cartola do Goiás em 2018, apontam caminhos para recuperação do clube carioca



Com 11 jogos disputados na Série B, o Botafogo tem uma situação muito desconfortável na competição. A equipe somou 13 pontos e está mais perto da zona de rebaixamento do que do G-4. Para piorar, o histórico de times nesta situação mostra que, desde 2006, só três subiram tendo até 13 pontos depois de 11 partidas: América-RN de 2006 (13 pontos), Avaí de 2016 (11 pontos) e Goiás de 2018 (11 pontos). Nesses dois últimos havia dois personagens conhecidos da torcida botafoguense: o goleiro Renan e o dirigente Tulio Lustosa.


No total, 5% das 60 equipes que subiram tinham até 13 pontos em 11 jogos, situação atual do Botafogo. O ge foi atrás dessas duas pessoas que têm um histórico no clube. As campanhas de Avaí (2016) e Goiás (2018) têm algumas semelhanças, e os dois destacaram coisas parecidas que funcionaram e que podem dar certo para o Botafogo: estabelecer metas realistas e unir o elenco.


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Renan e Tulio dizem que elenco precisa estar fechado e traçar metas — Foto: Vitor Silva/Botafogo


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As duas equipes começaram com um treinador, trocaram durante a competição e deram certo com o segundo. No caso do Goiás, a troca foi logo na quarta rodada, quando Hélio dos Anjos - hoje líder com o Náutico - teve apenas um ponto após quatro rodadas. Ney Franco entrou no lugar dele e garantiu a vaga na última rodada, ao terminar a Série B em quarto lugar. O segredo, de acordo com Tulio, dirigente do Goiás naquela época, foi que o time conseguiu traçar objetivos a curto prazo para chegar ao fim da segunda divisão entre os quatro primeiros.



- Quando o Ney chegou nós sentamos e traçamos uma meta para o returno. Não adiantava a gente ficar falando em G-4 porque estava muito distante, mais ou menos como está o Botafogo. Traçamos uma meta de nos aproximarmos, virarmos o turno a, pelo menos, quatro pontos do G-4. Acho que a melhor coisa agora é definir metas possíveis. Não adianta ficar falando em ser campeão, nem em subir agora. Quem chegar tem que traçar isso: metas curtas, fazer o time reagir o mais rapidamente possível para se aproximar do G-4. Virar o turno próximo do G-4 é importante para o Botafogo sonhar.


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No caso do Avaí, a mudança veio após o primeiro turno, quando terminou em 15º lugar, 10 pontos atrás do quarto colocado. Silas saiu na rodada seguinte e deu lugar a Claudinei Oliveira, que em 18 rodadas conquistou 43 pontos, um aproveitamento de quase 80%. Renan citou as metas que tinham, mas também destacou a união do grupo.


- Fizemos um primeiro turno muito abaixo em que chegamos a estar em 16º. Mas isso foi mudando com o tempo. Depois, no segundo, nós nos fechamos de uma tal forma, nos unimos, traçamos os objetivos a curto prazo e isso foi unindo ainda mais o grupo e foi muito importante. Lembro que nós íamos jogar fora de casa, conseguíamos vencer de 1 a 0, 2 a 1, bem apertado. Mas vencíamos. Ou até mesmo fora de casa nós empatávamos, mas não perdíamos. Isso foi uma sequência muito boa. Vendo os jogos do Botafogo, acredito que seja isso que precise.



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Renan jogou no Botafogo até 2015. Ele foi para o Avaí na temporada seguinte e conquistou o acesso como titular — Foto: Vitor Silva/SSPress


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Antes do início do campeonato, Rafael Moura revelou na apresentação que o Botafogo tinha o objetivo de conquistar pelo menos oito pontos a cada quatro jogos, de preferência vencendo em casa e pelo menos empatando fora. Se essa meta fosse atingida o Botafogo deveria ter 22 pontos, o que o colocaria com a mesma pontuação do Guarani, atualmente em terceiro lugar. Agora, o clube precisa ter objetivos mais desafiadores, mas que seja possível para não perder o foco de subir.


Com a derrota para o Brusque de virada por 2 a 1, o Botafogo perdeu uma posição e caiu para 13º, com 13 pontos. A equipe volta a campo na próxima terça-feira, quando enfrenta o Goiás, às 19h (de Brasília), no Nilton Santos. A equipe goiana ocupa a quarta colocação, com 20 pontos.



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Fonte: GE/Por Davi Barros — Rio de Janeiro