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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Participação de Seedorf em gols do Bota cai em seu jejum de oito jogos


Com pior série sem marcar com a camisa do clube, holandês completa sequência com direito a cobrança de pênalti desperdiçada



O momento de Seedorf com a camisa do Botafogo não é dos melhores. Há oito jogos sem fazer gols, ele vive seu pior jejum pelo clube, que culminou a cobrança de pênalti despediçada na derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro, quarta-feira, no Mineirão, quando o placar ainda estava 1 a 0. A última vez que balançou a rede foi no dia 15 de agosto, no empate em 3 a 3 com o Internacional, justamente de pênalti.

Mas a situação não se limita apenas à falta de gols. Até sua participação nas vitórias do Botafogo tem sido mais discreta. Nessa série de oito jogos de jejum, ele deu apenas duas assistências, ambas na primeira partida da sequência, quando o time venceu por 3 a 1 a Portuguesa.

De lá para cá, Seedorf chegou a perder chance sem goleiro, no jogo contra o Corinthians, e teve apenas uma participação em gol, mas que não contabilizou como assistência. No empate em 2 a 2 com o Atlético-MG, no Independência, pela Copa do Brasil, ele cobrou uma falta da intermediária, que resultou no gol de Dória, depois de uma disputa de bola de Alex.

- Seedorf tem se recuperado muito bem como toda a equipe do Botafogo. Em mais algumas rodadas, ele, Rafael Marques, Marcelo Mattos vão acabar sentindo sim por terem iniciado e terminado quase todos os jogos. E com a evolução dacompetição os adversários criam estratégias de marcação, inclusive com faltas violentas, o que tem acontecido recorrentemente - disse o técnico Oswaldo de Oliveira.

Seedorf em ação contra o Cruzeiro: noite infeliz (Foto: Samuel Costa / Agência estado)
Antes do jogo com o Cruzeiro, Seedorf chegou a reclamar publicamente das faltas que sofridas nos últimos jogos. Oswaldo apoiou seu jogador, mas acredita que o estudo dos adversários não só do holandês mas do Botafogo tem sua influência no seu rendimento.

- Isso vai desestabilizando o jogador e ficou claro quando fez a sua explanação a respeito. Mas estamos vendo que o conhecimento dos adversários do jogo dele e do Botafogo aumentou. Isso é cíclico. O Náutico lá no início marcou o Seedorf individualmente, ficou todo retrancado e ele não conseguiu jogar - explicou Oswaldo.

Contra o Cruzeiro, o treinador tentou até utilizar Seedorf como volante depois da saída de Renato por lesão. A estratégia foi uma tentativa de reagir no jogo, o que acabou não acontecendo.
Seedorf foi quem mais errou passes em Cruzeiro x Botafogo: nove. Foi quase o dobro que sua média por jogo neste Brasileiro, que subiu de 5,44 para 5,63

- É o macaquinho que namora a girafa. Sobe e beija, desce e abraça. Sabia que teria decréscimo de marcação. Mas Seedorf já atuou ali e tem tanta ou mais qualidade do que o Renato para isso. Queria aproveitar o Hyuri e esse foi o meu raciocínio - disse o treinador.

Mesmo com todas as dificuldades expostas, Oswaldo ainda acredita que Seedorf será o grande líder do time na sequência da temporada. O Botafogo tem 42 pontos no Campeonato Brasileiro e ocupa a segunda colocação. O líder é o Cruzeiro, com 49. Na Copa do Brasil, o time enfrenta o Flamengo nas quartas de final da competição.

- Há muita coisa para acontecer e jogos para serem jogados. O Seedorf ainda vai jogar muito bem em outras partidas - afirmou Oswaldo.

O próximo jogo da lista é contra o Bahia, domingo, no Maracanã. O adversário briga para se manter fora da zona de rebaixamento.

Por Thales SoaresBelo Horizonte

Após madrugada na estrada, Bota chega ao Rio sem Seedorf


De ônibus, elenco deixou Belo Horizonte após a derrota para o Cruzeiro e ganhou a quinta-feira de folga. Holandês voltará mais tarde de avião




A viagem foi longa, desgastante e deve ter sido difícil dormir. Somente às 9h15m desta quinta-feira a delegação alvinegra chegou ao Rio de Janeiro, após cerca de 8h de viagem dentro de um ônibus que a trouxe de Belo Horizonte depois da derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro, no Mineirão, que deixou o Botafogo mais longe da liderança do Brasileiro. Visivelmente cansados, principalmente porque a chegada atrasou em mais de uma hora por conta de um engarrafamento causado pelo tombamento de um caminhão na descida da estrada Rio-Petrópolis, os atletas desembarcaram no Engenhão e entraram em seus carros. O restante do dia será de folga para todos. Seedorf foi o único atleta do elenco que não voltou de ônibus. O holandês chegará ao Rio mais tarde, de avião.

Ônibus com elenco alvinegro chega ao Engenhão após madrugada na estrada (Foto: Cauê Rademaker)
Apesar do revés diante do líder, André Bahia, único a falar com a imprensa, mostrou otimismo.

- Faltam 16 jogos ainda. Não há nada perdido. O resultado foi atípico, não condiz com o que foi o jogo. Temos quatro jogos seguidos em casa e temos condições de buscar - disse o jogador, que ainda comentou o trajeto de ônibus durante a madrugada:

- A viagem foi boa, ao menos chegamos mais cedo.

Esse, aliás, foi o motivo que fez com que os jogadores preferissem passar a madrugada na estrada, em vez de voltar de avião da capital mineira. Se fossem pegar um voo, isso só aconteceria na parte da tarde e a folga não seria aproveitada. Desta forma, a diretoria alugou um ônibus, que deixou Belo Horizonte pouco depois de 1h. No caminho, o elenco ainda parou para lanchar.

O grupo se reapresenta na tarde desta sexta-feira, quando começa a se preparar para o confronto de domingo contra o Bahia, no Marcanã. Com 42 pontos, o Botafogo segue na segunda colocação do nacional, mas agora sete pontos atrás do Cruzeiro, que foi a 49.


Por Cauê Rademaker Rio de Janeiro

Torcida do Botafogo manifesta apoio ao time na viagem de ônibus ao Rio


Técnico Oswaldo de Oliveira confia na continuidade do ambiente positivo mesmo depois da derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro




O Botafogo vive um momento no qual tem conseguido resgatar o apoio de seu torcedor. Depois da derrota por 3 a 0 para o Cruzeiro, no Mineirão, alguns deles foram esperar os jogadores próximos ao ônibus na volta de delegação para o Rio de Janeiro e gritaram muito, demonstrando ainda acreditar na possibilidade de título.

Os torcedores deixaram o local cantando o hino do clube e o "Eu acredito", que ganhou força justamente na campanha do Atlético-MG, rival do Cruzeiro, na conquista da Taça Libertadores deste ano. Sempre em momentos de grande revés, ele surgia na arquibancada como fonte de apoio.

Esse movimento dos torcedores fez o técnico Oswaldo de Oliveira acreditar que a empatia continuará na sequência do Campeonato Brasileiro. Domingo, o time volta a campo para enfrentar o Bahia, no Maracanã.

- A torcida não vai se desmotivar, vai continuar acontecendo o crescimento da presença do nosso torcedor principalmente nos jogos de fim de semana - afirmou Oswaldo.

Torcida aplaude os jogadores, que saíam de ônibus (Foto: Thiago Quintella)

Ônibus do Botafogo deixa o Mineirão (Foto: Thales Soares)
Por Thales Soares Rio de Janeiro